gomugomu escreveu:Bolovo escreveu:Na minha opinião, o Gripen serve ao Brasil, na opinião do governo (que dita os caminhos do país) e de alguns foristas que convergem com essa visão (Orestes, Marino, Carlos Mathias, etc), não. Esse é o ponto. Eu não vejo com tanta veemência alguns desses pontos defendidos por estes. Está aí a grande questão. Para eles, o EUA é e será um obstáculo no meio desse caminho que o país trilha. Por isso opiniões contra o Super Hornet e contra o Gripen, que não é perna-curta e muito menos americano, mas tem limitações geopolíticas por falta de domínio total da tecnologia empregada (o que eu não concordo, mas enfim). Eu não vejo assim, mas agora não importa. Já é assunto batido e agora torço para que estejam certos em suas análises.
Não vi essa veemência toda nas declarações contra o Gripen, não vi MESMO. Por tanto, na minha visão isso não passa de pura dedução. O que foi apontado foi a dependência de peças americanas mais além disso não vi nada contra o Gripen, que parece ter o projeto de cooperação mútua e desenvolvimento tecnológico mais interessante.
Talvez sob o ponto de vista político? Mas não se surpreendam se o Gripen vier a ser o vencedor.
O problema do Gripen NG, não é o projeto, como tal ele é um bom projeto. Porém, não foi feito para o que queremos, o Brasil não é a Suecia, e nossos planos indicam um modelos de caça diferente no futuro.
Não podemos ficar adstritos a um pensamento, que o FX-2 apenas veio para substituir os caças atuais da FAB.
Isso era antes da END, antes das formulações atuais. Queremos um caça para o Brasil, e não é para o país de hoje, ele vai entrar em serviço em 2014, e deverá cumprir a tarefa até depois de 2030.
É isso que alguns aqui não entendem, daqui a 20 anos, na pior das hipóteses seremos umas das 06 maiores economias do mundo, é como os mais novos não terem a noção da década de 1980.
Se nossa evolução continuar no mesmo ritmo, e como compararmos o Brasil de hoje com o de 30 anos atrás, quando trocávamos mercadoria por petróleo, dado, que estávamos falidos, sem nenhuma reserva internacional, com uma moeda que era motivo de piada.
Além disso, celebramos pela primeira vez em nossa história uma Aliança Estratégica com uma das 05 potências planetárias.
Podemos somar a necessidade de um caça naval, algo que a Suecia jamais se interessou em fazer, porque vive uma realidade completamente diversa.
Dá mesma forma que somos pequenos demais para pensar numa Aliança do mesmo nível com os EUA, somos grandes demais para fazer uma aliança com a Suecia, porque o país não é capaz de dar o que queremos. Quer em termos militares, tecnológico e geopolítico.
O problema não é ser contra o Rafale, nem a favor de outro caça, mas sim, os argumentos levantados, a maioria não é argumentação ética ou séria. O contexto atual é de tal forma a favor de uma escolha, e contrária as outras duas, que só apelando para absurdos inconsistentes ou campanhas difamatórias e falaciosas que podemos encontrar defesas dos concorrentes.
Repito, até mesmo o tempo de comparar caças passou, estamos agora olhando o contexto, e ele é muito desfavorável para o Gripen, não só para nós, mas para o momento atual. Aquilo que era vantagem no ínicio, se tornou problema atual, não existe mais espaço para ele no mundo. Se estou dizendo aqui, que o espaço está pequeno até para a França desenvolver armas de forma independente, imaginem para a Suecia, a famosa independência deles está por um fio e não tem futuro. O tempo não para...
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