Notícias Espaciais (mundo afora)

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akivrx78
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#181 Mensagem por akivrx78 » Qua Jun 22, 2011 10:59 am

21/06/2011 às 15h08min - Atualizada em 21/06/2011 às 15h08min

Estação Espacial Internacional é um caos, diz diretor da ESA

A ISS (sigla em inglês de Estação Espacial Internacional) é um projeto de sucesso, mas que está ameaçado pelo caos por falta de planejamento coletivo, disse o diretor-geral da ESA (Agência Espacial Europeia), Jean-Jacques Dordain.

O comentário foi feito durante o Paris Air Show, evento de aviação que acontece na capital francesa nesta semana, e publicado na versão on-line do jornal britânico "Telegraph".

Segundo Dordain, os países que formam a parceria espacial não discutiram suficientemente o modo de transporte que substituiria os ônibus espaciais quando estes fossem aposentados.

Até então, essas naves garantiam a reposição de equipamentos e suplementos até a ISS, além do revezamento de astronautas durante as missões.

O diretor-geral também classificou de "anarquia" o fato de as nações terem tomado, individualmente e de acordo com seus próprios interesses, uma posição sobre como seria realizado o transporte até a ISS.

Para lembrar, os EUA decidiram pegar carona em voos russos da nave Soyuz. O Japão e a ESA optaram pelo desenvolvimento de naves próprias de abastecimento.

A ISS é uma parceira internacional que envolve agências espaciais dos EUA, Rússia, União Europeia, Japão e Canadá.

http://noticias.bol.uol.com.br/economia ... ncias.jhtm




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#182 Mensagem por akivrx78 » Dom Jun 26, 2011 9:00 am

Europa construirá nave para 2013
INFO ABRIL 25/06/2011 19h30

A Agência Espacial Euroéia (ESA) anunciou planos para construir uma nave capaz de viagens na órbita próxima da Terra.

Chamada de IXV (Intermediate eXperimental Vehicle), ela será fruto de uma parceria entre a ESA e Thales Alenia Space Italia. O acordo foi confirmado no Paris Air & Space Show.
A nave deve decolar em 2013 – toda a tecnologia e design para sua construção estão prontos. Ela pesará duas toneladas e conseguirá subir a 450 km de altitude, atingindo um máximo de 7,5 km/s ao entrar na atmosfera. O objetivo é que, já durante o voo, ela seja capaz de coletar dados.

A IXV seria lançada pelo foguete Vega e desceria de paraquedas, pousando no mar. A aprovação final para a assinatura do contrato deve sair em Junho.

http://www.correiodoestado.com.br/notic ... 13_115575/




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#183 Mensagem por Brasileiro » Dom Jun 26, 2011 3:39 pm

akivrx78 escreveu:Europa construirá nave para 2013
INFO ABRIL 25/06/2011 19h30

A Agência Espacial Euroéia (ESA) anunciou planos para construir uma nave capaz de viagens na órbita próxima da Terra.

Chamada de IXV (Intermediate eXperimental Vehicle), ela será fruto de uma parceria entre a ESA e Thales Alenia Space Italia. O acordo foi confirmado no Paris Air & Space Show.
A nave deve decolar em 2013 – toda a tecnologia e design para sua construção estão prontos. Ela pesará duas toneladas e conseguirá subir a 450 km de altitude, atingindo um máximo de 7,5 km/s ao entrar na atmosfera. O objetivo é que, já durante o voo, ela seja capaz de coletar dados.

A IXV seria lançada pelo foguete Vega e desceria de paraquedas, pousando no mar. A aprovação final para a assinatura do contrato deve sair em Junho.

http://www.correiodoestado.com.br/notic ... 13_115575/
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Isto é, na verdade, um SARA, só que em dimensões maiores.

Aliás, se hoje tivéssemos, ao menos no mundo dos planos palpáveis, um lançador na ordem de 4 toneladas, o nosso SARA também seria um passo rumo a numa nave orbital tripulada, tal qual o IXV dos europeus, que já dispõem de foguetes capacitados a lançarem as futuras cápsulas tripuladas.
Sim isso, o SARA é apenas um pequeno laboratório orbital (já subdimensionado com o já palpável aparecimento de lançadores maiores que o VLS-1 em nosso programa espacial) e nada mais do que isto, uma vez que não parecem haver planos para se desenvolver naves maiores e que aproveitem melhor a capacidade dos novos lançadores. Fica por isso mesmo.



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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#184 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jun 27, 2011 9:14 am

Brasileiro escreveu:Isto é, na verdade, um SARA, só que em dimensões maiores.

Aliás, se hoje tivéssemos, ao menos no mundo dos planos palpáveis, um lançador na ordem de 4 toneladas, o nosso SARA também seria um passo rumo a numa nave orbital tripulada, tal qual o IXV dos europeus, que já dispõem de foguetes capacitados a lançarem as futuras cápsulas tripuladas.
Sim isso, o SARA é apenas um pequeno laboratório orbital (já subdimensionado com o já palpável aparecimento de lançadores maiores que o VLS-1 em nosso programa espacial) e nada mais do que isto, uma vez que não parecem haver planos para se desenvolver naves maiores e que aproveitem melhor a capacidade dos novos lançadores. Fica por isso mesmo.



abraços]
O conceito desta nave européia é de fato o mesmo que o do SARA em escala maior. Não duvido inclusive que seja uma carga experimental a ser usada nos Vôos iniciais do Vega, que é o lançador que será empregado para lançá-la.

Enquanto isso o SARA vai avançando a passo de tartaruga, e será tão pequeno que o mais provável que não encontre clientes interessados em usá-lo fora do mundo acadêmico. E pelo menos hoje não existem perspectivas de que seja desenvolvido nada maior, já que o único novo foguete que parece estar sendo cogitado seriamente no PEB além do VLS-1A é o novo VLM, que terá capacidade de carga ainda menor. Pelo que sei os trabalhos no VLM-1B estão parados.


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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#185 Mensagem por akivrx78 » Qui Jun 30, 2011 8:00 pm

Thursday June 30th 2011
O Iran Avança e o Brasil Dorme em Berço Esplêndido

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Por Duda Falcão

Vale lembrar leitor que o “Programa Espacial Iraniano” a dez ou quinze anos atrás se encontrava bem aquém do “Programa Espacial Brasileiro” e hoje apresenta resultados que o nosso programa jamais alcançou em 50 anos de existência.

Hoje o Brasil faz parte do grupo econômico conhecido como “BRICS”, formado também pela China, Rússia, Índia e a África do Sul, sendo que dentre os programas espaciais dos países do grupo o brasileiro é o único que não decolou até hoje (já que o “Programa Espacial Sul-Africano” só prevê o desenvolvimento de satélites de pequeno porte (microsatélites e tecnologias associadas) e de forma até agora bastante exitosa), apesar de ser o segundo mais antigo de todos, só atrás do da Rússia.

Infelizmente apesar da luta inglória de grandes profissionais brasileiros (técnicos, engenheiros e pesquisadores civis e militares) em 50 anos de programa não conseguimos sequer nesse período colocar por nossos próprios meios um simples “parafuso em órbita”, apesar da área de satélites ter alcançado alguns resultados através de foguetes estrangeiros.

É extremamente frustrante além de preocupante para toda comunidade espacial do país (composta por menos de 3000 integrantes e diminuindo rapidamente por falta de reposição – a Índia tem 16 mil) que após esse tempo todo o resultado alcançado seja “pífio” se comparamos com os resultados alcançados por outras nações do mundo em um período bem menor de tempo.

Desde o início da década de 90 do século passado que essa comunidade vem se mobilizando ingloriamente para esclarecer aos “d…loides” de governos subseqüentes a importância do programa espacial para um país das dimensões territoriais do Brasil. Durante esses período foram realizadas reuniões reservadas com autoridades, audiências públicas, seminários, workshops, congressos, visitas oficias de autoridades do governo e do Congresso as instalações das instituições envolvidas com o programa e elaboração de documentos que até hoje não resultaram em nada, a não ser muito blá-blá-bla e promessas mirabolantes.

Assim sendo leitor, o resultado não poderia ser outro, e em nossa opinião o PEB vive hoje o pior momento de toda sua história (apesar da melhora dos recursos financeiros durante a segunda metade do Governo LULA, ainda que insuficientes) já que a classe política brasileira se recusa a entender o grande erro histórico e estratégico para nossa sociedade que esta sendo cometido por “omissão”.

Certamente isso gerará grandes conseqüências no futuro de nossa sociedade, já que o país está perdendo a competência tecnológica que resta adquirida nesses 50 anos num programa não só crucial para o país como para toda a humanidade.

O mundo já identificou há décadas que a tecnologia espacial é crucial para o desenvolvimento de suas sociedades, bilhões de dólares são investidos anualmente e outros bilhões são gerados por esses investimentos que trazem benefícios incalculáveis em todas as áreas do conhecimento humano.

Infelizmente só mesmo os “d..loides de Brasília” não enxergam ou se recusam enxergar (o programa espacial devido a ignorância da sociedade brasileira não dá voto, e sendo assim não é interessante para a classe política) o caminho adotado por esses países em direção dessa nova fronteira.

Países como a Argentina, que mesmo com grandes dificuldades financeiras, literalmente já ultrapassou o Brasil na área de desenvolvimento de satélites e se confirmadas as ultimas notícias divulgadas pela mídia, caminha seriamente para nos ultrapassar na área de foguetes.

Vale lembrar leitor, que desde o início da década de 70 (1971) os argentinos já tinham colocado um ser vivo (um macaquinho) no espaço em um vôo suborbital (veja o vídeo:



e se não fosse pelo inconseqüente ex-presidente argentino Carlos Menem que cedeu as pressões do governo americano cancelando o “Projeto Condon” (hoje isso não ocorre no governo da Cristina Kirchner que tem apoiado incondicionalmente o programa espacial do seu país) a Argentina hoje certamente faria parte do fechadíssimo clube espacial, formado por países que detém a tecnologia espacial de acesso ao espaço.

Fonte: Brazilian Space

http://planobrasil.com/2011/06/29/o-ira ... splendido/




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#186 Mensagem por Brasileiro » Seg Jul 04, 2011 2:28 pm

Russia to rollout a full-scale mockup of a next-generation spacecraft

First published: 2011 June 30


Russian engineers are putting finishing touches on the life-size model of a new manned vehicle designed to carry Russian cosmonauts into orbit in the 21st century. The full-scale mockup, including the interior of the six-seat cabin, will be ready in August, just in time for the Moscow Air and Space Show, MAKS, held at the Zhukovsky airfield.

The spacecraft, known so far only as PTK NP, which stands for the New Generation Piloted Transport Spacecraft, will replace venerable Soyuz, as the nation’s manned space vehicle.

After several years of initial studies, the preliminary design of PTK NP started at the beginning of 2009 and completed a year later. Currently, the second stage of development, known as Technical Project, is underway, with RKK Energia based in the town of Korolev on northeastern outskirts of Moscow, serving as the main contractor.

During Paris Air and Space Show in Le Bourget last week, RKK Energia presented scaled models and blueprints of the PTK NP spacecraft, which featured a number of changes to the design of the vehicle comparing to its previous revision shown to the public in 2009. At the time, the crew module of the spacecraft was to be protected during the reentry into the Earth atmosphere with two types of reusable tiles placed in a brick-like pattern, resembling that of the US Space Shuttle. However the latest depiction of the vehicle reveals monolith panels, which most likely would have to be replaced after each mission. Still, two types of protective surfaces were used: a dark material on the side of the vehicle which would experience the highest temperature during the reentry and a light material on less critical areas of the module. Also, the crew module lost its chin-like gondola, which was originally intended to contain attitude control thrusters. Both changes were expected since 2010.

Refining of the spacecraft design and detailing of its components was the main purpose of the latest phase of development. In addition to the work on blueprints and manufacturing of various elements for experiments, the Technical Project also included the construction of full-scale prototypes of the spacecraft. Engineers would often need numerous mockups to model various aspects of the design, particularly the layout of the interior and ergonomics of the cabin. This work was actually started during the preliminary design as a largely informal initiative by Russian cosmonaut and RKK Energia engineer, Yuri Usachev. He used mostly wood to mock up various details of the interior of the future spacecraft. This work eventually attracted the attention of the wider team involved into the PTK NP project.

During 2011, RKK Energia also reportedly continued issuing technical assignments and mass requirements to its sub-contractors and worked on preparing experiments to validate most critical technologies of the project.

In the meantime, despite improving financial state of the Russian space program, in June 2011, the head of RKK Energia, Vitaly Lopota, complained to the Russian media, that funding of the PTK NP project had remained the levels, which would be required for the on-time development of the spacecraft.

Strategy dispute

While engineers were busy with technical work, RKK Energia’s management was stilled embroiled in disagreement with Roskosmos over the strategy in manned space flight. The agency insisted on the development of a nearly 23-ton spacecraft to be launched by a non-existing rocket from a non-existing launch site which RKK Energia saw as a monumental pipe dream. Fearing the emergence of several privately held manned spacecraft ventures in the US, RKK Energia urged Roskosmos to scale down the PTK NP project before it was too late. The 12-ton version of the PTK NP spacecraft could fly from the existing pad in Baikonur on the Energia-KV launcher derived from the off-the-shelf Zenit. Despite the agency’s refusal to go along with the idea back in 2010, RKK Energia again displayed Energia-KV launcher at the Paris Air and Space Show in Le Bourget in June 2011.

RKK Energia also made some overtures toward its potential rivals in the US, exploring the possibility of cooperation with Boeing on its CST-100 crew capsule. RKK Energia could potentially supply components for the US spacecraft, such as docking mechanisms, or even engage in a joint development of the US-Russian manned vehicle if the political climate would make it possible.

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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#187 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 06, 2011 9:28 pm

06/07/2011 às 04h12min - Atualizada em 06/07/2011 às 04h12min
Governo quer turbinar programa espacial do país com nova agência

O governo conclui até agosto uma reestruturação completa do programa espacial brasileiro. As medidas incluem a criação de um novo órgão de gerenciamento, que pode ser uma fusão da AEB (Agência Espacial Brasileira) com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O formato da nova agência espacial ainda está sendo estudado, mas o Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual a AEB é subordinada, não descarta nem mesmo a extinção da agência atual.

"Precisamos enxugar a estrutura, dar mais competência", disse à repoirtagem o ministro Aloizio Mercadante.

O presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, afirma que a gestão do programa precisa de uma instituição capaz de acompanhar e fomentar projetos. Segundo ele, a AEB não tem "musculatura técnica" para isso.

Criada em 1994, sem quadro técnico próprio, a agência faz pouco mais do que distribuir o reduzido orçamento do programa "R$ 332 milhões em 2011" entre os órgãos que o gastam, o Inpe e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), ligado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), do Ministério da Defesa.

Ainda não se sabe se a fusão será total, parcial (apenas o pedaço do Inpe responsável pelo programa de satélites seria incorporado à agência) ou se envolverá também o DCTA, da Defesa.

Também está em estudo a criação de um conselho gestor de alto nível, que envolva vários órgãos de governo, universidades e indústria. Raupp, porém, tem pressa: o novo desenho precisa estar concluído no próximo mês, para que possa ser incorporado ao Plano Plurianual do governo federal.

Mesmo com a nova estrutura da agência, o programa ainda precisa resolver dois problemas para deslanchar: sua crônica falta de recursos e sua carência de pessoal.

A falta de quadros decorre da falta de entusiasmo de engenheiros jovens pelo programa espacial. "Precisamos de sucessos intermediários, senão a população se desinteressa", disse Raupp.

Na revisão do programa espacial, a AEB pedirá a contratação de 400 funcionários para o Inpe e 700 para o IAE.
O presidente da agência não diz qual será o pedido de verba adicional, mas um estudo feito no começo do ano por IAE, Inpe e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil dá uma ideia da necessidade: R$ 500 milhões por ano a partir de 2016 só para o programa de satélites do Inpe, mais cerca de R$ 200 milhões por ano para o programa de foguetes.

Outra estratégia será aumentar o número de contratos com a indústria nacional, como faz a Nasa.

Um produto que já está pronto para ser comercializado é o foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido por Brasil e Alemanha, já certificado pela União Europeia e com dez voos suborbitais bem-sucedidos. "Está na hora de o DCTA repassar o motor à Embraer para vender", afirmou Raupp.

http://www.jornalfloripa.com.br/ciencia ... pa&id=1104




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#188 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jul 07, 2011 10:04 am

akivrx78 escreveu:06/07/2011 às 04h12min - Atualizada em 06/07/2011 às 04h12min
Governo quer turbinar programa espacial do país com nova agência

O governo conclui até agosto uma reestruturação completa do programa espacial brasileiro. As medidas incluem a criação de um novo órgão de gerenciamento, que pode ser uma fusão da AEB (Agência Espacial Brasileira) com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O formato da nova agência espacial ainda está sendo estudado, mas o Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual a AEB é subordinada, não descarta nem mesmo a extinção da agência atual.

"Precisamos enxugar a estrutura, dar mais competência", disse à repoirtagem o ministro Aloizio Mercadante.

O presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, afirma que a gestão do programa precisa de uma instituição capaz de acompanhar e fomentar projetos. Segundo ele, a AEB não tem "musculatura técnica" para isso.

Criada em 1994, sem quadro técnico próprio, a agência faz pouco mais do que distribuir o reduzido orçamento do programa "R$ 332 milhões em 2011" entre os órgãos que o gastam, o Inpe e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), ligado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), do Ministério da Defesa.

Ainda não se sabe se a fusão será total, parcial (apenas o pedaço do Inpe responsável pelo programa de satélites seria incorporado à agência) ou se envolverá também o DCTA, da Defesa.

Também está em estudo a criação de um conselho gestor de alto nível, que envolva vários órgãos de governo, universidades e indústria. Raupp, porém, tem pressa: o novo desenho precisa estar concluído no próximo mês, para que possa ser incorporado ao Plano Plurianual do governo federal.
Não sei não.

Simplesmente juntar um órgão eminentemente burocrático com outro eminentemente acadêmico não vai resolver nenhum problema do programa espacial brasileiro, no máximo irá eliminar uma etapa na execução dos orçamentos que forem definidos, mas não sei se ajudará a definir quais orçamentos (ou seja, atividades) em si deverão ser executados. Vai continuar faltando quem defina os objetivos e prioridades no médio e longo prazo, e não sei se isto seria atribuição desta nova agência, principalmente se ela não tiver verbas garantidas.

Mesmo com a nova estrutura da agência, o programa ainda precisa resolver dois problemas para deslanchar: sua crônica falta de recursos e sua carência de pessoal.

A falta de quadros decorre da falta de entusiasmo de engenheiros jovens pelo programa espacial. "Precisamos de sucessos intermediários, senão a população se desinteressa", disse Raupp.
Este Raupp até tem uma boa visão do que seria importante para que um programa espacial de verdade possa deslanchar. Ao contrário de estudos puramente acadêmicos, que podem sobreviver bem apenas de papers publicados em revistas técnicas e palestras em congressos, as atividades espaciais exigem sucessos práticos que possam ser exibidos para justificar os gastos e esforços despendidos, que não são pequenos. Sem lançar nenhum satélite ou sonda durante anos seguidos nenhum programa espacial pode sonhar em ter o apoio de ninguém, nem mesmo dentro dos seus próprios quadros.

Na revisão do programa espacial, a AEB pedirá a contratação de 400 funcionários para o Inpe e 700 para o IAE.
O presidente da agência não diz qual será o pedido de verba adicional, mas um estudo feito no começo do ano por IAE, Inpe e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil dá uma ideia da necessidade: R$ 500 milhões por ano a partir de 2016 só para o programa de satélites do Inpe, mais cerca de R$ 200 milhões por ano para o programa de foguetes.
Aqui aparece outro problema sério do programa espacial brasileiro, que sequer foi mencionado em todos os discursos e notícias até hoje: Quais são os seus objetivos afinal? Sem definir isto muito claramente estas solicitações de verbas e pessoal adicional ficam difíceis de avaliar. Israel e Irã gastam muito menos do que isso anualmente em seus programas espaciais, e tem melhores resultados a mostrar do que o nosso, exatamente porque tem objetivos bem definidos a cumprir. E o nós, o que pretendemos e em que prazos?

Outra estratégia será aumentar o número de contratos com a indústria nacional, como faz a NASA.

Um produto que já está pronto para ser comercializado é o foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido por Brasil e Alemanha, já certificado pela União Europeia e com dez voos suborbitais bem-sucedidos. "Está na hora de o DCTA repassar o motor à Embraer para vender", afirmou Raupp.

http://www.jornalfloripa.com.br/ciencia ... pa&id=1104
De novo, qual o objetivo que se está buscando ao envolver a indústria? Ganhar dinheiro com atividades espaciais? Então é melhor parar tudo agora mesmo, pois em lugar algum do planeta os gastos em pesquisa e espacial geraram mais renda do que os valores despendidos, se for considerado o balanço global. E no caso do Brasil, que está entrando atrasado na área e não tem disposição de gastar o que seria necessário para tirar o atraso, a chance de ganhar algum dinheiro contra toda a concorrência é menor do que mínima.

No aspecto puramente financeiro o grande ganho que se pode obter com um programa espacial é o desenvolvimento de novas tecnologias (e patentes) que possam depois ser aproveitadas na indústria em geral, e para isso é necessário trabalhar em desenvolvimentos novos. A simples produção em série de um foguete como o VSB-30, que incorpora tecnologia com mais de duas décadas de idade (desenvolvida na época em que se trabalhava com no desenvolvimento dos foguetes Sonda-III e Sonda-IV) não acrescenta nada, mesmo para a Embraer seria um negócio marginal pois a demanda não passaria de umas poucas unidades/ano. Talvez para uma Avibrás, que já tem alguma experiência na área e para quem qualquer tostão pode ser importante, o VSB-30 possa ser um produto interessante. Mas não para uma Embraer, a menos que o governo banque todos os custos de implantação de uma linha de produção e garanta encomendas mínimas, o que duvido que ele vá fazer (até porque aí seria um mal uso do dinheiro dedicado ao PEB).


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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#189 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jul 12, 2011 9:30 am

Picape espacial vai facilitar acesso dos EUA à órbita da Terra

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

Enquanto os EUA choravam na sexta (8) o lançamento do Atlantis, último ônibus espacial a decolar, um empresário tentava convencer o país a ser otimista.

Mark Sirangelo, da Sierra Nevada Space Systems, promete reestabelecer o transporte de americanos para a órbita em 2015, usando uma "caminhonete espacial".

Esse é o apelido que ele deu à espaçonave que a empresa está construindo, a Dream Chaser, um veículo menor, herdado de um projeto engavetado pela Nasa.

Na semana passada, ele anunciou a contratação de nove funcionários de alto escalão que estão deixando a Nasa e fechou um acordo com a agência para usar parte da infraestrutura de seu centro de lançamentos na Flórida. Parte do dinheiro para isso saiu da própria Nasa, que destinou US$ 100 milhões à empresa dentro de um programa de incentivo à exploração espacial privada. Confira a entrevista.

Imagem
Concepção artística da Dream Chaser, nave da empresa americana Sierra Nevada Space Systems

Folha - O lançamento do último ônibus espacial em Cabo Canaveral ocorreu meio em clima de velório. Você acha que o público ainda não vê a exploração privada como uma alternativa viável?

Mark Sirangelo - Bem, nós estamos empolgados em ser uma voz positiva dentro daquilo que seria um momento negativo. Estamos muito contentes com nossa relação com a Nasa. Temos a oportunidade de estender isso para permitir que as pessoas em algumas das instalações do programa espacial anterior possam ser usadas no nosso programa. Talvez ele seja a luz em meio a esse ambiente desafiador que temos agora.

O programa do ônibus espacial termina em meio a críticas por ter sido caro demais e menos seguro do que as espaçonaves "descartáveis" dos russos. Como sua empresa pretende contornar isso?

O ônibus espacial tinha de ser muito grande para poder transportar os pedaços da estação espacial. Tinha de ter força suficiente para carregar um monte de suprimentos. Agora isso acabou. A estação espacial está completa, e não precisamos de veículos que sejam tão complexos para chegar até ela.

Se você está mudando de casa com sua família para o outro lado do país, precisa de um grande caminhão para carregar tudo. Uma vez que se estabelece, você só vai precisar de uma SUV [picape utilitária esportiva] para passear e levar alguma bagagem. O Dream Chaser será uma SUV, capaz de levar sete astronautas até a estação, junto com todas as coisas das quais precisam para viver lá, e trazê-los de volta.

O projeto da espaçonave prevê que ela seja lançada na ponta de um foguete, e não com a barriga colada no propulsor, como os ônibus espaciais. Isso muda tudo?

Isso foi uma das lições que aprendemos com o ônibus espacial. O veículo deve ser montado no topo do foguete para que não tenhamos mais problemas com pedaços que se desprendem dele e podem se chocar com a nave.

Qual é o custo estimado de construção e operação?

Divulgação

Mark Sirangelo, da Sierra Nevada Space Systems, promete reestabelecer o serviço americano de transporte para a ISS
Nós não divulgamos esses números porque é preciso levar em conta que o projeto do veículo, na verdade, foi tocado pela Nasa por mais de dez anos no programa chamado HL-20, que acabou suspenso.

Depois disso, nós assumimos o projeto fora do âmbito da Nasa e permanecemos trabalhando nele por conta própria durante seis anos. Então, nosso projeto já conta com 16 anos de desenvolvimento e voa em um foguete que já existe. Agora que o ônibus espacial será aposentado, a única maneira de chegar à estação é usando uma Soyuz russa. Os EUA pagam US$ 63 milhões por assento por voo para seus astronautas.

Nós acreditamos que vamos conseguir fazer o mesmo com um preço bem menor. O custo da espaçonave não é mais tão importante, porque a Nasa não vai comprar o veículo, vai comprar o serviço.

Em que estágio de desenvolvimento o projeto está agora?

Estamos produzindo o primeiro veículo. Os dois motores de bordo já foram testados por completo. Acabamos de montar o primeiro simulador de voo, que será testado dentro de alguns dias.

Esperamos conseguir fazer o veículo voar já no ano que vem em testes em que o soltamos na atmosfera.

Como foi a negociação para contratar pessoal da Nasa?

São pessoas que nós já conhecíamos por trabalharmos na indústria [aeroespacial]. Primeiro contratamos Jim Voss [astronauta que voou em cinco missões do ônibus espacial]. Ele atraiu várias outras pessoas para o projeto.

Vemos nosso veículo como uma espaçonave internacional. Sem o ônibus espacial, perde-se a capacidade de transportar astronautas de países que não os EUA e a Rússia. Retomar essa capacidade é importante, e nós queremos fazer isso. Talvez um dia haja uma oportunidade de levar até um [novo] astronauta brasileiro conosco, coisa difícil no cenário atual.

RAIO-X
MARK SIRANGELO
Ocupação: Presidente da empresa privada de exploração espacial Sierra Nevada Space Systems
Trajetória: Ex-oficial do Exército dos EUA formado em direito e administração, entrou para a indústria tecnológica criando o QuanStar, consultoria que prestava serviço a iniciativas de ponta no setor. Em 2004 assumiu a SpaceDev, empresa que começou a desenvolver o Dream Chaser e depois foi incorporada pela Sierra Nevada
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/94 ... erra.shtml




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Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#190 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 15, 2011 3:49 pm

J.Ricardo escreveu:
Picape espacial vai facilitar acesso dos EUA à órbita da Terra

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

Enquanto os EUA choravam na sexta (8) o lançamento do Atlantis, último ônibus espacial a decolar, um empresário tentava convencer o país a ser otimista.

Mark Sirangelo, da Sierra Nevada Space Systems, promete reestabelecer o transporte de americanos para a órbita em 2015, usando uma "caminhonete espacial".

Esse é o apelido que ele deu à espaçonave que a empresa está construindo, a Dream Chaser, um veículo menor, herdado de um projeto engavetado pela Nasa.

Na semana passada, ele anunciou a contratação de nove funcionários de alto escalão que estão deixando a Nasa e fechou um acordo com a agência para usar parte da infraestrutura de seu centro de lançamentos na Flórida. Parte do dinheiro para isso saiu da própria Nasa, que destinou US$ 100 milhões à empresa dentro de um programa de incentivo à exploração espacial privada. Confira a entrevista.

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Concepção artística da Dream Chaser, nave da empresa americana Sierra Nevada Space Systems
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/94 ... erra.shtml
HOPE-X
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ALFLEX
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HOUPU
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http://nikon-ji.at.webry.info/200805/article_6.html

Este projeto de caminhonete espacial parece com a primeira fase do projeto da Jaxa, mas ele não seria tripulado na primeira e nem na segunda fase, somente na terceira fase do projeto seria tripulado.




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akivrx78
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#191 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 15, 2011 3:50 pm

Garota engravida de chimpanzé na Amazônia e revoluciona a ciência
DNA comprova que o filho que a jovem espera é do macaco Chimpanzé. Caso aconteceu no interior do Amazonas.

da Redação | 15.07.2011 | 12h39

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Um caso misterioso ocorrido em Manicoré, interior do Amazonas, tem chamado a atenção de cientistas de todo o mundo. Uma jovem, de apenas 19 anos de idade, está grávida de um macaco chimpanzé. Em junho alguns médicos e cientistas, brasileiros, japoneses, argentinos, americanos, e também uma equipe da NASA, estiveram no Amazonas para analisar o caso da garota.

A jovem, cujo nome está sendo preservado para não causar constrangimento, manteve a gravidez em sigilo até a barriga crescer e denunciar. Os pais foram os primeiros a saberem, mas não acreditaram na versão dada pela jovem, de que o pai seria o macaco.

O repórter de G17.com.br, Felipe Fernando Fonseca Fagundes Farias, conversou com os pais da jovem. A mãe da garota, disse que só acreditou na história quando os médicos confirmaram que o DNA do bebê que está sendo gerado pela garota, tem o DNA do macaco.

Já o pai, disse que desconfiava que a filha tinha um chamego com o macaco, mas achou que era apenas carinho de ser humano para animal de estimação. “Ela dormia na cama com o macaco, mas não imaginei que eles faziam algo demais”, disse o pai.

Sobre o futuro, o pai afirma que o melhor é promover o casamento da garota com o Chimpanzé. A mãe é contra.

(Fonte: g17.com.br)

http://www.idest.com.br/noticia.asp?id=27383




Rodrigoiano
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#192 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Jul 16, 2011 4:31 am

Prezado akivrx78, esta "notícia" deveria estar nas gerais nos tópicos de piada, comédia.

Veja alguns resultados da procura "G17" no Google, demonstrando ser um site de piadas:

G17 - O portal de notícias sem compromisso com a verdade!
www.g17.com.br/ - Em cacheG17 é um site que satiriza os portais de notícias com informações que não devem ser levadas a sério, assim como os nossos políticos.

Humor. G17 faz sátira com jornalismo online e cai no gosto de ...
liberdadedigital.com.br/.../humor-g17-faz-satira-com-jorna... - Em cache24 jun. 2011 – Já viu o G17? O site faz uma sátira aos grandes portais brasileiros de hard news . Inspirado nas cores e formas do G1, da TV Globo, ...


gde abraço!




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#193 Mensagem por cassiosemasas » Sáb Jul 16, 2011 4:35 am

:shock: :shock: :shock: e le le!!




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DELTA22
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#194 Mensagem por DELTA22 » Sáb Jul 16, 2011 5:44 pm

Maquete do foguete argentina lançador de satélite ISCUL / Tronador-II

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Esquemas publicados em jornal argentino:

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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#195 Mensagem por henriquejr » Sáb Jul 16, 2011 6:09 pm

Poxaaa... é grande esse foguete argentino, hein!!! :shock:




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