Missão de Paz no Haiti

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DELTA22
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1966 Mensagem por DELTA22 » Qui Jan 21, 2010 11:18 am

marcelo l. escreveu:
DELTA22 escreveu:3500 Destaque: :?:
Fiquei "pulando de barco" onde??? Seja bastante específico, por favor.

[]'s.
Delta nem foi uma colação pensando aqui ou no seu texto, vai ficar meio confuso para variar, mas o Brasil tem que tomar muito cuidado com as nova situação dele, nem foi bem por que ele quis, mas caiu no colo a perda de espaço no continente tanto dos EUA, México, Argentina e agora Venezuela.

O Brasil pela nossa fragilidade histórica vinhamos sempre aceitando só negociar acordos multilaterais no ambito do mercasul, nem daria para ser diferente depois do que ocorreu no campo das tarifas, onde o Itamaraty deixou os setores brasileiros na mão em 1990 e a situação do país era um caco mesmo, além dos EUA fazerem troça, mas eles estavam certos ficamos de costas para América Latina e o Atlântico.

O campo do Haiti, eu não vi com bons olhos a ida do NJ, achei meio desnecessário, que os americanos querem proeminência e fizeram algumas coisas certas, mas de um modo digamos tradicional e unilateral deles é verdade. Mas, o Brasil poderia ficar mais na sombra da ONU, por que nem vale uma discussão com os EUA sobre os ocorridos, nem existe tanto interesse do país de ser a nação líder das tropas da ONU, se você quer ser multilateral tem que esperar e aguentar as críticas, mas no final é melhor a ajuda chegando, a população tendo controle dos gastos, e nada de poderes especiais para ninguém.

Há sim uma vontade que nem é do governo de ajudar mais, mas nem sempre o excesso de ajuda vai melhorar as coisas, a estrutura social desenhada anteriormente apesar da perda dos espaços físicos parece funcionar pelos informes do pessoal do Viva Rio, pastoral etc...Tentar alguma proeminência maior com o Preval depois da proposta Hilary, é aceitar o velho esquema centraliza a ajuda assistencialista no governo e nos amigos dele, eu prefiro ter um mapa da situação do que restou da sociedade civil e apoiar nela com controle social.

Mas, retornando o Brasil tem hoje uma situação inédita no continente que foi duramente conquistada com muitas concessões e sempre seguindo o multilateralismo, essa fórmula deu certo até o momento, o problema que ao ganhar musculatura queremos ser mais proeminentes, mas agora nesse patamar é diferente das derrotas diplomáticas para cargos...agora vai ser esse espaço é meu ou agora sou eu...Só acho melhor continuar na lentidão do multilateralismo até por que maior proeminência sozinhos é mais gastos.
Marcelo, creio que agora compreendi o que você disse. Quando você disse "só não dá para ficar pulando de barco quando te interessa", é sobre a postura do Brasil neste caso. É isso, não?

Desculpe a leitura errada que creio ter feito. :oops:

[]'s




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1967 Mensagem por Marino » Qui Jan 21, 2010 11:22 am

Militares serão homenageados hoje em Brasília

Presidente convoca ministros para cerimônia, na qual será entregue medalha post mortem



BRASÍLIA e PORTO PRÍNCIPE. O governo prepara uma homenagem especial para os militares brasileiros mortos no Haiti. A solenidade terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que convocou todos os seus 37 ministros para participar do ato. As honras militares acontecerão hoje à tarde, na Base Aérea de Brasília.

Na noite de terça-feira, antes de os corpos dos 17 militares mortos pelo terremoto no Haiti — na madrugada de ontem, foi encontrado o corpo do major Marcio Guimarães Martins — embarcarem para o Brasil, houve uma cerimônia na base aérea de Porto Príncipe. Os caixões foram cobertos com a bandeira azul da ONU, e o coronel João Batista Bernardes, comandante das forças militares brasileiras, leu uma mensagem destacando o profissionalismo dos colegas mortos.

Tratados como heróis, eles deverão receber uma medalha e uma promoção post mortem. Os corpos de 17 militares chegaram ontem à noite a Brasília e seriam velados na Base Aérea, com a presença de familiares. No caso do major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho, por exemplo, ele deverá ser enterrado já como tenente-coronel. As viúvas receberão uma bandeira do Brasil, que cobrirá o caixão até momentos antes do enterro. As famílias dos oficiais mortos no Haiti serão indenizadas.

A cerimônia na Base Aérea tem previsão de durar uma hora e contará com uma salva de tiros executada pela tropa do Exército. Em seguida, um toque de corneta sinalizará o pedido de um minuto de silêncio em homenagem aos mortos.

Depois disso, aqueles que moravam em Brasília seguem em um carro de combate para o Cemitério Campo da Esperança, onde ocorrerá um velório.

Às 20h de ontem, os caixões com os corpos dos militares mortos no Haiti foram recebidos na Base Aérea por soldados perfilados. Um a um, os caixões foram levados para um galpão onde aconteceria o velório. Todos os caixões estavam cobertos com a bandeira do Brasil. (Catarina Alencastro, Luiza Damé e Chico de Gois).




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1968 Mensagem por Marino » Qui Jan 21, 2010 11:29 am

ANÁLISE

O que as tropas brasileiras estão fazendo no Haiti?

HÉLIO SCHWARTSMAN

DA EQUIPE DE ARTICULISTAS



Solidariedade não é antônimo de reflexão. O imperativo de ajudar os haitianos neste momento extremo não deve servir de pretexto para calar a pergunta fundamental: o que tropas brasileiras estão fazendo na nação caribenha?

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca fez segredo de que aceitou o comando da Minustah em 2004 como parte de sua estratégia para obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança (CS) da ONU. Para alcançar esse objetivo, calculava o Itamaraty, o Brasil precisava mostrar-se protagonista nos acontecimentos internacionais.

A principal falha desse projeto é que são extremamente reduzidas as chances de ocorrer uma reforma da ONU nos moldes acalentados pela diplomacia brasileira. A maioria das nações até concorda com a ideia abstrata de uma reformulação da ONU. A instituição, afinal, ainda opera sob o paradigma geopolítico que imperava após a 2ª Guerra, que deu aos cinco países vencedores do conflito (EUA, Rússia, Reino Unido, França e China) poder de vetar qualquer resolução do CS.

O acordo sobre a reforma, entretanto, cessa assim que se começam a detalhar as propostas de ampliação do CS.

O Japão e a Alemanha, pelo tamanho de suas economias, seriam candidatos óbvios a assumir uma vaga permanente. Também o seriam, por seu porte e localização, o Brasil e a Índia. É compreensível, porém, que a Itália não esteja tão certa de que deva ser a Alemanha o novo representante europeu. De modo análogo, México e Argentina não veem com bons olhos a reivindicação brasileira.

No Oriente, a situação é ainda pior. É mais fácil imaginar Pequim recebendo o dalai-lama com honras de chefe de Estado do que concordando em dar um assento ao arqui-inimigo histórico Japão. E a China, vale lembrar, tem poder de veto sobre qualquer reforma. O Paquistão prefere ver a Caxemira em chamas a entregar à Índia o bônus de uma cadeira permanente.

Equacionar essas e muitas outras complicações numa fórmula aceitável para todas as nações e seus respectivos aliados com poder de veto no CS é tarefa fadada ao fracasso.

Não obstante o irrealismo do sonho itamaratiano, a busca por esse assento dourado tem sido o eixo da política externa brasileira nos últimos anos.

É em nome dessa obsessão que nossas tropas estão no Haiti. Foi para exercer o tal do protagonismo internacional que o Brasil, contrariando suas tradições diplomáticas, meteu-se em enrascadas como o apoio quase incondicional a Manuel Zelaya em Honduras.

Foi para contentar eleitores importantes na política da ONU que o país repetidamente votou no Conselho de Direitos Humanos para livrar de condenações tiranos como o sudanês Omar al Bashir e os governantes chineses e cubanos.

É possível que a presença do Brasil no Haiti seja positiva. Mas, neste caso, o governo deveria ser capaz de justificá-la com argumentos políticos que vão além de bandeiras eleitorais e sonhos megalomaníacos.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1969 Mensagem por marcelo l. » Qui Jan 21, 2010 11:34 am

DELTA22 escreveu: Mas, retornando o Brasil tem hoje uma situação inédita no continente que foi duramente conquistada com muitas concessões e sempre seguindo o multilateralismo, essa fórmula deu certo até o momento, o problema que ao ganhar musculatura queremos ser mais proeminentes, mas agora nesse patamar é diferente das derrotas diplomáticas para cargos...agora vai ser esse espaço é meu ou agora sou eu...Só acho melhor continuar na lentidão do multilateralismo até por que maior proeminência sozinhos é mais gastos.
Marcelo, creio que agora compreendi o que você disse. Quando você disse "só não dá para ficar pulando de barco quando te interessa", é sobre a postura do Brasil neste caso. É isso, não?

Desculpe a leitura errada que creio ter feito. :oops:

[]'s[/quote]
O erro foi meu...empreguei muito mal as palavras e ficou distorcido, por isso peço desculpas.
Mas sim, é sobre a postura do Brasil...por que o pior que pode ocorrer nesse momento ao meu ver, é um discurso que não vai ser discrepante com a ação. Se querem mudar a regra do jogo que pelo menos chamem todos os envolvidos na operação que vai dos militares e diplomatas.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1970 Mensagem por ciclope » Qui Jan 21, 2010 12:28 pm

Eu tenho lido na imprensa em geral é aqui no forum, muitas manifestações contra e a favor da atuação americana no Haiti.
Na maioria das vezes inaltecendo o poder americano como se fosse uma humilhação aos demais países participantes, tipo eu posso voçês não, ou eu não pergunto eu faço. Tudo bem eles são isso tudo mesmo, más o pessoal daqui que deveria ter um pensamento mais pragmático, parece sego pelo antiamericanismo como todos os demais da população.
Lembremos o que nós diferencia em relação aos americanos não é tanto o seu poder militar é nem a sua grande velocidade de mobilização.
Eles mobilizaram e podem mobilizar uma quantidade bem maior de tropas, que ao meu ver foi até timido no inicio pois eles tem todas as vantagens estratégicas para isso. Estão práticamente do lado do haiti, o que facilita muito as suas ações do ponto de vista da lógistica e operações.
Nós em contra partida estamos bem mais distantes.
Eles rapidamente deslocaram uma grande quantidade de tropas é equipamento sem esperar a autorização de seu congresso que acredito por questões culturais só pergunta o porque depois.
Já o Brasil primeiro pergunta se pode é depois se mobiliza para ir, é isso em uma situação de emergencia. Tem muita coisa para mudar nesse país para termos o minimo de condições de aspirar a um acento permanente no CS!




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1971 Mensagem por prp » Qui Jan 21, 2010 12:42 pm

ciclope escreveu: Eles rapidamente deslocaram uma grande quantidade de tropas é equipamento sem esperar a autorização de seu congresso que acredito por questões culturais só pergunta o porque depois.
Já o Brasil primeiro pergunta se pode é depois se mobiliza para ir, é isso em uma situação de emergencia. Tem muita coisa para mudar nesse país para termos o minimo de condições de aspirar a um acento permanente no CS!
No caso dos EUA foi uma emergencia, o brasil também poderia enviar tropas antes de pedir ao congresso, não ocorreu porque não houve nessecidade, pois dependia da ONU, como as disposições da ONU demoram mais para serem efetuadas resolveram pedir autorização do congresso antes. O que acho até normal visto que não tem que passar por questionamentos depois.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1972 Mensagem por Marino » Qui Jan 21, 2010 1:52 pm

Reportagem de hoje no DFTV.
Não deixem de ver.
Aqueceu o coração deste velho marinheiro.
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0 ... +POVO.html




Editado pela última vez por Marino em Qui Jan 21, 2010 2:39 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1973 Mensagem por Enlil » Qui Jan 21, 2010 1:53 pm

U-27 escreveu:
Anton escreveu:Claro que teriam coragem se tivessem uma arma dessas!
Não fizeram isso em Hiroshima e Nagasaki com uma arma que ninguém mais tinha na época.
Não passaram por cima da ONU e invadiram o Iraque por causa de petróleo.
Não incentivaram a produção de heroina no Afeganistão na época da invasão soviética.

não misture as coisas
japão e eua estavam em guerra e o japão não dava sinais de que iria se render!
então foi a escolha, ao inves de perder milhões, perdem 200 mil inimigos;

no iraque sim foi uma presepada, mas ne mde longe se comparada a um ataque a civis em um país em pessimo estado.

e a ultima
bem, guerra fria.
Negativo. Desde de maio de 1945 o Japão deu evidências claras q queria terminar com a Guerra. Ordens do Imperador Hiroíto. Mas isso é discussão para o tópico WWII...




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1974 Mensagem por DELTA22 » Qui Jan 21, 2010 1:57 pm

http://www.fab.mil.br/portal/haiti/fotos/2001/corpo/foto01.jpg http://www.fab.mil.br/portal/haiti/fotos/2001/corpo/foto04.jpg http://www.fab.mil.br/portal/haiti/fotos/2001/corpo/foto05.jpg http://www.fab.mil.br/portal/haiti/fotos/2001/corpo/foto07.jpg




Editado pela última vez por DELTA22 em Qui Jan 21, 2010 2:03 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1975 Mensagem por Enlil » Qui Jan 21, 2010 2:02 pm

Knight escreveu:
Bolovo escreveu: Eu adoro o Itamaraty. Querem que sejamos respeitados como potência, ao menos regional. Bem, alguém tem que explicar para eles que não se proclama potência, mas sim se assume. Ou é ou não é. E as ações que é bom, nada. Muito lenga lenga e pouco trabalho. Assim fica complicado.

Sem defender o Itamaraty, mas tem que ter coerência também.
Ele passa anos defendendo o multilareralismo, o fortalecimento das entidades supranacionais, o respeito a soberania, a reciprocidade etc.

De repente jogar isso pro alto e dando uma volta na ONU chegar botando banca no Haiti ?
Não é justamente isso que o Itamaraty vive criticando na postura dos norte americanos?
Nosso caminho não é por aí. Nesse caminho não temos como competir ainda.
Estamos indo bem pelo lado da eficiência. Vamos lá com menos gente, mas resolvemos.

Acho que temos espaço para usar parte dos U$15 milhões de ajuda prometidos e levar equipes de engenharia, financiar obras de infra pelo BNDES, construir escolas de tempo integral etc.

Levar soldados fora do combinado com a ONU é enfraquecer a ONU.
Seria possível fazer um acordo emergencial com a ONU em 24 horas. Levou uma semana porque o mico de autorizar a ampliação da força e ninguém se comprometer seria o descrédito. Nossa burocracia também não ajuda.

Obama viu uma oportunidade e aproveitou. Melhora a imagem para o público interno e manda uma mensagem para o mundo: "Estamos prontos" (viu eixo do mau... não folga não)

O Bush não teve assertividade no caso do Katrina. Foi uma visão de que o Estado não deve se meter para cicatrizar feridas sociais, não foi falta de recursos.
Bastava uma cartinha de próprio punho dele, determinando e dando poderes para alguém competente que o resultado tinha sido outro.

Estamos no Haiti trabalhando e fazendo bonito, se não fazemos mais é por deficiências burocráticas nossas. Nem ponho toda culpa em A ou B, é coisa do nosso modelo presidencialista com cabresto parlamentar mesmo.
X2.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1976 Mensagem por PQD » Qui Jan 21, 2010 2:39 pm

Corpo de diplomata brasileiro morto no Haiti é velado no Rio
Ele era segundo na linha de comando da missão de estabilização do país
Corpo de Luiz Carlos da Costa será enterrado em Nova Iorque.

O corpo do diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, morto no terremoto que atingiu o Haiti na semana passada, começou a ser velado por volta das 12h30 desta quinta-feira (21), no Palácio do Itamaraty, no Rio. Ele era o segundo na linha de comando da missão de estabilização do país. O velório acontece até as 17h.

Imagem



A cerimônia conta com a presença de militares, representantes da ONU, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e familiares do diplomata.



A esposa e as filhas de Luiz Costa vieram dos Estados Unidos para acompanhar o velório. A mãe e uma irmã do brasileiro, que moram no Rio, também participam da cerimônia.


Na sexta-feira (22), o corpo deverá ser levado para Nova Iorque, onde será enterrado no sábado (23). Vice-representante do secretário-geral da ONU, Luiz é um dos 21 brasileiros mortos na tragédia.

Missa lembra Zilda Arns

Na última quarta-feira (20), também no Rio, uma missa homenageou Zilda Arns e as outras vítimas brasileiras. A cerimônia foi celebrada pelo arcebispo Dom Orani Tempesta, na paróquia Nossa Senhora Carmo da Antiga Sé, no Centro. Voluntários da Pastoral da Criança prestaram homenagens à fundadora da organização.

Também na quarta-feira, na base aérea do Galeão, 130 militares embarcaram para o Haiti para substituir tropas que estão lá. Militares do Paraguai também foram mandados e devem ficar sob o comando do Exército Brasileiro.









sei que não é problema de ninguem a não ser da familia do falecido, mas po o cara é diplomata do Brasil, e será enterrado nos Eua? Eu nunca iria querer ser enterrado fora do meu pais...




Editado pela última vez por PQD em Qui Jan 21, 2010 2:44 pm, em um total de 3 vezes.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1977 Mensagem por Marino » Qui Jan 21, 2010 2:39 pm

Marino escreveu:Reportagem de hoje no DFTV.
Não deixem de ver.
Aqueceu o coração deste velho marinheiro.
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Não deixem de ver.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1978 Mensagem por Enlil » Qui Jan 21, 2010 2:50 pm

Assisti. Emocionante. Me enche de orgulho. Pena q tenha gente aqui q se preocupe em exaltar os outros...




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1979 Mensagem por Enlil » Qui Jan 21, 2010 2:52 pm

A propósito, como bem lembrado pelo colega Skyway:

Atualizado em 20 de janeiro, 2010 - 22:38 (Brasília) 00:38 GMT

Impressão em Petit Goâve é que 'não há mais nada a ser destruído'

Fabrícia Peixoto
enviada da BBC Brasil a Peiti Goâve, Haiti

Na cidade haitiana de Petit Goâve, que registrou um tremor de magnitude 5.9 nessa quarta-feira, a impressão é de que não há mais nada a ser destruído: o grande terremoto do dia 12 de janeiro colocou abaixo centenas de casas e outras construções, como a principal escola.

Nessa quarta-feira, a terra voltou a se mexer, dessa vez com maior força no sudoeste do país, próximo à cidade que fica a cerca de 50 quilômetros da capital haitiana.

No caminho até lá, rachaduras de até 10 centímetros de espessura cortavam a pista de asfalto.

Mais à frente, um leve tremor é novamente sentido.

Sobrevivência

Humildes, as famílias de Petit Goâve improvisam uma nova moradia, sempre do lado de fora. Na casa de Serge Jean Julien, de 54 anos, 23 pessoas estão hospedadas no quintal, entre pedras que desabaram de sua antiga residência.

Ainda assim, diz, todos correram para o meio da rua quando sentiram o terremoto, pela manhã. “Foi o tempo de pegar as crianças”, acrescenta.

Ele diz que já sentiu “uns três tremores” desde o terremoto do dia 12 e que vive “apreensivo”, mas que “confia na vontade de Deus”.

Julien conta que está sobrevivendo com o que ainda tinha em casa, como algum arroz e legumes e que não há água.

“Ouvi dizer que outros países estão nos ajudando, mas ninguém veio aqui até agora”, diz.

Na entrada da cidade, há um posto da Minustah (a missão de paz das Nações Unidas no país), mas os moradores contam que "não é possível encontrar ajuda lá”.

“Eles têm apenas alguns soldados”, diz Jhonny Laguerre, de 32 anos, que atua como um líder comunitário.

A dona-de-casa Edouard Jean Felix, de 52 anos, acomodou sua família debaixo de uma árvore, numa tentativa de minimizar o calor, que nesses dias chega facilmente a 35 graus centígrados.

“Fico imaginando o que vai acontecer na hora da chuva”, diz Edouard, apontando para as tendas improvisadas com lençol.

Enquanto a ajuda não chega, moradores de Petit Goâve adotam suas próprias medidas. A principal delas é quebrar o asfalto até encontrarem as tubulações de água.

“Não é limpa, mas está servindo”, conta Laguerre. Em uma folha de papel, ele mostra como registra as cerca de 20 pessoas que à noite se reúnem para dormir em uma pequena praça.

“O que mais gostaríamos, nesse momento, é de tendas que nos protejam das chuvas”, diz.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... e_rc.shtml




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1980 Mensagem por Knight » Qui Jan 21, 2010 2:53 pm

http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1455946-10043-274,00-O+QUE+E+REPRESENTAR+UM+POVO.html escreveu: O que é representar um povo? Nossos militares rezaram para agradecer por estarem no Haiti no momento do Terremoto. “Graças a Deus, a gente estava aqui. Foi a primeira coisa que eu pensei”, ressalta o sargento Marco Antônio Leôncio.
O mundo em volta acabando, irmãos de farda morrendo e "Graças a Deus, a gente estava aqui"

É um outro Brasil que muitos não conhecem, mas que mostra o nosso valor como brasileiros.

Estes são os brasileiros que me representam, não porque eu tenha o mesmo desprendimento, mas porque é o exemplo deles que quero seguir.

BZ




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