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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 9:07 am
por Marino
China têm 1,5% das reservas de minério de ferro do Brasil



Em que pese todo o temor que possa ser causado por um aumento da inflação na China, o fato é que o país tem uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo para obter autonomia em suas necessidades de matéria-prima, onde se inclui, por exemplo, a compra de jazidas de minério de ferro, que já leva o asiático a ser detentor, de, pelo menos, 1,5% das reservas brasileiras, estimadas em 26 bilhões de toneladas pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O patrimônio brasileiro neste particular ocupa o quinto lugar diante das reservas mundiais, estimadas em 370 bilhões de toneladas.

A China tem um consumo de 1,2 bilhão de toneladas de minério de ferro por ano. Desse total, importa 150 milhões de toneladas/ano do metal brasileiro, praticamente metade da produção nacional.

Este percentual de participação chinesa nas jazidas brasileiras foi assegurado em apenas duas transações recentes: a Xinwen Mining Group, uma grande estatal chinesa produtora de minério de ferro, e a siderúrgica Shandong Iron and Steel (SDIS), quarta maior produtora de aço da China controlada pelo governo da província de Shandong, compraram do grupo Votorantim a Sul Americana de Metais, detentora de reservas da ordem de 2,8 bilhões de toneladas de minério de ferro.

Outra megaoperação foi a compra da Itaminas Comércio de Minérios, em Sarzedo, Minas Gerais, por US$ 1,2 bilhão. O comprador foi o Birô de exploração e desenvolvimento Mineral do Leste da China (ECE), entidade que também gravita na esfera estatal.

Paralelamente, outro grupo chinês buscando suprimento, O Wuhan Iron and Steel, comprou 21,5% das ações da mineradora nacional MMX, que já reponde por 1% da produção nacional de minério de ferro.

Embora as operações chinesas sejam de grande porte, não são único potencial de concorrência interna para a maior exportadora brasileira de minério de ferro, a Vale, que, atingida pela crise mundial, reduziu sua produção a 237 milhões de toneladas no ano passado e responde por 84% do total brasileiro. A australiana RioTinto, uma das concorrentes da Vale no mercado internacional, já explora jazidas de ferro em Mato Grosso.

O grupo siderúrgico indiano ArcelorMittal há dois anos assumiu o controle total da London Mining Brasil, que atua na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Geraiscom plano de ampliar a produção a 3 milhões de toneladas/ano.

Mesmo considerando-se a característica estratégica desse tipo de suprimento em termos de soberania nacional, o fato é que a legislação brasileira não oferece qualquer entrave à aquisição de parte de suas reservas minerais por empresas, privadas ou estatais, instrumento básico para as incursões negociais dos chineses ou outros grupos estrangeiros na área mineral brasileira.

O assunto foi tema de embates na assembléia que elaborou a Constituição de 1988. Na Carta, foi definida como brasileira qualquer empresa legalmente criada no país, seja qual for seu controle acionário. Além disso, conforme dispõe o Código Civil, qualquer estrangeiro pode ser acionista, em qualquer percentual, de sociedade anônima brasileira.

Assim, mesmo com a Constituição dispondo que jazidas minerais são propriedade da União, sua exploração pode ser feita por qualquer grupo empresarial, de qualquer lugar do mundo, desde que seguidos os trâmites burocráticos, mediante autorização do governo. Que jamais impediu qualquer operação.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 9:17 am
por Enlil
Deveria ter sido proibido por lei a posse privada dessas reservas, seja por nacionais, quanto mais por estrangeiros. Deveria ser concedida apenas licenças de exploração, assim como é o caso do petróleo. Aliás, salvo engano, creio q era assim até FHC conseguir fazer uma privatização na medida para os grupos econômicos nacionais e estrangeiros q apoiavam seu projeto de poder...

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 9:35 am
por Quiron
Não existe posse de reservas. São da União. Ela cede o direito de explorar. Do jeito que os chineses necessitam, em breve teremos um túnel nos ligando à Pequim, tamanho o buraco que será feito. Loucura ceder isso a estrangeiros. Estivesse a caneta em minha mão, apenas grupos nacionais poderiam explorar reservas nacionais. Estrangeiros poderiam se associar, mas nunca comandar e idem para a agricultura.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 9:44 am
por Enlil
Não é posse, mas possessão. Justamente por isso foi a Vale foi o crime mais deslavado da era FHC, só levou em conta a infra-estrutura, não as reservas em possessão da Companhia. Em síntese, foi claramente subavaliada, fora ter sido uma venda SUBSIDIADA pelo BNDES para os grupos econômicos q apoiavam FHC. Era óbvio q ela iria chegar ao valor de mercado q tem hoje mesmo estatal com a demanda crescente da China e da Índia pelo minério de ferro. Foi o melhor negócio da década para os defensores do Consenso de Washington e seus asseclas nacionais.

Isso deveria ter dado cadeia - crime contra o Estado brasileiro.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 11:10 am
por Rock n Roll
"... Conhecer e vigiar todos os passos dos oponentes..."
Sun Tzu.

Inteligência=Boca na Botija.

The Times de hoje.

From Times Online May 12, 2010

North Korea arms plane ‘bound for Hezbollah’
(Rungroj Yongrit/EPA)
The missile-laden plane on the tarmac at Bangkok
Anne Barrowclough 4 Comments
Recommend? (6) Weapons on an arms-laden aircraft seized in Bangkok en route from North Korea last year were intended for sale to the militant Islamist organisations Hamas and Hezbollah, Israel’s Foreign Minister has claimed.

Avigdor Lieberman described North Korea, Syria and Iran as a new “axis of evil” during an official visit to Japan today.

He accused them of building and spreading weapons of mass destruction, adding that they posed “the biggest threat to world security”.

Mr Lieberman told reporters: “We saw this kind of cooperation only two or maybe three months ago with the North Korean plane in Bangkok with huge numbers of different weapons with the intention to smuggle these weapons to Hamas and Hezbollah.”

Related Links
North Korean arms plane 'has links to New Zealand'
Bangkok arms plane linked to dealers
Mystery has surrounded the destination of the Ilyushin-76 aircraft, which was found to be carrying 35 tonnes of weapons including rockets and grenades when it was seized on landing for a re-fuelling stop at Bangkok on December 12.

Its East European crew told Thai officials that their aircraft carried nothing more suspicious than oil-drilling equipment. However a tip-off from foreign intelligence services — believed to be American — led to a search of the aircraft that uncovered the weapons hoard, while flight documents indicated the plane’s destination was Iran

Analysts have said that while the aircraft may have been heading for Iran, the weapons could have been earmarked for radical Islamist groups such as Hamas and Labanon-based Hezbollah which Iran has bankrolled and supplied with weapons in the past.

Mr Lieberman’s comments come as the hostile rhetoric between Israel and Iran heats up. Over the last two days the Israeli Prime Minister, Binyamin Netanyahu, has accused Iran of trying to provoke war between Syria and Israel while the Minister for Strategic Affairs Moseh Ya'alon reminded Iran that a military option still existed against its nuclear programme. In response, Iran’s parliamentary Speaker threatened a “final and decisive war” against Israel.

Syria has also been warned over the potential transfer of Scud misiles to Hezbollah, with the United States raising the issue with the Syrian Embassy four times in recent weeks



Que furo !! Popular Créu...



Lembra muito a apreensão dos Iyushin por aqui !!!! Além da retórica comum aos envolvidos nas declarações.



[088] [088] [088]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 11:20 am
por Marino
Chupa que é de uva... :lol:

VALOR ECONÔMICO – 12/05/10
Disputa ameaça projeto indiano na Bolívia



O que deveria ser o maior investimento já feito por uma empresa estrangeira na Bolívia transformou-se numa confusão, com troca de acusações e ameaças de cancelamento do projeto.
Além das disputas com o governo, a gigante indiana Jindal ainda não conseguiu equacionar dois elementos-chave para o negócio: de onde virá a energia para o futuro complexo siderúrgico e de que forma a produção será escoada.
Em 2007, a mineradora assinou um acordo com o governo Evo Morales que previa investimentos de US$ 2,1 bilhões ao longo de oito anos para a exploração da mina de ferro de Mutún. A mina, que teria uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, fica em Puerto Suárez, perto da fronteira com a cidade mato-grossense de Corumbá. Este seria o maior aporte já feito pela Jindal num único projeto. Mutún é o único projeto da empresa na América Latina.
Pelo acordo, nos primeiros cinco anos, US$ 1,5 bilhão seriam investidos. A produção de ferro começaria de fato após essa primeira fase. Mas, diz a empresa, os prazos só podem começar a correr quando o governo cumprir exigências contratuais: emissão de licenças ambientais e a concessão das terras da mina para a empresa dar início às atividades. As licenças ambientais foram emitidas. O problema são as terras. "Até hoje, não temos acesso a 60% da área destinada à construção do complexo siderúrgico. Por isso, o prazo para investimento não está correndo", disse ontem ao Valor Jorge Gallardo, gerente para assuntos legais da Jindal na Bolívia e um dos negociadores com La Paz.
Mas, no mês passado, a Empresa Siderúrgica Mutún (ESM), criada por Morales para atuar ao lado da Jindal, decidiu dar um ultimato à multinacional. Descontou garantias bancárias no valor de US$ 18 milhões que, segundo o contrato, poderiam ser sacados se a empresa não cumprisse seus investimentos.
A Jindal classifica execução das garantias como "ilegal" e "ilegítima" e como algo que afetou os "interesses econômicos" da empresa, disse Gallardo. "A empresa precisa de segurança jurídica e não pode aceitar uma cobrança ilegal, não pode aceitar ser sancionada", diz ele, alegando que o investimento ainda não saiu porque o governo não fez sua parte.
A empresa vem negociando com o governo Morales, mas não conseguiu até agora chegar a bom termo. Chegou a cogitar levar a cobrança para uma arbitragem internacional, mas voltou atrás e diz que antes disso tentará resolver a disputa pelo diálogo. Uma das ideias da empresa é que US$ 18 milhões sejam abatidos de impostos que ela terá de pagar quando estiver operando, disse Gallardo.
"A empresa não quer isso, mas, se não chegarmos a um acordo, poderemos desistir do contrato." A agência de informação oficial da Bolívia, ABI, noticiou que a multa para desistência seria de US$ 800 milhões. A empresa insiste que são US$ 18 milhões. O governo considera a possibilidade de resolver a questão das terras por meio de um decreto presidencial, mas diz que as garantias não serão devolvidas.
O aço que for produzido em Mutún abasteceria a Índia, a China, América do Sul e EUA. A hidrovia dos rio Paraguai e Paraná seria uma opção ainda não decidida para levar o aço até um porto brasileiro. E a energia para o projeto, ponto também em aberto, poderia vir de uma termelétrica a ser construída ou até mesmo do Brasil, especula Gallardo.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 11:57 am
por souzat19
Meu amigo, empresa nem uma quer invistir na Bolivia e ver daqui a pouco seus investimentos sendo ocupados pelo exercito do indio.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 1:38 pm
por Junker
Brasil e Índia denunciam UE por impedir entrega de remédios
12 de maio de 2010 12h50

O Brasil anunciou, nesta quarta-feira, que denunciou a União Europeia (UE) na Organização Mundial do Comércio (OMC) por impedir a entrega de medicamentos genéricos indianos destinados ao mercado brasileiro. Ao mesmo tempo, um dirigente indiano afirmou que seu país apresentou uma queixa contra a UE pela questão.

Segundo o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, as apreensões "tiveram um impacto negativo altíssimo no comércio, nos intercâmbios Sul-Sul e no sistema de saúde nacional dos países em desenvolvimento". Para o embaixador indiano Ujal Bhatia Singh, os medicamentos genéricos apreendidos cumpriam perfeitamente com as regras da OMC.

Um dos casos remonta a janeiro de 2009, quando a Holanda reteve um navio procedente da Índia e que fez escala em Rotterdã antes de partir para seu destino final no Brasil. A embarcação tinha um carregamento do medicamento Losartan, prescrito para o tratamento da hipertensão arterial. A embarcação foi obrigada a retornar para a Índia por suposta violação da propriedade intelectual.

O embaixador indiano se referiu a outras duas apreensões, uma em Frankfurt (Alemanha), em maio de 2009, e outra em Paris (França), em outubro. Depois desses casos, a Índia advertiu, em novembro passado, a OMC que as reiteradas apreensões de medicamentos genéricos poderão afetar o comércio desses produtos e o acesso universal à saúde nos países em desenvolvimento.


AFP

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Mai 12, 2010 2:50 pm
por Francoorp
Junker escreveu:
Brasil e Índia denunciam UE por impedir entrega de remédios
12 de maio de 2010 12h50

O Brasil anunciou, nesta quarta-feira, que denunciou a União Europeia (UE) na Organização Mundial do Comércio (OMC) por impedir a entrega de medicamentos genéricos indianos destinados ao mercado brasileiro. Ao mesmo tempo, um dirigente indiano afirmou que seu país apresentou uma queixa contra a UE pela questão.

Segundo o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, as apreensões "tiveram um impacto negativo altíssimo no comércio, nos intercâmbios Sul-Sul e no sistema de saúde nacional dos países em desenvolvimento". Para o embaixador indiano Ujal Bhatia Singh, os medicamentos genéricos apreendidos cumpriam perfeitamente com as regras da OMC.

Um dos casos remonta a janeiro de 2009, quando a Holanda reteve um navio procedente da Índia e que fez escala em Rotterdã antes de partir para seu destino final no Brasil. A embarcação tinha um carregamento do medicamento Losartan, prescrito para o tratamento da hipertensão arterial. A embarcação foi obrigada a retornar para a Índia por suposta violação da propriedade intelectual.

O embaixador indiano se referiu a outras duas apreensões, uma em Frankfurt (Alemanha), em maio de 2009, e outra em Paris (França), em outubro. Depois desses casos, a Índia advertiu, em novembro passado, a OMC que as reiteradas apreensões de medicamentos genéricos poderão afetar o comércio desses produtos e o acesso universal à saúde nos países em desenvolvimento.


AFP
Certo que o interesse estrangeiro no Brasil é GRANDE....certamente deve ter sido a Bayer(Frankfurt) ou a Roche(Paris) a pedir que estes medicamentos fosse "bloqueados" para inspeção... querem pouca concorrência no mercado Brasileiro, talvez um monopólio democrático !!

O Brasil de ir até as ultimas conseqüências em relação a estes bloqueios de produtos para o nosso país, pois pelo o que eu sei não estamos sob embargo internacional... ou estamos???

Valeu !!

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 8:48 am
por Marino
Coisas da Política

Mauro Santayana

Soberania e agricultura



Há muitos anos que, sob a negligência do Estado, empresas e instituições estrangeiras compram terras no Brasil. Na Amazônia, já nos anos 60, chegou-se a detectar estratégica localização progressiva dessas glebas, de forma a estabelecer uma faixa em arco que dividiria o território em duas partes, ao norte e ao sul. É antiga a aspiração americana a estender sua soberania a todo o hemisfério.

Entre outros planos alheios para a região, houve a ideia estapafúrdia do futurólogo Herman Kahn, ainda nos anos 50, de construir imenso lago interior, com o represamento de seus grandes rios. A dimensão do lago pretendido difere, conforme as fontes: de 180 a 500 mil quilômetros quadrados (a represa de Tucurui não chega a 2.500 km²). Que o alucinado cientista norte-americano projetasse o lago (e a internacionalização do território) podemos entender; o que assustou foi a adesão de importantes personalidades brasileiras ao plano.

A aquisição de terras amazônicas se agrava. Ainda nos anos 70, calculava-se em 20 milhões de hectares as glebas adquiridas por multinacionais sob controle norte-americano, como eram a Georgia Pacific, a Anderson Clayton, a Goodyear e a Swift-Armour, algumas destinadas à pecuária extensiva, com incentivos do Estado, e outras à exploração madeireira e mineral. Temos tido, ao longo do tempo, posição defensiva com relação à soberania na Amazônia, quase pedindo desculpas ao mundo por possuirmos 60% de sua área. Por isso, não demos a devida resposta a Al Gore, que disse, textualmente, que a Amazônia pertence ao mundo e não aos brasileiros. Seria interessante saber como os Estados Unidos reagiriam diante da proposta de internacionalização do Alasca, e se os russos admitiriam a soberania mundial sobre a grande floresta de coníferas da Sibéria, com suas grandes reservas aquíferas e suas incalculáveis jazidas minerais.

Agora não é só a Amazônia e outras regiões que têm suas terras alienadas. Empresas e governos da China, da Coreia do Sul, da Indonésia, estão negociando com os governos dos estados da Bahia, do Maranhão, do Piauí e de Tocantins a compra de vastas glebas, destinadas a projetos agrícolas. Pretendem produzir grãos para o consumo de seus povos, já que não têm disponibilidade de terras férteis em seu próprio território. É incompreensível que esses governadores, todos em fim de mandato, se disponham a negociar com os estrangeiros, quando a política externa é assunto exclusivo da União e a aquisição de terras é uma questão de soberania nacional. Segundo informa a Folha de S. Paulo, o governo da Bahia irá enviar uma delegação à China para cuidar do tema. Temos sido negligentes, e é hora de reação contra essa continuada e solerte ocupação do território brasileiro. Os candidatos à Presidência da República são convocados a dizer o que pensam disso.

Não necessitamos de capitais, nem de tecnologia para a exploração das nossas terras. A Embrapa é hoje referência mundial em agricultura tropical e em terras temperadas. Se os coreanos, japoneses, chineses, dinamarqueses ou alemães quiserem consumir grãos produzidos no Brasil, que os adquiram dos brasileiros, de acordo com o interesse mútuo. Temos que agir, no intercâmbio de mercadorias com os outros países do mundo, em absoluta igualdade de condições, e como temos procurado fazer, sem intermédio do dólar.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 8:52 am
por Marino
Avatar II.
Mais uma manobra de preparar os corações e mentes americanas e européias.
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Tríplice fronteira na mira de Hollywood

Novo projeto da diretora Kathryn Bigelow gera polêmica na AL

Evelyn Soares, Jornal do Brasil



RIO - Kathryn Bigelow, primeira mulher premiada com um Oscar de melhor direção, conseguiu acirrar os ânimos das autoridades de três países sul-americanos com seu novo projeto, o filme Triple frontier (Tríplice fronteira, em português), que terá como palco a fronteira entre Uruguai, Paraguai e Brasil. Segundo a imprensa americana, o filme abordará temas polêmicos, como contrabando, narcotráfico e o financiamento do terrorismo islâmico vinculado à região. Em entrevista à revista Vanity concedida em agosto de 2009, Kathryn sugeriu que o filme, cujo roteiro já foi comprado pela Paramount Pictures, poderá vir a ser rodado nas Cataratas do Iguaçu no segundo semestre deste ano, com estreia prevista para 2011.

Em entrevista ao JB, Liz Cramer, titular da Secretaria Nacional de Turismo do Paraguai, posicionou-se de maneira contrária à produção do filme, e disse que já contactou autoridades do Brasil e da Argentina para coordenar possíveis medidas conjuntas contra a sua realização.

A produção do filme ainda não nos enviou a sinopse do roteiro, que mantém em sigilo absoluto, mas em entrevistas à imprensa, Kathryn Bigelow sugeriu que o filme é sobre a fronteira e o terrorismo. Se isso for verdade, o filme certamente não será bom para o turismo da região alertou Liz.

Em nota, a prefeitura de Foz do Iguaçu também criticou a suposta temática do filme, argumentando que a desinformação causa danos irreparáveis à imagem da região e ao turismo regional:

Acreditamos que não há elementos concretos para se afirmar a existência ali de qualquer ligação entre pessoas de ascendência árabe com o financiamento de grupos terroristas... De antemão, podemos garantir que não permitiremos, sem o nosso prévio consentimento o uso de qualquer imagem relacionada aos nossos atrativos turísticos no filme.

Sofremos muito quando os EUA começaram a dizer que aqui havia terrorismo acrescentou ao JB o secretário de Comunicação de Foz do Iguaçu, Elson Marques. Somos uma cidade cosmopolita.

A zona comercial na tríplice fronteira já foi considerada por relatórios do governo dos EUA como sendo um epicentro para a conexão e financiamento de grupos terroristas islâmicos. Em 2002, uma matéria da revista americana New Yorker, alertava que o Hezbollah estaria envolvido em operações criminosas no local.

Enrique Meyer, o secretário de Turismo argentino, disse que compartilha da indignação manifestada pela prefeitura de Foz do Iguaçu e pelo Ministério do Turismo Paraguaio, com o repúdio do tema escolhido para o thriller de Kathryn.

Compartilhamos uma profunda indignação com esta produção que, até onde sabemos, pretende apresentar de maneira negativa uma região de fronteira declarou Meyer, em entrevista ao El País.

Estima-se que 20 mil árabes e descendentes vivam na região, muitos deles muçulmanos dedicados ao comércio.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 8:54 am
por Marino
Brasil pode retaliar se Argentina impuser barreiras, diz ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



O ministro Miguel Jorge (Comércio Exterior) disse ontem que o Brasil poderá retaliar comercialmente a Argentina, caso aquele país proíba a importação de alimentos que têm similares produzidos localmente.

"Estamos trabalhando, o embaixador brasileiro está tendo várias reuniões para evitar que a proibição aconteça. Temos um fluxo importante de alimentos."

Preocupado com a possibilidade de mais barreiras, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) ordenou que o embaixador brasileiro na Argentina, Ênio Cordeiro, elevasse o tom.

Segundo o Itamaraty, Cordeiro se encontrou ontem à tarde em Buenos Aires com o subsecretário de Integração Econômica da Argentina, Alfredo Chiara, para repassar o recado do governo brasileiro.

Miguel Jorge disse que o governo não foi notificado oficialmente de nenhuma decisão argentina e lamentou que o assunto seja anunciado pelos jornais.

Apesar de ainda não confirmados, os rumores de novas medidas protecionistas por parte das autoridades argentinas acenderam a luz amarela no governo, que busca recuperar mercados para as exportações em ano de forte aumento das compras brasileiras no exterior.

Ao longo de 2009, o Brasil já havia encontrado dificuldades em exportar para a Argentina, devido a imposição de licenças não automáticas para a entrada de mercadorias de diversos setores, cujas liberações demoravam até quatro meses.

Mas, no primeiro quadrimestre, as vendas para a Argentina aumentaram 58,5% ante o mesmo período de 2009, totalizando US$ 4,8 bilhões. Entre os principais produtos exportados estão veículos, máquinas e equipamentos e eletroeletrônicos.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 9:20 am
por FOXTROT
terra.com.br

Lula inicia na Rússia viagem que tem Irã como tema principal
13 de maio de 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Moscou, nesta quinta-feira, tendo o programa nuclear iraniano como um dos principais temas de seu encontro com o presidente russo, Dmitri Medvedev.

Segundo o Itamaraty, a Rússia tem dado "indicações" de que considera "positiva" a iniciativa do presidente Lula de tentar avançar nas conversas com Teerã sobre seu enriquecimento de urânio.

O encontro bilateral ocorre a poucos dias da visita oficial do presidente Lula ao Irã, programada para os dias 16 e 17 de maio. Antes de chegar a Teerã, Lula faz ainda uma parada de um dia no Catar.

Considerada a segunda maior potência nuclear do planeta - atrás apenas dos Estados Unidos -, a Rússia faz parte do grupo de países (o chamado P5+1) que vinha liderando as negociações com o Teerã nos últimos anos.

Além disso, como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia está entre os países que podem vetar uma nova rodada de sanções econômicas a Teerã, apesar de Moscou já ter sinalizado estar de acordo com certos tipos de penalidades.

Sanções
O embaixador do Brasil em Moscou, Carlos Antonio da Rocha Paranhos, disse que o governo russo concorda com a posição brasileira de que as possibilidades de diálogo "ainda não estão totalmente esgotadas" e que a Rússia não defende sanções "de forma automática".

Para ele, o governo russo acredita na "capacidade de interlocução" e na "credibilidade" do presidente brasileiro nas tentativas de um novo entendimento com Teerã.

"Existe uma expectativa (do governo russo) quanto à visita do presidente Lula a Teerã. Para eles (russos), o presidente Lula tem credibilidade para alcançar um compromisso do lado iraniano que permita retomar o diálogo em relação ao programa nuclear", disse Paranhos.

Ainda segundo o embaixador, os russos são contrários a sanções "extremamente danosas". "Eles têm insistido que novas sanções não devem paralisar a economia iraniana ou causar problemas sérios à população", disse.

Tecnologia
Durante um encontro nesta sexta-feira, os presidentes Lula e Medvedev assinarão um "plano de ação" entre os dois países em diversas áreas, sobretudo em tecnologia.

Na avaliação de Paranhos, um dos grandes potenciais de avanço na relação entre Brasil e Rússia está na exploração da camada do pré-sal. "Os russos sabem que sua tecnologia no transporte do gás liquefeito, por exemplo, pode interessar a Petrobras", disse o embaixador.

Mas, segundo ele, o Brasil terá de romper com "certos estereótipos" se quiser avançar nas relações comerciais com a Rússia. "Há muito preconceito de que a Rússia é uma 'caixa-preta', de que o país não transfere tecnologia", disse. "Essas visitas contribuem para desfazer esses estereótipos", afirmou o embaixador.

No ano passado, o fluxo de comércio entre os dois países caiu praticamente pela metade em função da crise econômica internacional, mas, segundo Paranhos, essa relação "está sendo retomada".

Em 2009, as trocas comerciais entre Brasil e Rússia somaram US$ 4,3 bilhões, contra US$ 8 bilhões do ano anterior. Apesar das vendas menores em 2009, a diferença ficou positiva para o Brasil em US$ 1,4 bilhão.

Também nesta sexta-feira, os dois presidentes deverão anunciar o fim da necessidade de visto para passaportes comuns nas chamadas estadias de curta duração (90 dias), a partir de junho.

Na quarta-feira, em visita a Ancara, o presidente russo assinou um acordo com o presidente da Turquia, Abdullah Gul, para construir a primeira usina nuclear do país. Segundo o acordo, a Rússia terá o controle financeiro da usina, que deverá custar US$ 20 bilhões e deve ser construída na costa mediterrânea da Turquia.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 9:52 am
por Marino
Não sabia onde postar, então o faço aqui:

No fundo, a questão é de segurança nacional
Por que o Plano Nacional de Banda Larga é tão criticado, sobretudo pelo setor privado?
Os fabricantes de equipamentos no Brasil consideram o plano uma ótima oportunidade de ver essa indústria revitalizada. O Brasil tinha mais de 60 empresas nessa área e hoje há pouco mais que 13, que sobreviveram porque têm boa tecnologia. Quem não gostou foram os que estavam em uma situação
de monopólio na maior parte das cidades onde atuam. É estranho que se chame de mercado aquilo que é monopólio. Segundo a própria Net, só há concorrência em 184 cidades. Evidentemente, estão reagindo à entrada onde os pequenos provedores vão poder concorrer. Dizer que as regras mudaram não é correto. As regras que o ex-ministro (das Comunicações) Sérgio Motta estabeleceu na época das privatizações, que eram de estimular a competição, pouco a pouco foram esquecidas e nós voltamos para um ambiente de concentração e de controle por uma única empresa em mais de 2 mil municípios. Em 3 mil, não há nada.

Então, houve falhas no processo de privatização?
Eu sempre gosto muito de usar uma frase de um escritor gaúcho que respeito muito, que é o Luiz Fernando Veríssimo. Ele disse: “Nada envelhece tão depressa quanto os futuros de antigamente”. Os futuros de 10 anos atrás já envelheceram. Aquilo que nós pensávamos que ia ser o futuro das telecomunicações não se realizou. Ninguém sonhou que a internet ia ter essa dimensão que tem, que a telefonia celular ia ocupar esse espaço. São duas inovações que ninguém previu. Isso afeta muito o negócio e as operadoras estão envolvidas nesse processo. Elas têm que repensar. Nós temos que sair da posição de 60, onde nós estamos (no acesso à banda larga), para ter uma posição de 10º, de 5º, que é o nosso lugar na economia. Temos a telefonia mais cara do mundo.

Mesmo sem o imposto?
Sim. De 70 economias emergentes, temos a mais cara, disparado: US$ 28 de conta média. Na Índia, custa US$ 5. Na China, não chega a esse preço. Nossa situação não é boa. Isso inibe o desenvolvimento.
Estudos mostram que a oferta de banda larga impacta diretamente o crescimento do PIB.
Estudos mostram que, a cada 10% de aumento de penetração do acesso à internet, há 1,4% de aumento do PIB. Se nós queremos ser um país com inserção na sociedade do conhecimento, temos de mudar radicalmente a forma com que lidamos com a banda larga. Se ela for uma commoditty barata, as empresas brasileiras estarão na ponta da inovação. Os empreendedores brasileiros são muito criativos e, certamente, se nós instituirmos um ambiente que promova a concorrência, os custos do país vão baixar. Até do governo, que poderá prestar uma série de serviços que permitirão levar conhecimento para o interior do Brasil e aplicações como telemedicina, a nota fiscal eletrônica. Temos oportunidades na área de serviços, na área de novas aplicações, hardware. Não é possível ser ingênuo a ponto de dizer que o país não possa ter uma infraestrutura própria, com competência, no seu próprio país.

Então a banda larga é questão de segurança para o país?
Sim. Senão, o submarino nuclear que vai patrulhar as costas brasileiras não vai conseguir falar com um avião do último modelo que estamos comprando. Não sabemos qual vai ser a empresa vencedora, mas, com certeza, terá tecnologia de ponta. E como que esses caras falam? Falam por um satélite comercial, por exemplo?

O senhor está se referindo ao pré-sal?
Sim. No reforço da Marinha brasileira, em função das riquezas nos campos de pré-sal, os submarinos vão precisar conversar com a Aeronáutica. Como é que eles vão se falar? Por satélites comerciais ou eles vão usar redes que nós controlamos? Não dá para ser ingênuo ao ponto de o país não ter autonomia.

Hoje, então, há risco de vazamento de informação sigilosa porque o governo não tem rede própria de telecomunicações?
Isso já aconteceu. Não é um fato novo. Na época da Brasil Telecom, vários e-mails de ministros foram interceptados pela empresa operadora interessada na questão. No governo Fernando Henrique, na contratação do Sivam-Sipam (programas de monitoramento da Amazônia), comunicações dos militares foram interceptadas por fornecedores interessados e acabaram interferindo em um acordo que ia ser feito com a França. Não é possível que a gente não tenha uma estrutura. É uma questão de segurança de Estado. Como é que vamos trabalhar com informação reservada, combatendo tráfego de drogas, com uma rede frágil, que pode ser escutada a qualquer momento?
A crítica mais recente à reativação da Telebrás é um possível conflito de interesse pelo uso de informações privilegiadas por funcionários da estatal que estão cedidos para a Anatel.

Existe esse risco?
Deveríamos fazer uma discussão mais ampla sobre o tempo em que os conselheiros das agências ficam em quarentena quando saem. No caso da privatização, houve vários conflitos. O Fernando Xavier terminou de privatizar a Embratel, tirou umas férias prolongadas e foi ser presidente da Telefonica no Brasil. Não se fez um escândalo sobre isso ser uso de informação privilegiada, nem de
conflito de interesse. O próprio Antonio Carlos Valente, atual presidente da empresa, saiu do conselho da Anatel, fez um estágio no Peru, ficou quatro meses de férias e foi trabalhar para a Telefonica, uma empresa regulada por ele como conselheiro. E ninguém achou que tinha conflito de interesse. O que é estranho é que agora, quando se trata de funcionários mais baixos que retornam à sua empresa de origem, haja esse conflito.

Em outros países, as regras são mais rígidas para esse tipo de situação?
Nos Estados Unidos, a quarentena de um conselheiro é de cinco anos para falar do assunto. Do 5º ano ao 10º, ele pode dar aula, mas não trabalhar numa empresa. Aqui, são quatro meses. Isso são férias prolongadas. O problema não é a saída do pequeninho, mas sim a do Xavier e a do Valente para trabalhar na Telefonica. É ridículo.
Quem não gostou foram os que estavam em uma situação de monopólio na maior parte das cidades onde atuam. É estranho que se chame de mercado aquilo que é monopólio’’

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Mai 13, 2010 12:23 pm
por Rock n Roll
É no básico que estão nossas necessidades mais urgentes,
negligenciadas por todos os governos nos últimos 25 anos,
sem excessões !!!! Este que aí está então, credo, só papo !!!!!!

NÂO TEMOS INFRAESTRUTURA BÁSICA PARA UM PAÍS DESTE TAMANHO !!!!

O BÁSICO !!!!!!!

INFRAESTRUTURA BÁSICA !!!!!!!!

QUE VERGONHA !!!!!!

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