Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
"Nova lei é insuficiente para alavancar defesa"
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Um dos mais profundos conhecedores de aeronáutica do País, criador do primeiro núcleo de desenvolvimento de empresas aeroespaciais, Lauro Ney Batista criou em 1991 sua companhia, a Lane Design, para fornecer serviços de design à indústria aeroespacial e de defesa e descobriu um universo totalmente estagnado, repleto de dificuldades para o pequeno e médio empresário. Projetista aeronáutico com mais de 30 anos na indústria aeroespacial e de defesa, Batista tem em seu currículo passagem por Avibrás, Engesa e Embraer.
Desde 2004, é coordenador da Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial (Cedaer), uma comissão de empresas aeronáuticas da região do Vale do Paraíba que busca soluções para o setor e suporte para estimular investimentos que revertam o quadro de dificuldades enfrentadas até agora. Depois da sanção da nova lei que beneficia a indústria de defesa, no último dia 21, pela presidente Dilma Rousseff, Batista falou com exclusividade ao DCI. Leia, abaixo, trechos da entrevista.
DCI: Hoje existe uma disputa entre cidades e estados na reativação da indústria de defesa, englobada pelo segmento aeroespacial. Qual é a sua análise sobre este momento?
Lauro Ney Batista: A competição para atrair empresas sempre existiu. Mas hoje os setores aeronáutico e de defesa têm se destacado devido aos programas governamentais de reaparelhamento das Forças Armadas. Destaco o programa dos submarinos da Marinha, e dos caças FX-2 e do cargueiro KC-390, da FAB. Com relação à lei de incentivos fiscais, a medida ajuda, mas é insuficiente para alavancar o desenvolvimento das empresas do setor, pois beneficia somente na segunda parte do processo. Ou seja, concede descontos ou isenções de impostos sobre o faturamento, mas não garante o principal, que é o próprio faturamento. E, sem contratos, como vem ocorrendo na última década, não há faturamento e de nada adianta incentivo.
DCI: Como cidades com polos consolidados podem se beneficiar?
LNB: Principalmente pela atração de novas empresas e pelo crescimento das existentes. Empresas de forte conteúdo tecnológico e com produtos de alto valor agregado geralmente têm uma ampla rede de fornecedores especializados, a chamada cadeia produtiva. Essa também se beneficia do crescimento das grandes companhias, gerando um efeito "bola de neve" positivo. Isto é algo que deverá acontecer na região de Taubaté, no Vale do Paraíba, após os planos de expansão anunciados há poucos dias pela Volkswagen do Brasil. Haverá demanda por novos fornecedores, o que propiciará o crescimento da cadeia automotiva local. O mesmo ocorrerá em Sorocaba, com o Centro de Manutenção da Embraer.
DCI: São Bernardo, Sorocaba e São Carlos, além do polo mineiro, são candidatas a centros aeroespaciais. Qual o motivo desta descentralização do eixo Rio-São Paulo?
LNB: Os principais motivos são a falta de espaço físico e o desinteresse das autoridades locais em fornecer soluções. Desde 2004 a Cedaer tenta, em vão, convencer os governos municipal e federal da importância de se criar uma área empresarial no aeroporto de São José dos Campos, permitindo a expansão da Embraer e também a instalação de outras empresas aeronáuticas no município. Como não há interesse político, as empresas estão se mudando para outras regiões, incluindo a Embraer, que já tem unidades em Botucatu, Gavião Peixoto e Sorocaba.
DCI: O criador da Embraer, Ozires Silva, disse que São José - maior centro aeroespacial do Brasil - não estava se preparando para as exigências do mercado e sofreria consequências. Você concorda?
LNB: Concordo integralmente. Na verdade, São José nunca se preparou para nada neste sentido. Tanto a criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), como, posteriormente, da Embraer, foram obra do governo federal, ainda na época do regime militar, que valorizava a indústria aeronáutica de defesa. Por isso, nos anos 80, tivemos a maior expansão já vivenciada pelo setor, com a consolidação da Embraer, Avibrás e Engesa. Atualmente, porém, não apenas o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) parece ter perdido totalmente a sua função de incentivar
a indústria, como também a administração pública em São José parou no tempo, dormindo sobre os louros. O resultado é a fuga de investimentos atual.
DCI: O senhor criou a Cedaer, que atuou na década passada para restituir a indústria de defesa e aeronáutica na região do Vale do Paraíba. Como está a entidade hoje?
LNB: Está praticamente parada, pois fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance e agora dependemos da chamada "vontade política" do governo federal e do governo do município. Enquanto isso, muitas empresas da região, que compunham o grupo, estão passando por sérias dificuldades, se mudaram para outras regiões ou, nos piores casos, simplesmente fecharam as portas. Os casos mais emblemáticos são aquelas criadas nas incubadoras, que não têm como se instalar em São José e são forçadas a se mudar para outras regiões. O maior paradoxo é que existe uma incubadora para empresas instaladas dentro do próprio DCTA, mas as empresas que se graduam não têm como se instalar no aeroporto em que nasceram. Seria cômico se não fosse trágico.
DCI: Houve sucateamento do setor? Quem é responsável?
LNB: Bom, não se pode dizer que houve um sucateamento generalizado, pois empresas como a Embraer, que já está consolidada, conseguem progredir com seus próprios esforços. Mas as demais estão quase em completo abandono. E o principal responsável é o governo federal, que até hoje não tem uma política de desenvolvimento para o setor aeroespacial. Sempre que o governo acena com algum "programa", não passa de mera propaganda. O caso FX-2 é exemplo disso: se arrasta por mais de uma década e deve entrar para a história mundial como um dos mais ridículos exemplos de como não se fazer uma compra militar. E enquanto países bem menores que o Brasil em quase todos os aspectos, como a Suécia, têm condições de vir nos oferecer jatos supersônicos, não conseguimos sequer comprar o que já está pronto no mercado. Uma vergonha.
DCI: Quais são as alternativas para essa situação?
LNB: Enquanto não houver uma verdadeira política de estado, e não apenas de governo, para o desenvolvimento da indústria aeroespacial nacional, todas as ações terão pouca eficácia. O governo brasileiro deveria se espelhar no dos EUA, que têm reais políticas de incentivo à indústria, em especial para a aeroespacial e de defesa, considerados estratégicos para o país. Lá, 40% das compras governamentais têm que ser feitas de pequenas empresas. No caso de compras militares, as vencedoras também precisam repassar 40% da sua produção, o que garante a sobrevivência dos pequenos. Aqui no Brasil é exatamente o oposto. Excelente exemplo disso é o programa do KC-390. No início, o governo e a Força Aérea Brasileira fizeram a maior propaganda, de que o programa iria incentivar a indústria nacional etc. e fizeram eventos pomposos. Mas no início do seu mandato a presidente Dilma cortou as verbas do Ministério da Defesa e hoje não há um único fornecedor nacional para o programa KC.
DCI: A nova lei de estimulo à indústria de defesa conseguirá ser aplicada sem a abertura de créditos especiais para pesquisa?
LNB: Sem uma política abrangente, qualquer programa não passará de propaganda. O maior problema do Brasil é que gastam-se bilhões com supérfluos, corrupção e projetos mal elaborados, enquanto pesquisa e desenvolvimento ficam relegados a um quinto plano, principalmente aquelas tecnologias que garantem a nossa soberania. No Brasil, as empresas precisam usar seus recursos ou recorrer a empréstimos para bancar os programas do governo, como o caso da minha empresa, que fez empréstimos para financiar a capacitação para fechar acordos com os concorrentes do FX-2, entre eles Boeing, SAAB e Dassault, e no fim ficamos no prejuízo. E agora, quem paga a conta?
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Um dos mais profundos conhecedores de aeronáutica do País, criador do primeiro núcleo de desenvolvimento de empresas aeroespaciais, Lauro Ney Batista criou em 1991 sua companhia, a Lane Design, para fornecer serviços de design à indústria aeroespacial e de defesa e descobriu um universo totalmente estagnado, repleto de dificuldades para o pequeno e médio empresário. Projetista aeronáutico com mais de 30 anos na indústria aeroespacial e de defesa, Batista tem em seu currículo passagem por Avibrás, Engesa e Embraer.
Desde 2004, é coordenador da Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial (Cedaer), uma comissão de empresas aeronáuticas da região do Vale do Paraíba que busca soluções para o setor e suporte para estimular investimentos que revertam o quadro de dificuldades enfrentadas até agora. Depois da sanção da nova lei que beneficia a indústria de defesa, no último dia 21, pela presidente Dilma Rousseff, Batista falou com exclusividade ao DCI. Leia, abaixo, trechos da entrevista.
DCI: Hoje existe uma disputa entre cidades e estados na reativação da indústria de defesa, englobada pelo segmento aeroespacial. Qual é a sua análise sobre este momento?
Lauro Ney Batista: A competição para atrair empresas sempre existiu. Mas hoje os setores aeronáutico e de defesa têm se destacado devido aos programas governamentais de reaparelhamento das Forças Armadas. Destaco o programa dos submarinos da Marinha, e dos caças FX-2 e do cargueiro KC-390, da FAB. Com relação à lei de incentivos fiscais, a medida ajuda, mas é insuficiente para alavancar o desenvolvimento das empresas do setor, pois beneficia somente na segunda parte do processo. Ou seja, concede descontos ou isenções de impostos sobre o faturamento, mas não garante o principal, que é o próprio faturamento. E, sem contratos, como vem ocorrendo na última década, não há faturamento e de nada adianta incentivo.
DCI: Como cidades com polos consolidados podem se beneficiar?
LNB: Principalmente pela atração de novas empresas e pelo crescimento das existentes. Empresas de forte conteúdo tecnológico e com produtos de alto valor agregado geralmente têm uma ampla rede de fornecedores especializados, a chamada cadeia produtiva. Essa também se beneficia do crescimento das grandes companhias, gerando um efeito "bola de neve" positivo. Isto é algo que deverá acontecer na região de Taubaté, no Vale do Paraíba, após os planos de expansão anunciados há poucos dias pela Volkswagen do Brasil. Haverá demanda por novos fornecedores, o que propiciará o crescimento da cadeia automotiva local. O mesmo ocorrerá em Sorocaba, com o Centro de Manutenção da Embraer.
DCI: São Bernardo, Sorocaba e São Carlos, além do polo mineiro, são candidatas a centros aeroespaciais. Qual o motivo desta descentralização do eixo Rio-São Paulo?
LNB: Os principais motivos são a falta de espaço físico e o desinteresse das autoridades locais em fornecer soluções. Desde 2004 a Cedaer tenta, em vão, convencer os governos municipal e federal da importância de se criar uma área empresarial no aeroporto de São José dos Campos, permitindo a expansão da Embraer e também a instalação de outras empresas aeronáuticas no município. Como não há interesse político, as empresas estão se mudando para outras regiões, incluindo a Embraer, que já tem unidades em Botucatu, Gavião Peixoto e Sorocaba.
DCI: O criador da Embraer, Ozires Silva, disse que São José - maior centro aeroespacial do Brasil - não estava se preparando para as exigências do mercado e sofreria consequências. Você concorda?
LNB: Concordo integralmente. Na verdade, São José nunca se preparou para nada neste sentido. Tanto a criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), como, posteriormente, da Embraer, foram obra do governo federal, ainda na época do regime militar, que valorizava a indústria aeronáutica de defesa. Por isso, nos anos 80, tivemos a maior expansão já vivenciada pelo setor, com a consolidação da Embraer, Avibrás e Engesa. Atualmente, porém, não apenas o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) parece ter perdido totalmente a sua função de incentivar
a indústria, como também a administração pública em São José parou no tempo, dormindo sobre os louros. O resultado é a fuga de investimentos atual.
DCI: O senhor criou a Cedaer, que atuou na década passada para restituir a indústria de defesa e aeronáutica na região do Vale do Paraíba. Como está a entidade hoje?
LNB: Está praticamente parada, pois fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance e agora dependemos da chamada "vontade política" do governo federal e do governo do município. Enquanto isso, muitas empresas da região, que compunham o grupo, estão passando por sérias dificuldades, se mudaram para outras regiões ou, nos piores casos, simplesmente fecharam as portas. Os casos mais emblemáticos são aquelas criadas nas incubadoras, que não têm como se instalar em São José e são forçadas a se mudar para outras regiões. O maior paradoxo é que existe uma incubadora para empresas instaladas dentro do próprio DCTA, mas as empresas que se graduam não têm como se instalar no aeroporto em que nasceram. Seria cômico se não fosse trágico.
DCI: Houve sucateamento do setor? Quem é responsável?
LNB: Bom, não se pode dizer que houve um sucateamento generalizado, pois empresas como a Embraer, que já está consolidada, conseguem progredir com seus próprios esforços. Mas as demais estão quase em completo abandono. E o principal responsável é o governo federal, que até hoje não tem uma política de desenvolvimento para o setor aeroespacial. Sempre que o governo acena com algum "programa", não passa de mera propaganda. O caso FX-2 é exemplo disso: se arrasta por mais de uma década e deve entrar para a história mundial como um dos mais ridículos exemplos de como não se fazer uma compra militar. E enquanto países bem menores que o Brasil em quase todos os aspectos, como a Suécia, têm condições de vir nos oferecer jatos supersônicos, não conseguimos sequer comprar o que já está pronto no mercado. Uma vergonha.
DCI: Quais são as alternativas para essa situação?
LNB: Enquanto não houver uma verdadeira política de estado, e não apenas de governo, para o desenvolvimento da indústria aeroespacial nacional, todas as ações terão pouca eficácia. O governo brasileiro deveria se espelhar no dos EUA, que têm reais políticas de incentivo à indústria, em especial para a aeroespacial e de defesa, considerados estratégicos para o país. Lá, 40% das compras governamentais têm que ser feitas de pequenas empresas. No caso de compras militares, as vencedoras também precisam repassar 40% da sua produção, o que garante a sobrevivência dos pequenos. Aqui no Brasil é exatamente o oposto. Excelente exemplo disso é o programa do KC-390. No início, o governo e a Força Aérea Brasileira fizeram a maior propaganda, de que o programa iria incentivar a indústria nacional etc. e fizeram eventos pomposos. Mas no início do seu mandato a presidente Dilma cortou as verbas do Ministério da Defesa e hoje não há um único fornecedor nacional para o programa KC.
DCI: A nova lei de estimulo à indústria de defesa conseguirá ser aplicada sem a abertura de créditos especiais para pesquisa?
LNB: Sem uma política abrangente, qualquer programa não passará de propaganda. O maior problema do Brasil é que gastam-se bilhões com supérfluos, corrupção e projetos mal elaborados, enquanto pesquisa e desenvolvimento ficam relegados a um quinto plano, principalmente aquelas tecnologias que garantem a nossa soberania. No Brasil, as empresas precisam usar seus recursos ou recorrer a empréstimos para bancar os programas do governo, como o caso da minha empresa, que fez empréstimos para financiar a capacitação para fechar acordos com os concorrentes do FX-2, entre eles Boeing, SAAB e Dassault, e no fim ficamos no prejuízo. E agora, quem paga a conta?
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Valor Econômico
Gespi Aeronáutica vende participação
Virgínia Silveira
São José dos Campos - O grupo israelense Rafael Sistemas Avançados de Armamento Ltda anunciou ontem que adquiriu 40% das ações da brasileira Gespi Aeronáutica, empresa de São José dos Campos especializada em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais.
O presidente da Gespi, João Scarparo, disse que o acordo prevê o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil na área de sistemas de defesa e mísseis. Em comunicado, a Rafael informou que a aquisição faz parte da expansão das atividades industriais e comerciais no Brasil.
"A aquisição da Gespi nos permite implementar a política estratégica do governo brasileiro na área de transferência de tecnologia avançada e de conhecimento para projetos do Ministério da Defesa e de várias agências de segurança de produção local, oferecendo oportunidades de emprego no Brasil e de exportação para países", disse Lova Drori, vice-presidente Sênior de Marketing da Rafael.
Segundo a Rafael, os acionistas da Gespi seguem nas posições atuais da empresa e serão mantidas as atividades da companhia em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais. Os detalhes do acordo serão anunciados hoje, durante a LAAD Security 2012, Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, que acontece no Rio de Janeiro.
Gespi Aeronáutica vende participação
Virgínia Silveira
São José dos Campos - O grupo israelense Rafael Sistemas Avançados de Armamento Ltda anunciou ontem que adquiriu 40% das ações da brasileira Gespi Aeronáutica, empresa de São José dos Campos especializada em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais.
O presidente da Gespi, João Scarparo, disse que o acordo prevê o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil na área de sistemas de defesa e mísseis. Em comunicado, a Rafael informou que a aquisição faz parte da expansão das atividades industriais e comerciais no Brasil.
"A aquisição da Gespi nos permite implementar a política estratégica do governo brasileiro na área de transferência de tecnologia avançada e de conhecimento para projetos do Ministério da Defesa e de várias agências de segurança de produção local, oferecendo oportunidades de emprego no Brasil e de exportação para países", disse Lova Drori, vice-presidente Sênior de Marketing da Rafael.
Segundo a Rafael, os acionistas da Gespi seguem nas posições atuais da empresa e serão mantidas as atividades da companhia em manutenção e reparo de turbinas aeronáuticas e industriais. Os detalhes do acordo serão anunciados hoje, durante a LAAD Security 2012, Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, que acontece no Rio de Janeiro.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Sobre a matéria acima:
Noticias
English translation
FIDAE 2012
Lova Drori, Rafael: “En LAAD Security anunciaremos un acuerdo de asociación con una empresa brasileña”
02/04/2012
(Infodefensa.com) A. V. Suárez, Santiago de Chile – La compañía israelí Rafael continua trabajando en los mercados de América del Sur para consolidar su presencia sin dejar de seguir creciendo. Lova Drori, vicepresidente ejecutivo de Marketing de la compañía, en entrevista con Infodefensa.com durante FIDAE 2012, alababa el nivel de delegaciones presentes en el show chileno, una gran oportunidad para encontrarse con usuarios, socios y clientes.
Para Rafael el mayor éxito es “hacer negocios por mucho tiempo, que el cliente utilice varias generaciones de un sistema por estar satisfecho”, apunta el directivo. Sus cuatro principales mercados corresponden con Chile, Brasil, Colombia y Perú. Será en Brasil, la próxima semana, coincidiendo con otro importante evento en la región, LAAD Security, donde anunciarán la firma de un acuerdo de colaboración con una empresa local para trabajar en futuras oportunidades ligadas a la Seguridad Pública.
¿Qué espera Rafael de FIDAE 2012?
FIDAE proporciona una excelente oportunidad para Rafael de presentar sus sistemas y soluciones, las que ya son parte integrada en las fuerzas armadas de Chile, Brasil, Colombia, Perú y otros países, así como encontrarse con usuarios, socios y clientes.
La historia de Rafael se extiende hace 60 años de desarrollo, producción y marketing en un amplio espectro de sistemas de variedad de campos y actividades, desde sistemas submarinos, hasta navales, terrestres y aéreos, así como soluciones espaciales.
Si hablamos de prioridades, buscamos trabajar durante muchos años siguiendo requerimientos de tiempo, precio y todo tipo de apoyo. El mayor éxito es hacer negocios por mucho tiempo, que el cliente utilice varias generaciones de un sistema por estar satisfecho.
¿Qué productos ofrece Rafael a mercados importantes como Chile y Brasil, entre otros?
La combinación de Rafael de ser un laboratorio nacional en Israel y centro de excelencia con personal de altísima cualificación ha permitido el desarrollo de tecnologías punteras para sus clientes y socios, muchas de las cuales han sido probadas exitosamente en combate. Hace varias semanas el sistema de misil “Iron Dome” medio rango ha interceptado satisfactoriamente más de 50 cohetes de medio rango disparados desde la franja de Gaza hacia Israel.
Al mencionar las familias o sistemas multipropósito Spike, misiles electroópticos multipropósito en el rango 0.5 a 25 kilómetros es un buen ejemplo de precisión, armamento sofisticado que puede ser lanzado desde tierra, mar o aire, con el modo “dispara y olvida”. Este sistema táctico se está beneficiando de capacidad actualizada después de lanzamiento evitando daños colaterales y medioambientales. Los misiles Spike se encuentran en uso por numeroso países y han sido incluso producidos por varios de ellos.
Sistemas de aire de Rafael como el Spyder comprenden los misiles Derby y Python-5, sistemas electro óptico tales como Litening, targeting electroóptico avanzado integrado, pod de navegación para cada caza, el pod Reccelite electro óptico que ofrece a tiempo real colección de imágenes y datos, el Toplite y una gran variedad de capacidades adiocionales.
¿Cuáles son los mercados más importantes?
Principalmente Chile, Brasil, Colombia y Perú. Brasil es un poco diferente, con Brasil pese a ser un país enorme compra grandes sistemas pero en pequeñas cantidades.
Estaremos presentes la semana que viene en LAAD Security, anunciaremos la firma de un acuerdo con una empresa brasileña, local.
¿Podemos dar algún nombre?
No, no podemos decir aún el nombre.
La mayoría de las compañías de Defensa de Brasil son pequeñas no son muy sofisticadas tecnologías. Pero no vamos a comprar una empresa basada en una única tecnología, sino con capacidad de crecer y basados en los requerimientos de Brasil de proporcionar tecnología.
En Brasil somos más activos en Seguridad Pública, sobre todo por próximo Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos.
¿Qué lugar ocupa el mercado de América Latina para Rafael?
Por muchos años decíamos que el mercado más importante es el doméstico, ahora no es suficiente. Como mercados con mayor potencialidad están los Estados Unidos y lejano oriente, y después América Latina.
En la actualidad, el lejano oriente pinta muy bien, así como América Latina. El resto de mercados no tanto, pero seguimos vendiendo en Estados Unidos y otros países.
Estamos invirtiendo esfuerzos para expandir y reforzar la presencia de Rafael en América del Sur, de acuerdo con las posibilidades de una adquisición a la compañía. Es importante enfatizar que no sólo estamos enfocados en el mercado de la Defensa, y sus únicas capacidades, haciendo posible ofrecer sistemas de control de fronteras, SIS und control de varias zonas.
Noticias
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FIDAE 2012
Lova Drori, Rafael: “En LAAD Security anunciaremos un acuerdo de asociación con una empresa brasileña”
02/04/2012
(Infodefensa.com) A. V. Suárez, Santiago de Chile – La compañía israelí Rafael continua trabajando en los mercados de América del Sur para consolidar su presencia sin dejar de seguir creciendo. Lova Drori, vicepresidente ejecutivo de Marketing de la compañía, en entrevista con Infodefensa.com durante FIDAE 2012, alababa el nivel de delegaciones presentes en el show chileno, una gran oportunidad para encontrarse con usuarios, socios y clientes.
Para Rafael el mayor éxito es “hacer negocios por mucho tiempo, que el cliente utilice varias generaciones de un sistema por estar satisfecho”, apunta el directivo. Sus cuatro principales mercados corresponden con Chile, Brasil, Colombia y Perú. Será en Brasil, la próxima semana, coincidiendo con otro importante evento en la región, LAAD Security, donde anunciarán la firma de un acuerdo de colaboración con una empresa local para trabajar en futuras oportunidades ligadas a la Seguridad Pública.
¿Qué espera Rafael de FIDAE 2012?
FIDAE proporciona una excelente oportunidad para Rafael de presentar sus sistemas y soluciones, las que ya son parte integrada en las fuerzas armadas de Chile, Brasil, Colombia, Perú y otros países, así como encontrarse con usuarios, socios y clientes.
La historia de Rafael se extiende hace 60 años de desarrollo, producción y marketing en un amplio espectro de sistemas de variedad de campos y actividades, desde sistemas submarinos, hasta navales, terrestres y aéreos, así como soluciones espaciales.
Si hablamos de prioridades, buscamos trabajar durante muchos años siguiendo requerimientos de tiempo, precio y todo tipo de apoyo. El mayor éxito es hacer negocios por mucho tiempo, que el cliente utilice varias generaciones de un sistema por estar satisfecho.
¿Qué productos ofrece Rafael a mercados importantes como Chile y Brasil, entre otros?
La combinación de Rafael de ser un laboratorio nacional en Israel y centro de excelencia con personal de altísima cualificación ha permitido el desarrollo de tecnologías punteras para sus clientes y socios, muchas de las cuales han sido probadas exitosamente en combate. Hace varias semanas el sistema de misil “Iron Dome” medio rango ha interceptado satisfactoriamente más de 50 cohetes de medio rango disparados desde la franja de Gaza hacia Israel.
Al mencionar las familias o sistemas multipropósito Spike, misiles electroópticos multipropósito en el rango 0.5 a 25 kilómetros es un buen ejemplo de precisión, armamento sofisticado que puede ser lanzado desde tierra, mar o aire, con el modo “dispara y olvida”. Este sistema táctico se está beneficiando de capacidad actualizada después de lanzamiento evitando daños colaterales y medioambientales. Los misiles Spike se encuentran en uso por numeroso países y han sido incluso producidos por varios de ellos.
Sistemas de aire de Rafael como el Spyder comprenden los misiles Derby y Python-5, sistemas electro óptico tales como Litening, targeting electroóptico avanzado integrado, pod de navegación para cada caza, el pod Reccelite electro óptico que ofrece a tiempo real colección de imágenes y datos, el Toplite y una gran variedad de capacidades adiocionales.
¿Cuáles son los mercados más importantes?
Principalmente Chile, Brasil, Colombia y Perú. Brasil es un poco diferente, con Brasil pese a ser un país enorme compra grandes sistemas pero en pequeñas cantidades.
Estaremos presentes la semana que viene en LAAD Security, anunciaremos la firma de un acuerdo con una empresa brasileña, local.
¿Podemos dar algún nombre?
No, no podemos decir aún el nombre.
La mayoría de las compañías de Defensa de Brasil son pequeñas no son muy sofisticadas tecnologías. Pero no vamos a comprar una empresa basada en una única tecnología, sino con capacidad de crecer y basados en los requerimientos de Brasil de proporcionar tecnología.
En Brasil somos más activos en Seguridad Pública, sobre todo por próximo Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos.
¿Qué lugar ocupa el mercado de América Latina para Rafael?
Por muchos años decíamos que el mercado más importante es el doméstico, ahora no es suficiente. Como mercados con mayor potencialidad están los Estados Unidos y lejano oriente, y después América Latina.
En la actualidad, el lejano oriente pinta muy bien, así como América Latina. El resto de mercados no tanto, pero seguimos vendiendo en Estados Unidos y otros países.
Estamos invirtiendo esfuerzos para expandir y reforzar la presencia de Rafael en América del Sur, de acuerdo con las posibilidades de una adquisición a la compañía. Es importante enfatizar que no sólo estamos enfocados en el mercado de la Defensa, y sus únicas capacidades, haciendo posible ofrecer sistemas de control de fronteras, SIS und control de varias zonas.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Tomara que seja uma associação com participação minoritária e não venda do controle
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
40% das ações.NovaTO escreveu:Tomara que seja uma associação com participação minoritária e não venda do controle
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Mas é isso mesmo, 40% do capital.NovaTO escreveu:Tomara que seja uma associação com participação minoritária e não venda do controle
Ou acham que a Rafael só não comprou mais 11% porque não tem dinheiro?
A GESPI é aquela que fabrica os tubos da ALAC, algumas estruturas para aeronaves, fabricou um casulo fotográfico para o A-1.
No passado ela chegou também a projetar um treinador básico monomotor com assentos tandem.
Hoje está tentando entrar no setor de energia, com serviços de adaptação de turbinas aeronáuticas para geração.
abraços]
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Por falar em ALAC, nao c ouve mais nada a respeito! alguem tem noticias?
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
A última que eu sei, de 2010, talvez, foi que produziram alguns lotes pilotos, grandinhos até, de 200 unidades, por R$ 10 mil cada. Quando em produção em série a estimativa era que custaria algo como 5 ou 6 mil.marcusv escreveu:Por falar em ALAC, nao c ouve mais nada a respeito! alguem tem noticias?
Acho que é uma arma que vale a pena. Ter umas 10 mil armas destas em estoque não seria nada mal, e nem seria tão caro.
abraços]
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Pois éjumentodonordeste escreveu:Tchau para mais uma.
Bye Bye.
[]s
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Brasileiro escreveu:A última que eu sei, de 2010, talvez, foi que produziram alguns lotes pilotos, grandinhos até, de 200 unidades, por R$ 10 mil cada. Quando em produção em série a estimativa era que custaria algo como 5 ou 6 mil.marcusv escreveu:Por falar em ALAC, nao c ouve mais nada a respeito! alguem tem noticias?
Acho que é uma arma que vale a pena. Ter umas 10 mil armas destas em estoque não seria nada mal, e nem seria tão caro.
abraços]
Estoques dessas armas no Brasil é muito complicado.
Temos um problema crônico de corrupção e isso iria parar, certamente, na mão do tráfico, infelizmente é assim.
Enquanto autoridades militares e civis não se tocarem que o código penal militar tem que ser nada menos do que DRACONIANO e civis pegos usando armas restritas devam ser julgados por ele, bem como o desgraçado que vendeu a peça, essa situação continuará.
Proponho prisão perpétua a militar que se corrompe e ao civil que usa arma desse tipo sem autorização, talvez assim, possamos pensar em estoques.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Adquirir 40% de uma companhia é plano de aquisição e não parceria. Se der lucro ou boas perspectivas de negócios compram o resto ou apenas garantem o controle. Ou utilizam a companhia para "embalar" os produtos que eles desenvolveram e vendem como nacionais.Carlos Lima escreveu:Pois éjumentodonordeste escreveu:Tchau para mais uma.
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- Carlos Lima
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Grifado... Exato e ainda matar eventuais projetos 'locais'.Bourne escreveu:Adquirir 40% de uma companhia é plano de aquisição e não parceria. Se der lucro ou boas perspectivas de negócios compram o resto ou apenas garantem o controle. Ou utilizam a companhia para "embalar" os produtos que eles desenvolveram e vendem como nacionais.Carlos Lima escreveu: Pois é
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Mais uma empresa brasileira indo para Israel e mais dinheiro indo para fora. Obrigado governo!
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Suspeito que depende da situação, se os outros 60% estiverem pulverizados em mais de 1 dono e for menor do que 40% acho que a empresa israelense manda.