NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19861 Mensagem por Bolovo » Qui Set 01, 2016 11:08 pm

mmatuso escreveu:Foi só a Dilma cair ontem e o Brasil fez hoje uma ótima partida e venceu bem depois de 6 anos.

Reflitam!
É sempre assim. Governos merdas = seleção voando. Ou vão falar que não?

Na ditadura veio a Copa de 70, o esquadrão imbatível, melhor seleção da história. Só foi começaram a falar de redemocratização que a de 82 pifou. Com a democracia de 85, a seleção de 86 fez nada e a de 90 foi risível. Com a ascendência do bostão-mor FHC, a seleção brilha em 94, é vice em 98 e campeã novamente em 2002. Entra quem em 2003? Exatamente, o maior presidente da história da humanidade, Lula. E desde então foi só pau: seleção em 2006 morta, em 2010 risível, 7x1 em 2014... entra Temer golpista e temos o que? Medalha olímpica e vitória em Quito. É amigos. Vocês tem que escolher. Ou é governo bom ou é seleção boa. As duas ao mesmo tempo não dá certo. Eu como palmeirense fico até louco, afinal o Palmeiras jogou duas séries B em governos petralhas. E muito possivelmente será campeão brasileiro no governo golpista. É dialético, ainda não sei lidar com essa situação.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19862 Mensagem por Bolovo » Qui Set 01, 2016 11:11 pm

nveras escreveu:
Bolovo escreveu:Se a Globo diz que não é golpe, portanto é golpe. A história comprova isso. Me desculpe, golpistas, mas a realidade é essa.
Mas se dona não assume que era um guerrilheira comunista e não assume a responsabilidade pela merda econômica e põe a culpa no congresso, por que o congresso tem que admitir que deu um golpe?
Eu já vejo por outro lado. Se não é golpe porque tenta insistência em provar que não é golpe? Porque ficar brabinho quando te chamam de golpista (como nosso presidente, o Mimimichel Temer)? É simples: porque é golpe.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19863 Mensagem por cassiosemasas » Sex Set 02, 2016 1:55 am

Paisano escreveu:
Clermont escreveu:Para que jamais haja outro impeachment.

Editorial de O Globo, 1º de Setembro de 2016.

O impeachment da presidente Dilma Rousseff, economista oriunda do brizolismo gaúcho, é o segundo, na vigência do estado democrático de direito, em 24 anos. O primeiro, de Fernando Collor de Mello, senador por Alagoas, e um dos 61 que votaram pela saída de Dilma, foi importante demonstração de vigor das instituições da democracia representativa, dada havia apenas quatro anos da promulgação da Constituição de 1988, marco do retorno ao estado democrático, após duas décadas de ditadura militar. Mudou o status do Brasil no mundo civilizado. O fato de o afastamento de Dilma ter obtido sete votos a mais que o mínimo exigido de dois terços dos senadores não pode ser ofuscado pelo desencontro entre PSDB e PMDB na aprovação, contra a posição dos tucanos, da liberação para que Dilma ocupe cargos públicos.

São um feito os dois impeachments, sem rupturas, num continente cuja trajetória é pontilhada de acidentes institucionais e autoritários, à direita e à esquerda, tendo como ligação, entre esses dois campos que se opõem, o nacionalismo, muitas vezes turbinado pelo populismo, como tem sido na tragédia do chavismo e foi na debacle do lulopetismo, com a mais grave desestabilização da economia brasileira na República.

É de notável ineditismo, na América Latina, o fato de esses incidentes institucionais no país serem contornados sem as rupturas clássicas na região. É tema de debates e estudos de cientistas políticos a incapacidade de o Brasil, no arranjo inaugurado na Nova República, não permitir maiorias estáveis no Congresso, para dar governabilidade aos inquilinos do Planalto. A discussão continuará.

O PT resolveu literalmente comprar a base parlamentar, para viabilizar um projeto de eternização no poder. Para isso, assaltou a Petrobras, outras empresas públicas e se enredou em um novelo do qual está longe de se livrar nos tribunais. Sempre guiado pelo máxima dos “fins que justificam os meios”.

A razão do impeachment de Dilma é de outra natureza. Restou provado na acusação encaminhada à Câmara por Hélio Bicudo, procurador que combateu o Esquadrão da Morte em São Paulo, fundador dissidente do PT; os advogados Miguel Reali Jr., ex-ministro da Justiça, na gestão FH, e Janaína Paschoal, professora do Largo de São Francisco, simbólica Faculdade de Direito da USP, que Dilma cometeu crimes de responsabilidade de ordem fiscal e orçamentária.

Foi diferente do que aconteceu com Collor, condenado no Senado por quebra de decoro, devido a denúncias de corrupção, mas inocentado no Supremo. Tudo também dentro das regras legais. Pois o julgamento no Congresso é de cunho político. No processo contra Dilma, não há acusações de corrupção, mas crimes que têm a ver com a visão ideológica lulopetista, com o tempero brizolista da ex-presidente. Não passou despercebido que, ao se defender no Senado, Dilma Rousseff usou tática do guia Leonel Brizola: nunca responder as perguntas e falar o que quiser.

Dilma se converteu à responsabilidade fiscal muito tarde, ao vir a dizer, só nesta semana, no Senado, ante o cadafalso, que lamentava o PT não haver votado para aprovar a LRF.

No poder, atropelou-a sem piedade. Dilma não fez qualquer menção, por óbvio, mas o partido pelo qual se elegeu, o PT, também não assinou a Constituição de 1988. Louve-se a coerência: a legenda sempre avança contra a Carta e a LRF. Ao propor “Constituintes exclusivas”, por exemplo.

Dilma e os “desenvolvimentistas” não gostam da responsabilidade fiscal. Consideram-na “neoliberal”, um obstáculo conservador ao ativismo fiscal do Estado, esta uma obsessão da esquerda latino-americana do pós-Guerra. Mas todos precisam cumpri-las, a Carta e a LRF, com as respectivas normas decorrentes.

Dilma perdeu o cargo por sectarismo ideológico e voluntarismo, por achar que “vontade política” é o que resolve problemas no governo. Algo de sabor stalinista. Ao ir contra leis, a Carta e princípios técnico inamovíveis, cometeu suicídio. Collor sofreu impeachment devido à ética; Dilma, por investir contra pilares institucionais que o Brasil começou a construir no Plano Real, a partir de 1994, com Itamar e Fernando Henrique Cardoso.

Eduardo Cunha é, na “narrativa” lulopetista, peça central de um onírico complô em que se misturam corruptos temerosos da Lava-Jato, defensores do ex-presidente da Câmara e “inimigos das conquistas sociais”. E, claro, a “mídia”.

Mas foram a obsessão com o ativismo estatal e gastos sem medidas, maquiados por técnicas da “contabilidade criativa”, que construíram a enorme crise fiscal, visível a todos a partir de 2015, quando afloraram os números reais. Ou próximos deles. Assim, edificou as bases do seu enforcamento legal. Mas nem tudo é pura ideologia. Houve também forte dose de esperteza, a fim de esconder o lixo debaixo do tapete, marquetear um país inexistente na propaganda política de 2014, e ganhar a reeleição em rotundo estelionato. Depois, veio o tarifaço, porque o governo congelou combustíveis, energia elétrica etc., para represar de maneira artificial a inflação, a fim de faturar a reeleição.

Lulopetistas devem ter aprendido com Ulysses Guimarães e José Sarney quando, em 1986, fizeram o mesmo para o seu PMDB ganhar as eleições no fim daquele ano, nos estertores do Cruzado. Elegeram 22 governadores. Dias depois, executaram os ajustes necessários, com liberação de preços e tarifas. O filme passou mais uma vez em 2015, com Dilma. Mas não chegou ao fim, porque as instituições republicanas estão solidificadas.

A edição de decretos de gastos sem aprovação do Congresso e as “pedaladas” — deixar instituições financeiras pagar despesas do Tesouro, numa operação ilegal de crédito à União — demoliram Dilma. O conjunto da obra de malfeitos fiscais é de enormes proporções. Eles vêm desde o final do segundo governo Lula, mas bastaram os crimes cometidos em 2015, conforme limitação imposta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ao aceitar o pedido de impeachment, para derrotar Dilma e o lulopetismo de pedigree brizolista.

O saldo desses empréstimos ilegais concedidos à União, por decisão do Planalto, pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES e até o FGTS chegou em 2015 a pouco mais de R$ 50 bilhões, cifra gigantesca. O Brasil havia voltado ao passado, à antessala da pré-hiperinflação, quando o BB se financiava diretamente no Tesouro e governadores ordenhavam seus bancos estaduais como casas da moeda privadas. Costuma-se dizer que a estabilização econômica permitida pelo Plano Real se tornou patrimônio da sociedade. O impeachment de Dilma é prova cabal de que isso é verdade. A partir de agora, qualquer governante que pense em atalhos à margem da lei, no manejo orçamentário, precisará refletir sobre as implicações de seus atos. O mesmo vale para delírios no campo político-institucional. O fortalecimento não é apenas das cláusulas da responsabilidade fiscal, mas da Constituição como um todo, para desaconselhar de vez projetos bolivarianos como o do lulopetismo. Serve de aviso geral à nação.
Golpista em 1954, golpista em 1964 e golpista em 2016.

Deveriam ter um mínimo de vergonha em publicar esse "editorial".

E depois vem pedir desculpas...
X2 Infelizmente! :(
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19864 Mensagem por cassiosemasas » Sex Set 02, 2016 2:24 am

Bolovo escreveu:
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.
Darcy Ribeiro
Quando ouvi a dona Vana citar, uma determinada frase, de um determinado "pouca sombra" no seu discurso, me lembrei imediatamente de tua atual assinatura...

No mais, não quero que a coisa desande, mas parece que estão pedindo para tal...
Pobre polícia, pobre governo: Acham que é possível cegar uma ideia

Recebemos com triste regularidade notícias de que manifestantes, repórteres ou fotógrafos perderam a visão ou foram feridos nos olhos por conta da ação irresponsável da polícia militar ao reprimir protestos em espaços públicos. Não todo protesto, é claro, apenas aqueles que estão em desacordo com os interesses do governo estadual de plantão. Caso contrário, o que se vê é uma chuva de selfies.

Bombas que liberam estilhaços e balas de borracha parecem ser distribuídas com gosto com o intuito de causar o maior dano possível à população. Nesta quarta (31), a estudante Deborah Fabri, de 19 anos, teve um dos olhos perfurados por estilhaços de bomba lançada pela polícia ao protestar contra o impeachment de Dilma Rousseff, na capital paulista.
Imagem
Deborah Fabri, que teve uma perfuração no olho esquerdo durante ato contra o impeachment. Foto: Jefferson Ricardo/Futura Press/Folhapress

E se o poder público que comanda as forças de segurança sabe das consequências desse tipo de ação e não altera a sua forma de atuação, então não é possível chamar esses casos de acidentes. Pelo contrário, são propositais. Em outra palavra, o poder público tem, sistematicamente, roubado a visão da população como punição para quem resolve exercer sua cidadania e se manifestar de forma contrária à sua opinião. Mas também roubado a visão de profissionais de imprensa que estão lá para garantir a transmissão dos fatos e a circulação de informação de qualidade.

Como foi o caso do fotógrafo Sérgio Silva, considerado o único culpado pela Justiça paulista por ter sido atingido por uma bala de borracha que lhe tirou a visão.
Não consigo parar de pensar na razão dos olhos acabarem sendo alvos preferenciais. Talvez seja por conta de sua fragilidade. Ou talvez pelo seu simbolismo. E se os agentes do poder público, inconscientemente, procurarem pelos olhos para incapacitar manifestantes e jornalistas achando que, dessa forma, fecharão sua janela para o mundo?

Daí me lembro de uma história contada por um antigo professor: um jornalista, já caído no chão, teve a mão esmagada por um coturno da ditadura civil-militar. Como resposta, ironizou, dizendo que não escrevia com as mãos.

A Polícia Militar pode cegar manifestantes e jornalistas. Mas isso fará apenas com que fique cada vez mais claro, para essas vítimas e nós mesmos, como nosso próprio governo adota uma pesada censura através da violência de Estado. Da mesma forma, como o mesmo governo rasga os direitos fundamentais a fim de calar a boca daqueles que querem simplesmente exercer sua cidadania.

Meia dúzia de manifestantes que espalham lixo nas ruas, põe fogo em pneus e quebram vidros de agências bancárias são exatamente isso, meia dúzia de pessoas, e não representam uma manifestação inteira. São usadas como pretexto para calar e cegar.

Como isso termina, todos já sabem. Pode levar mais tempo, mas nada disso sairá impune. Porque não se cala e não se cega uma ideia.

Pobre polícia, pobre governo. Acham que o povo escreve só com as mãos e enxerga apenas com os olhos.






Fonte.




Para finalizar.
Governo de SP proíbe protestos na avenida Paulista neste domingo
DE SÃO PAULO
01/09/2016 17h47 - Atualizado às 18h25

O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (1º) que manifestações na avenida Paulista neste domingo (4) estão proibidas.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou, em nota, que o motivo é a "passagem da tocha paraolímpica, que integra a cerimônia oficial dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016".

Também diz que até o momento não recebeu comunicados de atos nos próximos dias, embora protestos tenham sido marcados para este domingo na avenida. Um deles, organizado para as 14h pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos de esquerda, já teve a confirmação de 11 mil pessoas pelo Facebook.

No comunicado, a secretaria afirma que "será evitado o fechamento das vias importantes da cidade" para que "sejam preservados os direitos das pessoas que não participam das manifestações e garantida a ordem pública".

Nesta quarta (3), sete pessoas ficaram feridas na capital paulista após confrontos com a Polícia Militar em protestos contra a posse do presidente Michel Temer e o impeachment de Dilma Rousseff.

Na nota, a SSP diz que, "após a ocorrência de protestos violentos, com atos de vandalismo", vai a público "reafirmar que respeita o direito de manifestação" e que está "empenhada em garantir a segurança dos manifestantes"

[centralizar]*[/centralizar]

Diante da ocorrência de protestos violentos, com atos de vandalismo, ocorridos ontem, a Secretaria de Segurança Pública reuniu nesta quinta-feira, 1 de setembro, os comandos das Polícias Civil e Militar e vem a público reafirmar que respeita o direito de manifestação e está empenhada em garantir a segurança dos manifestantes.

Ressalta ainda que, conforme determina a Constituição, é obrigatória a comunicação de hora, local e trajeto em que se realizarão os atos públicos. Para que sejam preservados os direitos das pessoas que não participam das manifestações e garantida a ordem pública, será evitado o fechamento das vias importantes da cidade. A SSP informa ainda que até o momento não recebeu qualquer comunicado oficial de movimentos organizados dando ciência da realização de manifestações públicas nos próximos dias.

Por fim, a secretaria alerta que, no domingo, não será permitida a realização de atos na Avenida Paulista, pois toda a extensão da avenida estará reservada para o evento de passagem da tocha paraolímpica, que integra a cerimônia oficial dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016.


Fonte.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19865 Mensagem por nveras » Sex Set 02, 2016 9:35 am

Bolovo escreveu:
nveras escreveu: Mas se dona não assume que era um guerrilheira comunista e não assume a responsabilidade pela merda econômica e põe a culpa no congresso, por que o congresso tem que admitir que deu um golpe?
Eu já vejo por outro lado. Se não é golpe porque tenta insistência em provar que não é golpe? Porque ficar brabinho quando te chamam de golpista (como nosso presidente, o Mimimichel Temer)? É simples: porque é golpe.
Essa é a mais insana das inversões que eu já vi até hoje. Mas só pra esclarecer. Eu não me preocupo com isso. Só fiquei feliz porque os bolivarianos ficaram tristes. :mrgreen:
Só queria saber do nobre colega por que, logo após a eleição, de repentelho, como o mundo se cabasse, o país precisava de reformas? E por que, o congresso, que também foi eleito pelo povo, deveria apoiar as reformas que a própria candidata disse que não precisava?
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19866 Mensagem por Clermont » Sex Set 02, 2016 12:18 pm

A baderna como legado.

Editorial do Estadão, 2/09/16.

Se “a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer” – como prometeu em seu discurso de despedida a ex-presidente Dilma Rousseff – inclui insuflar irresponsavelmente a escalada da violência nas ruas, como tem acontecido em São Paulo e outras capitais do País, a própria banida e as chamadas “forças progressistas” que se alinharam contra o impeachment terão de assumir que a barbárie é um meio plenamente justificado para defender “os interesses populares”. Esse, na verdade, é o argumento daqueles que pregam a adoção de regimes de força ou o emprego de meios do terror para dobrar a sociedade a seus desejos – ou “sonhos”, como gostam de dizer.

O que está acontecendo nas ruas – mas também em repartições públicas e universidades – é extremamente preocupante. Em primeiro lugar, porque pode ser o prenúncio de uma grave disruptura política e social cuja simples possibilidade é preciso exorcizar. Em segundo lugar, porque ocorre no momento em que a pacificação nacional é indispensável para que toda a energia do governo e da sociedade se concentre no enorme desafio da reconstrução nacional.

A ex-presidente já se havia dedicado, com sua incompetência, arrogância e sectarismo, a levar o País à beira do abismo. Alardeando sua condição de “mulher honesta”, ela se beneficiou sem hesitação do ambiente de corrupção generalizada que sempre esteve ao seu redor tanto para se reeleger como, no primeiro mandato, para manter uma base parlamentar que coonestou todas as barbaridades da “nova matriz econômica”. Agora, ela própria dá um passo adiante, incitando os brasileiros à divisão, por todos os meios. Despenca no abismo que ela própria abriu a seus pés, mas quer ser seguida pela Nação.

Dilma Rousseff é, finalmente, carta fora do baralho, apesar da trama, urdida por Renan Calheiros com apoio dos petistas e a benevolência de Ricardo Lewandowski, para lhe garantir a manutenção dos direitos políticos. Ela muito dificilmente conseguirá ter voz ativa em qualquer articulação política de oposição ao governo. Mas os insensatos frequentemente sofrem a tentação do abismo e, infelizmente, não perdem a capacidade de convencimento e arregimentação de quem pensa – ou pensa que pensa – como eles. O discurso de despedida da ex-presidente, por exemplo, é um claro estímulo à extrapolação dos limites legais para as manifestações de protesto contra o governo.

Cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna e impedir que a desordem se torne rotina. É preciso saber distinguir o legítimo e democrático direito a manifestação no espaço público da baderna que atenta contra o direito da população de viver seu cotidiano em paz. No primeiro caso, o poder público tem o dever de oferecer aos cidadãos a garantia de se manifestar pacificamente. No segundo, tem a obrigação de impedir a ameaça potencial ou a ação daqueles que infringem a lei. A baderna nas ruas, longe de ser uma forma legítima e democrática de manifestação popular, é um grave atentado ao direito fundamental que os cidadãos, o povo, têm de viver em paz.

Agrava a configuração criminosa das manifestações de crescente violência nas ruas o fato de que, como se tem visto em São Paulo, os confrontos com a polícia são deliberadamente provocados pelos próprios baderneiros, que têm sistematicamente descumprido os acordos previamente estabelecidos com a polícia a respeito de percursos a serem cumpridos, exigência óbvia de qualquer esquema de segurança pública.

O que se viu na quarta-feira nas ruas de São Paulo e ontem em pleno recinto do Senado Federal – onde baderneiros interromperam os trabalhos de uma comissão presidida pelo senador Cristovam Buarque – são exemplos de que os movimentos “populares” estão a transgredir de forma abusiva os limites estabelecidos pela lei. Pois não há “direito” que justifique a violência nas ruas ou a ela sobreviva.

Se as autoridades responsáveis – de modo especial o governador paulista, sempre hesitante nesse assunto – não tiverem a coragem de adotar medidas duras, mas necessárias para impedi-la, essa escalada da violência alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo colocará em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19867 Mensagem por Paisano » Sex Set 02, 2016 12:54 pm

Clermont escreveu:A baderna como legado.

Editorial do Estadão, 2/09/16.

Se “a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer” – como prometeu em seu discurso de despedida a ex-presidente Dilma Rousseff – inclui insuflar irresponsavelmente a escalada da violência nas ruas, como tem acontecido em São Paulo e outras capitais do País, a própria banida e as chamadas “forças progressistas” que se alinharam contra o impeachment terão de assumir que a barbárie é um meio plenamente justificado para defender “os interesses populares”. Esse, na verdade, é o argumento daqueles que pregam a adoção de regimes de força ou o emprego de meios do terror para dobrar a sociedade a seus desejos – ou “sonhos”, como gostam de dizer.

O que está acontecendo nas ruas – mas também em repartições públicas e universidades – é extremamente preocupante. Em primeiro lugar, porque pode ser o prenúncio de uma grave disruptura política e social cuja simples possibilidade é preciso exorcizar. Em segundo lugar, porque ocorre no momento em que a pacificação nacional é indispensável para que toda a energia do governo e da sociedade se concentre no enorme desafio da reconstrução nacional.

A ex-presidente já se havia dedicado, com sua incompetência, arrogância e sectarismo, a levar o País à beira do abismo. Alardeando sua condição de “mulher honesta”, ela se beneficiou sem hesitação do ambiente de corrupção generalizada que sempre esteve ao seu redor tanto para se reeleger como, no primeiro mandato, para manter uma base parlamentar que coonestou todas as barbaridades da “nova matriz econômica”. Agora, ela própria dá um passo adiante, incitando os brasileiros à divisão, por todos os meios. Despenca no abismo que ela própria abriu a seus pés, mas quer ser seguida pela Nação.

Dilma Rousseff é, finalmente, carta fora do baralho, apesar da trama, urdida por Renan Calheiros com apoio dos petistas e a benevolência de Ricardo Lewandowski, para lhe garantir a manutenção dos direitos políticos. Ela muito dificilmente conseguirá ter voz ativa em qualquer articulação política de oposição ao governo. Mas os insensatos frequentemente sofrem a tentação do abismo e, infelizmente, não perdem a capacidade de convencimento e arregimentação de quem pensa – ou pensa que pensa – como eles. O discurso de despedida da ex-presidente, por exemplo, é um claro estímulo à extrapolação dos limites legais para as manifestações de protesto contra o governo.

Cabe às autoridades constituídas reprimir a baderna e impedir que a desordem se torne rotina. É preciso saber distinguir o legítimo e democrático direito a manifestação no espaço público da baderna que atenta contra o direito da população de viver seu cotidiano em paz. No primeiro caso, o poder público tem o dever de oferecer aos cidadãos a garantia de se manifestar pacificamente. No segundo, tem a obrigação de impedir a ameaça potencial ou a ação daqueles que infringem a lei. A baderna nas ruas, longe de ser uma forma legítima e democrática de manifestação popular, é um grave atentado ao direito fundamental que os cidadãos, o povo, têm de viver em paz.

Agrava a configuração criminosa das manifestações de crescente violência nas ruas o fato de que, como se tem visto em São Paulo, os confrontos com a polícia são deliberadamente provocados pelos próprios baderneiros, que têm sistematicamente descumprido os acordos previamente estabelecidos com a polícia a respeito de percursos a serem cumpridos, exigência óbvia de qualquer esquema de segurança pública.

O que se viu na quarta-feira nas ruas de São Paulo e ontem em pleno recinto do Senado Federal – onde baderneiros interromperam os trabalhos de uma comissão presidida pelo senador Cristovam Buarque – são exemplos de que os movimentos “populares” estão a transgredir de forma abusiva os limites estabelecidos pela lei. Pois não há “direito” que justifique a violência nas ruas ou a ela sobreviva.

Se as autoridades responsáveis – de modo especial o governador paulista, sempre hesitante nesse assunto – não tiverem a coragem de adotar medidas duras, mas necessárias para impedi-la, essa escalada da violência alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo colocará em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.
Estranho...

Quando eram os coxinhas et caterva a fazer manifestações contra o governo impedido, esse jornal(?) não fazia esse tipo de editorial.

E o como esse jornal(?) define o que aconteceu com os ex-ministros Mantega, Patrus Ananias e Jaques Wagner, que foram hostilizados em um hospital e em restaurantes?

Aliás, o jornal(?) em questão também faz parte da turma que adora um golpe.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19868 Mensagem por Bolovo » Sex Set 02, 2016 2:50 pm

Clermont escreveu:Se as autoridades responsáveis – de modo especial o governador paulista, sempre hesitante nesse assunto – não tiverem a coragem de adotar medidas duras, mas necessárias para impedi-la, essa escalada da violência alimentada pelo ressentimento e pelo revanchismo colocará em risco, real e imediato, as liberdades fundamentais dos cidadãos.[/size]
O Estadão adora dar chapa branca pro Alckimin. Esse jornalzinho da família Mesquita é sempre ridículo.

Acabou a conciliação de classes. Agora é pau! Golpista só merece isso.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19869 Mensagem por J.Ricardo » Sex Set 02, 2016 3:21 pm

nveras escreveu:
J.Ricardo escreveu:Plebiscito já!

República X Monarquia parlamentarista
ou Presidencialismo X Parlamentarismo
Monarquia parlamentarista. Veja bem. Se o Rei for bom ele pode consertar um país. Se o rei for ruim, nada diferente do que temos hoje. Outra vantagem seria sustentar uma única família real, porque hoje, sustentamos muitas. :mrgreen:
concordo, sou monarquista, embora saiba que nunca mais seremos, pra mim, foi a única época que fomos um nação de verdade.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19870 Mensagem por Bolovo » Sex Set 02, 2016 4:13 pm

No processo contra Dilma, não há acusações de corrupção, mas crimes que têm a ver com a visão ideológica lulopetista, com o tempero brizolista da ex-presidente.

Pqp! Até a Globo confirma que contra a Dilma não há nada.

http://oglobo.globo.com/opiniao/para-qu ... t-20028401
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19871 Mensagem por prp » Sex Set 02, 2016 4:13 pm

Me parece que os fascistas saíram da caixinha. kkkkkkk
Jornalecos defendendo pau em manifestantes, que beleza. Cada vez mais tenho certeza que estou do lado certo.
Pobre dos animais que acham tudo isso muito lindo e certo. kkkkkk

Serão os primeiros a se foderem.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19872 Mensagem por prp » Sex Set 02, 2016 4:15 pm

Bolovo escreveu:No processo contra Dilma, não há acusações de corrupção, mas crimes que têm a ver com a visão ideológica lulopetista, com o tempero brizolista da ex-presidente.

Pqp! Até a Globo confirma que contra a Dilma não há nada.

http://oglobo.globo.com/opiniao/para-qu ... t-20028401
Em outras palavras, democracia de cu é rola, minha ideologia perdeu as eleições, mas foda-se, damos um golpe.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19873 Mensagem por Bolovo » Sex Set 02, 2016 4:42 pm

Foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (2) a Lei 13.332/2016, que flexibiliza as regras para abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso. Crédito suplementar é um reforço a uma despesa já prevista na lei orçamentária.

http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... -orcamento


A Dilma foi cassada terça-feira por uma coisa que foi legalizada hoje. É, de fato não foi golpe. :roll: [003] [003] [003]
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19874 Mensagem por Wingate » Sex Set 02, 2016 5:05 pm

J.Ricardo escreveu:
nveras escreveu: Monarquia parlamentarista. Veja bem. Se o Rei for bom ele pode consertar um país. Se o rei for ruim, nada diferente do que temos hoje. Outra vantagem seria sustentar uma única família real, porque hoje, sustentamos muitas. :mrgreen:
concordo, sou monarquista, embora saiba que nunca mais seremos, pra mim, foi a única época que fomos um nação de verdade.
Se o rei for ruim... :twisted:


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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#19875 Mensagem por mmatuso » Sex Set 02, 2016 5:20 pm

Mas toda pessoa com o minimo de observação sabe que a Dilma foi tirada do cargo por própria inabilidade politica e não outras razões.

Desculpa arramam qualquer uma quando querem tirar alguém do poder, poderia até ser ela ter tomado uma multa de transito.
Trancado