Fórum Defesa Brasil

RenaN escreveu:Admin Edit.

Perguntas assim por MP.

Qualquer Moderador pode responder.

Carlos Mathias escreveu:Olha, a EMBRAER e qualquer empresa está abaixo na escala de prioridades governamentais em relação ao país.

A empresa fez bem em se desculpar.

Concordo,

ela pode ter a opnião que quiser desde que guarde para ela e bem guardado.

Esse processo não precisa de mais gente tentando apitar.

[]s
CB_Lima

Caros

Um peso, duas medidas... por favor.

Na época do Fx 1, quando a Embraer apresentou o M2000BR, todos eram só elogios.

Agora ela deve ficar calada? Por que ela não concordou com a vontade dos outros?

Não. De forma alguma.

É ela que receberá parte da Tecnologia a ser transferida. Para os que não sabem, o DCTA não tem o mesmo complexo que a Embraer tem para uma linha de montagem de qualquer caça. Futuros projetos complexos ficam nas mãos dela.

Sempre se soube que ela não apita, e nunca apitaria nada. Não entendo essa reprovação toda.

O recado da Embraer foi dado. Tanto é que a nota dela não desmente nada...


Alfredo

Alfredo,

A reprovação, da minha parte pelo menos, decorre do fato de que a declaração pública não ajuda e até prejudica.
A opinião da empresa não foi solicitada pela FAB? E presume-se que deve ter sido emitida em alguma ocasião anterior. Ou o recado é para a FAB?
Para quem é o recado?

E quem está reprovando essa atitude o fez também no tempo do FX-1, pode pesquisar. Não tenho certeza sobre o inverso.

Abraços

AlbertoRJ escreveu:Alfredo,

A reprovação, da minha parte pelo menos, decorre do fato de que a declaração pública não ajuda e até prejudica.
A opinião da empresa não foi solicitada pela FAB? E presume-se que deve ter sido emitida em alguma ocasião anterior. Ou o recado é para a FAB?
Para quem é o recado?

E quem está reprovando essa atitude o fez também no tempo do FX-1, pode pesquisar. Não tenho certeza sobre o inverso.

Abraços

x2
Correto

Essa é uma concorrência muito séria e quaisquer declarações sobre favorecimentos por parte inclusive da Embraer (que seria/será uma beneficiada) não ajuda o conceito de neutralidade que se esperaria de tal empresa.

Meus 2 cents.

Ou seja, é bom para ela mesmo se manter "neutra" (pelo menos aos olhos dos jornais/publicos)
[]s
CB_Lima

Aquilo não foi opinião da Embraer, foi apenas um diretor falando demais. Ainda bem que já saiu uma nota corrigindo o diretor bocudo:

Embraer diz em comunicado que não participa da seleção do novo caça da FAB
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil
Ter, 29 de Setembro de 2009 18:00
Empresa reafirma apoio ao Comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa.

Da Redação
A Embraer afirmou em comunicado divulgado no final da tarde que não participa do processo seletivo do Projeto F-X2 da FAB e que reitera "seu incondicional apoio" e "estreito alinhamento com o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa". A empresa disse também que, "diferente do publicado, não tem preferência por nenhuma das propostas encaminhadas".

A Embraer foi envolvida em uma polêmica após reportagem do jornal Valor Econômico atribuir preferência da empresa pelo caça sueco Gripen NG. Após a reportagem, o Ministro da Defesa Nelson Jobim declarou que a escolha da nova aeronave da Força Aérea Brasileira não seria influenciada pela empresa brasileira.

Leia a íntegra da nota:
COMUNICADO EMBRAER – F-X2

São José dos Campos, 29 de setembro de 2009 – Com relação à matéria veiculada no jornal “Valor Econômico” na data de 28 de setembro de 2009, a Embraer esclarece que não participa diretamente do processo de seleção do novo caça F-X2 para a Força Aérea Brasileira e, diferentemente do publicado, não tem preferência por nenhuma das propostas encaminhadas. A Embraer reitera seu incondicional apoio ao dito processo, sempre em estreito alinhamento com o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa.

Uma pequena reflexão:

Como bom brasileiro, o vice-presidente de defesa da Embraer apenas seguiu o exemplo de nosso representante máximo, o presidente da república. Se o presidente disse que preferia o Rafale, para depois o Ministério da Defesa vir a público dizer que isso não prejudicava a continuidade da concorrência, parece-me absolutamente normal que o VP venha dizer que prefere o Gripen, para depois a empresa dizer que não se mete na escolha a ser feita pelo governo.

Pelo que li rapidamente por aqui (é difícil acompanhar o DB ultimamente), o sentimento geral é de que a Embraer está traindo os interesses do país ao fazer essa declaração, visando apenas o vil metal. Ok. Mas e o nosso presidente, visava o que quando declarou sua preferência?

Mas o nosso Exe Presidente seeempre " nao sabia de nada " .

A-29 escreveu:Uma pequena reflexão:

Como bom brasileiro, o vice-presidente de defesa da Embraer apenas seguiu o exemplo de nosso representante máximo, o presidente da república. Se o presidente disse que preferia o Rafale, para depois o Ministério da Defesa vir a público dizer que isso não prejudicava a continuidade da concorrência, parece-me absolutamente normal que o VP venha dizer que prefere o Gripen, para depois a empresa dizer que não se mete na escolha a ser feita pelo governo.

Pelo que li rapidamente por aqui (é difícil acompanhar o DB ultimamente), o sentimento geral é de que a Embraer está traindo os interesses do país ao fazer essa declaração, visando apenas o vil metal. Ok. Mas e o nosso presidente, visava o que quando declarou sua preferência?

Acho que um erro não justifica o outro. Acredito que as declarações de preferência do Lula e do Jobim sejam erradas do ponto de vista ético. Pode até ser que façam algum sentido serem feitas, nós sabemos que no mercado de armas tudo que não se tem é ética. Mesmo assim, acredito que a maioria aqui reprova essa atitude. A maioria defendeu que o processo fosse conduzido pela FAB até o final, que a Força entregasse os relatórios, e o governo decidisse. Esse seria o normal. Recentemente li uma frase de uma pessoa que de uma maneira está ligada a uma das partes interessadas (governo). Ela dizia mais ou menos assim: "Soberania e interesse nacional se sobrepõem à etiqueta do 1° mundo."

Mas isso ser feito pelo Presidente ou Ministro, já me parece questionável. Agora, ser feita por uma empresa? É completamente descabido. Reitero o que eu falei. A Embraer, como uma das principais beneficiárias da tecnologia, pode e realmente deve ser chamada para dar sua opinião técnica. Não há nenhum mal aí, pelo contrário, se o Brasil quer repassar tecnologias para a indústria, nada melhor do que ouvir a opinião da própria indústria. Isso não significa, porém, que a escolha deverá ser o da preferência da indústria. Basta que o concorrente politicamente preferido também seja capaz de oferecer transferência semelhante. Portanto, a Embraer não poderia jamais ter tornado pública sua preferência por A, B ou C. Tanto sabe que não pode, que emitiu esse comunicado.

Agora, vou dizer de novo, eu contei como foi essa "declaração". Foi no dia da cerimônia de entrega do EMB-190 da Presidência. Nosso correspondente por lá ouviu. Era mais uma conversa entre o Orlando (VP de Defesa) e a Virgínia (Valor) do que propriamente uma entrevista. Não sei se ele estava falando em off. Não sei se estava falando o que a Embraer queria realmente que fosse dito. Fato é que gerou mais um problema.

Vou lembrar que o F-X1 acabou justamente porque o governo não conseguiu conter as parcerias entre concorrentes. Se viu em uma sinuca de bico com as empresas brasileiras que assumiram um lado. Isso já está acontecendo agora, a FIESP é pró-Gripen NG e a pressão que está sendo feita na imprensa contra o Rafale é muito por conta disso.

Para mim, essa de falar demais do Presidente e do Ministro, sendo estratégia ou não, abriu brecha para bagunçar o meio de campo e passarem a achar que valia tudo. Um processo que seguia praticamente perfeito até setembro, está quase parecendo um filme repetido do F-X1.

O erro está na mensagem. O governo está tentando justificar a escolha do Rafale com "transferência irrestrita". O problema é que a Saab está jogando duro e mostrando que, em termos de tecnologia, pode ser tão ou mais competitiva que a Dassault. Não vou entrar no mérito. Não vou entrar no ciclo vicioso de componentes de terceiros, etc. Mas a mensagem que o governo passa é que se preocupa com transferência de tecnologia. A Saab conseguiu passar para a indústria e, consequentemente, para imprensa, que também faz isso e faz melhor. Se isso é verdade ou mentira, pouco importa nessa discussão. Fato é que as mensagens estão aí circulando.

O governo precisará justificar o Rafale pelo lado geo-político. Pela transferência de tecnologia, não vai colar. Não adianta tentarem criticar aqui dentro do DB. Aqui pode colar. Aqui podemos até entender e concordar. Mas lá fora, pra FIESP, pra imprensa, não vai colar o discurso atual.

A-29 escreveu:Uma pequena reflexão:

Como bom brasileiro, o vice-presidente de defesa da Embraer apenas seguiu o exemplo de nosso representante máximo, o presidente da república. Se o presidente disse que preferia o Rafale, para depois o Ministério da Defesa vir a público dizer que isso não prejudicava a continuidade da concorrência, parece-me absolutamente normal que o VP venha dizer que prefere o Gripen, para depois a empresa dizer que não se mete na escolha a ser feita pelo governo.

Pelo que li rapidamente por aqui (é difícil acompanhar o DB ultimamente), o sentimento geral é de que a Embraer está traindo os interesses do país ao fazer essa declaração, visando apenas o vil metal. Ok. Mas e o nosso presidente, visava o que quando declarou sua preferência?

PERFEIRO !

Creio que logo vem um coléga e sugere que fechemos a EMBRAER e fundemos a EMBOLER ( empresa bolivariana de aeronáutica ).

Tome Dreyer, que dessa macio e reanima.

Vinicius, parabéns pela clareza.
Eu acho que o Presidente também estava errado se demonstrava preferência mas agora, no 7 de setembro, lembrem-se, ele disse que o Rafale foi o avião escolhido.

[]'s

Uma coisa não estou entendendo . Dizem que os franceses oferecem melhor repasse tecnológico , transferência total dizem eles , embora que nossos 36 Rafale serão 100% franceses , 6 inteiramente montados lá e 30 montados aqui com peças francesas . O Gripen é malhado por não repassar tecnologias porque a Saab não pode repassar o que é de terceiros , mas está mostrando que não só vai repassar como vai co-produzir a totalidade dos NG com os brasileiros , para qualquer mercado mundial e com ampla participação de empresas nacionais .Afinal , as ToT francesas são para ficar num banco de dados , coisa assim , elas servirão apenas para um futuro distante?Me parece lógico que empresas brasileiras , FAB e demais entidades que tenham os pés no chão prefiram o Gripen .E nem estou comentando custos de aquisição e os "custos sobre todo o ciclo de vida " do avião...Isso não desmerece o Rafale , sem dúvida , em termos técnicos até acho a aeronave mais capaz . O seu custo-benefício é que tem saltado aos olhos por ser difícil de aceitar , para nossa realidade. A decisão vai ser política e deve favorecer o Rafale , na onda do acordo mais amplo com a França . Isoladamente acredito que seria o pior negócio entre os 3 concorrentes.

Alberto

Acompanho o Fx desde 1996.

Na época do M2000BR na Embraer, a única coisa que vi era um grupo reprovando por questões de gosto. Era a turma Flankerista.

Nada mais.


Alfredo

A-29

Darei a minha opinião.

Todos sabem que a Embraer prefere o Gripen. Isso nunca, insisto, nunca foi segredo. Para ela a proposta sueca é a que melhor poderá atrair vantagens para FAB e a ela.

Não há a necessidade da Embraer vir a público e dizer isso. Já não basta defecada que o atual presidente fez ao intencionar o rafaleco. Assim como o Nelson chegar a ironizar abertamente propostas alheias.

Em nenhum momento a Embraer partiu para essa artimanha infanto-juvenil. Porque ela não precisa disso. Em minha humilde opinião, o diretor da Embraer nada deveria ter dito.

O que chama a atenção é essa reprovação pelo simples fato do diretor dizer uma coisa que todos já sabiam.

Bom, isso não é nada depois do 7 de stembro.


Alfredo