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Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 6:39 pm
por Thor
Túlio escreveu:Em homenagem ao amigo Thor - um dos poucos rivais que tenho para o Troféu Saco de Adamantium - só volto a reclamar da FAB na novela FX-2 na semana que vem.

CONGRATZ!!! :D :D :D :D
Eu fiz uma promessa para mim mesmo que evitaria falar sobre o F/X, tanto que nem posto mais naquele tópico.
Vocês tem razão, a FAB está sendo muito incompetente por cerca de 10 anos quando não consegue convencer o governo para abrir crédito de pagamento para o F/X. Por mim, a FAB deveria usar alguns homens do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento e sequestrar o NJ, o Lula, o ministro do planejamento e da fazenda, para forçá-los aprovar esse importante financiamento para o poder militar do Brasil. :evil:
A MB conseguiu em função da prioridade que o GF deu para a defesa do pré-sal, etc... e mesmo assim no primeiro contingenciamento que o GF teve que fazer, adivinha quem teve o corte?
Deixa pra lá, a culpa é da FAB e pH0D@-C.
Abraços

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 8:10 pm
por Paisano
Thor escreveu:
Túlio escreveu:Em homenagem ao amigo Thor - um dos poucos rivais que tenho para o Troféu Saco de Adamantium - só volto a reclamar da FAB na novela FX-2 na semana que vem.

CONGRATZ!!! :D :D :D :D
Eu fiz uma promessa para mim mesmo que evitaria falar sobre o F/X, tanto que nem posto mais naquele tópico.
Vocês tem razão, a FAB está sendo muito incompetente por cerca de 10 anos quando não consegue convencer o governo para abrir crédito de pagamento para o F/X. Por mim, a FAB deveria usar alguns homens do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento e sequestrar o NJ, o Lula, o ministro do planejamento e da fazenda, para forçá-los aprovar esse importante financiamento para o poder militar do Brasil. :evil:
A MB conseguiu em função da prioridade que o GF deu para a defesa do pré-sal, etc... e mesmo assim no primeiro contingenciamento que o GF teve que fazer, adivinha quem teve o corte?
Deixa pra lá, a culpa é da FAB e pH0D@-C.
Abraços
Prezado Thor,

Pelo visto você ainda não compreendeu o verdadeiro espírito das tais "críticas" à FAB:



:wink:

Um abraço.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 10:21 pm
por Carlos Mathias
Pois é.

Mas vem cá Thor, foi feito isso recentemente, o sequestro e etc? :roll: :mrgreen:
Sim, porque o Rafale tá aí, escolhido e vai sair, prá FAB e prá MB ao que parece.
Será que uma compra mais substancial (FAB+MB) pode ter melhorado as condições de negociação com a França?

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 10:32 pm
por Thor
Carlos Mathias escreveu:Pois é.

Mas vem cá Thor, foi feito isso recentemente, o sequestro e etc? :roll: :mrgreen:
Sim, porque o Rafale tá aí, escolhido e vai sair, prá FAB e prá MB ao que parece.
Será que uma compra mais substancial (FAB+MB) pode ter melhorado as condições de negociação com a França?
A escolha do Jobim pelo Rafale foi feita a muito tempo atrás... antes das avaliações feitas pela FAB.
Texto do Ministro Jobim, em Anápolis, quando da entrega dos últimos F-2000, em set/2008:
"Assistimos hoje à integração dos últimos Mirage 2000 ao nosso conjunto de caças do Brasil. Sabem os senhores e senhoras que elaboramos e estamos a elaborar, e apresentaremos ao Brasil, nesta semana, o nosso Plano Estratégico Nacional de Defesa.

O que tem de se ter presente claramente é que o processo de transformação, que decorrerá do início desta situação com as diretrizes desse plano, é processo de transformação das Forças Armadas brasileiras, que tem como perspectiva uma reorganização nos seus efetivos, na sua lotação e na integração entre as próprias Forças.

E, fundamentalmente, considerando que a defesa deixa de ser tema exclusivamente militar para ser tema da Nação. E, por ser tema da Nação, a transformação das Forças não se dá na perspectiva da existência da ameaça, de um inimigo, se dá isso sim na perspectiva da capacitação do país em termos dissuasórios. Enganam-se aqueles que pensam, ou pretendem pensar e afirmar, que a organização e a transformação das Forças brasileiras têm alguma perspectiva na análise da existência de alguma posição ou algum opositor.

Não. O que precisamos é nos organizar em termos de nossa capacitação. Chega de pensarmos pequeno. Chega de termos pretensões de curto prazo. Precisamos ter afirmações de curto, médio e de longo prazo. E a capacitação de um temor dissuasório efetivo no Brasil é fundamental, tendo em vista sua perspectiva de país grande. E é por isso que, no final do ano, em dezembro, comparecerá ao Brasil Sua Excelência o presidente ( da França, Nicolas) Sarkozy, e o Brasil firmará grande acordo estratégico com a França, que envolve não só trocas e trabalhos na área de defesa, mas fundamentalmente a possibilidade de ampliação de nossa base industrial de defesa em aliança com os franceses. Os franceses e a França são o país que, nos diálogos que fizemos pelo mundo, com a Índia, com a Rússia, com a Suécia, com os Estados Unidos, em todos eles só encontramos efetivamente com os franceses uma transparência, uma disposição real de uma parceria estratégica com o Brasil.

Não somos, não seremos e não continuaremos a ser meros consumidores de produtos de defesa, seremos, isso sim, produtores de serviços de defesa na integração do desenvolvimento brasileiro. Os dois Mirages que ora nos são entregues é o final de um ciclo. Teremos um novo ciclo. Um novo ciclo em que os produtos terão, junto com o ciclo, claramente, as cores brasileira e francesa para afirmar a efetividade do Brasil como um país grande.
Senhor comandante da Aeronáutica, quero agradecer toda a transparência do relacionamento do comando da Aeronáutica com o Ministério da Defesa, e dizer a V. Exa. que isso continuará assim, de forma que estamos hoje servindo a um objetivo claro, que é a afirmação do Brasil como grande potência. E ter o Brasil como grande potência significa ter o Brasil a capacitação clara de poder dissuasório efetivo, e não verbal, e não meramente virtual. E é por isso que agradeço a V. Exa. essa dedicação. Cumprimento a todos.

E digo, não só para os franceses, que temos um longo caminho a percorrer. E saberemos percorrer com absoluta tranqüilidade."

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 10:34 pm
por Túlio
Paisano escreveu:
Thor escreveu: Eu fiz uma promessa para mim mesmo que evitaria falar sobre o F/X, tanto que nem posto mais naquele tópico.
Vocês tem razão, a FAB está sendo muito incompetente por cerca de 10 anos quando não consegue convencer o governo para abrir crédito de pagamento para o F/X. Por mim, a FAB deveria usar alguns homens do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento e sequestrar o NJ, o Lula, o ministro do planejamento e da fazenda, para forçá-los aprovar esse importante financiamento para o poder militar do Brasil. :evil:
A MB conseguiu em função da prioridade que o GF deu para a defesa do pré-sal, etc... e mesmo assim no primeiro contingenciamento que o GF teve que fazer, adivinha quem teve o corte?
Deixa pra lá, a culpa é da FAB e pH0D@-C.
Abraços
Prezado Thor,

Pelo visto você ainda não compreendeu o verdadeiro espírito das tais "críticas" à FAB:



:wink:

Um abraço.

Mas - só para variar - ME entendeste. É o que importa. :wink: 8-]


O Thor véio ainda pega o meu jeito... 8-]


(((DETALHE: sou o TÚLIO, não o bourne!!! :wink: )))

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 9:00 am
por Penguin
Thor escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Pois é.

Mas vem cá Thor, foi feito isso recentemente, o sequestro e etc? :roll: :mrgreen:
Sim, porque o Rafale tá aí, escolhido e vai sair, prá FAB e prá MB ao que parece.
Será que uma compra mais substancial (FAB+MB) pode ter melhorado as condições de negociação com a França?
A escolha do Jobim pelo Rafale foi feita a muito tempo atrás... antes das avaliações feitas pela FAB.
Texto do Ministro Jobim, em Anápolis, quando da entrega dos últimos F-2000, em set/2008:
"Assistimos hoje à integração dos últimos Mirage 2000 ao nosso conjunto de caças do Brasil. Sabem os senhores e senhoras que elaboramos e estamos a elaborar, e apresentaremos ao Brasil, nesta semana, o nosso Plano Estratégico Nacional de Defesa.

O que tem de se ter presente claramente é que o processo de transformação, que decorrerá do início desta situação com as diretrizes desse plano, é processo de transformação das Forças Armadas brasileiras, que tem como perspectiva uma reorganização nos seus efetivos, na sua lotação e na integração entre as próprias Forças.

E, fundamentalmente, considerando que a defesa deixa de ser tema exclusivamente militar para ser tema da Nação. E, por ser tema da Nação, a transformação das Forças não se dá na perspectiva da existência da ameaça, de um inimigo, se dá isso sim na perspectiva da capacitação do país em termos dissuasórios. Enganam-se aqueles que pensam, ou pretendem pensar e afirmar, que a organização e a transformação das Forças brasileiras têm alguma perspectiva na análise da existência de alguma posição ou algum opositor.

Não. O que precisamos é nos organizar em termos de nossa capacitação. Chega de pensarmos pequeno. Chega de termos pretensões de curto prazo. Precisamos ter afirmações de curto, médio e de longo prazo. E a capacitação de um temor dissuasório efetivo no Brasil é fundamental, tendo em vista sua perspectiva de país grande. E é por isso que, no final do ano, em dezembro, comparecerá ao Brasil Sua Excelência o presidente ( da França, Nicolas) Sarkozy, e o Brasil firmará grande acordo estratégico com a França, que envolve não só trocas e trabalhos na área de defesa, mas fundamentalmente a possibilidade de ampliação de nossa base industrial de defesa em aliança com os franceses. Os franceses e a França são o país que, nos diálogos que fizemos pelo mundo, com a Índia, com a Rússia, com a Suécia, com os Estados Unidos, em todos eles só encontramos efetivamente com os franceses uma transparência, uma disposição real de uma parceria estratégica com o Brasil.

Não somos, não seremos e não continuaremos a ser meros consumidores de produtos de defesa, seremos, isso sim, produtores de serviços de defesa na integração do desenvolvimento brasileiro. Os dois Mirages que ora nos são entregues é o final de um ciclo. Teremos um novo ciclo. Um novo ciclo em que os produtos terão, junto com o ciclo, claramente, as cores brasileira e francesa para afirmar a efetividade do Brasil como um país grande.
Senhor comandante da Aeronáutica, quero agradecer toda a transparência do relacionamento do comando da Aeronáutica com o Ministério da Defesa, e dizer a V. Exa. que isso continuará assim, de forma que estamos hoje servindo a um objetivo claro, que é a afirmação do Brasil como grande potência. E ter o Brasil como grande potência significa ter o Brasil a capacitação clara de poder dissuasório efetivo, e não verbal, e não meramente virtual. E é por isso que agradeço a V. Exa. essa dedicação. Cumprimento a todos.

E digo, não só para os franceses, que temos um longo caminho a percorrer. E saberemos percorrer com absoluta tranqüilidade."
Complementando...


FSP 31 Agosto 2008

Lobby?
Plano de Defesa de Lula não eliminará problemas do setor

Apesar das muitas discussões entre ministros e o Alto Comando,
a compra de material bélico continua sendo feita sem coerência

Mangabeira Unger anuncia parceria com os russos para construir um caça, enquanto o Ministério da Defesa quer um acordo com os franceses

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá anunciar nesta semana o Plano Estratégico de Defesa Nacional para os próximos 30 anos. Mas há dois problemas, práticos e conceituais.

Primeiro, o plano será uma carta de intenções dependente do cumprimento da promessa de mais dinheiro para o setor. Segundo, a compra de material bélico vem sendo alinhavada sem coordenação e com diversos pontos de interrogação.

Hoje o plano é um documento de pouco mais de cem páginas, resultado de um ano de visitas a potências militares e intermináveis reuniões entre os ministros Nelson Jobim (Defesa), Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) e o Alto Comando das Forças Armadas.

Por ora, o texto planeja o reaparelhamento das Forças, a organização da indústria bélica nacional, o reforço do patrulhamento da fronteira e alterações no serviço militar obrigatório. Mas sua redação não é final.

Exemplo: Mangabeira defende um serviço civil obrigatório a ser exigido de todos os reservistas. Eles fariam serviços comunitários e passariam por um tratamento militar rudimentar, para servirem como força de reserva. O próprio ministro tem poucas esperanças de emplacar a idéia: "É audacioso, eu sei. Mas a transformação de um país exige sacrifício". Conforme relataram sob sigilo dois oficiais superiores que participaram das discussões, o plano pode virar, nas palavras deles mesmos, um amontoado de idéias ora "amalucadas", ora "realistas", ora "inexeqüíveis".

O plano não trata especificamente das negociações de material bélico. E aí residem incoerências. O caso da Marinha é eloqüente: há 26 anos o Brasil tem um acordo com estaleiros alemães para fabricar o consagrado submarino Tipo-209, mas, por conta da parceria estratégica com a França, o trabalho será paralisado e recomeçado com o Scorpène, produto não exatamente aceito no mercado (leia texto ao lado).

Na Aeronáutica, o caso mais famoso de ida-e-vinda é o da compra dos caças supersônicos: após muita protelação, o governo Lula comprou 12 Mirage-2000 da França para "tapar buraco", mas a idéia em debate é ambiciosa: compra inicial de até 36 aparelhos, chegando a mais de 100 até 2020, para substituir os Mirage, os AMX de ataque e os F-5BR táticos. Os concorrentes fortes são os mesmos da licitação F-X, em 2002: França e Rússia.

Os franceses, com o seu Rafale, parecem hoje mais bem posicionados devido à tal "parceria estratégica". Do ponto de vista puramente militar, o russo Sukhoi-35 é considerado superior, e Moscou promete total transferência tecnológica.

Mas aí entra a confusão. Mangabeira chegou a anunciar uma "parceria estratégica" com os russos para construir em conjunto um caça de próxima geração, mas a Defesa confirma o acordo com os franceses. Além de altamente improvável devido à falta de tradição de cooperação russo-brasileira, a idéia de Mangabeira choca-se com a preferência de Jobim: qual o sentido de comprar de um fornecedor e depois buscar o produto futuro de outro?

Mesma confusão já ocorre na área de helicópteros. O governo, com a ajuda do lobby do governador Aécio Neves (PSDB-MG), aceitou comprar 50 unidades do Cougar, helicóptero francês sobre o qual pesam boatos de descontinuação da linha européia. Aécio entrou na jogada porque a Helibrás, que pertence à francesa Eurocopter, tem fábrica em Itajubá.

Enquanto isso, chega ao Brasil amanhã uma missão russa para fechar a venda de 12 helicópteros de ataque russos Mi-35, negócio em torno de US$ 250 milhões. O produto é dos melhores de sua categoria, mas cabe perguntar o motivo da escolha de duas matrizes diferentes de fornecedor de produtos semelhantes: são duas escolas de manutenção e treinamento completamente diferentes.

O plano não dá detalhes, mas preverá o estabelecimento de favores para a indústria bélica nacional, que já foi uma das "top 10" do mundo nos anos 80. Há relatos incipientes de fábricas de veículos blindados em Minas e no Rio Grande do Sul, mas quem deverá se beneficiar é a poderosa Embraer: a FAB conseguiu emplacar uma rubrica no Orçamento de 2009 para dar dinheiro ao desenvolvimento de um avião de carga a jato para substituir os Hércules C-390. Um bom negócio para a Embraer: se o projeto não decolar, não terá gasto nada nele.

Além disso, há o ceticismo decorrente da realidade orçamentária do país. Mesmo com um orçamento gigante, de R$ 41 bilhões neste ano, a Defesa só conseguiu gastar R$ 394 milhões em investimento direto.

Mas há mais dinheiro prometido: a verba para investimento e custeio saltou de R$ 7,4 bilhões neste ano para R$ 10,9 bilhões em 2009.

Outro fator importante: o Chile e a Venezuela se armaram muito nos últimos anos. O fato foi lembrado em Anápolis pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito: "Eles [Chile e Venezuela] fizeram a parte deles. É importante que façamos a nossa. Nossos diplomatas são muito capazes, mas ninguém sabe o dia de amanhã".

Lobistas agem abertamente entre oficiais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As discussões são todas "de alto nível", com oficiais estrelados e ministros, mas na hora de fechar um negócio militar quem invariavelmente aparece é o lobista.

Alguns agem abertamente. Na quarta passada, enquanto o ministro Nelson Jobim (Defesa) recebia na Base Aérea de Anápolis (GO) os dois últimos caças Mirage-2000 comprados da França em 2006, dois franceses chamavam a atenção pela desenvoltura com que circulavam entre os chefes da FAB: eram representantes da gigante francesa Dassault. Oficialmente, estavam ali para a entrega do Mirage, mas aproveitaram cada minuto para alardear as vantagens do Rafale, forte candidato a virar o novo caça padrão do Brasil.

Aos oficiais da FAB e à Folha, François Haas e Jean-Marc Merialdo revelaram os argumentos que levaram ao Estado-Maior da Aeronáutica, em agosto, para manter a parceria com a França: a garantia do governo francês de transferir ao Brasil a tecnologia do Rafale. "No mundo atual, isso não é fácil. A Boeing pode prometer o que quiser, mas se o governo americano não concordar em transferir tecnologia, não há o que fazer", disse Haas.

Jean-Marc citou o bom desempenho dos Rafale no Afeganistão -"os pilotos elogiaram muito"-, mas o fato é que a Dassault está com problemas para vender o Rafale fora da França. Ele perdeu até aqui todas as concorrências que disputou, geralmente por conta do preço alto, entre 50 e 60 milhões. Em Anápolis, Jobim foi apresentado ao novo adido militar da França no Brasil, Jean-Marie Charpentier, que endossou o compromisso de transferir tecnologia: "O presidente Nicolas Sarkozy está à disposição do Brasil".

Enquanto isso, amanhã chega ao país uma comitiva de russos e paquistaneses visando fechar a venda de helicópteros Mi-35 à FAB -12 unidades a US$ 20 milhões cada. A presença de paquistaneses decorre do fato de que é uma empresa daquele país uma das maiores lobistas pela venda de armas russas. (ALAN GRIPP E IGOR GIELOW)

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 10:07 am
por Túlio
Mas, pensando melhor, devo uma resposta ao nosso véio CMG(CA) e vou colher o ensejo para explicar melhor minha posição também ao Thor. Assim, algumas considerações:

:arrow: Comparemos o modo como as duas Forças, MB e FAB, têm conduzido suas políticas de renovação de meios. A MB começou com um Almirante abrindo o berreiro, o Programa da Propulsão Nuclear já era, kabô-se, azar do goleiro. Iríamos comprar IKL-214 convencional e fim. Os Alemães foram ao céu. Já tinha até navio cheio de Chinês para começar as obras. Daí a reviravolta. Correram com a cambada dos chucrutes, o próprio Presidente foi a campo dizer que ia ter SSN sim, esparramou-se num SOFA Francês e bueno, aí vêm quatro SSKs e um SSN. Enquanto isso, a FAB ali, quietinha, tocando seu FX.

:arrow: Ambos os Programas, da MB e FAB, orçam em vários bilhões em qualquer moeda que se escolha. Isso atiça lobista, político, empresário, até Prefeito meteu o bedelho. É do jogo.

:arrow: A bagunça começou primeiro para o lado da tchurma de branco. Era um tale de 'sub Francês é trocentas vezes mais caro que o nosso', 'tá na cara que tem maracutaia', 'nem AIP essas jostas vão ter' e por aí vai. O que a MB fez? Se agarrou em tudo quanto foi microfone que apareceu e abriu o berreiro. Não deixou nada sem resposta. Marketing agressivo. A cambada fechou a matraca e o Programa está aí, o primeiro SSK começou a ser feito, as obras do estaleiro estão em andamento e a imprensa foi procurar confusão em outros pagos...

:arrow: Daí virou pro lado da FAB. Aparece uma lobista da imprensa disparando críticas semelhantes às feitas à MB. 'Muito caro', 'maracutaia', 'o caça do Lula e seu amiguinho Sarkozy' e por aí vai. Só faltou falarem que só iam passar é ToT de transar com a Carla Bruni. Apareceu até com um misterioso relatório 'vazado'. O que a FAB fez? NADA! Parecia que nem era com ela, que nem era com seu mais ambicioso programa de reequipamento. E continua tudo parado...

:arrow: Mas a MB não. Obtidos os subs, já começaram a choradeira de novo. Agora são escoltas, patrulheiros e navios de apoio. E não param aí: NAes! Isso sim, é correr atrás! É dizer ao PAGADOR DE IMPOSTOS, que é o que sou: "não estamos dormindo no ponto", é mostrar TRANSPARÊNCIA!

:arrow: Ah tá, mas no mar tem Pré-Sal, tadinha da FAB, não tem petróleo nem gás nem minérios no céu, sodas mesmo...

:arrow: Bueno, a FAB não deixa nem por sonho que a MB tenha avião baseado em terra para defender o mar. Ao mesmo tempo, ela JAMAIS disparou um míssil antinavio. A MB os dispara de helis e já está se assanhando para fazê-lo nos Skyhawks. Que bela chance desperdiçada...

:arrow: Sim, porque a FAB pode demonstrar no momento que quiser que o Pré-Sal, em seu ponto mais distante, pode ser alcançado em menos de meia hora de voo por um caça com Exocets ou equivalentes.

:arrow: E que me adescurpe o nosso véio CMG(CA) mas botar NAe no meio das plataformas me parece uma maravilhosa forma de SUBUTILIZÁ-LO. Que eu saiba, um NAe tem de ser tão inconspícuo quanto possível, ele não pode estar numa posição conhecida/previsível ou acabará servindo de moradia e, por algum tempo, refeitório aos peixes. NAe é projeção de poder, ele trabalha levando a guerra para tão longe de casa quanto possível. Mas não vamos ficar falando sem citar nada:
Marino escreveu: O que diz a END sobre a MB?
A prioridade é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de
forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar
ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos,
a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a
reconfiguração das forças navais.
Ao garantir seu poder para negar o uso do mar ao inimigo, precisa o Brasil manter a
capacidade focada de projeção de poder e criar condições para controlar, no grau necessário à defesa e dentro dos limites do direito internacional, as áreas marítimas e águas interiores de importância político-estratégica, econômica e militar, e também as suas linhas de comunicação marítimas.
Aqui vemos claramente o que a END define para a MB.
Estes conceitos estão explicados no pobre tópico citado, sobre Estratégia Naval.
E continua:
A negação do uso do mar, o controle de áreas marítimas e a projeção de poder devem ter por foco, sem hierarquização de objetivos e de acordo com as circunstâncias:
(a) defesa pró-ativa das plataformas petrolíferas;
(b) defesa pró-ativa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das
ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras;
(c) prontidão para responder à qualquer ameaça, por Estado ou por forças não convencionais
ou criminosas, às vias marítimas de comércio;
(d) capacidade de participar de operações internacionais de paz, fora do território
e das águas jurisdicionais brasileiras, sob a égide das Nações Unidas ou de
organismos multilaterais da região;
Então, as tarefas que a MB deve cumprir estão perfeitamente definidas, sem sombra de dúvidas.
Onde se insere o PA?
No controle do mar e na projeção de poder, além da contribuição para a dissuasão, que a END não trata especificamente para o meio.
Como o PA defenderá o pré-sal?
Controlando o mar na área das plataformas.
De que modo?
Garantindo a superioridade aérea na área desejada, realizando reconhecimento aéreo, patrulha A/S com seus meios, destruindo com ataques aéreos qualquer meio que as ameace, etc.
Se voltarmos ao pobre tópico citado, a proteção a uma área pode ser próxima, ou distante.
Próxima, mantendo-se na área em questão, e esperando para reagir; distante, interpondo-se entre a área e a força inimiga, buscando a Batalha para destrui-la.
Mas como a END trata o tema PA, diretamente?
A força naval de superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo em alto mar, como de navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis brasileiros.
Ainda:
Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à
fabricação de navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como
navios-aeródromos. Serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva.
Prestemos atenção a este último ponto. Em outro lugar mencionei que não sabia se o governo havia entendido o que escreveu, ou seja, a END. Como eu devo entender quando alguém afirma:

"Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como
navios-aeródromos
."

E logo em seguida:

Serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva

Ou são duas premissas contraditórias ou vou ter que aprender Lógica de novo, POWS!!!

Eu vou dar especial atenção a meios que, ENTRE OUTRAS FUNÇÕES, possam servir como NAes; ao mesmo tempo, eu prefiro NAes especificamente projetados para serem APENAS NAes.

O que isso significa, em língua de gente? Na minha, que o governo não entendeu o que escreveu.

Mas tem mais:

"Como o PA defenderá o pré-sal?
Controlando o mar na área das plataformas.
De que modo?
Garantindo a superioridade aérea na área desejada, realizando reconhecimento aéreo, patrulha A/S com seus meios, destruindo com ataques aéreos qualquer meio que as ameace, etc.
"

Como assim? Arriscando o mais valioso alvo flutuante que existe? Só posso compreender e aceitar que isso seja feito se NÃO HOUVER NENHUMA OUTRA ALTERNATIVA! Mas peraí, o Pré-Sal não fica a 1000 ou 2000 nm da costa Brasileira, não? SE a plataforma for aumentada para 350nm e SE começarmos a extrair petróleo tão longe, ainda assim estará perfeitamente ao alcance de aeronaves de caça e ataque baseados em terra e que, na hora do aperto, poderão decolar até de rodovias. FAB, portanto! Que aliás dispõe de mais e melhores meio de reconhecimento que a MB. Quem foi que achou os destroços do Airbus e isso lá na PQP mais trinta passos? E eu pergunto: ISSO NÃO É ARGUMENTO? Ou é melhor ficar sentadinho reclamando que o Pré-Sal é só da MB? MB que, aliás, nunca viu um tusta dos royalties a que CONSTITUCIONALMENTE tem direito...

Mas não vou parar, tem outra:

"Se voltarmos ao pobre tópico citado, a proteção a uma área pode ser próxima, ou distante.
Próxima, mantendo-se na área em questão, e esperando para reagir; distante, interpondo-se entre a área e a força inimiga, buscando a Batalha para destrui-la
".

Na defesa PRÓXIMA entra o que postei acima, um ou mesmo dois NAes de 50.000t teriam qual probabilidade de sobrevivência contra vários, maiores, mais pesados e com mais aeronaves de combate e isso num mar infestado de subs, mísseis de cruzeiro e numa atmosfera saturadíssima de emissões eletrônicas. Pior, com posição fácil de ser prevista, afinal, estão nas proximidades da área-alvo. Sem a FAB é suicídio, faríamos um papel semelhante ao dos Japoneses em Midway...

Na defesa DISTANTE sim, o NAe está em seu papel. Vai estar em algum lugar do oceano com suas escoltas e aeronaves de combate e com subs amigos caçando ativamente. Passa a ser um alvo difícil e perigoso, mesmo para uma FT superior.

É o que penso. 8-]

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 11:31 am
por Marino
Comecei a gostar do debate. :lol: :lol: :lol:
Túlio, vou tentar explicar melhor.
Primeiro, concordo que o pré-sal não é "propriedade" da MB. Em caso de guerra, todos os meios do Poder Militar do país seriam utilizados, o que evidentemente inclui a FAB.
Isto é ponto pacífico.
Há coisas que não posso escrever aqui, mas as coisas não são tão claras como parecem.
Desculpe, paro por aqui.
A questão de um NAe no mar, efetuando controle de área marítima, que pode ser fixa ou móvel, lembrando o pobre tópico, é simples de visualizar, mesmo com possibilidade de acionamento de aviões a 350 mn.
É que o controle do mar se dá em suas 3 dimensões: na superfície onde, com uma boa capacidade de monitoramento (outra palavra da END), meios aéreos poderiam ser acionados a tempo; no ar, onde dependendo do incursor (estou falando do pré-sal) não haveria antecipação de alarme que permitisse o acionamento a tempo de aeronaves em terra (lembremos do TU russo em seu "passeio" pela costa brasileira); e abaixo d'água, onde somente os meios aéreos embarcados em navios conseguem efetuar busca e ataque 24 hs por dia.
Então, mesmo que o pré-sal esteja a uma distância mais que aceitável da costa, não bastam os meios de terra.
Por isso existe o controle de área marítima fixa, como é o caso da área das plataformas de petróleo.
Se estivéssemos tratando de Linhas de Comunicação Marítimas, que é o caso dos petroleiros que transportam o petróleo e o gás das plataformas para terra, fato que normalmente é esquecido no debate, estaríamos falando de controle de área móvel, da área onde navegam os navios.
Então, o PA tb participaria deste tipo de controle, oferecendo seus meios para ambos os tipos de controle.
É evidente a ameaça que ele sofre de submarinos, mas para isso queremos 30 escoltas de 6000 ton e a quantidade de helis que vc viu no programa da MB.
Claro que contaríamos tb com a ajuda da FAB com os P-3, já que a MB é impedida de possuir meios de patrulha baseados em terra, e esta ajuda é outra "justificativa" fabiana baseada no pré-sal.
Concordo que a proteção a distância é a melhor, tanto doutrinariamente, como para a segurança do NAe, mas se a ameaça for submarina, não tem jeito, a proteção é próxima.
Quanto aos "navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como navios-aeródromos" e "serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva", lembre que foi o Manga quem escreveu a END, lembre que eu escrevi uma vez que ele apresentou na reunião de aprovação uma versão que foi escrita sozinha por ele, e que as Forças tiveram que ceder em alguns "purismos" para a aprovação do documento.
É claro que é contraditória esta frase, mas a segunda é por onde a MB e o MD caminham.
Veja a diferença entre um NPM e um NAe (já postei isso antes):
Imagem
Imagem
Não há comparação.
Um é uma base aérea no mar, com tudo o que uma base aérea pode oferecer.
O outro possui alguma capacidade de operar meios aéreos, mas não é sua finalidade principal.
Na MB. os NPM serão o meio principal dos Fuzileiros Navais para Projeção de Poder.
Tô gostando do debate.
Se ainda não me fiz claro, estou a disposição.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 11:52 am
por Marino
Oi negocia com o governo parceria em satélite militar

Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado é de R$ 710 mi

Planalto vê negociação com bons olhos pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações

ELVIRA LOBATO

DO RIO

VALDO CRUZ

DE BRASÍLIA



Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).

O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.

De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.

Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.

Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.

Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.

Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.

Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.

Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.

""O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.

A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.

A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.

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Militares e órgãos defendem equipamento próprio

DO RIO

DE BRASÍLIA

O lançamento de um satélite de controle totalmente nacional é defendido dentro do governo não só pelos militares, mas também por órgãos que cuidam de dados sigilosos, como Banco Central e Receita Federal.

No governo, é considerado delicado o fato de informações do Banco Central, enviadas de Brasília para Manaus, por exemplo, terem de passar antes por Miami (EUA).

A proposta de lançar um satélite brasileiro consta da "Estratégia Nacional de Defesa", documento que norteará o debate sobre o tema.

Hoje, nove satélites ocupam posições orbitais registradas em nome do Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU). Seis são da Star One.

A Oi é acionista minoritária (20%) em dois satélites: os Amazonas 1 e 2, pertencentes à Hispamar, controlada pela espanhola Hispasat, da qual a Telefónica é acionista.

O nono é o Estrela do Sul, que tem controle canadense.

As comunicações militares são transmitidas pelos satélites Star One 1 e 2. A Folha apurou que os militares confiam no sigilo do serviço da Embratel, mas querem ter acesso físico ao satélite.

O Ministério da Defesa tem um contrato com a Star One de R$ 12,5 milhões por ano, mas a demanda aumentaria no novo satélite, que controlaria ainda o tráfego aéreo.

Além do projeto do satélite militar e comercial, a Oi pleiteou autorização para oferecer o serviço de TV a cabo, vetado pela legislação brasileira. A Lei da TV a cabo não permite que concessionárias de telefonia fixa local, como Oi e Telefónica, ofereçam TV por assinatura a cabo dentro de sua área de concessão.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 6:32 pm
por soultrain
Boa jogada da Oi, já se está a defender do ataque da Portugal Telecom.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 6:49 pm
por DELTA22
Sou contra um satélite compartilhado. Deve ser compartilhado só se a empresa NUNCA tiver chance de ser vendida, como foi com a Embratel e todos os satélites passaram às mãos da StarOne, caso contrário deve ficar 100% sob controle estatal. É questão de soberania e sobrevivência do Estado em casos extremos.
Edit: Conversei com um amigo agora a pouco, e surgiu um complemento, uma nova proposta: este satélite deveria ser 100% estatal e ser alugado para as privadas que se interessarem.

[]'s a todos.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 8:03 pm
por Paisano
Marino escreveu:Oi negocia com o governo parceria em satélite militar

Lula se entusiasma com o projeto, cujo custo estimado é de R$ 710 mi

Planalto vê negociação com bons olhos pelo fato de ela envolver uma empresa nacional de telecomunicações

ELVIRA LOBATO

DO RIO

VALDO CRUZ

DE BRASÍLIA

(...)
Huummm... :?
Lula vai ter que re-estatizar a BrOi. Ou ceder a uma chantagem

Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... chantagem/
O respeitado jornalista Rubens Glasberg, editor da Teletime, a mais importante publicação sobre telecomunicações do país, me contou o presidente de uma empresa da área de telefones estava muito preocupado com a BrOi.

Porque, se a BrOi quebrasse, o sistema brasileiro de telefonia entraria em colapso: a BrOi controla toda a telefonia fixa do país, menos São Paulo.

E provocaria uma onda de estatização incontrolável.

Saiu no Estadão de hoje, na primeira página, e na página B1, reportagem de Karla Mendes – clique aqui (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8832,0.php) para ler “Oi pede ajuda a Lula contra rivais – sócios da Oi se reúnem com Lula e pedem blindagem para evitar tentativa de compra pela Portugal Telecom e proteção contra os mexicanos.

O encontro foi na quinta feira, anteontem, por duas horas e meia.

Segundo uma fonte não identificada (que a repórter do Estadão cita com frases entre aspas – Viva o Brasil !), o presidente Lula “foi receptivo” ao pleito e teria dito a essa fonte: “Não é para vender, não. Pelo contrário.” (olha aí as aspas…)

Participaram da reunião o super-presidente da Oi, Antonio Galotti (*), e os empresários (?) Sergio Andrade e Carlos Jereissati, que entraram no negócio sem botar um tustão.

Esta semana, o Conversa Afiada já tinha anunciado o naufrágio da BrOi, a plataforma P-36 do Governo Lula: clique aqui para ler. -> http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... mo-a-p-36/

E, no naufrágio, o papel decisivo do passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.

A BrOi não tem bala para competir com a Telefônica de Espanha, com o mexicano Slim da Embratel, nem com ninguém.

Nem para resistir a uma ofensiva dos portugueses da Portugal Telecom.

A BrOi não tem bala para reinvestir e se manter no jogo.

Os consumidores que liguem para o PROCON.

A BrOi também não tem como realizar o sonho secreto dos burocratas do BNDES – que a financiaram com o dinheiro do FAT, do trabalhador brasileiro, e do Erário, ou seja, do povo brasileiro.

Era o sonho de torná-la um “global player”, a sair pelo mundo e competir com a camisa 10 da seleção brasileira nos mercados da Alemanha, da Suécia, Kirzistão e Bogúncia.

Deu no que deu.

A BrOi naufragou.

Por que dar o dinheiro ao Galotti, ao Andrade e ao Jereissati ?

Em nome de que ?

De sua proficiência empresarial, no setor de telecomunicações ?

Como, se eles afundaram a BROi ?

Quando este ordinário blogueiro propôs ao presidente do BNDES que a PHA Comunicação comprasse a Brasil Telecom, anunciou que dava R$ 1 a mais do que Andrade e Jereissati colocassem do próprio bolso.

E enunciou entre suas qualificações o fato de usar muito o telefone – o que o colocava em pé de igualdade com Andrade e Jereissati no quesito “conhecimento da tecnologia da industria”.

O que está em jogo, amigo navegante, não são os senhores Andrade ou Jeressaiti – que, de resto, como legítimos representantes do empresariado brasileiro, adoram o que os americanos chamam de “other peoples’ money” – o do Estado.

Andrade e Jereissati, através de Antonio Galotti, já tinham sugerido que a BrOi administrasse o Plano Nacional da Banda Larga pelo Governo, com módica remuneração do tamanho de sua divida.

Póóóóóde, amigo navegante ?

Póóóóóde ?

Rogério Santana, presidente a Telebrás, depositou a proposta no lugar apropriado: a lata do lixo.

Agora, é o velho truque de pedir ajuda ao povo brasileiro com o argumento: os estrangeiros estão aí !

Se não colar, virá o minueto do “basta de estatização !”, que vai ecoar pelo PiG (**) como um grito de guerra.

Há outra hipótese, amigo navegante.

Andrade e Jereissati, juntos, tem o controle acionário da BrOi (sem ter colocado um tusta do próprio bolso).

Os outros sócios – BNDES e fundos de pensão das estatais, como Previ, Petros e Funcef -, juntos, não tem como vender o controle da companhia.

Pense nessa hipótese, amigo navegante, se você, como eu, está preocupado com o dinheiro do Erário.

O Antonio Galotti foi ao Presidente Geisel e disse:

- General Presidente, eu tenho o controle acionário da Light. Ou o senhor me dá uma grana para eu continuar como o único empresário brasileiro do setor, ou eu vendo a Light aos portugueses ou ao mexicano.

É disso mesmo que se trata, amigo navegante.

O Dr Galotti vai vender a Light quebrada à Eletrobrás.

Ou ficar com a Light com o dinheiro que o General Geisel arrumar pra ele.

E quebrar, de novo, lá na frente.

Só, que, dessa vez, amigo navegante, espera-se que tudo isso seja feito à luz do dia, antes da Missa do Galo.

Paulo Henrique Amorim

(*) Antonio Galotti foi o notável presidente da Light, como homem de confiança dos proprietários canadenses. Galotti mandou numa parte do Brasil (e do PiG). E ajudou a financiar a queda do presidente Goulart. Ele sugou os brasileiros enquanto pôde, manipulou tarifas, obteve aval do Governo para empréstimos, e, quando a companhia quebrou, vendeu-a à Eletrobrás, na calada da noite, entre o Natal e o Ano Novo, nos últimos dias do Governo Geisel. Para se informar mais sobre como ele, hoje, preside a Oi, leia aqui. -> http://books.google.com.br/books?id=W5q ... &q&f=false

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 8:44 pm
por faterra
DELTA22 escreveu:Sou contra um satélite compartilhado. Deve ser compartilhado só se a empresa NUNCA tiver chance de ser vendida, como foi com a Embratel e todos os satélites passaram às mãos da StarOne, caso contrário deve ficar 100% sob controle estatal. É questão de soberania e sobrevivência do Estado em casos extremos.
Edit: Conversei com um amigo agora a pouco, e surgiu um complemento, uma nova proposta: este satélite deveria ser 100% estatal e ser alugado para as privadas que se interessarem.

[]'s a todos.
E como no Brasil não podemos ter esta garantia... Não existe nada que segure a ânsia desenfreada de vender para qualquer um o que quer que seja. Tanto pela iniciativa privada, como pela pública :shock:.
Basta assumir um governo com espírito "psdbiano" para nada escapar de seu espírito "privativista". Veja o exemplo da Embratel, vendida para um empresário mexicano, e de uma empresa brasileira que herdou do CTA e da Petrobrás a tecnologia para a produção de um produto combustível estratégico que era utilizado nos foguetes da Avibrás e que foi vendida para uma empresa estrangeira que, instruída pelo seu governo, deu um jeito de sumir com este produto do mercado. Mais quantos exemplos semelhantes poderemos listar?
Sou totalmente a favor destas parcerias, mas, antes, tem que se criar uma legislação extremamente severa que proíba a venda destas empresas a grupos estrangeiros ou que tenham capital nas empresas nacionais.
Ah! E que seja imune a qualquer tentativa de se "amassiá-la" ou simplesmente extingüi-la para poder facilitar a negociação. :roll:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Dom Jun 27, 2010 9:01 pm
por faterra
Que falta está fazendo uma justiça eficaz no Brasil! Estamos nos entregando às mãos de bandidos que, por sua vez, se encontram amparados por advogados especializados em livrá-los de qualquer incômodo que lhes venha acontecer.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Ter Jun 29, 2010 11:46 am
por lobo_guara
Alguém tem informação se existem oficiais-generais negros na ativa da FAB? Recentemente fui indagado sobre esse assunto e não consegui responder. Além disso gostaria de saber se existe ou há estudo no sentido de serem criadas cotas para negros nos concursos para as Academias e Escolas militares da FAB?