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Re: ITAIPU

Enviado: Sáb Jul 26, 2008 9:29 am
por cvn73
delmar escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Desinformação é tudo. O Brasil paga o preço de mercado pela energia para a ITAIPU BINACIONAL. O Paraguai recebe um valor pequeno da ITAIPU BINACIONAL PORQUE AINDA ESTAMOS PAGANDO (BRASIL E PARAGUAI - ou esquecem que a usina TAMBÉM é deles?) A MALDITA USINA! Assim que a empresa acabar de pagar o que deve, o Paraguai vai receber seu potinho de ouro.
Eu penso que é por aí que poderá sair um acordo. A dívida da parte paraguaia ser renegociada, para ter um novo prazo de vencimento lá por 2035 ou 2040. Assim como está acaba em 2023, parece. Com o alongamento eles continuarão pagando juros e prestações, porém um pouco menores, pois o prazo de pagamento ficou maior. Assim acabarão recebendo uma parcela maior anualmente que é o desejo deles. É o que fazem os bancos e finânceiras quando o cliente reclama que não consegue pagar a prestação de um bem, tipo automovel financiado. Os países também renegociam as dívidas internacionais, que são pagas várias vezes só em juros e comissões. Só que neste caso nós somos o banqueiro e o Paraguai é o cliente.

saudações


Acredito que esta seria uma saída viavel.

Mas e se o discurso for "nosotros no vamos a pagar nada" como era por aqui até um certo tempo atrás ?

Re: ITAIPU

Enviado: Sáb Jul 26, 2008 9:32 am
por cvn73
morcego escreveu:Bem, se tivermos que tomar o PARAGUIAI, penso que seria melhor entregarmos itaipu.

Ninguém merece tamanho fardo.

Re: ITAIPU

Enviado: Dom Jul 27, 2008 9:57 pm
por Pedro Gilberto
cvn73 escreveu:
delmar escreveu: Eu penso que é por aí que poderá sair um acordo. A dívida da parte paraguaia ser renegociada, para ter um novo prazo de vencimento lá por 2035 ou 2040. Assim como está acaba em 2023, parece. Com o alongamento eles continuarão pagando juros e prestações, porém um pouco menores, pois o prazo de pagamento ficou maior. Assim acabarão recebendo uma parcela maior anualmente que é o desejo deles. É o que fazem os bancos e finânceiras quando o cliente reclama que não consegue pagar a prestação de um bem, tipo automovel financiado. Os países também renegociam as dívidas internacionais, que são pagas várias vezes só em juros e comissões. Só que neste caso nós somos o banqueiro e o Paraguai é o cliente.

saudações


Acredito que esta seria uma saída viavel.

Mas e se o discurso for "nosotros no vamos a pagar nada" como era por aqui até um certo tempo atrás ?
Só um detalhe: a dívida da construção da usina não está com os países e sim com a própria ITAIPU. Aliás hoje o maior credor dessa dívida é a ELETROBRÁS e o Tesouro Nacional.

Ou seja se for pra renegociar algo, é a dívida TODA e não só a parte paraguaia. Já tinha dado uma sugestão semelhante, de renegociar com um grupo de bancos com juros menores, com a contrapartida de abater a dívida interna, visto que os pagamentos da ITAIPU compõem o superávit primário. Com isso se anteciparia essa data de 2023 para livrar ITAIPU da dívida e permitir maiores retornos tanto para o Paraguai como o Brasil. Talvez com essa crise sem rumo lá fora, seje melhor aguardar.

http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... a&start=15

Contudo o que o Paraguai pleiteia é aumentar o preço de energia agora e para isso é quem pressionando para rever o tratado de Itaipu, pois sem uma mudança, a empresa ITAIPU BINACIONAL irá continuar operando do jeito que está. De qualquer modo, é bom saber que não são todos que adotam a retórica de Lugo & cia, conforme entrevista a seguir:
Dívida de Itaipu não é do Brasil nem do Paraguai, diz embaixador

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A pouco menos de 15 dias para as eleições gerais no Paraguai, em que será escolhido o novo presidente do país, além de governadores e parlamentares, o embaixador do Paraguai no Brasil, Luis González Arias, conversou com exclusividade com a Agência Brasil.

Entre os temas discutidos, a relação com o Brasil, a geração de energia para o Paraguai na usina hidroelétrica binacional de Itaipu e a situação dos colonos brasileiros que vivem na faixa de fronteira em território paraguaio, os chamados “brasiguaios”.

Nesta primeira parte da entrevista, González Arias trata de Itaipu. Um dos assuntos mais levantados durante a campanha defendido pelos principais candidatos é a renegociação do Tratado de Itaipu no que diz respeito aos valores pagos pelo Brasil ao Paraguai pelo excedente da metade da energia produzida na usina que caberia ao país.

Sobre a dívida da construção da usina, o embaixador diz que não é nem do Brasil nem do Paraguai, mas da própria binacional. “A dívida é de Itaipu, que tem que produzir eletricidade e pagar a sua dívida”.

Agência Brasil: Como está a relação bilateral entre Brasil e Paraguai, tranqüila?
Luis González Arias: Acho que nesses últimos quatro anos, com o governo do presidente [Nicanor] Duarte, as relações estão muito fortalecidas, excelentes; a cooperação com o Brasil é muito maior, o comércio cresceu. Logicamente temos problemas normais da relação bilateral, mas estão todos resolvidos. Temos uma comissão bilateral de monitoramento do comércio que trabalha muito bem. Começou em 2005 e desde então já tivemos 12 reuniões, nas quais resolvemos todos os problemas comerciais, alfandegários, os problemas normais da fronteira, do transporte, situações que emergem com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], com o Ministério da Agricultura do Brasil. De uma lista aproximada de 30 situações com problemas, não fica praticamente nada. Daí surgiu a idéia de aprovar no Brasil o Regime Tributário Unificado (RTU), que foi aprovado pelos deputados, agora passou aos senadores. Daí surgiu a reforma da lei brasileira para equiparar os transportadores paraguaios aos transportadores brasileiros, para transporte internacional de carga, e a segunda ponte está aprovada nas comissões da Câmara, para passar ao Plenário, aqui no Brasil.

ABr: A segunda ponte, próxima à Ponte Internacional da Amizade?
González Arias: A segunda ponte internacional. Tem o financiamento para os estudos, que já estão sendo feitos, a comissão bilateral está trabalhando normalmente. Acho que as relações são excelentes. Com respeito a Itaipu, o governo do presidente Lula e o Congresso aprovaram a lei pela qual tiramos da dívida de Itaipu o fator de ajuste, a dupla indexação da dívida, isso foi retirado no ano de 2007. Além disso, um acordo, antes, para melhorar a compensação pela energia que o Paraguai entrega ao Brasil de Itaipu.

ABr: Essa questão da energia tem sido um ponto bastante discutido na campanha eleitoral. O Brasil paga atualmente pela energia que o Paraguai não usa. São US$ 30 por megawatt, correto?
González Arias: Itaipu tem uma tarifa anual que é fixada sobre a dívida e os compromissos financeiros que tem a cada ano. Assim estabelece o tratado e o Anexo C, que é o anexo financeiro. Royalties, compensações, salários, manutenção e outros gastos de Itaipu Binacional. Então Itaipu produz 92 milhões de kilowatts/hora. Dividindo, a tarifa era de US$ 24,5. Agora tem um repasse do Brasil para converter do ciclo paraguaio para o ciclo brasileiro e a taxa de transporte. O Brasil está pagando em média US$ 30, US$ 39. O Paraguai paga a Itaipu pela energia que usa, 500 mil megawatts/hora mais ou menos, a mesma tarifa. Depois tem a energia compensada, que é o excedente. Então se você mistura esses dois, o preço para o Paraguai pela quantidade pequena que usa é mais barato, mas o preço para os dois países da energia contratada é o mesmo.

ABr: O Paraguai tem direito à metade da produção de Itaipu. a parte que não usa desse total , o país tem de vender ao Brasil, que paga US$ 30 por megawatt/hora. Desses, US$ 20 ficariam para compensação da dívida que Itaipu ainda tem a pagar.
González Arias: O sistema é muito simples. Você me deve dinheiro, eu sou Eletrobrás, e devo dinheiro à companhia paraguaia de eletricidade [Administração Nacional de Eletricidade, Ande]. Itaipu tem dívida com os dois, não com o país. Então, faz-se o orçamento com base no que tem que pagar, que estabelece qual é a tarifa de saída, a tarifa que sai de Itaipu. Esse é o preço que os países pagam. O resto que o Brasil paga de compensação ao Paraguai, US$ 2,27, é outro componente. É uma questão da Eletrobrás o transporte de energia e todas as demais taxas são um problema da Eletrobrás e da Ande, mas Itaipu recebe US$ 20, US$ 24, US$ 25, depende de cada ano, depende do orçamento da tarifa. Somam-se outras despesas e se tem o preço. Mas o Paraguai paga o mesmo preço que o Brasil por essa energia que contrata, não a que usa, porque sobre a produção existe o excedente, e esse Brasil e Paraguai usam a preço muito mais baixo. Na época em que o Brasil não tinha energia suficiente pela seca, ele utilizava muita energia excedente. Paraguai não tinha esse problema. Agora o Paraguai tem assegurada a energia excedente para completar 1,2 milhão de kilowatts que consome em média.

ABr: É essa linha de transmissão que tem sido discutida de Itaipu a Assunção?
González Arias: O problema do Paraguai é o seguinte: ele não tem neste momento uma linha de transmissão de maior potência para uma transferência segura. Então existem dois trabalhos neste momento. Tem que reforçar a atual linha de transporte de 220 megawatts e vai se fazer uma nova linha de 550 kilowatts. Essa linha vai ser financiada - até agora assinamos o acordo para o estudo - ou por Itaipu ou por Eletrobrás e vai ser repassada a conta depois ao Paraguai. Como o Paraguai vai pagar isso vai ser um acordo posterior. Por enquanto, há a possibilidade de que o Paraguai tenha uma nova linha de alta tensão, para usar mais energia de Itaipu, em geral para a indústria e para melhorar o sistema de transmissão do país, que tem falência neste momento porque as linhas estão saturadas. Não é uma discussão, é um acordo assinado pelo chanceler [brasileiro Celso] Amorim com o chanceler paraguaio [Rubén Ramírez], em um memorando de intenção.

ABr: Com essa saturação, chega a faltar energia por problemas técnicos?
González Arias: Não chega a faltar, mas às vezes há alguns cortes; nos dias muito quentes, quando o uso de energia é excessivo, temos uns problemas com as centrais de distribuição.

ABr: Chega a afetar Assunção?
González Arias: Às vezes afeta Assunção ou regiões. Há cortes em metade de Assunção. Mas até agora, sobre afetar a indústria, não sei qual é o impacto.

ABr: Então, melhorar essa linha e construir outra, além de possibilitar o fornecimento de mais energia vai evitar perdas do que sai de Itaipu e às vezes não chega porque está saturada?
González Arias: Exatamente. São duas linhas de 220 megawatts. Uma vai para Limpio e outra para Guarambaré, e dali é distribuída. Atualmente essas linhas estão saturadas porque há muitas outras linhas de saída, e essa linha de 220 megawatts está sendo melhorada. Mas isso está sendo pago pela Ande. A outra linha é para que o Paraguai possa comprometer mais compra, contratar mais uso de energia.

ABr: Sobre a dívida relativa a Itaipu, seria mesmo a maior parte da dívida externa do Paraguai?
González Arias: A dívida de Itaipu é de Itaipu, não é nem do Brasil nem do Paraguai. Itaipu é uma entidade binacional e tem independência dos países. Cada país tem a sua representação e a dívida é de Itaipu, que tem que produzir eletricidade e pagar a sua dívida. É meio a meio, teoricamente, mas a dívida é praticamente toda com a Eletrobrás. Temos ainda uma parcela de US$ 1,89 bilhão com bancos internacionais, mas essa é a última parte do pagamento. Por enquanto se pagou a dívida atrasada, de 1985 a 1996, US$ 4,196 bilhões. Isso foi pago de 1997 até 2001. De 2001 até 2023 está sendo paga a dívida de US$ 12,5 bilhões. De juros, [são] 7,5% agora. Antes eram 7,5% mais o fator de ajuste, que foi tirado. Para a última parte, são 4,5% [de jusros] e US$ 1,29 bilhão que começou a ser pago no final do ano passado. Este ano começa a pagar a cota e a dívida se divide até 2023.

ABr: E em 2023 zera a dívida?
González Arias: Tem que zerar, porque assim está estabelecido. Há uma cota a cada ano, varia um pouco, depende dos gastos. Então a dívida é de Itaipu com as empresas que deram dinheiro. A maior parte é o Tesouro brasileiro, porque a Eletrobrás repassou ao Tesouro brasileiro, que deu o dinheiro a ela na época dos governos militares para construir as hidroelétricas.


http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 21509/view
[]´s

Re: ITAIPU

Enviado: Dom Ago 03, 2008 8:31 pm
por PQD
Lula quer discutir Itaipu com presidente paraguaio

Agência AFP



BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a discutir com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, a questão da hidrelétrica de Itaipu, construída entre os dois países sobre o rio Paraná, afirmou nesta quinta-feira, em Assunção, Marco Aurélio Garcia.

- O presidente já disse a Lugo que está disposto a discutir sobre a hidrelétrica de Itaipu- destacou o assessor de Lula para assuntos internacionais, após se reunir com o presidente Nicanor Duarte, que entregará o cargo a Lugo no próximo dia 15 de agosto.

- Vamos ouvir e, obviamente, pela importância destas questões, isto terá que fazer parte de um diálogo (...) entre os dois chanceleres e os dois presidentes, e entre os técnicos designados pelos dois governos- destacou Marco Aurélio Garcia.

Lugo fez da questão de Itaipu um dos principais pontos de sua campanha à presidência. A eleição de Lugo, líder de uma coalizão de esquerda, acabou com 61 anos de poder contínuo do partido Colorado.

Marco Aurélio Garcia estimou que as conversações sobre Itaipu serão "complexas", já que envolverão a renegociação de um tratado firmado em 1973 pelos ditadores Alfredo Stroessner e Emílio Garrastazu Médici.

Lugo quer que o Brasil pague cerca de US$ 2 bilhões anuais pela energia que compra do Paraguai em Itaipu. Atualmente, esta conta é de US$ 300 milhões. Marco Aurélio Garcia se encontrará com Lugo na sexta-feira.

Re: ITAIPU

Enviado: Dom Ago 03, 2008 11:42 pm
por cvn73
Agora quero ver realmente de que lado o TOP-TOP está.

Re: ITAIPU

Enviado: Seg Ago 04, 2008 8:30 am
por talharim
Provavelmente vá ceder de novo.

Mas depois espero que algum patiota da Abin faça alguma coisa no estilo John F. Kennedy.

Já tô de saco cheio desse entreguismo ridículo ideológico de merda.

Re: ITAIPU

Enviado: Seg Ago 04, 2008 7:40 pm
por bruno mt
Eu acho que o Lula(representando o Brasil) está engolindo esse sapo porque o governo percebeu que o povo se ligou sobre a amazonia(ex eu que á 4 meses atras achava que o eb era um dos melhores do mundo, nem sabia da existencia da Imbel...) e ali, o EUA já tá querendo colocar base e não descaradamente mas por debaixo dos panos eles devem estar usando esse o outros argumentos para precionar o Brasil.

Re: ITAIPU

Enviado: Qui Ago 14, 2008 9:50 am
por PQD
ITAIPU

Brasil volta a negar renegociação

Presidente Lula não pretende discutir a revisão do acordo sobre a usina amanhã, durante a posse de Fernando Lugo. Nicanor Duarte acusa o sucessor de clientelismo na administração pública

Da Redação



O governo brasileiro reafirmou ontem sua disposição para colaborar com o futuro presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que toma posse amanhã, desde que a cooperação não inclua alterações no Tratado de Itaipu. “O Brasil pode discutir assuntos como financiamento de uma linha de transmissão para Assunção e diversos outros temas, e acredita que é perfeitamente possível ajudar o Paraguai sem a necessidade de revisar o tratado”, afirmou Marcelo Baumbach, porta-voz da presidência. Luiz Inácio Lula da Silva vai ao país vizinho para a posse de Lugo, mas não pretende discutir a polêmica sobre a hidrelétrica durante a viagem.

“O Brasil tem total disposição e abertura para o diálogo com o Paraguai, mas uma coisa é abertura para diálogo, e outra diferente é a aceitação de possíveis demandas”, continuou Baumbach. Nas últimas semanas, o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, se encontrou com integrantes do gabinete paraguaio e ouviu reivindicações, inclusive mudanças no Tratado de Itaipu, firmado em 1973. Essa renegociação foi a principal promessa da campanha do ex-bispo católico Lugo na área de política externa. O Brasil utiliza 95% da energia produzida por Itaipu, comprando boa parte da cota paraguaia. Agora, Assunção quer receber mais por essa venda.

Entre os projetos de cooperação que os brasileiros já ofereceram aos paraguaios está uma linha de transmissão de energia elétrica de Itaipu até Assunção, avaliada em até US$ 200 milhões. O governo Lula também se disse disposto a aprofundar a parceria em agricultura, principalmente prestando apoio técnico a pequenos produtores.

Ao tomar posse, Lugo, 57 anos, acabará com mais de seis décadas de poder do Partido Colorado. O presidente que deixa o cargo, Nicanor Duarte, prometeu ontem que não vai “sabotar Fernando Lugo nem criar um clima de hostilidade durante seu mandato”. Mas manterá oposição firme. “Serei um crítico, porque durante sua campanha ele disse que nós, colorados, éramos clientelistas, dávamos cargos públicos a correligionários. Hoje, ele segue com a lógica da política tradicional, nomeando amigos para postos da administração”, atacou Duarte, que se tornará senador.

O atual presidente não entregará a faixa a Lugo. Ela será repassada ao senador Enrique González, presidente do Senado, que se encarregará de colocá-la no novo mandatário. “É o que diz a lei, não é verdadeira a versão de que eu queria fugir de uma responsabilidade”, explicou Duarte. Informal, Lugo disse que não vestirá terno e gravata na cerimônia de amanhã: vai usar paletó e suas tradicionais sandálias franciscanas. Se fizer frio, admite colocar sapatos. Em 30 de julho, o papa Bento XVI concedeu uma dispensa ao ex-bispo, que foi liberado de sua condição clerical e passou a ser leigo.

Além de Lula, estarão presentes à posse o venezuelano Hugo Chávez, o equatoriano Rafael Correa e o boliviano Evo Morales. Chávez manifestou total apoio a Lugo, anunciando que poderá mandar todo o petróleo que “possa fazer falta” ao povo paraguaio.

Re: ITAIPU

Enviado: Qui Ago 14, 2008 12:13 pm
por joao fernando
Só uma pergunta off: aquele papo de invasão de terras de brasuguaios por sem terra do Paraguai é verdade? Se for, cabe uma resposta militar brasileira? (defender brasileiros que estão fora do Pais e sem ajuda do pais local?)

Re: ITAIPU

Enviado: Qui Ago 14, 2008 2:18 pm
por DELTA22
talharim escreveu:Provavelmente vá ceder de novo.

Mas depois espero que algum patiota da Abin faça alguma coisa no estilo John F. Kennedy.

Já tô de saco cheio desse entreguismo ridículo ideológico de merda.
Concordo PLENAMENTE!!! [003]
joao fernando escreveu:Só uma pergunta off: aquele papo de invasão de terras de brasuguaios por sem terra do Paraguai é verdade? Se for, cabe uma resposta militar brasileira? (defender brasileiros que estão fora do Pais e sem ajuda do pais local?)
Tipo Russia e(na) Georgia?????? Seria possivel se tivessemos um governo que defendesse mais o Brasil do que suas ideologias!!! :twisted:
[]'s

Re: ITAIPU

Enviado: Qui Ago 14, 2008 6:11 pm
por Moccelin
Ia ser uma situação idêntica, tirando o fato de que os Brasiguaios com terras por lá não são separatistas.

Re: ITAIPU

Enviado: Qui Ago 14, 2008 6:45 pm
por DELTA22
vilmarmoccelin escreveu:(...)tirando o fato de que os Brasiguaios com terras por lá não são separatistas.
Bem lembrado... [003]
[]'s

Re: ITAIPU

Enviado: Sex Ago 15, 2008 9:34 am
por PQD
Itaipu, a chave de tudo



Na noite do último dia 31, em Assunção, um cardápio indigesto pousou sobre a mesa à qual se sentavam o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, e o brasileiro Marco Aurélio Garcia. Não havia os acepipes típicos paraguaios. Apenas seis reivindicações do país vizinho ao Brasil. O memorando pedia preço justo para a venda da energia excedente de Itaipu ao Brasil e revisão do tratado. A prioridade guarani é Itaipu. Quem sabe isso não signifique um alívio aos brasiguaios, que temem perder suas terras repletas de soja? É uma possibilidade. O fato é que Lugo considera draconiano o acordo, firmado em 1973 e vigente até 2023. Seus termos são os seguintes: cada país tem direito a metade da energia produzida pela usina. Só que o Paraguai usa apenas 7% da sua cota de 50%. O Brasil, então, compra energia que os paraguaios não usam a US$ 45,31 por MWh. Desse total, US$ 42,50 abatem a dívida contraída por Assunção para construir a usina que foi paga pelo Brasil. O Paraguai fica com apenas US$ 2,81 por MWh (US$ 340 milhões em 2007).

O Brasil resiste. Sustenta que o acordo compensa o investimento. Acena com financiamentos para a industrialização guarani. Tem lógica: industrializando-se, o Paraguai pode aproveitar sua cota de energia. Mesmo assim, Lugo insiste. Considera o valor baixo. Quer, também, o fim da reserva de mercado brasileira em Itaipu para oferecer energia à Argentina e outros países. O Brasil reluta. Em contraposição ao memorando, Garcia foi objetivo na sua cartada de bondades: bancaria a infra-estrutura vizinha até mesmo com uma linha de transmissão entre Itaipu e Assunção. Seria parceiro para a construção da segunda ponte sobre o rio Paraná (US$ 50 milhões). Estenderia ao Paraguai o acordo automotivo Brasil-Argentina. Abriria um fundo para pequenas e médias empresas a partir de 2009. Até a redução na taxação dos fretes de caminhões paraguaios no Brasil (atualmente em 25%) seria reduzida.

LÉO GERCHMANN

Re: ITAIPU

Enviado: Sex Ago 15, 2008 3:32 pm
por PQD
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira, que qualquer aumento de tarifa da Hidrelétrica de Itaipu que incidir em aumento para o povo brasileiro será complicado. Lula esteve nesta tarde na capital Paraguaia, Assunção, onde participou da posse do presidente, Fernando Lugo. A revisão nos contratos da Itaipu foi promessa de campanha de Lugo.

Lula é o primeiro a parabenizar Lugo durante a posse


AFP

Lugo toma posse e é cumprimentado por Lula
Hoje, no percurso a pé, entre uma cerimônia e outra, em Assunção, o presidente Lula era chamado por populares e alguns gritavam o nome de Itaipu, numa cobrança à revisão das tarifas pagas pelo Brasil ao Paraguai.

Em rápida entrevista, já no aeroporto, Lula disse que o governo está disposto a negociar e que convidou Lugo para visitar o Brasil para apresentar suas reivindicações. "O que for possível negociar nós vamos negociar. É preciso saber qual é a demanda", disse o presidente.

Relação Brasil-Paraguai

Reportagem do jornal francês "Le Monde desta sexta-feira afirma que a questão energética e a presença dos brasiguaios podem colocar as relações entre o Brasil e o Paraguai "à prova". De acordo com o diário, a energia é, ao lado da pobreza, um dos principais desafios do novo presidente paraguaio, Fernando Lugo, que tomou posse nesta sexta-feira em Assunção.

"Ao reivindicar a 'soberania energética' de seu país, Lugo pede uma revisão do tratado que rege a hidrelétrica de Itaipu, que o Paraguai compartilha com o Brasil", diz o jornal.

Segundo o Le Monde, os paraguaios utilizariam apenas 12% da energia produzida pela hidrelétrica binacional, mas teriam "a obrigação de vender o excedente aos brasileiros a um preço bem inferior ao do mercado".

O Brasil paga ao Paraguai cerca de US$ 45 por megawatt hora. Na composição do preço estão incluídos itens como juros da dívida, royalties e custos de operação. Do total, aproximadamente US$ 2,80 correspondem à compensação pela cessão de energia não utilizada pelo Paraguai. É esse valor que os paraguaios querem aumentar.

(*com informações da Agência Estado e BBC)

Re: ITAIPU

Enviado: Sáb Ago 16, 2008 12:39 pm
por Túlio
Mas peraí, não dá para refinanciar a dívida? Se eu tomo um empréstimo a longo prazo, pago 'n' prestações em dia, posso esticar o empréstimo para um prazo maior, reduzindo a prestação ou, alternativamente, mantendo-a do mesmo tamanho mas pegando uma grana extra, por conta das prestações pagas...

Isso não é possível no caso em tela?