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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Nov 10, 2010 12:42 pm
por FoxTroop
LeandroGCard escreveu:
FoxTroop escreveu:Quanto ao Brasil, iria ter de se confrontar com bolhas especulativas sobre as reservas, o que traria problema no desenvolvimento e crescimento. Reconheço que actualmente o Brasil é dos mais bem preparados para aguentar uma barra dessas sem quebrar muito, contudo as declarações de Guido Mantega dirigidas aos USA deixam antever uma estranha inquietação.
Esta questão específica é relacionada ao nosso problema de câmbio.

Por uma série de razões (a maioria na minha opinião absurdas, que já deveriam ter sido resolvidas há muito tempo) nossa moeda é uma das que mais se valoriza no mundo com relação ao dólar, e qualquer movimento que jogue o dólar (e por consequência o yuan) para baixo e aumente ainda mais a apreciação do real coloca mais pressão sobre nossa base industrial.

A maioria dos brasileiros, inclusive muita gente dentro do governo atual, não percebe isto como um problema (a grande maioria dos brasileiros ainda acha que as roupas, os eletrodométicos e as escovas de dente que compram nos supermercados saem de árvores ou de poços cavados no fundo do mar), mas alguns como o próprio Mantega sabem até pelo exemplo dos EUA como isto pode ser perigoso no médio/longo prazo.

Então é claro que estas pessoas chiam quando vêem movimentos como estes últimos dos americanos. Mas a prerrogativa de adotar mecanismos de proteção contra os efeitos destas políticas americana e chinesa é nossa, o que temos que ver é se o governo da nossa futura presidente terá a coragem de adotar mecanismos "radicais", como os utilizados pelos grandes "foras-da-lei" do comércio mundial como o Chile (com seus controles bem mais estritos do fluxo de capitais) ou a Coréia do Sul (com seus incentivos descarados às indústrias locais).


Leandro G. Card
Então isso significa que a inquietação contida nas desclarações tem mais a ver com a possivel inércia do governo brasileiro para tomar medidas do que com o impacto real das acções sino-americanas na economia brasileira.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Nov 10, 2010 1:05 pm
por LeandroGCard
FoxTroop escreveu:Então isso significa que a inquietação contida nas desclarações tem mais a ver com a possivel inércia do governo brasileiro para tomar medidas do que com o impacto real das acções sino-americanas na economia brasileira.
Ou, vendo pelo outro lado, tem a ver com o duro impacto das medidas sino-americanas na economia brasileira PORQUE as autoridades brasileiras tradicionalmente não tomam nenhuma medida eficaz para proteger o país destes impactos.

O que no final dá no mesmo.

Leandro G. Card

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Nov 10, 2010 6:03 pm
por Bourne
LeandroGCard escreveu:Ou, vendo pelo outro lado, tem a ver com o duro impacto das medidas sino-americanas na economia brasileira PORQUE as autoridades brasileiras tradicionalmente não tomam nenhuma medida eficaz para proteger o país destes impactos.

O que no final dá no mesmo.

Leandro G. Card
Continuando sobre a hipótese da política do dólar fraco.

Hoje a tarde estava ouvindo na CBN uma entrevista do Mantega sobre o encontro na Coréia. parece estranho mais a crítica é que os norte-americanos estão se preocupando em resolver problemas internos e se omitem na coordenação e liderança do sistema financeiro internacional tendo como resultado a desvalorização do dólar no cenário internacional. Ao mesmo tempo que gera instabilidades e maiores fluxos de dólares circulando e especulando ao redor do mundo.

A crítica do Mantega pode indicar que a política norte-americana é do dólar fraco e que a coordenação/liderança do sistema monetário internacional é um fardo tão pesado para economia real que desistiram de exercê-lo. Por que as políticas atuais foram construídas para operar nesse ambiente. Em resposta dos emergentes e dos próprios norte-americanos é se adaptar ao novo cenário e aprofundar o novo mapa econômico mundial muito mais multi-lateral. Inclusive com o usa mais intensivo de moedas alternativas ao dólar e de um nova arquitetura do sistema financeiro internacional.

Outro aspecto é que a maior instabilidade e fluxos de capital especulativo tende a ser contraposta com maior regulamentação e intervenção. O objetivo é que os capitais especulativos não distorçam o câmbio o valorizando artificialmente, prejudicando a economia real e criando instabilidades. Entre as medidas maiores entraves institucionais para a entrada de capitais externos (tempo mínimo de permanência, por exemplo) e aumento da rentabilidade da especulação (aumento de impostos, por exemplo). O Brasil dá grandes indicações de que esse é o caminho.

É uma nova Era que parece ter tomado conta do mundo pós crise de 2007/2008. Um ponto de inflexão das antigas políticas e consensos.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Nov 10, 2010 6:46 pm
por marcelo l.
trad google

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... TopStories

Dublin - Com dúvidas rodando sobre a solvência do Estado irlandês no início de setembro, o ministro das Finanças Brian Lenihan convocou uma dúzia de altos funcionários do governo e do banco de uma sala de conferências apelidado de "câmara de tortura", uma homenagem à sua história como um local para reuniões dolorosa .

Por dois anos, a Irlanda tinha derramado o dinheiro em uma crise bancária em fúria, sem sucesso. Cada uma estimativa do aumento do preço do resgate de bancos da Irlanda revelou demasiado baixo. Sr. Lenihan necessários para deter o pinga-pinga de más notícias, que estava conduzindo seu país à ruína. "Eu quero um valor final mais rápido possível", disse o grupo.

Duas semanas mais tarde, a estimativa foi de: até € 50 bilhões, quase US $ 50.000 para cada casa na Ilha Esmeralda.

Mas agora, os investidores estão apostando que o projeto pode ser ainda maior e pode reacender a crise da Europa dívida soberana. O impopular governo está se preparando para entrar em colapso, e na terça-feira, títulos do governo irlandês continuou um slide durante uma semana para um recorde de baixa fresco. A dívida é considerado como de risco como a Grécia foi esta Primavera um pouco antes que a nação pediu uma ajuda da União Europeia.

Sr. Lenihan, correndo para aliviar os temores, proposta quinta-feira diminuir o orçamento do país de 2011 por € 6 bilhões. Proporcionalmente, é como se os EUA subitamente eliminado do Departamento de Defesa.

problemas da Irlanda estão na Europa. Os 16 países da zona euro concordaram em garantir até € 440.000.000.000 em empréstimos se houver entre eles é incapaz de contrair empréstimos nos mercados privados.

Não era suposto ser assim. Em outubro de 2008, o Sr. Lenihan se vangloriou de que seu governo tinha inventado "o mais barato ajuda no mundo até agora." regulador financeiro da Irlanda pronunciados os bancos "mais do que adequadamente capitalizados."

Entrevistas com dezenas de funcionários do banco e do governo, e uma análise dos documentos divulgados pelo parlamento irlandês, revelam que Portugal avaliou mal a crise logo no início. Desesperado para preservar o sistema bancário caseiros, o governo cego para o quão amarga empréstimos irlandeses tinham ido-jungido o destino da nação para o futuro dos seus bancos.

Ver imagem completa

Ao longo do caminho, o governo estava mancando por informações incorretas de consultores externos, a partir de uma relação de confiança e verificar-não-normativas e dos próprios bancos em dificuldades.

O resultado foi desastroso: créditos de cobrança duvidosa em cinco bancos, uma vez ter-sleepy bola de neve em uma ameaça existencial. A crise tem martelado a economia da Irlanda e deixou os contribuintes com um projeto que vai levar uma geração para pagar. Dubliners irados queimaram chefe um grande banco, a ex-em efígie e bloquearam as portas do parlamento com um caminhão de cimento em protesto. Os banqueiros enfrentam investigações criminais e de um inquérito parlamentar.

Os erros de cálculo são graves. Em dezembro de 2008, o estado planos definidos para derramar 1500000000 € em mais doente instituição da Irlanda, banco irlandês Anglo Corp Nos próximos dois anos, o governo elevou a figura meia dúzia de vezes, de bombeamento em um total de € 22,9 bilhões. Em setembro, o banco central disse que a Anglo pode precisar quanto 11400000000 € mais.

Em um e-mail, o Sr. Lenihan disse que as estimativas de custos anunciado em Setembro tinha colocado um "fim superior" sobre o preço do resgate, a fim de "eliminar qualquer incerteza no mercado." O custo subiu ao longo do tempo, em parte porque "as informações prestadas pelos bancos não foi um verdadeiro reflexo" da saúde dos seus empréstimos. Seu comentário de 2008, que o resgate foi o mais barato do mundo não significa, disse ele, que "não haveria nenhum custo para o resgate."

Jornal da Comunidade


Por uma década, a Irlanda foi superstar da UE. A força de trabalho qualificada, alta produtividade e baixos impostos sobre as sociedades atraiu investimento estrangeiro. O irlandês, uma vez que os pobres da Europa, tornou-se mais rico que todos, mas o luxemburgueses. Fatalmente, eles colocam sua nova riqueza em imóveis.

Como o Banco Central Europeu manteve as taxas de juro baixas, a Irlanda viu o crédito fácil para a construção empréstimos e hipotecas. Desenvolvedores virou docas em torres de escritórios e das pastagens de ovinos em subdivisões. Em 2006, os construtores colocar 93.419 casas, três vezes a taxa de uma década antes.

Anglo, fundado em 1964, passou seus primeiros três décadas a produção de pequenos empréstimos para imóveis comerciais. Mas quando Sean Fitzpatrick, um contador de ambicioso, tomou as rédeas do banco em 1986, abriu grandes escritórios em Londres e os anglo EUA financiaram projetos letreiro, colocando 70 milhões dólares por trás do The Chicago Spire, planejado como o edifício mais alto da América.


Os rivais seguiram o exemplo. Bancos irlandeses aliados PLC implantado "equipes de win-back" para longe da garra mutuários do Anglo. Bank of Ireland executivos cortejado clientes com viagens em jatos corporativos.

A festa terminou em 2008, quando a bolha imobiliária estourou ea economia global derrubou em recessão. O governo continua otimista, um memorando de departamento financeiro interno concluído em maio de que o sistema bancário irlandês foi "boa e robusta com base em todos os principais indicadores de saúde financeira."

Ainda em setembro, bancos irlandeses estavam lutando para emprestar dinheiro rápido para despesas diárias. O governo pensou que enfrentou uma crise de liquidez clássica. Irlanda-regulador cujas mãos-off tinha atribuído apenas três examinadores a dois grandes bancos didnt a reconhecer o problema mais profundo: Bancos fizeram muitos empréstimos ruins, cujos padrões deixaria os credores insolventes.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL WSJDive Deep Editors ': Assista Dívida Soberana
DOW JONES INTERNATIONAL NEWS
Custo de proteger irlandês, Português, Espanhol sobe Dívida
LOS ANGELES TIMES
Alemanha critica EUA Plano Bond
INDEPENDENTE DO IRLANDÊS
Parecer: Governo irlandês deve cortar Deal que oferece esperança
Acesse milhares de fontes de negócios não está disponível na web gratuitamente. Saiba mais
"A liquidez, não de capital, é a questão principal na atual crise," regulador financeiro Patrick Neary escreveu para Kevin Cardiff, um funcionário do departamento financeiro superior, em 10 de setembro. Uma semana depois, os executivos da Anglo disseram funcionários do governo que os negócios do banco central, apesar da crise de liquidez, foi saudável: "O livro de empréstimo permanece forte", disseram eles. E os banqueiros Merrill Lynch trabalhando para o governo informou que outro credor, irlandeses Nationwide Building Society, poderia absorver empréstimos ruins. (Desde então, precisava € 5,4 bilhões em dinheiro do resgate.) Merrill INBS e se recusou a comentar. Sr. Neary não pôde ser contatado para comentar o assunto.

As advertências ficou mais alto no final de setembro de 2008. depositantes Anglo estavam fugindo. Em 20:40 em 29 setembro, sócio da PricewaterhouseCoopers trabalhando para o governo por e-mail do Sr. Cardiff com más notícias: Anglo "emprestado € 0900000000 do Banco Central e não tem quaisquer reservas a esquerda."

Na manhã seguinte, Irlanda lançou a ajuda do Sr. Lenihan dub seria mais barato do mundo, garantindo todos os depósitos e quase toda a dívida emitidos por bancos irlandeses. Dublin esperava que iria libertar os outros para emprestar aos bancos irlandeses, e da Irlanda seria inverter a ordem e sem descascar para fora um centavo.

Mas, enquanto esse dinheiro rapidamente restaurada para os bancos, que não abordou a empréstimos ruins. Esses empréstimos estavam agora muito o problema do governo, porque a garantia tinha feito o protetor de todo o sistema financeiro.


Como a Irlanda lida com as conseqüências de um busto grande propriedade, que enfrenta uma nova onda de emigração, mas também a inovação, como um grupo de arquitetos se unem para criar uma economia micro. WSJ relatórios Andy Jordânia a partir de Dublin.

PwC foi enviado para olhar os livros dos bancos. Constatou-se padrão rastejando. Ainda assim, insistiu que os bancos poderiam soldado nu. Em reuniões com banqueiros dezembro na sala de reuniões do quinto andar da agência da Irlanda dívida, o governo resolveu agir.

"Não é credível que você não precisa de ações", João Correia, chefe da agência, disparou. "Você está tomando capital. É isso."

Quatro dias antes do Natal, o governo anunciou que bóia Anglo com € 1,5 bilhão em capital. Bank of Ireland e irlandês Allied receberia € 2 bilhões cada.

PwC mostra que a Anglo polido seus relatórios financeiros com depósitos temporários e teve emprestou secretamente seus diretores 179.000.000 €. Sr. FitzPatrick, o presidente, pediu demissão. Sr. Neary, o regulador financeiro da Irlanda, foi facilitado com € 640.000 em indenização e uma pensão anual de € 143.000. O advogado de Fitzpatrick recusou a comentar.

As previsões de que a garantia iria travar a crise logo parecia fantasias. Em janeiro, a Irlanda nacionalizou o Anglo.

No mês seguinte, os contribuintes colocar 7000000000 € na Irlanda e Allied Bank of Ireland, o governo, usando dados da PwC, havia predito € 4000 milhões semanas antes. PwC e errou o alvo mais longe. Baseando-se em grande parte em dados próprios do banco, estima-se o crédito mal parado Anglo pode atingir € 3 bilhões por ano. Hoje, a Anglo perdeu cerca de € 20 bilhões e classifica mais de três quartos dos seus € 64 bilhões em empréstimos pendentes como "em risco" de inadimplência. Um porta-voz da PwC não quis comentar.

Em 06 de marco de 2009, o Sr. Lenihan se reuniu com assessores para rebater cerca de remédios. Nada parecia promissor. Ele se virou para Pedro Bacon, um economista que tinha contratado uma semana antes, que chocou a sala lotada, com um número muito maior do que a alguns bilhões de Portugal tinha passado. Os bancos fizeram mais de € 150 bilhões em bens potencialmente tóxicos e dos empréstimos de terra, disse ele. "Essa é a extensão de seu problema."

Mr. Bacon sugeriu que o governo comprar empréstimos dos bancos a preços com desconto, efetivamente entregando-lhes o dinheiro e diminuindo dúvidas sobre sua viabilidade. Ao insistir em grandes descontos, a Irlanda seria menos provável de perder dinheiro com as compras. Por outro lado, os preços de pechincha provocaria perdas dos bancos, que o governo provavelmente teria de patch com mais capital. O contribuinte que pagar a conta de qualquer maneira, mas pelo menos a Irlanda iria entender o quão grande ele era.

A abordagem "tem o mérito de certeza e clareza", disse Bacon argumentou. Mas, acrescentou, isso só funcionará se "a projeção do grau de comprometimento é preciso em primeiro lugar."

Não foi.

Uma pequena equipe da agência de dívida, incluindo o Sr. Corrigan, o chefe, um tenente e superior, Brendan McDonagh, reunimos um plano para uma nova entidade, a Agência Nacional de Asset Management, para comprar 77000000000 € valem de empréstimos para 54 € bilhões, um desconto de 30%.

Essas estimativas forma as expectativas do público sobre o projeto de resgate. Mas eles foram baseados em informações dos bancos, que contou NAMA seus empréstimos foram bem garantidos. No início de 2010, a equipe do Sr. McDonagh tem uma desagradável surpresa ao mergulhar nos livros.

"Nós abrimos-lo e disse: 'Oh, meu Deus", "Sr. McDonagh disse em uma entrevista. "O que eles estão nos dizendo não é a realidade."

Os bancos tinham dito que havia emprestado 77% do valor de uma propriedade, em média. Os outros 23%, apresentados pelo devedor, seria uma almofada padrão.

As equipes de NAMA constatou que os bancos muitas vezes empilhados em "equity releases" que ascenderam a emprestar 100% do valor, e os deixou totalmente responsável em um padrão.

Pior, muitas das garantias foi instável. Várias vezes, um desenvolvedor prometeu lucros futuros em outros empreendimentos. Muitos empréstimos foram crivados de documentação defeituosa, deixando os bancos sem sólidos os direitos legais de propriedade das terras que haviam crido era fazer backup dos empréstimos.

Quando NAMA divulgada sua primeira rodada de compras do empréstimo em 30 de março deste ano, a média de desconto, ou "corte" foi de 47%, muito acima dos 30% inicialmente estimados.

"As informações detalhadas que surgiu dos bancos, no decurso do processo de NAMA é verdadeiramente chocante", disse Lenihan disse aos legisladores. Mas, acrescentou, "sabemos agora a extensão das perdas em nossos bancos .... Essa certeza vai impulsionar ainda mais a confiança internacional na nossa capacidade de recuperação."

Ele estava errado. NAMA, preparando a sua próxima compra, exigiu cortes mais drásticos. Os preços dos imóveis estavam caindo, ea agência estava sob pressão da opinião pública a não desperdiçar dinheiro. Certa vez, um banqueiro reclamou a agência foi drasticamente subvalorização um empréstimo. "Você é sortudo de ser capaz de conseguir o dinheiro que está recebendo", disse um oficial NAMA revidou.

Em agosto, quando NAMA anunciou a próxima rodada de compras, a margem média subiu para 56%, novamente deixando Anglo de pouco capital. Novamente, o governo assinou um cheque.

Na tarde de 08 de setembro, o Sr. Lenihan, no trabalho, apesar de um diagnóstico de câncer pancreático nove meses antes, reuniu representantes do governo e da Anglo bronze em sua última tentativa de colocar uma figura firme sobre o custo do resgate do banco. O piso térreo sala de conferências do Departamento de Finanças onde se encontraram era adornado com fotos de ministros do passado. Naquele dia, um deles, a Anglo presidente Alan Dukes, estava sentado em frente à sua própria imagem.

Sr. Lenihan disse aos homens que a Anglo não poderia ser mantida à tona. Ele instruiu NAMA para calcular as margens de final rapidamente. Durante as próximas duas semanas, NAMA preço empréstimos Anglo com um desconto de 67%, fazendo com que o banco exigir outros € 6,4 bilhões, dos contribuintes. Ele disse que tomaria um corte de 60% sobre o resto dos empréstimos da AIB, provavelmente colocando o governo no controle desse banco.

O total do capital injetado em bancos do governo até agora: € 34 bilhões, com pelo menos outros € 12 bilhões em caminho. A média de salvamentos Irlanda vai executar um défice igual a 32% do seu produto interno bruto, o valor mais elevado de sempre em qualquer país da zona euro. Os céticos dizem que um mercado imobiliário ainda vai afundar junto azedo hipotecas residenciais, inflacionando o guia governo ainda mais.

Patrick Honohan, governador da Irlanda do Banco Central, diz que o governo está lutando em duas frentes. Embora lutando com empréstimos podres dos bancos, é necessário reparar as finanças do Estado danificado por uma recessão profunda e uma rápida erosão da base tributária. O projeto de resgate, ele diz em uma entrevista, "não é problema apenas da Irlanda."

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Nov 10, 2010 7:11 pm
por P44
Portugal e Irlanda mais perto de pedirem ajuda à UE

Portugal e a Irlanda poderão, em breve, ver-se obrigados a recorrer ao fundo de resgate de 750 mil milhões de euros criado pela União Europeia. A opinião é a de analistas internacionais que consideram "insustentáveis" as actuais condições de financiamento para os dois países. Junta-se a isto a instabilidade política que na opinião dos analistas poderá dificultar ainda mais a tarefa dos Governos de controlar as contas públicas.

No caso de Portugal, que hoje conseguiu leiloar, com sucesso, mais 1.242 milhões de euros da dívida, a troco de juros excepcionalmente altos (6,8 por cento no caso das obrigações a dez anos), os sinais são pouco animadores, em particular na dívida de curto prazo.

Os analistas sublinham que a grande subida que se verificou nos juros da dívida a seis anos (que aumentaram de 4,37 por cento há dois meses para 6,15 por cento esta quarta-feira) ilustra uma percepção, cada vez maior, por parte dos compradores, de que o Estado português poderá, a curto prazo, ver-se com dificuldades para satisfazer as suas obrigações.

Irlanda na mira dos especuladoresTambém na Irlanda as dificuldades de financiamento externo continuam a agravar-se. Os juros dos títulos irlandeses a 10 anos atingiram hoje o máximo histórico de 8,5 por cento, com os investidores a desfazerem-se, cada vez mais, das Obrigações do Tesouro irlandês que fazem parte das suas carteiras de títulos.

Para tal contribuiu o facto de o grupo LCH. Clearnet, sediado em Londres, ter anunciado que vai passar a exigir aos clientes que compram dívida à Irlanda, que aumentem para 21 por cento a percentagem do valor que é preciso depositar adiantadamente, em vez dos habituais seis por cento. Já este mês os Governos da Rússia e do Chile tinham tomado a decisão de deixarem de adquirir dívida irlandesa.

Tal como Portugal, a Irlanda está a ser submetida ao fogo da especulação dos mercados que apostam na incapacidade de o país pagar no futuro as dívidas, ao mesmo tempo que tenta debelar um gigantesco défice, projectado este ano em 32 por cento, o mais elevado na Europa do pós-guerra.

Mas, ao contrário do caso português, o Governo de Dublin está simultaneamente a financiar um gigantesco programa de salvamento bancário, que afecta a sua capacidade de pagar as dívidas.

"Os ultimos dias do império romano"O espectro da instabilidade política está também presente em Dublin, com apelos crescentes à demissão do Governo e à convocação de eleições antecipadas e a oposição a comparar a situação “aos últimos dias do Império Romano” .

A agravar esta situação está o facto de os líderes dos partidos da oposição já terem prometido votar contra o Orçamento de Estado que será apresentado a 7 de Dezembro.

O primeiro-ministro Brian Cowen dispõe de uma maioria de apenas três votos no parlamento mas dois deles são de independentes que condicionam o seu apoio a financiamentos extra para estradas rurais, um hospital e um casino, objectivos que se opõe à necessidade de austeridade preconizada pelo Governo. Essa escassa maioria deverá ainda ficar mais reduzida a 25 de Novembro, quando uma eleição local preencher um lugar de deputado que se encontra vago há 17 meses.

Brian Cowen continua a insistir que a Irlanda têm dinheiro suficiente para financiar o orçamento até Junho de 2001. Mas para isso é necessário que as taxas de juro que estão a ser exigidas pelos investidores baixem substancialmente antes do próximo empréstimo que o país terá de contrair em princípios de 2011.

A menos que os juros baixem drasticamente, para os níveis que se verificavam anteriormente à crise, a Irlanda terá de pagar taxas de juro proibitivas para conseguir atrair novos compradores, o que por sua vez vai prejudicar a sua capacidade de cortar nas despesas do Estado. Por isso são cada vez mais os que apostam na inevitabilidade de um recurso por parte do país ao fundo de resgate europeu.

Condições de financiamento são “insustentáveis” Num relatório hoje divulgado, analistas do Credit Suisse consideram que as condições de financiamento de Portugal e da Irlanda são “insustentáveis” , e que ambos os países terão em breve de recorrer ao fundo de resgate criado em Maio pela União Europeia e pelo FMI, quando foi necessário resgatar a Grécia com 110 mil milhões de euros.

No relatório do Credit Suisse, citado pelo Diário Económico, os peritos alertam para que no longo prazo “os pagamentos com juros em proporção do PIB serão acima da tendência de crescimento do PIB nominal” e referem que em situações de elevado grau de endividamento, “os países têm de ter uma desvalorização da moeda ou excedentes das contas correntes”. Segundo eles, até agora “nenhuma destas condições aconteceu na Europa periférica”.

Juros continuarão a aumentarVários bancos de investimento internacionais consideraram também hoje que a tendência de subida dos juros se vai manter nos próximos tempos para as dívidas de Portugal e da Irlanda. .

John Davies, especialista do banco de investimento WestLB, afirmou que "o prémio extra que os investidores estão a exigir para comprarem obrigações irlandesas e portuguesas em vez das alemãs poderá continuar a aumentar devido às maiores probabilidades de um incumprimento da dívida".

Por seu turno, Christoph Rieger, responsável pela renda fixa do alemão Commerzbank, considerou que "o aumento das taxas está, sobretudo, restringido à Irlanda, a Portugal e à Grécia, mas, em certa medida, também a Espanha", realçando que "é mais provável que as tensões se agudizem do que melhorem".

O mesmo responsável reforçou que esta situação "se poderá agravar ainda mais", pelo que aconselha cautela aos investidores que apostam em dívida soberana de países da Zona Euro.

Caso Portugal e a Irlanda tenham de recorrer ao Fundo Europeu, de Estabilização Financeira, o Credit Suisse estima que os custos para a EU, já incluindo os do resgate à Grécia, venham a ascender aos 190 mil milhões de euros.

Solução ou perigo de contágio?Alguns analistas consideram que a necessidade de resgatar mais dois países irá lançar ondas de choque através da União Monetária que tem vindo a envidar esforços para obrigar os Governos individuais dos países membros de gastarem excessivamente e de porem assim em perigo o valor do Euro.

Por outro lado, um especialista da Goldman Sachs defendeu hoje que o recurso dos Estados português e irlandês ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, sob a direcção do FMI, resolveria a actual tensão no mercado da dívida e evitaria o contágio a outros países.

"Ao contrário do impacto da intervenção na Grécia, estamos convencidos que esta acção não levaria a um contágio. Pelo contrário, poderá marcar a resolução das tensões" no mercado da dívida, que têm afectado com especial intensidade alguns países periféricos europeus, disse hoje Francesco Garzarelli, estrategista da Goldman Sachs, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

Os analistas contactados na terça feira pela agência Lusa anteciparam que os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário devem continuar a subir até à reunião do Conselho Europeu, em Dezembro, quando deverá ser discutido o mecanismo permanente de gestão de crises da zona euro.

Como exemplo dos efeitos que a especulação sobre os países endividados afecta o conjunto, as tensões financeiras voltaram hoje a fazer cair o valor da moeda única face ao dólar. O euro que recentemente valia 1.428 dólares caiu esta quarta-feira mais de um cêntimo para 1,360 dólares.

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... ut=10&tm=6

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 12:37 am
por Bourne
Hipótese da política do dólar fraco??? [049]
Cambial
Portugal entre as economias que mais perde com dólar fraco
Luís Rego
12/11/10 00:05

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 04162.html


O dólar forte beneficia as exportações para países terceiros, mas torna o petróleo mais caro.

A política implícita de dólar fraco como expoente máximo da denominada "guerra cambial", que está em debate no G20 de Seul na Coreia do Sul, tem um efeito nefasto na capacidade exportadora de muitas economias europeias, com Portugal à cabeça, que vê as suas exportações aumentar de preço. Mas a valorização do euro não é compensada pelo lado das importações, nomeadamente do petróleo, avaliado em dólares, atenuando a factura externa do país. Esta é a opinião de economistas ouvidos pelo Diário Económico, à margem do confronto de palavras em Seul e uma semana depois da Reserva Federal inundar a economia norte-americana com 600 mil milhões de dólares.

A dificuldade do Ocidente em sair da crise está a levar muitas economias a desvalorizar as suas moedas para ganhar competitividade externa, empurrando para outras o fardo do ajustamento. Economias como a China seguem o exemplo com uma espécie de indexação ao dólar, enquanto o Brasil responde com medidas de controlo de capitais. No final, a zona euro é que paga. "O euro é a válvula de escape do dólar, porque se Brasil e Coreia, apesar de terem câmbios flexíveis, têm usado o controlo de capitais travando o afluxo de dólares, o euro não tem como responder", explica, Cristina Casalino, economista chefe do BPI.

*Leia a versão completa na edição de hoje do Diário Económico

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 8:15 am
por EDSON
Olha senhores eu acompanhei o debate até com muito interesse e li todos o textos que postaram e a conclusão é?

Os americanos não irão largar o osso tão fácil como imaginamos. A fera esta se esperneando. :lol:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 12:35 pm
por Bourne
Ou, os norte-americanos querem largar por que o fardo é pesado demais, mas os outros não querem mudanças. [049]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 12:56 pm
por Bourne
O que quer dizer disso? Todos concordam em fazer algo, mas é cada um por si. :lol:
Líderes do G20 concordam em combater manipulação cambial

Fonte: http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... ut=10&tm=6

Stefan Rosseau, Pool, EPA

Os líderes das vinte maiores economias do planeta concordaram em evitar a “desvalorização competitiva” das respectivas moedas, para tentar afastar o risco de “uma guerra monetária”. Estes e outros compromissos foram obtidos após um segundo dia de difíceis negociações na cimeira do G20 que decorreu em Seul.

No comunicado final, o G20 alerta para a importância da coordenação das políticas num mundo cada vez mais globalizado e avisa que a ausência de uma acção conjunta poderá ter consequências desastrosas “para todos”.

Os líderes reunidos na capital sul-coreana concordaram em estabelecer “linhas de orientação” para ajudar a corrigir os grandes desequilíbrios comerciais “que necessitem de acções preventivas e correctoras”. Uma referência às divergências sobre a a balança comercial que opõem os Estados Unidos à China e envolvem também os restantes países.

Reforma bancária, clima e FMI...
Durante a cimeira, os membros do G20 endossaram ainda o conjunto de novas regulamentações para o sistema bancário conhecido por Basileia III, que devem entrar em vigor a partir de 2013, e o aumento dos fundos próprios das instituições bancárias até 1 de Janeiro de 2015.

No que respeita à reforma do sector bancário o G20 manifesta-se determinado em definir novas regras para os bancos considerados “sistémicos” cuja lista será elaborada, até meados do ano que vem, pelo Conselho de Estabilidade Financeira.

No comunicado final da cimeira prometem também combater o proteccionismo “sob todas as formas” e intervir em auxílio dos países mais pobres, com abordagens “talhadas à medida de cada destinatário”.

Os vinte reafirmam ainda o seu empenhamento no combate às alterações climáticas, comprometendo-se a “não poupar nenhum esforço” para garantir o sucesso da conferência que começa no final deste mês em Cancun no México.

Outro dos principais resultados da reunião foi o endosso à reforma histórica do Fundo Monetário Internacional que duplica o seu capital e modifica a repartição de poderes.

A difícil questão da moeda

O conflito em torno da manipulação das respectivas moedas que opõe os Estados Unidos à China e a outros parceiros era encarado como o principal obstáculo ao sucesso desta cimeira.

Washington acusa Pequim de manter artificialmente baixo o valor da sua moeda, o que além de conferir às exportações da China uma vantagem injusta, permite a este país acumular grandes reservas de capital. Por seu lado, a China tem vindo a garantir uma intenção “inabalável” de reformar o seu sistema cambial, mas afirma que é necessário que se atinja primeiro a “estabilidade económica global”.

No que pode ser visto como uma contra-medida, antes da cimeira a Reserva Federal norte-americana anunciou há dias que vai injectar 600 mil milhões de dólares novos” na economia dos EUA o que teria o efeito de desvalorizar o dólar.

Depois de árduas negociações, os países do G20 ficaram-se por uma declaração de intenções: Comprometem-se agora “a caminhar para sistemas de taxas de câmbio determinados pelo mercado”. Isso será feito “aumentando a flexibilidade das taxas de câmbio para reflectir os fundamentos económicos subjacentes e abstendo-se de proceder a desvalorizações competitivas das suas moedas”.

O comunicado do G20 prossegue dizendo que “as economias desenvolvidas, incluindo as que dispõem de fundos de reserva, vão estar vigilantes face aos excessos de volatilidade e às flutuações desordenadas das taxas de câmbio” acções que segundo o G20, “ vão ajudar a reduzir o risco de uma volatilidade excessiva dos fluxos de capitais com que se defrontam alguns dos países emergentes”.

Taxas de câmbio devem reflectir "realidades económicas"
A este respeito, o Presidente Barack Obama disse que não deveria haver controvérsia sobre a resolução dos problemas “que ajudaram a contribuir para a crise que acabámos de atravessar”.

“As taxas de câmbio devem reflectir as realidades económicas”, disse Obama, “as economias emergentes devem permitir que as suas moedas sejam conduzidas pelo mercado. É uma questão que eu abordei com o presidente Hu da China e vamos cuidadosamente seguir com atenção a valorização da moeda chinesa”, concluiu.

Por seu lado o primeiro-ministro britânico, David Cameron acredita que estão a ser feitos progressos na questão dos desequilíbrios comerciais. “Muito devagar, a China está a passar para uma posição em que aumenta o consumo doméstico, reequilibrando a economia” disse Cameron.

No entanto o acordo obtido em Seul fala apenas de desenvolver novas “linhas de orientação” e fica muito aquém do limite de 4% aos défices e excedentes do comércio nacional, que os EUA queriam ver implementado e que foi bloqueado pela China e pela Alemanha, os principais exportadores mundiais.

Um FMI mais "legítimo”
No que respeita à reforma do Fundo Monetário Internacional pode também falar-se de sucesso, apesar de as negociações entre os EUA e a China terem estado por vezes à beira da ruptura.

O comunicado final do G20 diz que a reforma é “uma etapa importante para um FMI mais legítimo, credível e eficaz”.

Foi aprovado o princípio de “uma duplicação das quotas partes” que tinha sido proposto em Outubro numa reunião de ministros das finanças e dos bancos centrais do G20 e os países europeus concordaram em reduzir em dois lugares, o número de assentos que detêm no conselho de administração. Por outro lado, “mais de 6 por cento dos direitos de voto do FMI vão ser transferidos de países que se encontram sobre-representados (principalmente os mais ricos e os produtores de petróleo) para os países emergentes. Desta forma, 110 dos 187 estados membros verão os seus direitos de voto aumentados.

O comunicado final declara a intenção é a de criar “um FMI mais moderno que melhora reflicta as mudanças na economia mundial, através de uma maior representação dos mercados dinâmicos emergentes e dos países em desenvolvimento”. O director geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, diz que a reforma resolve de uma vez por todas “a questão de longa data que se punha sobre a legitimidade do FMI”.

Europeus tentam acalmar mercados
À margem da conferencia de imprensa final da cimeira do G20, o Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha emitiram uma declaração conjunta em que tentam acalmar os mercados preocupados com a eventual necessidade de um recurso ao Fundo Europeu de Estabilidade por parte da Irlanda, e eventualmente, de Portugal.

“Segundo a declaração, assinada pelos ministros das finanças dos cinco países, “qualquer novo mecanismo (de resgate) só entrará em efeito após meados de 2013, e não terá qualquer impacto nos acordos actuais”.
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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 5:15 pm
por Bourne
Continuando o monólogo...

Uma das medidas aprovadas na reunião do G20 é que os países emergentes possam levantar controles de capitais para evitar uma valorização das suas moedas. Um dos países que pressionaram para entrasse nos documentos oficiais foi o Brasil.

Em termos práticos não há nada de novo. Apenas legitima ações que já vinham sendo tomadas por vários inclusive o Brasil sobre o aumento das barreiras a entrada de capitais, intensificadas pela política norte-americana de dólar fraco. Por isso que o aumento do IOF sobre a entrada de capitais no Brasil deve representar o início de medidas mais profundas para evitar a entrada de capital e valorização do real. Ao mesmo tempo que reduz a possibilidade dos capitais especulativos criarem instabilidades e estrangulamento externo quando verem algum perigo e fugirem ou especularem sobre o Brasil.

No geral as medidas sobre regulação financeira, controle no movimento de capitais, alteração das relações de poder no FMI legitimam o movimento que ganhou força com a crise de 2008/2009. Pasmem senhores é o sinal de uma nova Era.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 5:26 pm
por LeandroGCard
Bourne escreveu:Continuando o monólogo...

Uma das medidas aprovadas na reunião do G20 é que os países emergentes possam levantar controles de capitais para evitar uma valorização das suas moedas. Um dos países que pressionaram para entrasse nos documentos oficiais foi o Brasil.

Em termos práticos não há nada de novo. Apenas legitima ações que já vinham sendo tomadas por vários inclusive o Brasil sobre o aumento das barreiras a entrada de capitais, intensificadas pela política norte-americana de dólar fraco. Por isso que o aumento do IOF sobre a entrada de capitais no Brasil deve representar o início de medidas mais profundas para evitar a entrada de capital e valorização do real. Ao mesmo tempo que reduz a possibilidade dos capitais especulativos criarem instabilidades e estrangulamento externo quando verem algum perigo e fugirem ou especularem sobre o Brasil.

No geral as medidas sobre regulação financeira, controle no movimento de capitais, alteração das relações de poder no FMI legitimam o movimento que ganhou força com a crise de 2008/2009. Pasmem senhores é o sinal de uma nova Era.
A coisa está ficando perigosa.

Meu entendimento é que ao invés de buscar uma coordenação internacional para a resolução pactuada dos problemas, de forma a causar o mínimo de impacto negativo na economia mundial, foi dado o sinal verde para que cada um cuide de si e o diabo ferre todos. Se cada país tomar as medidas que bem entender, os demais reagirão fazendo o mesmo, e onde isso vai parar?


Leandro G. Card

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 7:16 pm
por FoxTroop
LeandroGCard escreveu:
Bourne escreveu:Continuando o monólogo...

Uma das medidas aprovadas na reunião do G20 é que os países emergentes possam levantar controles de capitais para evitar uma valorização das suas moedas. Um dos países que pressionaram para entrasse nos documentos oficiais foi o Brasil.

Em termos práticos não há nada de novo. Apenas legitima ações que já vinham sendo tomadas por vários inclusive o Brasil sobre o aumento das barreiras a entrada de capitais, intensificadas pela política norte-americana de dólar fraco. Por isso que o aumento do IOF sobre a entrada de capitais no Brasil deve representar o início de medidas mais profundas para evitar a entrada de capital e valorização do real. Ao mesmo tempo que reduz a possibilidade dos capitais especulativos criarem instabilidades e estrangulamento externo quando verem algum perigo e fugirem ou especularem sobre o Brasil.

No geral as medidas sobre regulação financeira, controle no movimento de capitais, alteração das relações de poder no FMI legitimam o movimento que ganhou força com a crise de 2008/2009. Pasmem senhores é o sinal de uma nova Era.
A coisa está ficando perigosa.

Meu entendimento é que ao invés de buscar uma coordenação internacional para a resolução pactuada dos problemas, de forma a causar o mínimo de impacto negativo na economia mundial, foi dado o sinal verde para que cada um cuide de si e o diabo ferre todos. Se cada país tomar as medidas que bem entender, os demais reagirão fazendo o mesmo, e onde isso vai parar?


Leandro G. Card
Pior que estar perigosa é estar imprevisivel.

Esta "noticia" elucida um bocado do "cada um por si" que aí vem. (Está em inglês)

http://futurefastforward.com/images/sto ... orizon.pdf

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 8:23 pm
por LeandroGCard
FoxTroop escreveu: Pior que estar perigosa é estar imprevisivel.

Esta "noticia" elucida um bocado do "cada um por si" que aí vem. (Está em inglês)

http://futurefastforward.com/images/sto ... orizon.pdf
Não consegui abrir o link nem acessar o site.

Será que estão com algum problema?

Leandro G. Card

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 8:25 pm
por tflash
é um pdf. eu consegui abrir.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Nov 12, 2010 8:28 pm
por LeandroGCard
tflash escreveu:é um pdf. eu consegui abrir.
Quando tento abrir dá mensagem de erro dizendo que o arquivo deve estar denificado.

Vou tentar ver se o problema está na minha versão do Acrobat Reader.


Leandro G. Card