Re: UCRÂNIA
Enviado: Seg Mar 12, 2018 10:25 pm
A artilharia ucraniana e seus materiais.
Hoje 25 anos depois de ter herdado uma quantidade de material capaz de colocar o Exército Ucraniano entre os mais poderosos do mundo observamos que o fim URSS foi péssimo para Ucrânia.
A tempestade surgiu e varreu a estrutura do país que se aguenta cambaleante e que em um futuro não muito distante pode se fragmentar.
Mas não percamos tempo na estrutura e capacidade de gerir a Ucrânia que seus governantes foram incapazes de governar.
Quem pensa que a arma blindada é que rege a estrutura militar russa está enganado, a artilharia é o poder devastador do campo de batalha convencional dos militares russos tradição que vem desde, a Rússia Imperial, a URSS e depois a Federação Russa. Nós entusiastas da Segunda Guerra Mundial pensamos na Operação Cidadela, African Korps , Operação Bragation e etc.
Os canhões faziam tremer a terra e os corações de seus inimigos trazendo devastação no campo de batalha. O Exército Vermelho é único que possuía unidades divisionárias de artilharia o que doutrinariamente não era acompanhado por nenhum país do mundo pois a doutrina de tal empreendimento era complexa e esta era unidade de um Exército de Campanha.
E foi uma quantidade absurda destes materiais herdados pela Ucrânia da URSS é que discutiremos a seguir.
Sem mais delongas e começamos pelo canhão D-20 de 152mm.
Desenvolvido logo após a segunda Guerra Mundial, a arma absorveu toda a enorme experiência acumulada no conflito e ganhou o devido respeito. Nenhum operador de países que herdaram ainda o removeu de seu arsenal (a única exceção foram as armas deixadas pela Alemanha após a anexação da RDA e não se encaixavam no padrão da OTAN para calibre e munição e foram vendidas para a Finlândia).
Foi a base para o autopropulsado 2S3 “Acacia” que foi produzido em massa e é agora a base autopropulsada de muitos países.
Em geral um sistema bélico muito bem sucedido com uma enorme demanda.
De acordo com o livro "The Military Balance" para 2013 (página 239), deve haver pelo menos 215 unidades em estoque - um montante muito impressionante.
Farei uma pequena digressão histórica. Grandes reduções, subfinanciamento e outros "sucessos" do recém-criado exército do futuro por sorte quase não tocaram na artilharia rebocada. O estoque de armas e munições da URSS manteve-se significativo, o que permitiu o treinamento constante de unidades de artilharia, os custos só eram necessários para combustível e manutenção da frota de rebocadores. Essa condução levou ao fato de que as armas gradualmente esgotaram os estoques de munição, mas a manutenção do material e a aquisição de novos suportes das peças não foram realizadas.
Seria possível simplesmente mudar as peças para material que estava em estoque devido as unidades dissolvidas. Mas não havia mais nada. Todos os "excedentes" foram vendidos, porque a arma ainda é procurada no mercado secundário de armas.
Com o início da Guerra no Donbass uma bateria com quatro peças foi enviada.
Na foto, toda a bateria:
É difícil de acreditar mais o autor não encontrou mais dados.
Nesta foto há uma bateria de seis armas da 55ª brigada de artilharia tirada em 2013:
Vídeo de treinamento da bateria:
Foto de uma rede social de 3 de dezembro de 2013.
Foto do batalhão de artilharia autopropulsada da 72ª brigada mecanizada em Belaya Tserkov, região de Kiev:
Com os preparativos para a Guerra a bateria apareceu de novo desta vez com 4 peças: (foto)
No início da primavera 2014, com a mobilização para a linha de frente parte significativa de uma bateria incompleta foi encontrada, mas de alguma forma estava integrada 93ª Brigada Mecanizada, na cidade de Cherkassy, em Dnepropetrovsk. Todas as quatro armas tinham uma aparência ruim não recebiam pinturas desde a queda da URSS. Os corpos estavam enferrujados. (Fotos)
Após começo da campanha entre maio e junho, a referida bateria acima participou da tentativa de cortar as Republicas separatistas com a fronteira russa. As fotos foram tiradas dos artilheiros em plena campanha.
Na primeira foto a bateria em deslocamento no sul de Donbass:
Restantes das fotos em Sverdlovsk do LC:
Posição da bateria no mapa:
Depois da derrota da unidade todo o material foi capturado pelos separatistas:
Durante esforços para transferir material para linha de frente observa-se na foto abaixo treinamento com duas peças do D30. Mas é um treinamento estranho como se pode ver pois parece que estão para ser transferidos para Indochiona onde lutarão em uma plantação de arroz.
Uma confirmação indireta é que a falta destas peças, os artilheiros começaram a receber peças de 2A65 "MSTA-B":
A alguns monumentos na Ucrânia com estas peças mas eu vou apenas citar a quantidade que corresponde a 8 peças.
Conclusão:
O que aconteceu na Ucrânia e não precisa ser repetido foi uma degradação de seu Exército em curto espaço de tempo. O D20 sumiu dos estoques ucranianos enriquecendo sabe lá Deus quem?! E quase não apareceu no campo de batalha.
Hoje 25 anos depois de ter herdado uma quantidade de material capaz de colocar o Exército Ucraniano entre os mais poderosos do mundo observamos que o fim URSS foi péssimo para Ucrânia.
A tempestade surgiu e varreu a estrutura do país que se aguenta cambaleante e que em um futuro não muito distante pode se fragmentar.
Mas não percamos tempo na estrutura e capacidade de gerir a Ucrânia que seus governantes foram incapazes de governar.
Quem pensa que a arma blindada é que rege a estrutura militar russa está enganado, a artilharia é o poder devastador do campo de batalha convencional dos militares russos tradição que vem desde, a Rússia Imperial, a URSS e depois a Federação Russa. Nós entusiastas da Segunda Guerra Mundial pensamos na Operação Cidadela, African Korps , Operação Bragation e etc.
Os canhões faziam tremer a terra e os corações de seus inimigos trazendo devastação no campo de batalha. O Exército Vermelho é único que possuía unidades divisionárias de artilharia o que doutrinariamente não era acompanhado por nenhum país do mundo pois a doutrina de tal empreendimento era complexa e esta era unidade de um Exército de Campanha.
E foi uma quantidade absurda destes materiais herdados pela Ucrânia da URSS é que discutiremos a seguir.
Sem mais delongas e começamos pelo canhão D-20 de 152mm.
Desenvolvido logo após a segunda Guerra Mundial, a arma absorveu toda a enorme experiência acumulada no conflito e ganhou o devido respeito. Nenhum operador de países que herdaram ainda o removeu de seu arsenal (a única exceção foram as armas deixadas pela Alemanha após a anexação da RDA e não se encaixavam no padrão da OTAN para calibre e munição e foram vendidas para a Finlândia).
Foi a base para o autopropulsado 2S3 “Acacia” que foi produzido em massa e é agora a base autopropulsada de muitos países.
Em geral um sistema bélico muito bem sucedido com uma enorme demanda.
De acordo com o livro "The Military Balance" para 2013 (página 239), deve haver pelo menos 215 unidades em estoque - um montante muito impressionante.
Farei uma pequena digressão histórica. Grandes reduções, subfinanciamento e outros "sucessos" do recém-criado exército do futuro por sorte quase não tocaram na artilharia rebocada. O estoque de armas e munições da URSS manteve-se significativo, o que permitiu o treinamento constante de unidades de artilharia, os custos só eram necessários para combustível e manutenção da frota de rebocadores. Essa condução levou ao fato de que as armas gradualmente esgotaram os estoques de munição, mas a manutenção do material e a aquisição de novos suportes das peças não foram realizadas.
Seria possível simplesmente mudar as peças para material que estava em estoque devido as unidades dissolvidas. Mas não havia mais nada. Todos os "excedentes" foram vendidos, porque a arma ainda é procurada no mercado secundário de armas.
Com o início da Guerra no Donbass uma bateria com quatro peças foi enviada.
Na foto, toda a bateria:
É difícil de acreditar mais o autor não encontrou mais dados.
Nesta foto há uma bateria de seis armas da 55ª brigada de artilharia tirada em 2013:
Vídeo de treinamento da bateria:
Foto de uma rede social de 3 de dezembro de 2013.
Foto do batalhão de artilharia autopropulsada da 72ª brigada mecanizada em Belaya Tserkov, região de Kiev:
Com os preparativos para a Guerra a bateria apareceu de novo desta vez com 4 peças: (foto)
No início da primavera 2014, com a mobilização para a linha de frente parte significativa de uma bateria incompleta foi encontrada, mas de alguma forma estava integrada 93ª Brigada Mecanizada, na cidade de Cherkassy, em Dnepropetrovsk. Todas as quatro armas tinham uma aparência ruim não recebiam pinturas desde a queda da URSS. Os corpos estavam enferrujados. (Fotos)
Após começo da campanha entre maio e junho, a referida bateria acima participou da tentativa de cortar as Republicas separatistas com a fronteira russa. As fotos foram tiradas dos artilheiros em plena campanha.
Na primeira foto a bateria em deslocamento no sul de Donbass:
Restantes das fotos em Sverdlovsk do LC:
Posição da bateria no mapa:
Depois da derrota da unidade todo o material foi capturado pelos separatistas:
Durante esforços para transferir material para linha de frente observa-se na foto abaixo treinamento com duas peças do D30. Mas é um treinamento estranho como se pode ver pois parece que estão para ser transferidos para Indochiona onde lutarão em uma plantação de arroz.
Uma confirmação indireta é que a falta destas peças, os artilheiros começaram a receber peças de 2A65 "MSTA-B":
A alguns monumentos na Ucrânia com estas peças mas eu vou apenas citar a quantidade que corresponde a 8 peças.
Conclusão:
O que aconteceu na Ucrânia e não precisa ser repetido foi uma degradação de seu Exército em curto espaço de tempo. O D20 sumiu dos estoques ucranianos enriquecendo sabe lá Deus quem?! E quase não apareceu no campo de batalha.