Fórum Defesa Brasil

NovaTO escreveu:Países que serão capazes de produzir tudo do caça, no conceito de 5ª geração, só esses 3 mesmo. Europeus estão ficando para trás, e existem algumas indústrias emergentes mas que não 100% independentes(Turquia, Índia e Coréia do Sul). E existe o Japão, que se conseguir manter seu programa, poderá ter um caça de 5.5ª geração com a maior parte de seus componentes nacionais.

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Peço-te que pesquises um pouco do que se está a fazer na europa... por favor!

Caro Cabeça de Martelo,

Pelo menos o único caça de 5ª geração tripulado que eu saiba em estudos na Europa é o FS2020/25 Sueco, mas são estudos. Turquia eu citei como exemplo de aspirante. Inglaterra, Alemanha, França, apostando nos NeuroNs, Taranis e outros, mas não consideraria esses UCAVs aviões de caça não tripulados, seriam mais vetores de ataque a solo e vigilância furtivos.

Existe algo mais fundeado em estudo, projeto ou desenvolvimento??

Que eu saiba não. O que eu vejo é que os fabricantes europeus estão "amarrados" nos seus caças de 4.5ª geração, vendendo eles como se fossem a última cereja do bolo. EADS tentando emplacar seu Eurofighter na Ìndia (com chances), Coréia do Sul (figuração) e Japão (figuração). França tentando emplacar seu Rafale aqui, na Índia, e EAU (todos com chances). Mas são produtos legacy da década de 80.

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Só não devemos nos esquecer que a grande diferença entre um caça tripulado e um UCAV estará mais no software do que no hardware. No hardware, a Europa já está com projetos. Mas somente quem está a desenvolver projetos agora é que terá condições de desenvolver o software "inteligente" destes futuros aparelhos.
Nisto a Europa já se adiantou com o NEURON.
Quanto a hardware e sensores, a Europa tem sobras neste aspecto.
Os problemas maiores para todos, incluindo EUA, estarão na crise que se aprofundará, e se haverá mercado
que induza estes desenvolvimentos.

Franz Luiz escreveu:Só não devemos nos esquecer que a grande diferença entre um caça tripulado e um UCAV estará mais no software do que no hardware. No hardware, a Europa já está com projetos. Mas somente quem está a desenvolver projetos agora é que terá condições de desenvolver o software "inteligente" destes futuros aparelhos.
Nisto a Europa já se adiantou com o NEURON.
Quanto a hardware e sensores, a Europa tem sobras neste aspecto.
Os problemas maiores para todos, incluindo EUA, estarão na crise que se aprofundará, e se haverá mercado
que induza estes desenvolvimentos.

Se adiantou? O NeuroN ainda não voou, estão finalizando ainda o primeiro demonstrador. X-45/X-47 estão bem adiantados. Mas a questão não é essa. Essas plataformas são como mini B-2, duvido que tenham a manobrabilidade de um caça. Por isso os requisitos da Marinha americana no seu F-XX para um ADF de frota. Se não, seu X-47 já seria suficiente.

A Europa vai conviver por muito tempo com seus caças de 4.5ª geração. Não vejo caças nem estudos sendo desenvolvidos para o pós-Rafale ou pós-Eurofighter. Quando vão começar esses estudos?

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NovaTO escreveu:

Franz Luiz escreveu:Só não devemos nos esquecer que a grande diferença entre um caça tripulado e um UCAV estará mais no software do que no hardware. No hardware, a Europa já está com projetos. Mas somente quem está a desenvolver projetos agora é que terá condições de desenvolver o software "inteligente" destes futuros aparelhos.
Nisto a Europa já se adiantou com o NEURON.
Quanto a hardware e sensores, a Europa tem sobras neste aspecto.
Os problemas maiores para todos, incluindo EUA, estarão na crise que se aprofundará, e se haverá mercado
que induza estes desenvolvimentos.

Se adiantou? O NeuroN ainda não voou, estão finalizando ainda o primeiro demonstrador. X-45/X-47 estão bem adiantados. Mas a questão não é essa. Essas plataformas são como mini B-2, duvido que tenham a manobrabilidade de um caça. Por isso os requisitos da Marinha americana no seu F-XX para um ADF de frota. Se não, seu X-47 já seria suficiente.

A Europa vai conviver por muito tempo com seus caças de 4.5ª geração. Não vejo caças nem estudos sendo desenvolvidos para o pós-Rafale ou pós-Eurofighter. Quando vão começar esses estudos?

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Se eu não me engano todos os grandes caças Europeus tiveram seus desenvolvimentos iniciado na guerra fria né?

Eu acho que tudo esta encaminhando para um declino militar europeu, eu não vejo governos dispostos a investir no desenvolvimento de novas armas na europa.

É por isso que os novos projectos que estão em fase de desenvolvimento são projectos multinacionais. O futuro são as redes integradas e o NeuroN (ou o aparelho que irá sair desse projecto) trabalhará em conjunto com os caças tripulados actuais.

Para além do NeuroN, há outros projectos.

Foi o que eu quiz dizer. O Neuron trará experiência para os demais desenvolvimentos.
Somente quem está a pesquisar UCAVS agora terá algo no futuro. A China também está a fazer tal desenvolvimento.
E os atuais Eurocanards são avançados o suficiente (por muito tempo) para fazer frente a qualquer caça (com exceção talvez do F-22).
A Europa tem base tecnológica suficiente para qualquer empreitada. A Incógnita (não tão incógnita assim) será a capacidade financeira.

E nós, estamos deitados eternamente no berço de sempre, esperando os UCAVs serem testados, lançados e utilizados, para aí irmos mendigar ToT a quem teve a competência de fazer.

Boss escreveu:E nós, estamos deitados eternamente no berço de sempre, esperando os UCAVs serem testados, lançados e utilizados, para aí irmos mendigar ToT a quem teve a competência de fazer.

Enquanto, a maioria dos Brasileiros acharem que desenvolver tecnologias senciveis é perda de tempo...continuaremos na mesma.

Veja o nosso programa aéro-espacial estacionado e sendo desmontado por exemplo.já é o reflexo disso.

suntsé escreveu: Enquanto, a maioria dos Brasileiros acharem que desenvolver tecnologias senciveis é perda de tempo...continuaremos na mesma.

Veja o nosso programa aéro-espacial estacionado e sendo desmontado por exemplo.já é o reflexo disso.

Não diga bobagens. A plataforma de lançamento do VLS já está pronta, o novo estágio a combustível líquido já foi testado, o CBERS segue no rumo e o programa de satélites geoestacionários está em curso. Os problemas são os de sempre, queda de braço entre o INPE e a AEB.

Pepê Rezende escreveu:A plataforma de lançamento do VLS já está pronta

Uma obra basicamente de construção civil. É, prédios nós sabemos fazer (e neste caso com apoio russo).

o novo estágio a combustível líquido já foi testado

Onde? Quando? Procuro avidamente informações sobre isso, mas não consegui encontrar nada em nenhuma fonte oficial. A última notícia que obtive dava conta de que os estudos com o motor que ele deveria utilizar, derivado do russo RD-0109, haviam sido paralizados pois apesar de ter sido trazido um da Rússia não se sabia como gerar as especificações para discutir com a indústria nacional.

CBERS segue no rumo

Então as últimas notícias sobre o ultimato chinês são apenas manoras da PIG?

o programa de satélites geoestacionários está em curso.

É praticamente certo que no Brasil só se farão as especificações (e provavelmente com apoio de alguma consultoria estrangeira), e a construção será por alguma empresa internacional do ramo. Talvez (e apenas talvez) venha a ser lançado de Alcântara pela ACS, como um foguete Cyclone-4 comprado na Ucrânia.


Se tiver informações diferentes das minhas sobre estes pontos por favor compartilhe conosco.


Leandro G. Card

Pepê Rezende escreveu:

suntsé escreveu: Enquanto, a maioria dos Brasileiros acharem que desenvolver tecnologias senciveis é perda de tempo...continuaremos na mesma.

Veja o nosso programa aéro-espacial estacionado e sendo desmontado por exemplo.já é o reflexo disso.

Não diga bobagens. A plataforma de lançamento do VLS já está pronta, o novo estágio a combustível líquido já foi testado, o CBERS segue no rumo e o programa de satélites geoestacionários está em curso. Os problemas são os de sempre, queda de braço entre o INPE e a AEB.

Segundo as ulotimas noticias, o governo quer entregar o controle do nosso programa aéro-espacial para uma empresa privada. Para mim isto é sinal de que algo não vai bem.

suntsé escreveu:

Pepê Rezende escreveu: Não diga bobagens. A plataforma de lançamento do VLS já está pronta, o novo estágio a combustível líquido já foi testado, o CBERS segue no rumo e o programa de satélites geoestacionários está em curso. Os problemas são os de sempre, queda de braço entre o INPE e a AEB.

Segundo as ulotimas noticias, o governo quer entregar o controle do nosso programa aéro-espacial para uma empresa privada. Para mim isto é sinal de que algo não vai bem.

Para mim, isto é sim a demostração cabal de que os politicos tupiniquins do sec. XXI continuam pensando como senhores da senzala, conseguindo apenas olhar o futuro naquilo que bem lhe convém os interesses particulares e imediatos.

Coisas do Brasil.

abs.

suntsé escreveu:Segundo as ulotimas noticias, o governo quer entregar o controle do nosso programa aéro-espacial para uma empresa privada. Para mim isto é sinal de que algo não vai bem.

Não foi isso que eu vi.

Pelo que entendi o governo quer criar um órgão público estruturado como uma empresa para cuidar da área de foguetes, ao invés da estrutura de centro de pesquisas atual do IAE. Esta empresa trabalharia mais ou menos como a Embraer, com uma estrutura de engenheiros enxuta que desenvolveria o projeto geral dos foguetes em função das especificações dos eventuais usuários (as forças armadas, o INPE, o ministério da tecnologia, etc...) e repassaria os detalhes para empresas privadas. O IAE continuaria a existir, mas faria apenas pesquisa básica, que se bem succedida poderia ser incorporada aos projetos dos foguetes, mas se não também não atrapalharia. Já a AEB na prática seria extinta.

Este seria um passo importantíssimo para o Programa Espacial Brasileiro, talvez a única forma de salvá-lo. Mas não tenho muitas esperanças de que a idéia vá para a frente da forma como deveria, o mais provável é que surja apenas mais um órgão a se somar aos já existentes,que irá sugar os já parcos recursos do programa para pagar salários de cargos comissionados indicados por razões partidárias e tumultuar ainda mais a burocracia já enorme que cerca as atividades espaciais do país.

Mas vamos esperar (sentados, é claro) e ver o que de fato acontesse.


Leandro G. Card