Página 124 de 444

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 25, 2010 7:03 pm
por tflash
O meu Xsara está pelas ruas da amargura. O mal de comprar um topo de gama usado é quando aqueles equipamentos extra começam a avariar. fui ver o Dácia Duster. 20.000 certos com impostos e se encomendar agora só chega em Abril de 2011. Mas 20.000 é um bocado puxado para mim agora. O mal é que um usado com qualidade custa quase tanto e daqui a poucos anos é sucata. O meu chasso já passou os 200.000km, tenho que pedir conselhos de manutenção à policia, que estão na mesma situação que eu. :mrgreen:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 26, 2010 11:10 am
por joaolx
tflash escreveu:Quem viveu nessa altura em pleno (1986, estaria eu na 2ª classe e comprava uma bola de Berlim com 25 escudos) diz que tinham uma vida muito mais desafogada. As casas custavam a vigésima parte do que custam hoje. A indústria portuguesa trabalhava em pleno. A aspiração das famílias jovens da classe média era uma vivenda e um UMM e para os mais modestos um apartamento e um Renault 5 novo. Hoje em dia é ter dinheiro para comer, pagar o infantário e com muita sorte pagar o arranjo do R5 com 30 anos comprado por 200 euros :evil:
Desculpa lá mas isso não corresponde de todo á realidade...as coisas nunca foram faceis.

A decada de 80´s não foi esse mar de rosas que agora a querem pintar, se queres saber como era Portugal na altura patrocina-te uma viagem á Roménia ou á ex-jugoslávia e já ficas com uma vaga ideia...

Para teres uma noção:

Tinhamos uma parque automóvel que era uma vergonha, umas estradas miseráveis, qualquer equipamento electrónico tipo um leitor de VHS reles custava o equivalente a dois salarios minimos da epoca, ténis e roupa de marca preço exorbitante parece que eram feitos de ouro, férias fora do país só para meia duzia de afortunados, tinhas uma canal e meio de televisão´e á meia noite xixi cama...

Industria?? Qual industria??? Estás a falar das fabricas de texteis e sapatos baseadas na mão de obra barata e analfabeta e muitas vezes trabalho infantil??

O problema de Portugal é estrutural e não é de agora, não venham com o euro...

Abraço :mrgreen:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 26, 2010 12:22 pm
por tflash
As coisas estavam em franco crescimento. Obviamente que agora temos mais comodidades mas as pessoas juntavam dinheiro e muita gente subiu na vida. Eu conheço essa realidade. Eu pagava mais pela roupa e calçado na altura que pago agora, mesmo com a desvalorização. Os artigos electrónicos. A juntar a isso tínhamos as nossas favelas ou bairros de lata como chamamos em portugal. Eu tinha colegas desses bairros na primária que me chamavam rico por eu morar numa casa de tijolo, comer e tomar banho todos os dias. Eu sei isso, mas a classe média vivia melhor porque tudo o resto era mais barato. Eu lembro-me que o gravador de video, Panasonic que o meu pai comprou custou 80.000 escudos, o equivalente a 400 euros. Hoje pode-se comprar um leitor de dvd por 25. Mas as pessoas ganhavam dinheiro e hoje nem por isso. Que o problema é estrutural, é o, sem dúvida mas as poucas empresas nacionais que existiam foram por àgua abaixo e não era só de calçado.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 26, 2010 8:42 pm
por soultrain
Incumprimentos nas dívidas soberanas são inevitáveis, adverte Morgan Stanley
Economia
25/08/10, 16:08
Lusa
O incumprimento na dívida soberana por parte de alguns países é inevitável, sendo apenas uma questão de "como" é que irá acontecer, de acordo com uma análise do banco norte-americano Morgan Stanley, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.

"Os governos vão impor perdas a alguns dos seus accionistas, na nossa opinião", diz uma nota de análise publicada hoje e assinada pelo director-executivo do banco em Londres, Arnaud Mares.


"A questão não é se vão cumprir com os seus compromissos, mas antes quais dos compromissos é que não vão cumprir, e que forma este incumprimento vai tomar", diz ainda a nota, acrescentando que a crise das dívidas soberanas é um problema global, que "ainda não terminou".


A análise do banco aponta ainda que "não é o Produto Interno Bruto, mas sim as receitas dos governos que interessam".

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 26, 2010 11:30 pm
por Bourne
Quem falou foi o Morgan Stanley???? Hummmmmmmm................ :lol:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Ago 27, 2010 11:09 am
por FoxTroop
soultrain escreveu:Incumprimentos nas dívidas soberanas são inevitáveis, adverte Morgan Stanley
Economia
25/08/10, 16:08
Lusa
O incumprimento na dívida soberana por parte de alguns países é inevitável, sendo apenas uma questão de "como" é que irá acontecer, de acordo com uma análise do banco norte-americano Morgan Stanley, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.

"Os governos vão impor perdas a alguns dos seus accionistas, na nossa opinião", diz uma nota de análise publicada hoje e assinada pelo director-executivo do banco em Londres, Arnaud Mares.


"A questão não é se vão cumprir com os seus compromissos, mas antes quais dos compromissos é que não vão cumprir, e que forma este incumprimento vai tomar", diz ainda a nota, acrescentando que a crise das dívidas soberanas é um problema global, que "ainda não terminou".


A análise do banco aponta ainda que "não é o Produto Interno Bruto, mas sim as receitas dos governos que interessam".
Ora e atendendo à forma como os chineses, arabes, etc, se estão a desfazer dos titulos americanos, se calhar este aviso à navegação é para os credores dos proprios USA.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Ago 29, 2010 4:46 pm
por GustavoB

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Set 01, 2010 7:52 pm
por marcelo l.
http://www.project-syndicate.org/commen ... 72/English

CAMBRIDGE – As the US economy limps toward the second anniversary of the Lehman Brothers bankruptcy, anemic growth has left unemployment mired near 10%, with little prospect of significant improvement anytime soon. Little wonder that, with mid-term congressional elections coming in November, Americans are angrily asking why the government’s hyper-aggressive stimulus policies have not turned things around. What more, if anything, can be done?

The honest answer – but one that few voters want to hear – is that there is no magic bullet. It took more than a decade to dig today’s hole, and climbing out of it will take a while, too. As Carmen Reinhart and I warned in our 2009 book on the 800-year history of financial crises (with the ironic title “This Time is Different”), slow, protracted recovery with sustained high unemployment is the norm in the aftermath of a deep financial crisis.

Why is it so tough to boost employment rapidly after a financial crisis? One reason, of course, is that the financial system takes time to heal – and thus for credit to begin flowing properly again. Pumping vast taxpayer funds into financial behemoths does not solve the deeper problem of deflating an overleveraged society. Americans borrowed and shopped until they were blue in the face, thinking that an ever-rising housing price market would wash away all financial sins. The rest of the world poured money into the US, making it seem as if life was one big free lunch.

Even now, many Americans believe that the simple solution to the nation’s problem is just to cut taxes and goose up private consumption. Cutting taxes is certainly not bad in principle, especially for supporting long-term investment and growth. But there are several problems with the gospel of lower taxes.

First, total public-sector debt (including state and local debt) is already nearing the 119%-of-GDP peak reached after World War II. Some argue passionately that now is no time to worry about future debt problems, but, in my view, any realistic assessment of the medium-term risks does not permit us simply to dismiss such concerns.

A second problem with tax cuts is that they might well have only a limited impact on demand in the short run, with the private sector hoarding a significant share of the funds to repair badly over-leveraged balance sheets.

Last but not least, there is a fairness issue. By some measures, nearly half of all Americans do not pay any income tax already, so cutting taxes skews an already very unequal income distribution. Deferred maintenance on income equality is one of many imbalances that built up in the US economy during the pre-crisis boom. If allowed to fester, the political consequences could be severe, including trade protectionism and perhaps even social unrest.

Those who think that the government should take up the slack in private spending point out that there is an abundance of growth-enhancing projects – a point that should be obvious to anyone familiar with America’s fraying infrastructure. Likewise, transfers to state and local governments, which have limited constitutional scope to borrow, would help slow down wrenching layoffs of teachers, firefighters, and police. Lastly, extending unemployment insurance in the wake of a once-in-a-half-century crisis should be a no-brainer.

But, unfortunately, Keynesian demand management is no panacea, either. Nor can the government always be the employer of last resort. While tax cuts enhance long-term productivity, expanding the government sector is hardly a recipe for economic vitality. There are surely many useful activities for the government to undertake in a market economy, but a frenzied orgy of stimulus spending is not conducive to rational discussion of what they should be. And of course, there again is the matter of the soaring national debt.

All in all, the G-20’s policy of aiming for gradual stabilization of growth in government debt, bringing it into line with national-income growth by 2016, seems a reasonable approach to balancing short-term stimulus against longer-term financial risks, even at the cost of lingering unemployment.

While America is facing the limits of fiscal policy, monetary policy can do more, as Federal Reserve Chairman Ben Bernanke detailed in a recent speech in Jackson Hole, Wyoming. With credit markets impaired, the Fed could buy more government bonds or private-sector debt. Bernanke also noted the possibility of temporarily raising the Fed’s medium-term inflation target (a policy that I suggested in this column in December 2008).

Given the massive deleveraging of public- and private-sector debt that lies ahead, and my continuing cynicism about the US political and legal system’s capacity to facilitate workouts, two or three years of slightly elevated inflation strikes me as the best of many very bad options, and far preferable to deflation. While the Fed is still reluctant to compromise its long-term independence, I suspect that before this is over it will use most, if not all, of the tools outlined by Bernanke.

The bottom line is that Americans will have to be patient for many years as the financial sector regains its health and the economy climbs slowly out of its hole. The government can certainly help, but beware of pied pipers touting quick fixes.

Kenneth Rogoff is Professor of Economics and Public Policy at Harvard University, and was formerly chief economist at the IMF.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 03, 2010 10:43 am
por PRick
Com os dados divulgados de que a economia brasileira cresceu 8,9% no primeiro semestre, que deve ser o segundo maior crescimento entre as grandes economias, só perdendo para a China. Considerando ainda que a Índia deve está bem próximo ao crescimento brasileiro. Comparando com o fraco desempenho do G-7, os BRIC´s vão aumentar em muito seu pesso na economia mundial.

O que mais me impressiona é a rapidez do avanço, a Zona do Euro não deverá ter o crescimento médio acima de 01%, os EUA algo entre 2 a 2,5%. A China deve bater 10% mais um ano, quer dizer, vão crescer pelo menos 5 vezes mais que os EUA!

O mundo não viu uma virada desse nível desde o ínicio do século XX! Por sinal o ínicio do século XXI está sendo parecido com o do século XX! Quando os EUA emergiram como a maior economia mundial, só que agora trata-se de um grupo de países fora do centro do capitalismo moderno. :shock: :shock:

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 03, 2010 10:50 am
por cabeça de martelo
Portugal foi o sexto maior investidor estrangeiro no Brasil em Julho

Portugal passou do 13.º para o sexto lugar na lista dos maiores investidores estrangeiros no Brasil, com o ingresso de 798 milhões de dólares (624 milhões de euros) no país, em Julho.

Segundo dados do banco central, a que a Lusa teve acesso, o maior investimento foi da Ladelis SGPS, para a Companhia Nacional de Cimento Portland, na área de fabrico de produtos minerais não metálicos – 671,4 milhões de dólares (525,3 milhões de euros).

Outra grande operação foi da Caixa Geral de Depósitos, que investiu no Brasil, em Julho, 78,5 milhões de dólares (61,4 milhões de euros).

A Suma, empresa de colecta e tratamento de resíduos, também fez um investimento significativo no Brasil em Julho – 28,7 milhões de dólares (22,4 milhões de euros).

De Janeiro a Julho deste ano, o investimento directo português no Brasil totalizou 1034 milhões de dólares (809 milhões de euros), mais 29,5 por cento do que em igual período do ano passado.

:arrow: http://economia.publico.pt/Noticia/port ... ho_1454177

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 03, 2010 9:17 pm
por Penguin
03/09/2010 - 00h01
Para escritor e economista Jacques Attali, a Europa ruma para o declive, como a Argentina em sua época

Antonio Jiménez Barca
Em Paris (França)

Para o escritor e economista francês Jacques Attali, o ocidente tendeu a superendividar-se para manter seu nível de vida

Quando o escritor e economista francês Jacques Attali chega ao encontro (às 7h30 da manhã em um luxuoso café de Paris a um passo dos Champs Elysées - escolhido por ele), já estava, segundo confessa, acordado havia três horas, escrevendo em sua casa. Escolhe com determinação uma tigela com queijo, uma salada de frutas e um chá. O jornalista, um tanto sonolento, escolhe outra salada de frutas por imitação e um café duplo por necessidade.

Attali fala enquanto come, sem deixar de olhar as constantes mensagens que estremecem seu Blackberry. Muito arrumado, um pouco distante, esse ex-conselheiro de François Mitterrand publicou um livro que passou várias semanas entre os mais vendidos na França, de título intimidador: "Todos arruinados em dez anos?" Diante da conta da refeição, alguém poderia dizer que isso se deve ao que gastamos em determinados lugares. Mas Attali tem outra teoria.

"Bem, como todas as sociedades um tanto esgotadas, o Ocidente tendeu a superendividar-se para manter seu nível de vida. Assim, mantivemos, desde os anos 1980, uma espécie de ilusão de crescimento econômico baseada, essencialmente, na dívida. Não é algo novo: lembre de Veneza... eles também pensavam que a ruína era algo que só acontecia para os outros." A pergunta se impõe: e só nos restam dez anos? Sem deixar de comer queijo, ele responde tranquilamente: "É difícil saber com exatidão, mas sim, não creio que nos restem mais de dez anos".

O jornalista, é claro, a esta altura da revelação já está completamente desperto. E o que vai acontecer? "Assistiremos à vitória dos mais fortes: China, EUA e os bancos americanos, que não estão sob as ordens dos EUA. E ganharão os mercados, temo. Na Europa, veremos um lento declive do nível de vida, como conheceram Veneza ou a Argentina em seu tempo. Tudo dentro de um círculo vicioso, porque as elites, os jovens bem preparados que poderiam nos tirar disso irão trabalhar em outros lugares, nos EUA, na China ou na Austrália. De fato, já o estão fazendo."E o que se pode fazer?

Attali sorri. Já terminou seu desjejum. O jornalista também. Só fica flutuando no ar uma confusa sensação de apocalipse que o economista dissipa com um sorriso um tanto indecifrável. "Atualmente, em um mundo globalizado, não há cabine de piloto. A última reunião do G-20 prova isso. E vence a economia ilegal, os paraísos fiscais. E nesses paraísos fiscais se fazem coisas que em qualquer outro Estado seriam proibidas. Isso afeta a tudo e a todos. É preciso uma espécie de polícia econômica internacional."

Ele olha para a minitela do Blackberry e repete que não tem mais tempo que o combinado (meia hora). "Sou diretor de orquestra, escritor, economista, romancista: como não tenho certeza de poder reencarnar sete vezes, tento viver sete vidas ao mesmo tempo."

De sua fase de assessor presidencial, ficaram duas certezas. Uma: "Para prevenir, para prognosticar, o melhor é colocar-se verdadeiramente na pele do outro". A segunda devolve ao ambiente essa sensação incômoda de que o fim do mundo já está em curso e ninguém percebeu: "A realidade avança sempre mais depressa do que pensamos".

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 03, 2010 10:36 pm
por Bourne
Tem que ser francês. Como eles são tão realistas que chegam a ser apocalipticos :x

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Set 04, 2010 7:18 am
por FoxTroop
Santiago escreveu:03/09/2010 - 00h01
Para escritor e economista Jacques Attali, a Europa ruma para o declive, como a Argentina em sua época

Antonio Jiménez Barca
Em Paris (França)

Para o escritor e economista francês Jacques Attali, o ocidente tendeu a superendividar-se para manter seu nível de vida

Quando o escritor e economista francês Jacques Attali chega ao encontro (às 7h30 da manhã em um luxuoso café de Paris a um passo dos Champs Elysées - escolhido por ele), já estava, segundo confessa, acordado havia três horas, escrevendo em sua casa. Escolhe com determinação uma tigela com queijo, uma salada de frutas e um chá. O jornalista, um tanto sonolento, escolhe outra salada de frutas por imitação e um café duplo por necessidade.

Attali fala enquanto come, sem deixar de olhar as constantes mensagens que estremecem seu Blackberry. Muito arrumado, um pouco distante, esse ex-conselheiro de François Mitterrand publicou um livro que passou várias semanas entre os mais vendidos na França, de título intimidador: "Todos arruinados em dez anos?" Diante da conta da refeição, alguém poderia dizer que isso se deve ao que gastamos em determinados lugares. Mas Attali tem outra teoria.

"Bem, como todas as sociedades um tanto esgotadas, o Ocidente tendeu a superendividar-se para manter seu nível de vida. Assim, mantivemos, desde os anos 1980, uma espécie de ilusão de crescimento econômico baseada, essencialmente, na dívida. Não é algo novo: lembre de Veneza... eles também pensavam que a ruína era algo que só acontecia para os outros." A pergunta se impõe: e só nos restam dez anos? Sem deixar de comer queijo, ele responde tranquilamente: "É difícil saber com exatidão, mas sim, não creio que nos restem mais de dez anos".

O jornalista, é claro, a esta altura da revelação já está completamente desperto. E o que vai acontecer? "Assistiremos à vitória dos mais fortes: China, EUA e os bancos americanos, que não estão sob as ordens dos EUA. E ganharão os mercados, temo. Na Europa, veremos um lento declive do nível de vida, como conheceram Veneza ou a Argentina em seu tempo. Tudo dentro de um círculo vicioso, porque as elites, os jovens bem preparados que poderiam nos tirar disso irão trabalhar em outros lugares, nos EUA, na China ou na Austrália. De fato, já o estão fazendo."E o que se pode fazer?

Attali sorri. Já terminou seu desjejum. O jornalista também. Só fica flutuando no ar uma confusa sensação de apocalipse que o economista dissipa com um sorriso um tanto indecifrável. "Atualmente, em um mundo globalizado, não há cabine de piloto. A última reunião do G-20 prova isso. E vence a economia ilegal, os paraísos fiscais. E nesses paraísos fiscais se fazem coisas que em qualquer outro Estado seriam proibidas. Isso afeta a tudo e a todos. É preciso uma espécie de polícia econômica internacional."

Ele olha para a minitela do Blackberry e repete que não tem mais tempo que o combinado (meia hora). "Sou diretor de orquestra, escritor, economista, romancista: como não tenho certeza de poder reencarnar sete vezes, tento viver sete vidas ao mesmo tempo."

De sua fase de assessor presidencial, ficaram duas certezas. Uma: "Para prevenir, para prognosticar, o melhor é colocar-se verdadeiramente na pele do outro". A segunda devolve ao ambiente essa sensação incômoda de que o fim do mundo já está em curso e ninguém percebeu: "A realidade avança sempre mais depressa do que pensamos".

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Franceses, um povo que no Sec. XX tem vivido de chular outros. Viveu à com o dinheiro alemão depois das 2 guerras mundiais, com o trabalho quase escravo dos milhões de emigrantes portugueses, argelinos, etc, mas agora chegou o momento de ter de fazer por si mesma. O "franciu" vai ter de trabalhar e viver do que ganha e para essa corja isso é o "fim do mundo"

Quanto ao jornalista, discordo em absoluto, pois penso que é justamente na Europa, com a sua mistura de correntes de pensamento e caldeirão de culturas, que podem emergir as ideias e soluções para a renovação da ordem socio-economica global. Por detrás do crescimento de BRIC's e quejandos, está o consumo europeu e americano e pensar que com a queda de uma Europa ou USA os outros ficam na mó de cima é extremamente curto de vistas.

Falta a essas potencias emergentes a massa critica que lhes premita absorver o seu crescimento. Basta a Europa ou os USA colocarem barreira comerciais que obriguem as industrias a voltar a produzir nos mercados onde os seus produtos se vendem, que Chinas & cia ficam a chupar no dedo.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Set 04, 2010 7:32 am
por cabeça de martelo
FoxTroop mete um bocadinho de vaselina homem, é que assim dói... 8-] :lol:

Pensando melhor talvez eles gostem... 8-]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Set 04, 2010 1:29 pm
por tflash
Não se esqueçam que para a EADS vender airbus na china e outros produtos de alta tecnologia vendidos por grandes grupos, coisas que os chineses (ainda) não fabricam, sacrificou-se o resto da indústria europeia.

O que os grandes grupos europeus querem é que na Europa se começe a ganhar e trabalhar como na china.

recebi isto por mail, infelizmente está em inglês:
Undercover Report From Foxconn's Hell Factory
Chinese newspaper Southern Weekly sent 20-year-old reporter Liu Zhi Yi undercover in Foxconn's factory in Shenzhen, China. For 28 days, he experienced dreadful conditions that the factory's 400,000 employees endure, churning out iPods, iPads, and iPhones for Apple nonstop.
There's no doubt about it. The Foxconn suicides were caused by job stress. Within half a year, there have been nine suicides attempts with seven confirmed deaths at Foxconn's Shenzhen factory. In the last month, that number suddenly increased to 30 new suicide attempts, prompting the company to hire counselors and even Buddhist monks to free the souls of the suicidal from purgatory.
Foxconn is one of Apple's main manufacturer contractors. Thousands of Mac minis, iPods, iPhones and iPads are assembled daily in the Shenzhen factory, which runs 24/7. The company also produces some products for Intel, Dell, and HP, among others.
After the sixth suicide attempt in April, Southern Weekly—described by The New York Times as China's most influential liberal newspaper—sent a young reporter to sneak into the factory as a worker. At the same time, they sent a senior reporter to talk with Foxconn's executives. Their mission: To discover what's really going on in that factory, and find out the true reasons behind the suicides.
During his 28 days of investigation, Liu Zhi Yi was shocked to discover how the factory workers live in a sort of indentured servitude. They work all day long, stopping only to quickly eat or to sleep. They repeat the same routine again and again except on public holidays. Liu surmised that for many workers, the only escape from this cycle was to end their life.
Liu, a graduate student, was chosen because of his young age, since the factory only hires workers in their twenties. He was hired without issue. He signed only one special document: An overtime working agreement that says the company is not responsible for their long hours of working. According to Liu, this voluntary agreement overrules Chinese state regulation.
Foxconn workers only smile on the 10th of every month. That's the day when they get their salaries. That day, the ATM machines inside the factory are crowded with workers. Their monthly salaries start at 900 Chinese Yuan—about $130.
The stress room at Foxconn.
Most of the workers had nothing to say about the popular Apple products they assemble. Most can't afford to own an Apple product. Their salaries can only buy them knockoff versions. While gadget aficionados worldwide discuss which iPhone they should buy, Foxconn workers debate the merits of differing knockoffs.
Tales from the factory
Liu had his most interesting chats with other workers during meals. Some told him that they envied workers who are sick. They get leave approvals and can get some rest. They also discussed about accidents in the factory: One worker got his finger cut-off during production. A few workers think that the machines are cursed. They believe it's dangerous for them to use the machines.
Another worker spoke about one of the favorite activities in the factory lines: He likes to drop stuff on the floor. Why? Workers spend achingly up to eight hours standing up, so they feel that squatting down to grab a fallen object is the most restful moment of their working day.
Workers call their warehouse trolleys their "BMWs". While pulling them around, stacked high with tons of goods, they imagine the real BMW they hope to one day own.
According to one worker, they can't live without these dreams. They dream of becoming rich one day. Some spend part of their salaries buying lottery tickets and betting on horse races.
There are other kind of dreams too. Liu says that some of them complain about their love lives. They just can't find lovers in that environment, so they have to find alternatives: In some internet cafes—hiding in restaurants outside the factory—young men can buy access to clandestine porn videos. However, the men say that the movies get boring after long periods of time.
Workers eat in the on-site cafeteria.
Many wouldn't talk of the suicides. Others joked about it. One of the problems may be the lack of communication and friendships between work colleagues. Many workers don't even know the names of the people working next to them. In fact, according to Southern Weekly, the workers find difficult to relate to each other because they are always wearing identical work uniforms and performing the same tasks everyday. They have no interesting topics to chat about because all they do is work. If an employee becomes too stressed, they often have no one with which to share their feelings or to approach for help solving their problems.
Perhaps the 100 counselors hired by Foxconn will help. I wish they had movie theaters and shopping malls inside to help them relax. But, at the end, the most important thing is that Foxconn really needs to be more human and be concerned about the health—mental and physical—of their workers, instead of treating them like dogs.
Chris Chang originally posted about Liu Zhi Yi's Southern Weekly reports on M.I.C. Gadget, a site featuring life, gadgets, and subculture in China.

The author of this post can be contacted at tips@gizmodo.com
Get more stories like this in your inbox by signing up for Gizmodo Daily.