Re: PRIMAVERA BRASILEIRA?
Enviado: Sex Jun 21, 2013 1:28 pm
Todos eles querem o monopólio do povo (e de suas necessidades e anseios)...todos eles querem o monopólio das opiniões do país...Que súcia de canalhas!!!P44 escreveu:então mas os manifestantes não eram todos de direita?
Movimento Passe Livre suspende protestos em São Paulo por causa de “infiltrados conservadores”
PÚBLICO
21/06/2013 - 17:25
Conservadores e agressões a políticos motivam suspensão.
O Movimento Passe Livre (MPL), que esteve na origem das primeiras manifestações no Brasil para exigir a anulação do aumento dos transportes públicos em São Paulo, anunciou esta sexta-feira a suspensão de novas manifestações naquela cidade.
Segundo um dos elementos da organização do MPL, que agora luta por “tarifa zero” nos transportes públicos depois do governo estadual ter recuado nos aumentos, a suspensão dos protestos deve-se ao facto de as manifestações dos últimos dias terem sido “infiltradas por grupos conservadores” que defendem propostas com a redução da maioridade penal e a criminalização do aborto.
"A gente acha que grupos conservadores se infiltraram nos últimos actos para defender propostas que não nos representam", disse Rafael Siqueira, citado pela Folha de São Paulo. O recuo do movimento terá sido decidido no final da noite de quinta-feira, após os incidentes na Avenida Paulista.
Siqueira, 38 anos, professor de música e activista do MPL desde 2006, também explicou que as agressões a militantes de partidos políticos na manifestação de quinta-feira, em São Paulo e noutras cidades, também motivaram o grupo a tomar essa decisão.
"Mesmo que sejamos contra a política de transporte duma prefeitura do Partido dos Trabalhadores (PT) achamos que o PT deve ter total garantia de participar nas manifestações públicas", disse Siqueira à Folha de São Paulo.
Segundo o MPL, desde a manifestação de terça-feira, grupos de direita (não se sabe se organizados ou não) levaram às ruas cartazes e reivindicações que não representam o MPL, o que gerou preocupação entre os activistas daquele movimento, pois "distorce a iniciativa".
Na quinta-feira, escreve a Folha de São Paulo, um grupo de manifestantes, denominados "nacionalistas" entrou em confronto com pessoas que estavam com bandeiras de partidos durante o protesto contra os preços dos transportes públicos na Avenida Paulista, no centro de São Paulo.
"A gente conquistou uma vitória popular na cidade, que foi a revogação do aumento. A gente acha que isso é importante, e está claro que essa revogação foi fruto da mobilização chamada pelo Movimento Passe Livre. Não foi só o MPL que participou, se tornou uma revolta popular, uma coisa muito mais ampla. Mas uma vez que se revogou o aumento, o objectivo inicial das manifestações foi cumprido. E não tem sentido a gente continuar chamando as manifestações contra o aumento", disse Lucas Monteiro, um dos líderes do movimento, em entrevista à SPTV.
Magistrados na rua
Para esta sábado está convocada uma manifestação dos procuradores da República e magistrados do Ministério Público de São Paulo contra a polémica PEC37, já conhecida como a Lei da Impunidade.
A PEC 37 é uma proposta de emenda constitucional ao artigo 37 que retira o poder de investigação do Ministério Público, conferindo tal atribuição exclusivamente às polícias judiciárias. Entre 2010 e 2013, o Ministério Público foi responsável por 15 mil acções penais, entre elas, as de corrupção que envolvem políticos e a polícia; casos mediáticos como o Mensalão (que envolveu membros do Governo Lula) ou o de Paulo Maluf, antigo governador e presidente da câmara de São Paulo. A votação da proposta que estava marcada para o início da semana que vem foi, na quarta-feira à noite, adiada a pedido do Governo com receio de que aumentasse ainda mais a indignação nas ruas.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/mov ... es-1598027
Creio que a grande maioria é a favor das manifestações, mas contra os rumos que elas estão tomando.P44 escreveu:Sugestão:
Dá para fazer um enquete no inicio do tópico acerca de ser a favor ou contra as manifestações? É que pelo que ando lendo parece-me que a grande maioria do pessoal aqui está contra?
(Túlio, se fôr possivel , tendo sido tu que iniciaste o tópico)
O medo não é um "Obama brasileiro", mas sim um "Novo Sarney".Lirolfuti escreveu:Agora sim estamos Fu.....
Protestos são oportunidade para ‘Obama brasileiro’, diz analista
21 de junho de 2013, em Análise, Noticiário Nacional, Política, por Nicholle Murmel
Os protestos de rua que se multiplicaram pelo Brasil nas últimas duas semanas são um alerta aos políticos para a necessidade de não apenas vencer eleições, mas ouvir com mais atenção as demandas populares – em outras palavras, não apenas “ganhar nas urnas”, mas também “ganhar nas ruas”, como colocou um especialista em política internacional americano.
FONTE: BBC Brasil
http://www.forte.jor.br/2013/06/21/prot ... -analista/
Certo. Mas agora o Movimento Passe Livre, depois de ser o detonador disso diz agora: "Não brinco mais, dá minha bola que eu vou para casa." Ora, por favor!Clermont escreveu:Partidarismo rejeitado.
Merval Pereira - O GLOBO, 21.06.13.
O fato de militantes petistas com suas bandeiras terem sido rechaçados nas manifestações em diversos estados do país ontem é um bom indício de que o movimento que chegou aos corações e mentes da classe média não se deixou contaminar por partidarismos.
Depois de uma reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Lula em São Paulo, onde estranhamente estavam presentes o presidente do PT Rui Falcão e o marqueteiro da presidência João Santana, ficou estabelecido que o prefeito Fernando Haddad deveria reduzir os preços das passagens, e o partido entrar nas manifestações ao lado dos movimentos sociais que controla - ONGs de diversos tipos, o MST a CUT, a UNE.
Uma reunião partidária, como se vê, com a presidente da República recebendo instruções de seu tutor político, numa clara demonstração de que depende dele para se posicionar em situações de crise. A desorientação petista é tamanha que há correntes dentro do partido que pressionam o governo a dar uma guinada à esquerda para supostamente se sintonizar com esses movimentos.
Já há movimentos dentro do PT a exigir do governo que deixe de fazer superávit primário para pagar a dívida e use esse dinheiro para investimentos em saúde e educação. Ou então para que o PT deixe de lado as coalizões partidárias com o PMDB e que tais e faça uma ligação direta com as massas. Renasce em alguns setores da esquerda o sonho da democracia direta, tão em voga nos regimes bolivarianos da América Latina.
É difícil saber no que vai dar tudo isso. Não há como definir o que vai prevalecer nessas manifestações. Assim como há baderneiros infiltrados e toda uma gama de manifestantes dispostos ao vandalismo, que consideram a depredação a melhor maneira de enfrentar os governos, há também no próprio movimento do Passe Livre uma predominância de pensamento de esquerda radical. Agora que conseguiram a redução do preço das passagens, querem a tarifa zero e outras reivindicações que não estão na pauta da maioria que foi às ruas.
A tarifa zero é uma utopia do bem, que se pode tentar alcançar, e seria boa para todo mundo, embora me pareça impossível em cidades grandes como São Paulo e Rio. Mas há outras reivindicações que nada têm a ver com a grande massa que participou das manifestações, como o protesto contra o "latifúndio urbano".
E querem introduzir na pauta também a reforma agrária, uma reivindicação bastante discutível hoje no Brasil onde o agronegócio é um dos sustentáculos da economia brasileira e o latifúndio improdutivo praticamente desapareceu. Um processo de modernização agropecuária que, hoje, caracteriza o capitalismo no campo, fez com que nos últimos 30 anos o latifúndio se transformasse em grande empresa rural, tornando-se produtivo.
A maioria não está nem com os baderneiros nem com essa politização que, embora não seja partidária, é política, de grupos que lideram os movimentos. A maioria está nas ruas por causa da melhoria do dia a dia, quer que o dinheiro público seja gasto com transparência e com prioridades claras, esse é o foco central da maioria. E é por isso que as manifestações contra o aumento de ônibus cresceram se ampliaram.
Houve a adesão de um grupo grande da classe média que está sentindo os efeitos da inflação, dos péssimos serviços públicos, da opressão do Estado, que viu nessas manifestações um caminho para extravasar suas frustrações e exprimir suas reivindicações. E eles sabem porque a vida não é melhor: porque o dinheiro público é desperdiçado, roubado; os governos de maneira geral têm projetos imediatistas de poder e não projetos de longo prazo para o país.
Quem quiser levar os protestos para caminhos radicais, vai perder apoio.
Ora, não temos Obama, mas temos Marina. Aliás, são até parecidos...Lirolfuti escreveu:Agora sim estamos Fu.....
Protestos são oportunidade para ‘Obama brasileiro’, diz analista
Um ponto positivo que achei da Globo, foi, finalmente, dar valor ao que estava ocorrendo. Suspender duas novelas para focar na notícia. Por outro lado, já começou o exagero. Globo Repórter hoje, Fantástico com "inédita pesquisa" sobre real motivo das manifestações etc. Já que sabia que ia entrar direto a partir das 17:45, poderia ter passado o jogo da Espanha (ponto para a Band). Lamentavelmente ainda ocorrem "erros" estranhos. A principal manchete do JN de quarta-feira foi a revogação/diminuição do preço dos bilhetes tanto pelo governador como pelo prefeito de SP. Aí, quando iniciou a matéria aparece o governador de SP com a seguinte legenda no gerador de caracteres: "Geraldo Alckmin, PSDB" e embaixo "governador de SP". Depois falou o Haddad e nenhuma legenda!!! Mais para frente em outra reportagem o Eduardo Paes do RJ, sem citar o partido! Em prol da isonomia podiam estabelecer critérios iguais para todos!Paisano escreveu: