Página 130 de 900

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 7:30 pm
por Bourne
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.


Mas são profissionais 8-]

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 7:36 pm
por Marino
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.

A Colombia já passou o Brasil tb.
Vejam a importância dada a estes soldados profissionais por quem está em guerra, de verdade.

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 7:45 pm
por Bourne
Marino escreveu:
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.

A Colombia já passou o Brasil tb.
Vejam a importância dada a estes soldados profissionais por quem está em guerra, de verdade.


O Marino acabou de dar mais um ótimo argumento para o Brasil ter mais fuzileiros. Quando uma guerra de verdade ocorrer e o país precisar de forças terrestres de elite, os primeiros a serem chamados é o pessoal do corpo de FN.

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 7:59 pm
por PRick
born escreveu:
Marino escreveu:
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.

A Colombia já passou o Brasil tb.
Vejam a importância dada a estes soldados profissionais por quem está em guerra, de verdade.


O Marino acabou de dar mais um ótimo argumento para o Brasil ter mais fuzileiros. Quando uma guerra de verdade ocorrer e o país precisar de forças terrestres de elite, os primeiros a serem chamados é o pessoal do corpo de FN.


É sem dúvida, vamos vender a esquadra inteira, e a MB vai ter 30 mil fuzileiros. :roll: :roll:

Se uma FA se queixa de falta de verbas para operar o essencial, como vai ter verbas para aquilo que não é sua prioridade. A MB poderia ter quanto fuzileiros quisesse, desde que, não tivesse problemas de verbas com a esquadra. O mesmo vale para a FAB com os P-3.

[ ]´s

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 9:00 pm
por henriquejr
PRick escreveu:
born escreveu:
Marino escreveu:
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.

A Colombia já passou o Brasil tb.
Vejam a importância dada a estes soldados profissionais por quem está em guerra, de verdade.


O Marino acabou de dar mais um ótimo argumento para o Brasil ter mais fuzileiros. Quando uma guerra de verdade ocorrer e o país precisar de forças terrestres de elite, os primeiros a serem chamados é o pessoal do corpo de FN.


É sem dúvida, vamos vender a esquadra inteira, e a MB vai ter 30 mil fuzileiros. :roll: :roll:

Se uma FA se queixa de falta de verbas para operar o essencial, como vai ter verbas para aquilo que não é sua prioridade. A MB poderia ter quanto fuzileiros quisesse, desde que, não tivesse problemas de verbas com a esquadra. O mesmo vale para a FAB com os P-3.

[ ]´s


Temos que levar em consideração que o CFN trabalha com uma forma de reservistas, ou seja, forma-se uma boa quantidade de FNs(cerca de 700 por ano) que não são considerados efetivos permantes, eles tem que ter meretos(e vagas disponiveis) para engajar. Por ano uma grande quantidade de Fuzileiros são dispensados para que possam ser treinados mais homens, ou seja, há uma rotatividade onde se consegue uma grande quantidade de homens treinados que podem ser chamados caso necessario!

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 10:16 pm
por Corsário01
Caramba, pra vcs nunca nada está bom.
Acho que se fossemos a US Navy, tb seriamos criticados.
Fazer o que?
Paciência!

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 10:52 pm
por Immortal Horgh
GERSON VICTORIO escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
GERSON VICTORIO escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
Marino escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:
Marino escreveu:O F-18A pode. Há vários artigos aqui no DB, inclusive da Marinha Francesa.
Quem não pode é o F-18C, o Super Hornet.


Marino,

E quem teria F-18A em boas condições disponíveis hoje?


Abraços,


Wesley



Os canadenses (40 estocados) estão novos.
Poderiam vir tb dos EUA, mais gastos é claro.
Mas é tudo suposição, não se esqueçam.


Mas estão pedindo US$ 17 milhões por aeronave e fora a modernização, cada um ficaria por uns US$ 22/23 milhões.


[ ]s


17 milhões por cada F-18A em comparação com os 60 + milhões do Rafale M tá uma pechincha.

Gerson



Se o Rafale custasse isso, eu acho que ainda valeria a pena, porque ele é bem mais poderoso e poderia ser o caça padrão do futuro NAe.


[ ]s



Immortal Horgh,

Eu também preferiria o Rafale por ele já ser "moderno" ao contrário do F-18A que precisaria ser "modernizado" para se ter as mesmas capacidades, porém, é preciso lembrar que o principal problema para se ter ambos é $$$$, então, o F-18A seria o "problema" menor financeiramente falando do que o do Rafale,
o A-12 não terá muita vida longa( a la A-11), pelo menos essa é a esperança, e o Hornet nesse caso seria um ótimo "quebra-galho" pois cairia como uma luva nas necessidades da MB em relação a sua ala aérea de caças.
voltando a realidade, a MB hoje tá penando para manter voando os A-4, em sendo assim, realmente fica difícil qualquer proposição, mas a janela da oportunidade(F-18A by Canadá) está passando, daqui a pouco algum país resolve a parada com os canadenses e aí, um abraço, mais uma oportunidade perdida.(é so lembrar dos F-5 da Suíça pra FAB)

Gerson



Cara, concordo com sua opinião sim, apenas fiz uma projeção de longo prazo. O São Paulo deve ter pelo menos mais uns 15 anos de vida (almirante Marino poderia nos confirmar :wink: ), então se houvessem verbas, partiria direto para o Rafale, mas com o F-18, a MB já teria uma capacidade de projeção de poder nunca antes sonhada. Vamos aguardar, quem sabe as forças armadas não sofram cortes orçamentários e como a verba para esse ano, seria em torno de 70% maior, podemos até sonhar com uma ala aérea dessas para o SP.


[ ]s

Enviado: Dom Fev 17, 2008 12:01 am
por Mapinguari
Immortal Horgh escreveu:
GERSON VICTORIO escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
GERSON VICTORIO escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
Marino escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:
Marino escreveu:O F-18A pode. Há vários artigos aqui no DB, inclusive da Marinha Francesa.
Quem não pode é o F-18C, o Super Hornet.


Marino,

E quem teria F-18A em boas condições disponíveis hoje?


Abraços,


Wesley



Os canadenses (40 estocados) estão novos.
Poderiam vir tb dos EUA, mais gastos é claro.
Mas é tudo suposição, não se esqueçam.


Mas estão pedindo US$ 17 milhões por aeronave e fora a modernização, cada um ficaria por uns US$ 22/23 milhões.


[ ]s


17 milhões por cada F-18A em comparação com os 60 + milhões do Rafale M tá uma pechincha.

Gerson



Se o Rafale custasse isso, eu acho que ainda valeria a pena, porque ele é bem mais poderoso e poderia ser o caça padrão do futuro NAe.


[ ]s



Immortal Horgh,

Eu também preferiria o Rafale por ele já ser "moderno" ao contrário do F-18A que precisaria ser "modernizado" para se ter as mesmas capacidades, porém, é preciso lembrar que o principal problema para se ter ambos é $$$$, então, o F-18A seria o "problema" menor financeiramente falando do que o do Rafale,
o A-12 não terá muita vida longa( a la A-11), pelo menos essa é a esperança, e o Hornet nesse caso seria um ótimo "quebra-galho" pois cairia como uma luva nas necessidades da MB em relação a sua ala aérea de caças.
voltando a realidade, a MB hoje tá penando para manter voando os A-4, em sendo assim, realmente fica difícil qualquer proposição, mas a janela da oportunidade(F-18A by Canadá) está passando, daqui a pouco algum país resolve a parada com os canadenses e aí, um abraço, mais uma oportunidade perdida.(é so lembrar dos F-5 da Suíça pra FAB)

Gerson



Cara, concordo com sua opinião sim, apenas fiz uma projeção de longo prazo. O São Paulo deve ter pelo menos mais uns 15 anos de vida (almirante Marino poderia nos confirmar :wink: ), então se houvessem verbas, partiria direto para o Rafale, mas com o F-18, a MB já teria uma capacidade de projeção de poder nunca antes sonhada. Vamos aguardar, quem sabe as forças armadas não sofram cortes orçamentários e como a verba para esse ano, seria em torno de 70% maior, podemos até sonhar com uma ala aérea dessas para o SP.


[ ]s


Após a reforma, acredito que o A-12 poderá operar ainda mais 20 anos. Ele vai ficar muito bom, acredite.

Enviado: Dom Fev 17, 2008 12:21 am
por luis F. Silva
Immortal Horgh escreveu.
Vamos aguardar, quem sabe as forças armadas não sofram cortes orçamentários e como a verba para esse ano, seria em torno de 70% maior, podemos até sonhar com uma ala aérea dessas para o SP.


Uma dúvida que eu tenho. O F 18 pode ser lançado com catrapo?

Enviado: Dom Fev 17, 2008 11:37 am
por Bender
Realmente foi colocado um link aqui no DB, sobre os F18 canadenses,eu guardei no meu favoritos quem quiser checar :wink: é completo:

http://www.sfu.ca/casr/id-cf18-3-1.htm

Enviado: Dom Fev 17, 2008 9:36 pm
por WalterGaudério
PRick escreveu:
born escreveu:
Marino escreveu:
Bolovo escreveu:
born escreveu:
PRick escreveu:Marino Menos Prick, menos.
Vamos ver:

Quem sabe trocando quantidade por qualidade, fechando instalações, mandando para casa uns 5.000 fuzileiros, tivéssemos verbas para aumentar o poderio da MB


Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.

Caso você não saiba, o Corpo de Fuzileiros do Brasil é o terceiro maior do mundo, só perdendo para EUA e Rússia.

Eu acho que é um pouco "inchado" sim.

A Colombia já passou o Brasil tb.
Vejam a importância dada a estes soldados profissionais por quem está em guerra, de verdade.


O Marino acabou de dar mais um ótimo argumento para o Brasil ter mais fuzileiros. Quando uma guerra de verdade ocorrer e o país precisar de forças terrestres de elite, os primeiros a serem chamados é o pessoal do corpo de FN.


É sem dúvida, vamos vender a esquadra inteira, e a MB vai ter 30 mil fuzileiros. :roll: :roll:

Se uma FA se queixa de falta de verbas para operar o essencial, como vai ter verbas para aquilo que não é sua prioridade. A MB poderia ter quanto fuzileiros quisesse, desde que, não tivesse problemas de verbas com a esquadra. O mesmo vale para a FAB com os P-3.

[ ]´s


Prick a MB sempre foi clara ao afirmar que devemos ter uma esquadra equilibrada, e um Corpo de Fuzileiros forte é uma das vertentes dessa premissa.

Por mim já haveria umabrigada anfíbia especializada em operações ribeirinhas de Selva. E não um batalhão reforçado com atualmente.

Mas é aquela história. A MB só poderá crescer na Amazônia qdo. toda esquadra crescer tb.

Enviado: Qua Fev 20, 2008 12:28 pm
por rcolistete
PRick escreveu:. Eles poderão opera full para operações aéreas ar-ar, e na versão de ataque no limite das 20 toneladas, por sinal é o limite máximo da versão naval do Rafale, já os F-18 são taxados até 21,5 toneladas para a versão embarcada, assim teria que operar com até 20 toneladas.


Caro Prick,

O limite do Rafale M (naval) depende do NAe utilizado. No PAN Charles de Gaulle (catapulta com 75m de extensão), decolou com 22,2 ton. em 2007 (4 tanques externos de 2.000 l mais alguns mísseis). Vide :

http://www.meretmarine.com/article.cfm?id=105033

[]s, Roberto

Enviado: Qua Fev 20, 2008 12:40 pm
por rcolistete
PRick escreveu:Existem helos mais baratos que podem pousar em FFG´s, o problema é que a desculpa para o LINX era a esclarecimento marítimo, porque não tem maior capacidade ASW que um Esquilo bi-turbina, ou seja, 02 torpedos. Com o São Paulo e a aviação de caça, me parece que o caminho é o fim deles. As novas escoltas tem que usar os mesmos helos do São Paulo. É medida para o futuro, a MB não pode operar mais 03 tipos de helos, é uma loucura ter COUGAR, SH-3, LINX, Esquilos e Jet Ranger. Repito 03 helos já estaria ótimo.


Olá Prick,

O AH-11 Super Lynx da MB é a aeronave mais sofisticada em todos os aspectos. Até hoje, mesmo com o advento do F-5EM/FM, é a aeronave de ataque mais sofisticada do Brasil, podendo disparar 4 Sea Skua guiados por radar, virar 180 graus e continuar guiando os mísseis em direção ao alvo. Nenhum avião da FAB tem capacidade de ataque guiado já operacional. O AH-11 Super Lynx já tem tal capacidade há décadas.

Comparar Esquilo com Super Lynx é desnecessário : não tem comparação.

Alguém sabe se está planejada uma desejada modernização de meia-vida dos AH-11 Super Lynx da MB ? Com sensor IR, etc ?

[]s, Roberto

Enviado: Qua Fev 20, 2008 12:45 pm
por rcolistete
born escreveu:
Mas 5 mil fuzileiros para a MB é muito pouco e o número atual já acho reduzido. Afinal, é um força de elite e a linha de frente das forças terrestres, um exemplo para o resta das forças armadas. O corpo de fuzileiros deveria ter, no mínimo, uns 30 mil soldados bem equipados com o melhor do melhor e muito bem treinados.


Caro Born,

Os 15 mil fuzileiros navais da MB são o 2o ou 3o maior contingente mundial. Não é pouco não. E falta quantidade de equipamento para tal efetivo : navios de transporte de vários tipos, helicópteros, veículos blindados, mísseis, radares, aviação moderna para apoio aéreo aproximado, etc.

[]s, Roberto

Enviado: Qua Fev 20, 2008 1:59 pm
por orestespf
19/02/2008 - 21:07
Poder Naval, autonomia tecnológica e capacidade polivalente

Entre os possíveis projetos de cooperação entre Brasil e França na área de defesa, vem sendo citado o dos submarinos da classe "Merlin", de propulsão convencional (diesel-elétrica). Uma das alegadas vantagens desta classe de submarinos seria a suposta facilidade de adaptação do projeto para propulsão nuclear.
As características de um submarino dotado de propulsão nuclear são distintas das de um de propulsão convencional. Na realidade, nenhum país jamais transferirá a outro esta tecnologia. O Brasil desenvolveu por conta própria, sem ajuda externa, a tecnologia de propulsão nuclear. Forçosamente, terá de fazer o mesmo com relação ao projeto do casco.

Obviamente, a França também pretende oferecer à Marinha do Brasil belonaves de superfície, como navios-patrulha (dois já encomendados, com previsão de unidades adicionais) e fragatas. Uma variante do novo navio-aeródromo francês PA2 poderia ser oferecida, como sucessor do NAe "São Paulo" (ex-"Foch" da Marinha francesa).

Entretanto, é essencial que o Brasil obtenha certo grau de autonomia tecnológica, com relação ao projeto e à construção de meios para sua Marinha. Mesmo que tais meios sejam, a princípio, mais caros que os importados (devido à dificuldade em obter uma economia de escala na produção), independência e soberania não têm preço.

Os itens tecnológicos de fácil obtenção no mercado não são críticos. Prioridade máxima deve ser dada ao desenvolvimento, no país, daqueles itens ou produtos que não podem ser obtidos no exterior. O desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear pela Marinha do Brasil constitui excelente exemplo.

Existem, contudo, dificuldades estruturais, que cerceiam os programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de obtenção de meios para as Forças Armadas brasileiras. Entre elas, podemos citar o Orçamento da União autorizativo, a inexistência de orçamentos plurianuais e a legislação que trata dos processos de licitação.

Foi proposta a dispensa de licitação, para obtenção de equipamentos de defesa. Foi até sugerida a criação de um imposto para a defesa. Este imposto, que já existe em alguns países, incidiria sobre o faturamento de grandes empresas, cujas atividades poderiam sofrer interrupções, em caso de ataque terrorista ou conflito externo.

No início do Século XXI, a ênfase no emprego do Poder Naval está passando da guerra no mar para a projeção de poder sobre terra, em operações de tipo expedicionário. As tendências na obtenção de meios, pelas diferentes Marinhas, mostram uma valorização dos navios de assalto anfíbio, assim como de outros navios otimizados para combate em áreas litorâneas.

A rigor, tais navios não podem ser considerados "pequenos". A capacidade oceânica é necessária ao trânsito até uma área de operações distante e à permanência nessa área por períodos relativamente prolongados. Unidades de pequeno porte só conseguem operar com eficácia, longe de suas bases, se dispuserem do apoio de navios maiores.

A capacidade anfíbia da Marinha do Brasil está nucleada no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). Nossos fuzileiros navais (que no dia 7 de março de 2008 comemoram 200 anos) constituem um núcleo de excelência, cujo emprego eficaz depende do apoio de meios de desembarque adequados, bem como de outros elementos do Poder Naval.

O Brasil necessita de uma Marinha polivalente, capaz de atuar em toda a extensão do Atlântico Sul, assim como nas bacias internacionais do Amazonas e do Rio da Prata. Os meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais devem ser adequados ao emprego em todos os ambientes em que nossa Marinha poderá operar.

A quantidade de meios disponíveis e a proporção entre os diferentes tipos podem evoluir, ao longo do tempo. A presença naval brasileira é mais intensa na área marítima sob jurisdição nacional, conhecida como "Amazônia Azul", onde se encontra a maior parte de nossas reservas de petróleo, bem como outros recursos naturais. Entretanto, isso pode mudar no futuro.

Mesmo atualmente, nossa Marinha também deve atuar na área sob responsabilidade do Brasil para fins de busca e salvamento, assim como nas áreas de interesse situadas na parte oriental do Atlântico Sul. As rotas marítimas que cruzam este oceano são de especial interesse para o país, pois delas depende seu crescente comércio exterior.

A extensão dos interesses do Brasil no mar tende a ampliar-se além da "Amazônia Azul". Sem dúvida, a manutenção de uma força naval polivalente, com significativa capacidade oceânica, justifica-se plenamente. Ainda que, no estágio atual, esta opere com mais freqüência na parte ocidental do Atlântico Sul.


Eduardo Italo Pesce

Especialista em Relações Internacionais, professor no Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Cepuerj) e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval (Cepe/EGN).



Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/most ... ?id2=48614