Alfredo762 escreveu:Lima
Concordo plenamente que uma linha de montagem para 36 aviões é muita coisa. Vejamos. Chegarão os primeiros em 2014. Quando tempo levaremos para ter todos esses 36 aviões? Levando em conta a produção dele para a Força Aérea Francesa? Não temos o poder da clarividência para saber o futuro, mas podemos ver que será uma data bem afastada de 2025.
Aa partir daí, quanto tempo para começarmos a nossa montagem? Acha que a incorporação de tecnologia se dá em poucos anos? Sinto-lhe dizer que não. Pelo contrário. Isso demanda muuuuuito tempo.
Nesse ponto a proposta sueca sai na frente. Simples. Iríamos montar aqui o primeiro NG, com peças feitas aqui, também. Já no primeiro dia estaríamos no aprendizado e incorporação de tecnologias. Isso com a proposta francesa é impossível. Ficaríamos na “venda casada” para termos isso, ou seja, ou compramos mais de 36 ou ficamos chupando o dedo.
O Gripen jamais foi projetado para ser sucesso de vendas. A Suécia queria seu caça. Pronto. Surgia assim o primeiro 4° geração operacional da história. Isso foi em 1993. Antes dessa data, temos duas décadas de projetos e pesquisas. Naquela época, era a saudosa Guerra Fria.
Como ele vai exportar?
E a França nesse contexto? Ela tinha uma fatia invejável do mercado com a família MIII/V/50. O que aconteceu com o M2000? Poucos países o utilizaram. E o atual caça francês? Somente nós.
O que aconteceu? Porque a França, detentora de uma posição de destaque na aviação militar perdeu tanto terreno? O seu concorrente Gripen, hoje, foi mais exportado que o seu rival francês.
Hoje a única tarefa que um gripen não realiza é a naval. Porque de resto, faz a mesmíssima coisa que o seu rival francês. Com a diferença de ter sido mais exportado.
Não é PROBE, não é seu raio de ação, que vai fazer a coisa decair. Se assim fosse, ele jamais teria sido exportado para África do Sul e a versão Tcheca jamais teria um PROBE.
Agora, essa do embargo... não. Respeito a sua posição, mas penso de forma contrária. Generalizar não é o melhor dos caminhos a trilhar.
Alfredo
Olá Alfredo,
2014 até 2018 se não me falha a memória os primeiros chegariam ainda em 2013. Não o número de unidades / mês é mais ou menos um caça por mês... na verdade a conta é outra mas na média são aproximadamente entre 4 e 5 anos a partir de 2013.
Com relação a montagem ela se daria inicio antes de 2013 assim como a incorporação dos sistemas BR... veja bem amigo, não confunda essas datas são datas de entrega e os caças estariam sendo fabricados anos antes disso dependndo somente da assinatura do contrato...
... o mesmo vale para o SH... ou seja, desculpe mas a sua afirmativa está bem equivocada.
Na verdade a proposta sueca não sairia na frente mesmo por um simples motivo:
- Não existe nenhum ferramental e equipamento industrial do Gripen NG no planeta terra... só dentro de computador.
Veja bem... não existe nada calibrado, aferido, criado, testado para cortar um pedacinho de chapa que se chame Gripen NG.
Enquanto isso o Rafale e o SH saem das fabricas todos os meses e toda a logística industrial de criação da aeronave e colocando as partes juntas e montando e fabricando já é existente, testada e funcional.
... Ou seja, essa sua outra afirmativa infelizmente está completamente equivocada.
O Gripen que vendeu mais foi o C...
Na verdade vários países fizeram foi "leasing" os sul-africanos não e os Tailandeses trocaram frango por 6 deles.
Esse é o Gripen C amigo e não estamos debatendo ele, pois na boa até gosto dessa aeronave.
Não acho que isso serve de base de discussão para o NG de maneira alguma... por um simples motivo...
Não existe NG voando por aí e a F A Sueca possui "zero" deles.
Infelizmente no mundo militar o "probe" faz muita diferença e o caso da Africa do Sul e Tchecos são diferentes pois um é comprador e o outro está fazendo leasing.
Infelizmente eu discordo desse seu último texto porque algumas afirmativas estão equivocadas e não estamos falando de Gripen C aqui...
Resumindo:
Gripen C não é Gripen NG
Se integração demorar para uma aeronave que existe, imagine para uma que não
2013/2018
Aeronaves sendo produzidas assim que os contratos e os financiamentos forem acertados e vale para todas as aeronaves
Ferramental de fabricação assim como logística para a fabricação e montagem existem tanto para Rafale/SH
Gripen NG, precisa ainda "congelar" o projeto, fechar direito todas as parcerias, assinar contratos e definir corretamente os componentes das parcerias industriais (em comum acordo e não eles decidem e nós obedecemos), precisa de protótipo, teste, teste, teste, teste, criação de todo o maquinário, enviar coisa daqui para ali (logística), ter 1 avião pronto, qualificar com todas as armas (do zero porque o avião não existe)... qualificar para REVO, para suporte, para logística, para teste mecânicos... fazer o Fly By Wire funcionar (eu sugiro especial atenção nesse item pois o Gripen sofreu com isso... imagina um Gripen "maior"), etc.
Como sugestão amigo sugiro ler um pouco sobre a história da industrialização do AM-X para ilustrar... obviamente os tempos eram outros, mas muitas coisas são ainda as mesmas (o Livro do Ozires Silva é um bom referêncial).
[]s
CB_Lima