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Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 12:39 pm
por FCarvalho
Lord Nauta escreveu:Tudo indica que a Helibras esta oferecendo o modelo EC 645 para substituir os HB 350/355 da MB. Existem comentários referentes a estudos para que as pás dos rotor fossem dobradas para facilitar hangaragem.
Sds
Lord Nauta
Eis a questão. Não é um modelo genuinamente naval, e nem opera como tal, mas tão somente uma adaptação. E como toda adaptação, pretensamente tende a apresentar menos qualidades do que um modelo navalizado desde o projeto, como o AW109.
Duvido que a MB aceite por si, tal proposta, haja vista os ganhos de operacionalidade serem duvidosos; teríamos em todo caso, literalmente um protótipo em mãos; além do que, como já comentei, o custo de se "navalizar" um helo terrestre para apenas um único comprador não compense o investimento.
Se caso a MB desdenhe da oferta, com quase absoluta certeza penso o Dauphin será posto na jogada. E com todo o peso de um helo já operado pelas próprias ffaa's e com base industrial estabelecida.

abs.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 1:12 pm
por lynx
FCarvalho
O Alte Maximiniano não foi uma compra de oportunidade. Ele foi adquirido de segunda-mão, é certo, mas sofreu profundas alterações para atender aos requisitos da DHN para operações polares. Entre essas, a construção de um hangar para dois He e convoo, coisas que não possuia. Sua operação na MB será longeva e não há no PAEMB previsão de sua substituição, uma vez que ele faz parte daquele plano. Infelizmente seu convoo e hangar não comportam aeronaves do porte do Dauphin. Assim como também não o comportam navios com amplo tempo de operação na MB para a frente como os NaPaFlu e o Monitor. Para eles há previsão de substituição, mas a prioridade é baixa, por enquanto. Dessa forma, uma aeronave que venha a atender a esses navios e aos Amazonas, não poderá ser maior que um AW-109, como é o caso do Dauphin. Teríamos que usar duas, o que aumenta os custos. Por falar em custos, o custo operacional de um Dauphin é consideravelmente maior que o de um AW-109, uma aeronave menor.
Também não há espaço para projetos que aumentem o número de aeronaves da AVN. Essa já opera além do limite de custeio e de pessoal. A formação de novos pilotos e mecânicos na MB é motivo hoje de grande preocupação do Almirantado. Esse problema recai nas limitações das escolas de formação militar inicial, evolui para a incapacidade de aumentar o número de alunos no CIAAN, no HI-1 e mesmo na AFA e explode na evasão de pessoal para a aviação civil, que possui um grande passivo de pessoal e está pagando bons salários. Não é por acaso que, por enquanto, só ficaremos com 6 MH-16. A MB não sabe ainda como contornar a necessidade de pessoal para os 16 UH-15, sem aposentar outras aeronaves, liberando pessoal e instalações. Não há dinheiro para aumentar a capacidade das escolas de formação de todos os níveis. O problema tem sido bastante discutido, mas não se encontrou ainda solução satisfatória.
Não daria nem para, num absurdo, contratar pessoal da aviação civil, pois um co-piloto off-shore ganha mais do que um Capitão-de-Fragata ou Tenente-Coronel...

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 1:45 pm
por sapao
Sendo SÒ piloto e trabalhando 15 dias por mês.
Nem por Tarefa de Tempo Certo você consegue re-contratar esse pessoal; e olha que o pré-sal nem começou a bombar ainda...

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 2:25 pm
por henriquejr
Creio que helicópteros da família Super Linx nem serão cogitados para substituição dos HB-350/355 por se tratar de um equipamento de uso bem específico e bastante caro. São helicópteros de combate, feitos para equipar escoltas, e não de Emprego Geral.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 2:29 pm
por sapao
Mas não existiria uma versão mais simples, sem os equipamentos embarcados?

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 3:02 pm
por henriquejr
sapao escreveu:Mas não existiria uma versão mais simples, sem os equipamentos embarcados?
Sei lá. Sei que o Exército Britânico utiliza uma versão terrestre que parece ser mais simples mas creio que ainda não deixa de ser um heli caro, até por causa de sua celula em si e das turbinas que devem ser bem potentes.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 7:18 pm
por lynx
O Lynx é uma aeronave de alto custo de aquisição e de posse. Seu rotor semi-rígido transfere grandes esforços para a aeronave, o que demanda uma cabeça de rotor em titânio e inspeções frequentes, principalmente por conta de possíveis fissuras causadas por vibração excessiva. Os motores GEM 1017 também demandam muita manutenção, por trabalharem com altas rotações e consumo de óleo igualmente alto. Resumindo, é uma aeronave cara de se manter e, com seu peso de 5,2 ton, excedem o que a MB precisa em tamanho e custos.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 7:22 pm
por lynx
sapao escreveu:Sendo SÒ piloto e trabalhando 15 dias por mês.
Nem por Tarefa de Tempo Certo você consegue re-contratar esse pessoal; e olha que o pré-sal nem começou a bombar ainda...
A sua primeira frase já faz toda a diferença... :lol:
TTC?... :roll: [073]

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 7:54 pm
por FCarvalho
lynx escreveu:FCarvalho
O Alte Maximiniano não foi uma compra de oportunidade. Ele foi adquirido de segunda-mão, é certo, mas sofreu profundas alterações para atender aos requisitos da DHN para operações polares. Entre essas, a construção de um hangar para dois He e convoo, coisas que não possuia. Sua operação na MB será longeva e não há no PAEMB previsão de sua substituição, uma vez que ele faz parte daquele plano. Infelizmente seu convoo e hangar não comportam aeronaves do porte do Dauphin. Assim como também não o comportam navios com amplo tempo de operação na MB para a frente como os NaPaFlu e o Monitor. Para eles há previsão de substituição, mas a prioridade é baixa, por enquanto. Dessa forma, uma aeronave que venha a atender a esses navios e aos Amazonas, não poderá ser maior que um AW-109, como é o caso do Dauphin. Teríamos que usar duas, o que aumenta os custos. Por falar em custos, o custo operacional de um Dauphin é consideravelmente maior que o de um AW-109, uma aeronave menor.
Também não há espaço para projetos que aumentem o número de aeronaves da AVN. Essa já opera além do limite de custeio e de pessoal. A formação de novos pilotos e mecânicos na MB é motivo hoje de grande preocupação do Almirantado. Esse problema recai nas limitações das escolas de formação militar inicial, evolui para a incapacidade de aumentar o número de alunos no CIAAN, no HI-1 e mesmo na AFA e explode na evasão de pessoal para a aviação civil, que possui um grande passivo de pessoal e está pagando bons salários. Não é por acaso que, por enquanto, só ficaremos com 6 MH-16. A MB não sabe ainda como contornar a necessidade de pessoal para os 16 UH-15, sem aposentar outras aeronaves, liberando pessoal e instalações. Não há dinheiro para aumentar a capacidade das escolas de formação de todos os níveis. O problema tem sido bastante discutido, mas não se encontrou ainda solução satisfatória.
Não daria nem para, num absurdo, contratar pessoal da aviação civil, pois um co-piloto off-shore ganha mais do que um Capitão-de-Fragata ou Tenente-Coronel...
Linx, não questiono as qualidades e capacidades do navio, longe disso; apenas apontei que se tratou do aproveitamento de oportunidade -econômico-financeira a bem da verdade - para a implementação de uma diretiva de planejamento, diga-se o PEAMB. Assim não deixa de ser em certo sentido uma compra de oportunidade.

Quanto aos NaPaflu e Monitores, sinceramente, acho descabível e irresponsável - não da parte da MB, claro - a manutenção destes navios e de tantos outros meios existentes que deveriam estar ou em museus ou dado baixa a décadas. Mas como diria o ditado: "quem não tem cão, caça com gato."

No mais só tenho a lamentar - não se tem nem mesmo o que comentar :? - a situação precária e insolvente em que não só a aviação naval, como de resto a marinha como um todo se encontra.

Podemos então, no máximo esperar e torcer, diria rezar, que dias melhores nos sobrevenham. E que nenhuma tempestade nos pegue desprevenidos e incautos ao longo desta longa espera e maior ainda torcida. Porque do contrário, creio que não haverá planos e planejamentos suficientes que nos tirem de tal apuro.

abs.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Dom Set 02, 2012 11:42 pm
por Carlos Lima
O que eu gosto no EC-645 é aquela parte de trás tipo bolha, e que abre, creio que deva ajudar muito para transporte :)

[]s
CB_Lima

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Seg Set 03, 2012 10:13 am
por lynx
FCarvalho escreveu:
lynx escreveu:FCarvalho
O Alte Maximiniano não foi uma compra de oportunidade. Ele foi adquirido de segunda-mão, é certo, mas sofreu profundas alterações para atender aos requisitos da DHN para operações polares. Entre essas, a construção de um hangar para dois He e convoo, coisas que não possuia. Sua operação na MB será longeva e não há no PAEMB previsão de sua substituição, uma vez que ele faz parte daquele plano. Infelizmente seu convoo e hangar não comportam aeronaves do porte do Dauphin. Assim como também não o comportam navios com amplo tempo de operação na MB para a frente como os NaPaFlu e o Monitor. Para eles há previsão de substituição, mas a prioridade é baixa, por enquanto. Dessa forma, uma aeronave que venha a atender a esses navios e aos Amazonas, não poderá ser maior que um AW-109, como é o caso do Dauphin. Teríamos que usar duas, o que aumenta os custos. Por falar em custos, o custo operacional de um Dauphin é consideravelmente maior que o de um AW-109, uma aeronave menor.
Também não há espaço para projetos que aumentem o número de aeronaves da AVN. Essa já opera além do limite de custeio e de pessoal. A formação de novos pilotos e mecânicos na MB é motivo hoje de grande preocupação do Almirantado. Esse problema recai nas limitações das escolas de formação militar inicial, evolui para a incapacidade de aumentar o número de alunos no CIAAN, no HI-1 e mesmo na AFA e explode na evasão de pessoal para a aviação civil, que possui um grande passivo de pessoal e está pagando bons salários. Não é por acaso que, por enquanto, só ficaremos com 6 MH-16. A MB não sabe ainda como contornar a necessidade de pessoal para os 16 UH-15, sem aposentar outras aeronaves, liberando pessoal e instalações. Não há dinheiro para aumentar a capacidade das escolas de formação de todos os níveis. O problema tem sido bastante discutido, mas não se encontrou ainda solução satisfatória.
Não daria nem para, num absurdo, contratar pessoal da aviação civil, pois um co-piloto off-shore ganha mais do que um Capitão-de-Fragata ou Tenente-Coronel...
Linx, não questiono as qualidades e capacidades do navio, longe disso; apenas apontei que se tratou do aproveitamento de oportunidade -econômico-financeira a bem da verdade - para a implementação de uma diretiva de planejamento, diga-se o PEAMB. Assim não deixa de ser em certo sentido uma compra de oportunidade.

Quanto aos NaPaflu e Monitores, sinceramente, acho descabível e irresponsável - não da parte da MB, claro - a manutenção destes navios e de tantos outros meios existentes que deveriam estar ou em museus ou dado baixa a décadas. Mas como diria o ditado: "quem não tem cão, caça com gato."

No mais só tenho a lamentar - não se tem nem mesmo o que comentar :? - a situação precária e insolvente em que não só a aviação naval, como de resto a marinha como um todo se encontra.

Podemos então, no máximo esperar e torcer, diria rezar, que dias melhores nos sobrevenham. E que nenhuma tempestade nos pegue desprevenidos e incautos ao longo desta longa espera e maior ainda torcida. Porque do contrário, creio que não haverá planos e planejamentos suficientes que nos tirem de tal apuro.

abs.
O que muita gente se esquece é que na sigla PAE, usada para denominar os planos de recapacitação das 3 FFAA, não há só a letra E, referente a equipamentos. Há tambem a letra A, que se refere à Articulação. Não há como adquirir equipamentos sem formar pessoal, construir instalações adequadas e garantir verbas de custeio. Mas esse assunto é chato para fóruns e até para a imprensa especializada. É mais charmoso falar de novas aeronaves, navios e tanques. Acontece que, para absorver novos e muitíssimo mais modernos equipamentos, é necessário preparar o terreno antes, para podermos utilizá-los com um mínimo de eficácia. Isso pode e está sendo feito com o pessoal dos esquadrões da AVN, mas, hoje, não há como absorver um número maior de aeronaves sem aumentármos a capacidade de formação de aeronavegantes. Nesse ponto está o gargalo... solução? Há várias, mas todas passam pela necessidade de recursos HOJE e não só quando os equipamentos, que se espera sejam realmente adquiridos, comecem a chegar em quantidades. Por enquanto, vamos de 6 MH-15, sem cogitar nada a mais... UH-15 já é problema...
E esse problema já começa a afetar a superfície e a engenharia naval também...

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Seg Set 03, 2012 10:19 pm
por FCarvalho
lynx escreveu:O que muita gente se esquece é que na sigla PAE, usada para denominar os planos de recapacitação das 3 FFAA, não há só a letra E, referente a equipamentos. Há tambem a letra A, que se refere à Articulação. Não há como adquirir equipamentos sem formar pessoal, construir instalações adequadas e garantir verbas de custeio. Mas esse assunto é chato para fóruns e até para a imprensa especializada. É mais charmoso falar de novas aeronaves, navios e tanques. Acontece que, para absorver novos e muitíssimo mais modernos equipamentos, é necessário preparar o terreno antes, para podermos utilizá-los com um mínimo de eficácia. Isso pode e está sendo feito com o pessoal dos esquadrões da AVN, mas, hoje, não há como absorver um número maior de aeronaves sem aumentármos a capacidade de formação de aeronavegantes. Nesse ponto está o gargalo... solução? Há várias, mas todas passam pela necessidade de recursos HOJE e não só quando os equipamentos, que se espera sejam realmente adquiridos, comecem a chegar em quantidades. Por enquanto, vamos de 6 MH-15, sem cogitar nada a mais... UH-15 já é problema...
E esse problema já começa a afetar a superfície e a engenharia naval também...
apenas observar que nossa dita sociedade civil não tem competência para absorver esta realidade e tal tipo de questão. nossos políticos menos ainda. nosso país ainda é imaturo e inconsequente em matéria de gestão de planejamento estatal de longo prazo. simplesmente porque não temos educação e formação para tal. passamos tempo demais tentando sobreviver, um dia de cada vez, e agora que estamos podendo vislumbrar um horizonte mais além do que simplesmente o imediato, não temos, ainda, a percepção necessária para auferir de forma inteligente e adulta os louros - e as responsabilidades - do progresso advindo dos avanços econômicos obtidos. ainda parecemos adolescentes que berram e discutem futilidades entre si sobre assuntos menos úteis por mera auto-afirmação.

mas um dia ainda deixaremos de ser o pais do futuro.

um dia quem sabe.

abs.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Ter Set 04, 2012 12:13 am
por sapao
lynx escreveu:
sapao escreveu:Sendo SÒ piloto e trabalhando 15 dias por mês.
Nem por Tarefa de Tempo Certo você consegue re-contratar esse pessoal; e olha que o pré-sal nem começou a bombar ainda...
A sua primeira frase já faz toda a diferença... :lol:
TTC?... :roll: [073]
Sei la, na AFA tem alguns como instrutores (tem louco para tudo).
Mas certamente NENHUM deles e piloto de helicoptero, o que ainda não existe na MB (piloto de asa fixa na reserva) e muito menos no EB.

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Ter Set 04, 2012 11:19 am
por irlan
Porque a MB pretende trocar os Esquilos?, foram adiquiridos quando?

Re: Um substituto para os Esquilo da MB

Enviado: Ter Set 04, 2012 1:23 pm
por FCarvalho
irlan escreveu:Porque a MB pretende trocar os Esquilos?, foram adiquiridos quando?
Os esquilo foram adquiridos em 1978 e de lá para cá a maioria das células originais ainda continuam em atividade. As mesmas estão em final de vida útil da célula, sendo necessária sua substituição por novos aparelhos.
A MB, como previsto no PEAMB, deverá estar lançando em 2/3 anos um processo seletivo para o que ela chama de UHL - Helicóptero Utilitário Leve.
Isto claro, se nada de relevante vir a modificar aquele plano estratégico até lá.

abs.