Fórum Defesa Brasil

mmatuso escreveu:Mas toda pessoa com o minimo de observação sabe que a Dilma foi tirada do cargo por própria inabilidade politica e não outras razões.

Desculpa arramam qualquer uma quando querem tirar alguém do poder, poderia até ser ela ter tomado uma multa de transito.

Poxa, mas isso não se configura como golpe parlamentar? É normal um chefe de Estado ser derrubado por inabilidade política por um congresso quando estamos num sistema parlamentar. Vide o Reino Unido, que derrubou Thatcher por querer enfiar um imposto regressivo (poll tax). Ou na Islândia, que derrubou o seu primeiro-ministro por ter dinheiro em offshores. Mas aqui no Brasil vivemos num sistema presidencialista, quem tem o poder de derrubar um governo ou não por inabilidade política, ou por ideologia, é o voto popular, não o congresso. Pra derrubar um presidente no presidencialismo é necessário haver um crime, e não ouve crime. Até senadores que votaram pelo impeachment já assumiram isso. E a democracia é assim, seja fazendo uma escolha erradas e certa, é o voto que é soberano.

Bolovo escreveu:E a democracia é assim, seja fazendo uma escolha erradas e certa, é o voto que é soberano.

Mas é estranha essa democracia que ninguem quer voto, quando se falou em plebiscito ou novas eleições ai primeiro o PT não quis, quando o impeachment se mostrou inevitável ai o PT quis e os demais partidos não quiseram, se o voto é soberano, ele não deveria ser frequente como é na Suiça? Como podem esses "democratas" brasileiros não quererem votos?

Marechal-do-ar escreveu:

Bolovo escreveu:E a democracia é assim, seja fazendo uma escolha erradas e certa, é o voto que é soberano.

Mas é estranha essa democracia que ninguem quer voto, quando se falou em plebiscito ou novas eleições ai primeiro o PT não quis, quando o impeachment se mostrou inevitável ai o PT quis e os demais partidos não quiseram, se o voto é soberano, ele não deveria ser frequente como é na Suiça? Como podem esses "democratas" brasileiros não quererem votos?

É, político brasileiro não gosta muito dessas ideias. A questão é que, goste ou não, um plebiscito para novas eleições seria inconstitucional. Eu estou apenas seguindo os preceitos que segue a constituição. Para haver uma nova eleição só com a queda do Temer também. Somos um país de sistema presidencialista, não parlamentarista. Aqui, ao menos teoricamente, o congresso não pode derrubar o chefe de estado por inabilidade política, ideologia diferente ou o que for, como acontece com os primeiro-ministros mundo afora. O congresso só pode derrubar um presidente, ou seja, fazer o impeachment, se houver crime. E não houve crime, todo mundo sabe disso. Alguns senadores até assumem isso. Sem contar que o que derrubou Dilma na terça foi legalizado hoje. Ou vai falar que eu estou errado?

Com medo do STF, Temer volta atrás e mantém presidente da EBC

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mo ... -ebc.shtml

Mas esse Temer é cagão, heim? Devolvam a Dilma!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

A caixa de câmbio do carro do Temer só deve ter Ré...

Wingate

Sinceramente, essa de legalizar a pedalada foi foda. Puta que o pariu, parece piada. Eu tô ficando é muito puto, cara...

Wingate escreveu:A caixa de câmbio do carro do Temer só deve ter Ré...

Wingate

Uma palinha de como vai ser o GP de Interlagos esse ano:

http://www.youtube.com/watch?v=O0-KkUNtis4

Marechal-do-ar escreveu:Mas é estranha essa democracia que ninguem quer voto, quando se falou em plebiscito ou novas eleições ai primeiro o PT não quis, quando o impeachment se mostrou inevitável ai o PT quis e os demais partidos não quiseram, se o voto é soberano, ele não deveria ser frequente como é na Suiça? Como podem esses "democratas" brasileiros não quererem votos?

É curioso a visão de democracia na terra brazilies.

Democracia in Brazil significa o voto soberano. Por que o eleitor não erra, não é influenciável e o governo deve fazer o que a maioria quer. Ou seja, se elege um ditador que pode tudo por que o voto permitiu. Dessa forma, pode governar como quiser e, quando vierem as eleições, podem questioná-las ou mudar as leis para se manter no poder. Além de ter o pai e a mãe de algum projeto que deveria ser de estado. O padrão de pensamento não muda para mais a esquerda da guerra fria, a suposta direita conservadora e as oligarquias sindicais/empresariais muito bem relacionadas com o estado.

Em uma democracia de fato, nos países países com sistemas políticos e de estado consolidados, o voto é parte do sistema. No meio campo existe a democratização das estruturas e instituições de estado, preservação de direitos (propriedade, políticos e civis), responsabilidade e limitações dos governantes executivos, possibilidade de punição clara para que feriram as regras e leis. Existe a presença da interação do legislativos, governos subnacionais e governos são considerado relevante na estrutura de governança. A estrutura de governo não é personalista.

Pra mim isso foi um golpe vagabundo.
Eu não sei se houve ou não um crime de responsabilidade. Acho que não. Vi um senador, em momento de deliberação, dizer que, embora entenda que não houve crime de responsabilidade da presidente, optou votar "sim", a favor do impeachment, alegando que um retorno da nossa senhora Dilma Rousseff traria problemas graves para a economia do país e tal, mas a questão do impeachment é bastante específica, art. 52, CF.
Vale lembrar uma máxima do Direito - democracia não é governo dos homens, é governo das leis.

Bolovo escreveu:Sinceramente, essa de legalizar a pedalada foi foda. Puta que o pariu, parece piada. Eu tô ficando é muito puto, cara...

Vou dar pitaco numa área que eu entendo muito pouco.
Compreendo que devem existir mecanismos que evitem que os políticos saiam gastando a torto e a direita. A lei de responsabilidade vai neste sentido.
Só que tirar presidente com isso é uma coisa muito séria. Não estou falando do caso da Dilma, acho que o governo dela realmente escorregou no quiabo e gastou demais, mas eu quero chamar a atenção que nenhum governo pode garantir que não vai acontecer algo que possa fazer estourar o orçamento. Tem uma infinidade de eventos que podem resultar nisso.
É claro que se estivéssemos falando de uma catástrofe o povo entenderia e o congresso dificilmente ficaria contra, mas e quando o próprio congresso quiser sabotar o governo visando tirar o presidente que não é do seu agrado?
Temos tantos partidos que a base governista quase sempre é muito frágil e nós pudemos acompanhar algumas pautas-bomba que foram aprovadas sem que a presidente pudesse fazer nada a respeito. Parece que quando a ampla maioria aprova ela não pode nem vetar, mas o presidente é o único que pode ser responsabilizado por isso. Essa parte me parece meio estranha.
Como disse antes, entendo pouco do assunto, mas tenho a impressão que isso aí precisa ser analisado com cautela para não criar um clima duradouro de instabilidade política.

Bolovo escreveu:É, político brasileiro não gosta muito dessas ideias. A questão é que, goste ou não, um plebiscito para novas eleições seria inconstitucional.

Então um plebiscito para mudar a forma de governo tudo bem, mas para mudar um presidente não?

Ai fica fácil, a constituição diz que o poder emana do povo, sendo assim, se um plebiscito é incostitucional a constituição é incostitucional e é só fazer uma nova que contemple plebiscitos revocatórios.

Alias, esse tipo de plebiscito foi cogitado no congresso na forma de emenda constitucional, mas não quiseram.

Bolovo escreveu:O congresso só pode derrubar um presidente, ou seja, fazer o impeachment, se houver crime.

O congresso pode derrubar um presidente quando vota pelo impeachment, ao votar "sim", estão dizendo oficialmente que houve crime, pode ser que estejam mentindo, mas e dai? O que acontece se estiverem mentindo? O que está previsto se eles votaram mentindo? Nada?

Bolovo escreveu:Sem contar que o que derrubou Dilma na terça foi legalizado hoje. Ou vai falar que eu estou errado?

Se for para concordar que o congresso é uma instutuição podre e que o julgamento não foi julgamento, eu concordo, mas se o que derrubou ela foi legalizado hoje então até terça não era legal, e podia ser usado como justificativa para o impechment.

A propósito, reparou que em um país realmente democrático se essa situação ocorresse, ao invés de protestos, penalas batidas e pneus queimados, seria feito um plebiscito para deixar o povo (afinal, é dele que emana o poder de acordo com a constituição, não?) decidir quem está certo?

Bourne escreveu: Democracia in Brazil significa o voto soberano. Por que o eleitor não erra, não é influenciável e o governo deve fazer o que a maioria quer. Ou seja, se elege um ditador que pode tudo por que o voto permitiu. Dessa forma, pode governar como quiser e, quando vierem as eleições, podem questioná-las ou mudar as leis para se manter no poder. Além de ter o pai e a mãe de algum projeto que deveria ser de estado. O padrão de pensamento não muda para mais a esquerda da guerra fria, a suposta direita conservadora e as oligarquias sindicais/empresariais muito bem relacionadas com o estado.

Voto soberano no Brasil?

Talvez o povo ache isso, mas ai se frustra ao descobrir que os eleitos acham que o voto que receberam lhe da direito de ignorar novos votos.

No final das contas tudo se resume a uma coisa. NOSSOS POLÍTICOS NÃO PRESTAM. NÃO VALEM O PRATO QUE COMEM. E ninguém , nem constituição e nem lei vai consertar isso. Ainda vamos penar por décadas.

nveras escreveu:No final das contas tudo se resume a uma coisa. NOSSOS POLÍTICOS NÃO PRESTAM. NÃO VALEM O PRATO QUE COMEM. E ninguém , nem constituição e nem lei vai consertar isso. Ainda vamos penar por décadas.

Mas agora a Bandilma já foi embora e a pedalada está legalizada. Vai dar tudo certo. O futuro do Brasil é brilhante. Confie em mim.