Fórum Defesa Brasil

Wolfgang escreveu:Pô, cb mas o Mi-35 é barato, não?

"Aparentemente" é sim Wolfgang, mas o problema é que é um Heli sofisticado, que o Brasil possuiria em poucas quantidades e que o propósito apresentado poderia muito bem coberto por outros Helis 'polivalentes'.

O Mi-17 é tão barato quanto e serviria para isso (o problema aí fica nas quantidades e na diversificação de plataformas). O BH já está em serviço na FAB/EB e já possui infra-estrutura logística em Manaus. O "novo" Cougar, tem que ver se ele incluiria uma certa capacidade de levar 'foguetes' por exemplo.

Acho que qualquer um dos 3 acima faria o serviço. Já um Heli de Ataque com poucos exemplares operando por aqui... sei lá... acho meio fora de propósito.

Agora... se o EB compra um dos 2 para montar núcleo de caçar tanques... tem o meu total apoio

[]s
CB_Lima

Os caça-tanques teriam que vir para o RS. Não teriam nenhuma utilidade no TOA.

Por exemplo, um Mangusta fica dando cobertura 100% do tempo e o Cougar desembarca uns 20 comandos. O Hind vai ter que fazer uma coisa de cada vez e só pode levar 8 soldados de uma vez, ou seja, vai fracionar ainda mais os grupos de combate (o que já ocorre com os atuais helis, o EB precisa de um CH-47 da vida).

Bolovo, porque você não pensa numa operação destas com menos soldados? Digamos que dez militares altamente treinados, comandos, digamos. Pois bem, para abordar um avião pequeno pousando numa pista no mato, dez soldados muito bem armados e equipados dão conta, não? Isto posto, agora veja só. Dois Mi-35 podem levar estes soldados com folga, e levam uma porrada de armas de vários tipos, inclusive ar-ar. Enquanto um Mi-35 desembarca cinco homens rapidamente, o outro cobre a operação. Depois inverte, o que estava apoiando desce e desembarca a tropa.
Os soldados voaram o tempo todo numa aeronave talhada desde sempre para o combate, combate direto mesmo, pois que é altamente blindada. veja bem, não placas aqui e ali, é blindagem geral.
"Ah, ma não precisa..." Talvez sim, talvez nbão, mas a capacidade está lá, sempre pronta e disponível.

Outra situação. Um Cocôugar levando o povo e um Mi-35 na escolta. O Mi-35 pode só escoltar, ou levar mais oito homens(máx). Ou pode descer no meio do fogo, pois que é mais blindado e armado. Tudo isso sem perder a capacidade de ataque de precisão e com armas burras.

A capacidade de levar um pequeno grupo de combate não é empecilho ao Mi-35, é um "além" um "algo mais". Portanto, numa situação de chapa quente, o Mi-35 pode resolver as duas questões.

Para abordar aviões perseguidos depois de pousados, quantos homens são necessários? Quem arrisca encarar dois Mi-35 com um canhão de 30mm, foguetes e mísseis ATAKA fazendo a cobertura? Traficantes? Duvido muitíssimo.

Acho que a FAB deve ter as razões dela prá fazer esta escolha.

Tem momentos que estranho os colegas e amigos do DB... Antes das perguntas serem feitas as pessoas já estão com as respostas na ponta da língua! Isso não é precipitação??? Estão invertendo a ordem das coisas, pows!

Perguntas que precedem o que se fala aqui, principalmente as críticas (ao meu ver totalmente infundadas):

1) A FAB precisa de novos hélis?

2) Se sim, quais os perfis dos mesmos?

3) A FAB pretende alterar ou acrescentar alguns tipos de missões?

4) Existe algum tipo de missão que a FAB ainda não realiza e que necessite de um equipamento (héli) diferente do que ela possui?

5) Considerando que existe um edital na praça para a compra de novos hélis, pergunto: alguém aqui sabe claramente o motivo que levou a FAB a escolher um equipamento com o perfil dos dois hélis citados?

6) Em qual TO a FAB pretende usar os tais hélis?

7) Os dois hélis concorrentes atendem as necessidades desejadas pela FAB? (Duvido que alguém consiga responder esta pergunta sem saber responder a pergunta 5! rsrs.)

8) Estaríamos nós (pobres mortais) em condições de questionar a compra de hélis pela FAB sem conseguir responder as perguntas anteriores? Se não, todas as críticas são precipitadas e infudadas (sinto muito por chegar a esta conclusão).

Aos amigos sérios, técnicos e estudiosos do assunto defesa e principalmente de estratégia militar (não se esqueçam que toda compra é baseada em uma estratégia) sugiro que mudem o viés do debate, com a intenção primária de compreender o processo como um todo antes de partir para as críticas (às vezes ácidas).

Claro que as críticas deverão existir, mas não antes de uma análise criteriosa, imparcial e não passional do processo de estudo, análise, seleção e compra do equipamento (seja lá qual for).

Se chegarmos a conclusão que a FAB está errada, que joguemos as pedras, caso contrário, melhor agir com cautela.

Saudações cordiais,

Orestes

Reportagem da ultima Revista Tecnolegia e Defesa, número 90.

Trata da Helibras e fala na sua última parte que o Helo que está sendo negociado para produção local é o EC-725, no Brasil seria chamado de Super Cougar.

Já postei nesse mesmo tópico fotos e as características técnicas dele.

Mas vamos simplificar, ele tem 02 turbinas de 2.400 SHP ou seja, 400 SHP superiores as 02 dos MI-171.

Carrega até 28 homens, tem provisão para tanque externo adicionals e tem uma versão CSAR pronta, em uso na França, tem o nome de CARACAL.



[ ]´s

Verde, mas daí fica complicado.

Por exemplo, um Mangusta fica dando cobertura 100% do tempo e o Cougar desembarca uns 20 comandos. O Hind vai ter que fazer uma coisa de cada vez e só pode levar 8 soldados de uma vez, ou seja, vai fracionar ainda mais os grupos de combate (o que já ocorre com os atuais helis, o EB precisa de um CH-47 da vida).

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Amigo desculpe, só agora pude responder.

Me referia a "um tipo" de heli, e não a quantidade envolvida em uma operação... não me refiro ao EB, e sim a FAB... E como o amigo Orestes colocou bem, resumindo em minhas palavras: o importante é "a doutrina que a FAB deseja, ou que tipo de heli precisa, ou se precisa de helis..." (foi o que eu entendi) e não é, a que pensamos, por isso eu disse "ACHO". tenho colocado minhas opiniões baseadas em comentários escritos nesse próprio forum, nas entrelinhas ou não... o que escrevo é baseado no meu "ACHISMO" se posso assim dizer... O tempo responderá nossas questões.

abração.

"Orestes"
Mais uma vez, obrigado... muito esclareçedor seu post.
"Suas fontes são boas..."


"Creio em Jesus Cristo"

Excelentes as considerações do Orestes.

Quero só deixar algumas observações que deixei lá na ALIDE também.

Helicópteros de ataque foram pensados para um TO divisionário, com poucas dezenas de quilômetros de profundidade para destruir carros de combate a prestar apoio aéreo aproximado às forças terrestres. Não para o tipo de missão que vira-e-mexe alguém sugere.

Apenas um ou outro modelo, por exemplo, podem fazer o trecho de Tabatinga a São Gabriel da Cachoeira, que são as duas únicas "cidades" na nossa fronteira com a Colômbia. Nenhum voa de São Gabriel até as primeira cidade de Rondônia, na nossa fronteira norte.

Abraços,

Carlos Mathias escreveu:

Por exemplo, um Mangusta fica dando cobertura 100% do tempo e o Cougar desembarca uns 20 comandos. O Hind vai ter que fazer uma coisa de cada vez e só pode levar 8 soldados de uma vez, ou seja, vai fracionar ainda mais os grupos de combate (o que já ocorre com os atuais helis, o EB precisa de um CH-47 da vida).

Bolovo, porque você não pensa numa operação destas com menos soldados? Digamos que dez militares altamente treinados, comandos, digamos. Pois bem, para abordar um avião pequeno pousando numa pista no mato, dez soldados muito bem armados e equipados dão conta, não? Isto posto, agora veja só. Dois Mi-35 podem levar estes soldados com folga, e levam uma porrada de armas de vários tipos, inclusive ar-ar. Enquanto um Mi-35 desembarca cinco homens rapidamente, o outro cobre a operação. Depois inverte, o que estava apoiando desce e desembarca a tropa.
Os soldados voaram o tempo todo numa aeronave talhada desde sempre para o combate, combate direto mesmo, pois que é altamente blindada. veja bem, não placas aqui e ali, é blindagem geral.
"Ah, ma não precisa..." Talvez sim, talvez nbão, mas a capacidade está lá, sempre pronta e disponível.

Outra situação. Um Cocôugar levando o povo e um Mi-35 na escolta. O Mi-35 pode só escoltar, ou levar mais oito homens(máx). Ou pode descer no meio do fogo, pois que é mais blindado e armado. Tudo isso sem perder a capacidade de ataque de precisão e com armas burras.

A capacidade de levar um pequeno grupo de combate não é empecilho ao Mi-35, é um "além" um "algo mais". Portanto, numa situação de chapa quente, o Mi-35 pode resolver as duas questões.

Para abordar aviões perseguidos depois de pousados, quantos homens são necessários? Quem arrisca encarar dois Mi-35 com um canhão de 30mm, foguetes e mísseis ATAKA fazendo a cobertura? Traficantes? Duvido muitíssimo.

Acho que a FAB deve ter as razões dela prá fazer esta escolha.

Acho que FAB não está pensando nisso, afinal o Mangusta não tem nada disso e tá na final.

Mas é como já disseram aqui, o edital foi meio que direcionado, não?

Carlos Mathias escreveu:Mas é como já disseram aqui, o edital foi meio que direcionado, não?

Mas daí é fela da putagem isso...

Se querem o Mi-35 comprem logo e não gastem uma grana fudida em licitação...

Essa história tá muito mal contada.

Ué Bolovo? Vai que de repente a Augusta surta e oferece o Manga a preço de banana em fim de feira? Num tá vendo o F-35BR aí?

Carlos Mathias escreveu:Ué Bolovo? Vai que de repente a Augusta surta e oferece o Manga a preço de banana em fim de feira? Num tá vendo o F-35BR aí?

Num acredito mto nisso não... e sobre o FX2 nem vou comentar pq fico revoltado...

Num acredito mto nisso não... e sobre o FX2 nem vou comentar pq fico revoltado...

Bolovo, fasso minhas as suas palavras...

Abração.

Obs: Lembro, meus comentários são escritos aqui, baseados em post, que os próprios colegas escevem... puro achismo mesmo.


"Jesus Cristo é o Senhor"

O EC-725 CARACAL armado com foguetes não guiados e um canhão de 20 mm, além de 02 metralhadoras laterais 7.65 mm. Além de tubo Revo e Guincho de salvamento.

[ ]´s

Acho estranha essa configuração dele.

Uma norma básica de segurança é não ficar atrás de um casulo de foguetes. Neste caso, o porta principal (com o guincho) fica bem ali. Claro que devem existir trocentos sistemas de segurança redundantes, mas que é estranho, isso é...

Claro que isso não é exclusivo dele. Essa situação acontece em todas essas configurações exóticas de usar armamento axial em aeronaves de transporte (ou transportar gente em aeronaves de ataque, como o Mi-24/25/35).

Abraços,