Túlio escreveu:Mas o lembrete em azul no post do Santiago, Cabôco véio, eu não me incomodaria até de botar na minha assinatura, verdade de doer!!!
Ou por que será que somos tão apaixonados por ToTs? Vocação de vira-lata, tipo "nós, incapazes, pagamos e VOSMEÇÊS, capazes, desenvolvem". O KC-390 (nada de nome ainda, né? Eu mudaria o do C295 e chamaria O NOSSO de Amazonas) me parece estar sendo desenvolvido dentro do sistema gerencial já solidamente estabelecido na EMBRAER e, desse modo, bem difícil de dar errado e/ou descambar para caminhos não-desejáveis...
Túlio, sim e não. Explico: é preciso compreender o significado de "investimento em defesa" no caso do KC-390. Por exemplo, sob a ótica do governo este avião é investimento da União ou é de uma empresa privada? Outra coisa: existe alguma parte de investimento real da União no desenvolvimento do KC-390? Se ainda não, então não será contabilizado. E para não parar aí: as datas informadas (2006 e 2003) antecedem a END, então é "aceitável", como argumento, não como explicação de fato. Mais uma: as porcentagens informadas se referem a qual parâmetro?
Uma vez disse aqui e fui mal compreendido, mas insisto porque sei sobre o que falo (não com ofensa, nada pejorativo): Deus inventou a matemática, já a estatística é obra do diabo. Esta expressão, apesar de sugerir ofensa aos amigos/irmãos estatísticos, nada tem a ver, simplesmente ela diz o óbvio: o Criador produz números absoluto, já o Decaído produz números "adequados à realidade que se deseja".
Duvidam? Exemplifico: como o Brasil "investiu "0,6 ou 1,2%" e os "EUA investiu 56%"? Do PIB é que não deve ser, pois não consigo imaginar, sequer, que um país como os EUA possam ter investido 56% deste. Não é por aí... É preciso ter senso crítico e capacidade de discernimento.
Por outro lado, é preciso mais investimentos em P&D no Brasil, o que temos está abaixo da mediocridade. Há muita retórica, seja por ignorância de quem fala, seja por casuísmo, seja por populismo, seja pelo que for, mas há muita beleza nas falas, porém nada de eficácia.
Falar sobre ToTs de caças e subs nuclear ou não, é aceitável, porém é preciso saber o ponto de parar com este tolo discurso. Por quê? Simples, mano Túlio, porque você está coberto de razão: quem fala que precisa de ToT pra tudo é assumir publicamente que não temos competência para desenvolver nada por conta própria, é ignorar a capacidade de nossos recursos humanos, é ignorar o potencial do próprio país. Estamos realmente neste ponto? Que se diga abertamente, mas que se apresente soluções pragmáticas (investimentos, altos investimentos) nestas áreas (sejam quais forem).
ToT é fundamental neste momento de "recuperação", principalmente no campo militar, mas faço uma pergunta: supondo que as teremos, então o que faremos depois que as tivermos em mãos? Sem investimentos em P&D para dar continuidade a tudo isso é jogar dinheiro fora, quero dizer, fora não, mas nas mãos daqueles que pagamos para obtê-las. Nestas horas se exige juízo e sabedoria, principalmente nas palavras e nas ações.
Abração, mano Dinah!!!