Wall Street Journal prega ataque de Israel ao Irã
Editorial do Wall Street Journal
O golpe nuclear do Irã
Ahmadinejad e Lula expõem a diplomacia infeliz de Obama
Que fiasco. Esta é a primeira palavra que veio à mente ao ver Mahmoud Ahmadinejad levantar seus braços ontem com os líderes da Turquia e do Brasil para celebrar o novo pacto atômico que instantanemamente tornou irrelevantes os 16 meses de “diplomacia” do presidente Obama. O acordo foi um golpe político de Teerã e possivelmente representa um coup de grace nas tentativas titubeantes do Ocidente de evitar que o Irã tenha a sua bomba nuclear.
Crédito total do debacle deve ser dado ao governo Obama e sua infeliz estratégia diplomática. Em outubro passado, nove meses depois de seu engajamento com Teerã, a Casa Branca inventou um plano para transferir parte do estoque de urânio do Irã para enriquecimento fora do país. Se o Ocidente não tinha como parar o programa do Irã, o pensamento era de que talvez este esquema pudesse adiá-lo. Os iranianos fizeram que não era com eles, em seguida se negaram a aceitar a oferta.
Mas o sr. Obama não aceita não como resposta de regimes bandidos e manteve a proposta na mesa. Quando finalmente os Estados Unidos pareciam prontos a ir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por mais sanções, os iranianos escolheram ontem aceitar o acordo em seus termos limitados e alistaram o Brasil e a Turquia como facilitadores e escudos políticos. “A diplomacia emergiu vitoriosa hoje”, declarou o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, usando o maior princípio da política externa do sr. Obama contra ele.
O embaraço duplo é que os Estados Unidos tinham encorajado a diplomacia de Lula como um passo para conseguir apoio dele para as sanções da ONU. O Brasil é atualmente um dos membros rotativos, não-permanentes, do Conselho de Segurança, e os Estados Unidos buscavam um voto unânime na ONU. Em vez disso, Lula usou a chance para triangular sua própria solução diplomática. Em seu primeiro jogo de poquer diplomático de alto calibre, a secretária de Estado Hillary Clinton está deixando a mesa vestida apenas em um barril.
Assim, em vez dos Estados Unidos e da Europa colocarem o Irã contra a parede nesta primavera, o sr. Ahmadinejad colocou o sr. Obama num canto. O desconforto dos Estados Unidos é óbvio. Numa declaração de ontem, a Casa Branca tentou “acolher as tentativas” da Turquia e do Brasil enquanto notava “os repetidos fracassos do Irã em cumprir seus compromissos”. A Casa Branca também tentou apontar as diferenças entre o pacto de ontem e os acordos originais de outubro sobre a transferência de urânio.
Boa sorte nessa tentativa com os chineses e russos, que agora estarão menos inclinados a concordar mesmo com sanções fracas. Tendo jogado um papel tão proeminente nas conversas de outubro passado com o Irã, os Estados Unidos não podem facilmente se dissociar de alguma coisa que segue as linhas gerais daquele desenho.
Sob os termos revelados ontem, o Irã disse que mandaria 1.200 quilos (2.646 libras) de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia dentro de um mês e em não mais de um ano receberia 120 quilos enriquecidos em algum lugar fora do país. Isso faz ainda menos sentido que o acordo defeituoso de outubro. Nestes sete meses, o Irã acelerou suas atividades de enriquecimento. É estimado que seu estoque total chegou a 2.300 quilos de urânio, ante 1.500 quilos no outono passado, e seu objetivo de enriquecimento passou de 3,5% para 20%.
Se o Ocidente aceitar este acordo,
o Irã terá permissão para continuar a enriquecer urânio em contravenção de resoluções prévias da ONU. Remover os 1.200 quilos vai deixar o Irã com um estoque de urânio suficiente para fazer a bomba, e se o urânio for enriquecido a 20% se torna tecnicamente mais fácil chegar a níveis de enriquecimento necessários para a bomba.
Na semana passada, diplomatas da Agência Internacional de Energia Atômica informaram que o Irã aumentou o número de centrífugas usadas para enriquecer urânio. De acordo com estimativas de agências de inteligência ocidentais, o Irã continua a comprar componentes-chave, como mecanismos-gatilho para bombas. Teerã diz que quer contruir novas usinas para enriquecimento de urânio. A CIA disse recentemente que o Irã triplicou seu estoque de urânio no ano passado e se moveu “em direção à autossuficiência em mísseis nucleares”.
O acordo de ontem não terá impacto sobre essas atividades ilícitas.
O acordo, no entanto, tornará quase impossível acabar com o programa nuclear do Irã a não ser através de ação militar. As Nações Unidas são certamente uma rua sem saída. Depois de 16 meses de mãos estendidas
e de não dar apoio à oposição democrática do Irã, o sr. Obama agora está diante de um Irã muito mais próximo da bomba e menos isolado diplomaticamente de que quando o presidente Bush deixou o cargo.
I
srael terá de considerar seriamente suas opções militares. Tal confronto é muito mais provável graças ao double-cross diplomático de Tayyip Erdogan, da Turquia, de Lula, do Brasil,
e especialmente graças a um presidente dos Estados Unidos cuja diplomacia foi bem sucedida acima de tudo em persuadir os estados-bandidos de que ele não tem a determinação necessária para enfrentar suas ambições destrutivas.
Fonte:Wall Street Journal via Plano Brasil.
Realmente imparcial o WSJ... Que eu saiba quem assinou o TNP, não so pode enriquecer urânio, quanto tem este direito esplícito no tratado... os Yankees e Israelenses querem a guerra e BASTA !
Valeu !!