Não são caros. Um novo tem mais o menos o mesmo preço do Europeu. Pelo que ouvi falar por pouco menos 200 mil dólares se compra um novo, daqueles top-line. Juntando com o fato do financiamento ser barato, as grandes transportadoras renovam costumam renovar a frota em até três anos. As vezes, se desfazem dos caminhões antes menos da montadora entregar todo o lote adquirido, pois conseguiram fechar um financiamento melhor para comprar de outra marca.
No mercado de usados norte-americano, o preço dos caminhões com mais de 10 anos de uso parece piada. Estava vendo no site de usados "truck paper". Os caminhões Mack ou Volvo ano 2000 se acha por 20 - 30 mil dólares, modelos mais antigos da década de 1990 se acha até por 5 mil dólares (
). O destino desses caminhões após 10 anos de uso é ser sucateado ou exportado para alguém. Inclusive tem um cara que vi em uma comunidade do orkut, que compra Volvo de 20 - 30 mil dólares nos EUA e trás para o Brasil. Mesmo com os inconvenientes burocráticos e imposto, vale a pena.
No Brasil, algumas grandes como a Cocamar estão começando a agir como as norte-americanas. Compram um lote de caminhões de uma montadora, vem outra e oferece condições melhores e trocam tudo. Nesse jogo economizam alguns milhões com o financiamento.
o mercado de usados no brasil é uma doideira. A dificuldade de se comprar um caminhão novo devido ao preço e financiamento, leva a aberrações. Os caminhões velhos são valorizados demais por que não há renovação da frota. Por exemplo, não achei ninguém que explicasse, é por que tem gente que paga quase 100 mil pelo MB 1518 ano 1988/1989. Quando consegue achar um MB 1620 ano 1998/1999 pelo mesmo preço ou, com um pouco mais, um 2004/2005. Vi um cara que herdou um 1518 da familia e está muito animado por que até hoje não descobriu por que o caminhão vale tudo isso e, logo, pretende trocar por um novo ou semi-novo.
Agora, falando de tecnologia dos caminhões norte-americanos. Simplesmente é tão avançada quanto usada nos europeus. A diferença é que o desing é diferente devido aos gostos dos consumidores e características do mercado serem muito diferentes dos europeus.
Por exemplo, um motor de 600 cv acaba economizando combustível, pois sempre trabalha em uma rotação menor e mantém uma velocidade de cruzeiro mais uniforme, quando comparado a motores de menor potência que utilizam a mesma tecnológica. Tanto que a Volvo oferece caminhões de mais de 600 cv na Europa e logo chegará ao Brasil, dizem que uma transportadora já encomendou e tem rodando algumas unidades em teste operacional.
Nos EUA é normal, pois atravessar o deserto, montanhas e enfrentar a neve em longas viagens com um caminhão potente e com tração 6 X 4 é muito mais eficiente. Eles descobriram isso nos anos 1950 e, na medida em que a tecnologia permitiu, a potência cresceu. Observe que o Mack, do filme Convoy da década de 1970, tinha só 275 cv. Na época era o bicho, mas hoje em dia é inacreditável que aquilo atravessava os EUA de ponta a ponta.
Mesmo no Brasil, a nova onda dos caminhões 6 X 2 é ter pelo menos 250 cv e, de preferência, uns 300 cv, antigamente 130 cv ou 160 cv era o bicho e 200 cv era para puxar carreta. Comparado com caminhões menos potentes, a velocidade final não muda, mas a velocidade de cruzeiro é maior, sobe e desce as serras mais rápido e não força o equipamento, levando a maior durabilidade. Além do mais a tecnologia permite que gastem muito menos combustível do que os motores de antigamente. Em um país cheio de serras, semelhante aos EUA, quanto mais potente o caminhão mais uniforme é a velocidade de cruzeiro.