Fórum Defesa Brasil

Bender escreveu:É um texto muito interessante mas grande quem quiser lê-lo inteiro está aqui:

(...)

Você reparou os elogios ao programa AMX?

(...) um efeito multiplicador numa escala bem maior do que a obtida, por exemplo, na parceria com a Itália no projeto do caça-bombardeiro AMX, na década de 1980, que alavancou a Embraer ao seu padrão tecnológico atual

Agora, com um avião mais brasileiro que o AMX...

[]s,
Douglas Bader

Obrigado meus caros, era isso que eu queria arrancar com as minhas perguntas sobre o F-16 MLU Português, mas infelizmente fiquei sem respostas

[[]]'s

Bender, excelente texto/post que, se lido com atenção, vai calar fundo em certas pretensões e sonhos.

Mas e estratégia geopolítica torcida gripada?
Nem uma palavrinha?

orestespf escreveu:Errado, Douglas, não sou isento em relação ao Rafale, sou parcial até dizer chega, faço questão de dizer e afirmar tal coisa. Só que sei estar do lado certo, outros não.

Obrigado por assumir essa condição. Posso estar errado, mas até então não tinha visto uma declaração dessas.

[]s "cordiais"¹,
Douglas Bader

¹ Este formato de saudação é marca registrada de orestespf.

Professor essa vai em sua homenagem se sei de uma coisa a seu respeito é que não é uma maria vai com as outras

não sou isento em relação ao Rafale, sou parcial até dizer chega, faço questão de dizer e afirmar tal coisa. Só que sei estar do lado certo, outros não.

Momento cultural jp

Cântico negroJosé Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

---------------------------

Sds

orestespf escreveu:

DBader escreveu: Obrigado pelo toque!

Vou evitar postar notícias desfavoráveis ao Rafale. Não que você vá se importar com isso, já que você é russófilo. É uma boa máscara essa sua, para poder defender de maneira "isenta" o Rafale com unhas, dentes e coração.

[]s,
Douglas Bader

Errado, Douglas, não sou isento em relação ao Rafale, sou parcial até dizer chega, faço questão de dizer e afirmar tal coisa. Só que sei estar do lado certo, outros não.

Vou deixar de ser politicamente correcto.

Do que eu conheço, tem essa posição porque acha que é o melhor para o seu país, irrita-me quem vem aqui a pensar no seu bolso.

[[]]'s

Carlos Mathias escreveu:Bender, excelente texto/post que, se lido com atenção, vai calar fundo em certas pretensões e sonhos.

Mas e estratégia geopolítica torcida gripada?
Nem uma palavrinha?

Sabia que voce,ia lêr inteiro

Sds

Não sai um Nobel para o Brasil????? É agora galera, estou na torcida...

Carlos Mathias escreveu:Bender, excelente texto/post que, se lido com atenção, vai calar fundo em certas pretensões e sonhos.

Mas e estratégia geopolítica torcida gripada?
Nem uma palavrinha?

Lamentavelmente o excelente post de nosso amigo Bender se perderá na enxurrada dos posts que vemos por aqui...

Observem bem meus caros, observem como é a tentativa de desviar o foco do principal para o secundário.
Vejam como os assuntos são cíclicos e repetidos várias e várias vezes.

Reparem que a EMBRAER agora é a mais importante parcela da economia do país.
Esqueçam a PETROBRÁS e tudo o que há para ser defendido.
Esqueçam a VALE.
Esqueçam as siderúrgicas, todas elas.
Esqueçam tudo, absolutamente tudo, agora estamos à reboque da EMBRAAER e suas necessidades comerciais.

Percebem como se muda a direção da prosa?

Vamos comentar este texto que o Bender postou, gripeiros?
Tenho certeza que não foi escrito na base da cachaça e da moqueca estragada.

Abraços!

soultrain escreveu:O vinicius já colocou a matéria.

A minha opinião:

A Saab não foi séria, dizer que vão avaliar o ALX e o KC-390, não é sério, ou assume o compromisso de compra ou fica calado.

Dizer que o NG será mais nacional que o AMX é de uma falta de respeito a toda a prova, o Brasil ficou com 30% de desenvolvimento de uma aeronave NOVA, não de um MLU ao Gripen C, vamos ser sérios, não queria dizer directamente, mas é o que o NG é, sem tirar nem por, com muito menos alterações do que entre o Hornet e Super Hornet, estes podem dizer que são aeronaves diferentes, apenas com as mesmas soluções aerodinâmicas.

[[]]'s

Pois aí vai aminha opinião. Em termos estrururais as únicas mudanças que eu vi no NG para o C/D foram dois "peitos", um debaixo da raiz de cada asa, para acomodar os trens de pouso na nova configuração, permitindo assim aumentar a capacidade interna de combustível. Além disso acrescentaram mais dois pylons, um de cada lado, do pylon central e com motor mais potente. Mais nada. A parte eletrônica, radar, etc, bem, isso se muda em qualquer avião, os F-5BR estão aí pra demonstrar, Tem Super Hornet Block I e Block II, Rafale F1, F2, F3, mas o airframe é o mesmo. A maior e melhor novidade do NG é o novo motor, mas esse não é dos suécos. O radar AESA, tá longe, e nada indica que apresentará alguma vantagem com relação aos concorrentes, que estão bem mais adiantados no seu desenvolvimento (O APG-79 já está operacional).
O NG basicamente um C/D com nova configuração de trem de pouso e maior capacidade interna de combustível. Daí não vejo essa história de "on the job" e blablabla tão claramente. O que haveria de ter de tão diferente na estrutura do NG e do C/D. Nada. A TT da SAAB é, afinal de contas, no mesmo esquema da Dassault, eles ensinando a gente como se faz algo que já está pronto, sem essa balela de "on the job". Não vejo absolutamente nenhum grande diferencial na proposta de TT deles.

soultrain escreveu:Vou deixar de ser politicamente correcto.

Do que eu conheço, tem essa posição porque acha que é o melhor para o seu país, irrita-me quem vem aqui a pensar no seu bolso.

[[]]'s

Não tenho dúvida alguma disso. Só para deixar claro: respeito muitíssimo o Prof. Orestes, apesar de termos opiniões divergentes em relação ao que é melhor para o nosso país. Sei que as posições que ele defende são fruto de seu conhecimento profundo sobre a política estratégica de defesa e nunca visando vantagens pessoais.



[]s,
Douglas Bader

DBader escreveu:

orestespf escreveu:Errado, Douglas, não sou isento em relação ao Rafale, sou parcial até dizer chega, faço questão de dizer e afirmar tal coisa. Só que sei estar do lado certo, outros não.

Obrigado por assumir essa condição. Posso estar errado, mas até então não tinha visto uma declaração dessas.

[]s "cordiais"¹,
Douglas Bader

¹ Este formato de saudação é marca registrada de orestespf.

Como assim??? Você perguntou para alguém se preferia uma decisão da FAB ou do Governo, entrei na frente e disse claramente que defendia a posição do governo, justamente por este ser pago para defender os interesses do Estado e não de uma corporação e você a ignorou (lembra-se??). O Orestes não é a Suécia que vive em cima do muro, diz na lata, só que quando diz é advertido, suspenso e quiçá expulso.


Forte abraço,

Orestes, "quá quá".

Sabia que voce,ia lêr inteiro

Sds

Olha Bender, daqui do Mangue eu já tinha visto isso tudo faz tempo, alguns amigos aqui sabe disso.
Eu sei que quem de direito também vai ler e vai saber se posicionar com essa luz sobre as trevas do hardware frio.

Orestes, para quem realmente está interessado na decisão do FX, não vai passar batido não.

Bender escreveu:Professor essa vai em sua homenagem se sei de uma coisa a seu respeito é que não é uma maria vai com as outras

não sou isento em relação ao Rafale, sou parcial até dizer chega, faço questão de dizer e afirmar tal coisa. Só que sei estar do lado certo, outros não.

Momento cultural jp

Cântico negroJosé Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

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Sds

Forte abraço sempre, amigo Bender!!!

Orestes