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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Ter Jul 22, 2008 1:08 pm
por Sniper
Não apenas por essas declarações, mas o José Alencar é um grande Brasileiro! Parabéns! :D

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Ter Jul 22, 2008 3:05 pm
por Fernando Teles
Galera, eu acredito que o real interesse esteja focado no reator, o sub é citado mais por questão de política, vai acontecer mais....., o governo tem planos para instalação de usinas no nordeste, quanto menor a dependência melhor, uso de reator nacional.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Ter Jul 22, 2008 11:50 pm
por WalterGaudério
A questão da aceleração do programa nuclear não passa só por dinheiro, mas por recursos humanos qualificados, com experiência e em quantidade. E logicamente razoavelmente bem remunerados.

Isso tudo que o J Alencar falou é possível sim, mas observando-se a questão do RH. O mesmo vale para o CTA.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Jul 23, 2008 8:07 am
por Túlio
Mas há ou não recursos humanos qualificados em disponibilidade e capacidade gerencial para lidar com o aumento de pessoal e diversificação de tarefas? Se houver vontade política -e parece que HÁ - o dinheiro aparece...

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Jul 23, 2008 9:00 am
por brisa
Sinceramente Tulio, esta pergunta tbem gostaria de saber. Depois do acidente de chernobil, e com o tsunami desta onda "verde" que assistimos nos últimos anos, acho que houve um esvaziamento vocacional na área nuclear.( esta é uma opiniao minha ).
Se bem que atualmente, os verdes, principalmente na Europa, sao os que mais estao defendendo novas usinas nucleares.

sds

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Jul 23, 2008 7:19 pm
por WalterGaudério
brisa escreveu:Sinceramente Tulio, esta pergunta tbem gostaria de saber. Depois do acidente de chernobil, e com o tsunami desta onda "verde" que assistimos nos últimos anos, acho que houve um esvaziamento vocacional na área nuclear.( esta é uma opiniao minha ).
Se bem que atualmente, os verdes, principalmente na Europa, sao os que mais estao defendendo novas usinas nucleares.

sds
Esvaziamento houve, no entanto falo de incentivo, pois já se trabalha com o pessoal limite tanto na ENGEPRON/ qto. na MB, se sequer houver incentivo financeiro aí é que os poucos(em relação ao volume d trabalho que existe) vão rarear de vez.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 10:43 am
por binfa
Defesa da Amazônia Azul é estratégica

Descoberta de petróleo no limite do território marítimo brasileiro pressiona por expansão da soberania
- Camila Arêas

Chamado de Amazônia Azul, o território marítimo brasileiro, duas vezes maior que o Estado do Amazonas, entrou no foco das preocupações políticas. No momento em que os mais recentes poços de petróleo encontrados pela Petrobras encostam no limite de 200 milhas náuticas da área considerada de exploração exclusiva do Brasil, a reativação em junho da Quarta Frota da Marinha americana para operações militares nas Américas do Sul, Central e Caribe, conjuga um quadro de inquietação.

Potências estrangeiras têm interesses econômicos e estratégicos na questão. Os Estados Unidos não são signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), o acordo internacional que estabelece o limite dos mares territoriais de cada nação costeira, do qual o Brasil é signatário desde 1982. E, mês passado, reativaram a Quarta Frota, unidade naval que, segundo o Pentágono, vai patrulhar águas internacionais da costa sul-americana.

Por iniciativa do senador Pedro Simon, a Comissão de Relações Exteriores do Senado decidiu escrever uma carta dirigida aos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama e John McCain. No documento, foi formalizada a preocupação do Senado brasileiro com a reativação da Frota.

– O Brasil precisa defender seu mar territorial, pois é nessa área que está o petróleo cobiçado em todo o mundo. O ministério da Defesa prevê que os próximos poços descobertos ultrapassem a extensão de soberania brasileira. As riquezas em alto-mar se valorizaram muito nos últimos anos. De um lado estão as riquezas marítimas da plataforma continental e de outro a Amazônia, está claro que a não assinatura do acordo é uma estratégia dos EUA.

Ouro negro
Geógrafo da USP, Aziz Nacib Ab" Saber sustenta a preocupação do ministério da Defesa em relação a novas descobertas de petróleo com base na teoria da formação das bacias sedimentares:

– No período de separação entre a América do Sul e a África, ambas costas foram inundadas com bolos sedimentares de algas e restos de animais. Em seguida, levantaram-se os blocos continentais e as bacias sedimentares se aprofundaram, gerando um aquecimento geotérmico que acelerou a transformação deste bolo biogênico em óleo. O petróleo é fruto do movimento tectônico.

O geógrafo conclui que "entre América do Sul e África há muito petróleo que ultrapassa nossa extensão marítima", ressaltando ser preciso "defender o patrimônio, que parte inalienável da soberania brasileira".

A camada pré-sal, com reservatórios biogênicos que se estendem por 800 km do Espírito Santo a Santa Catarina, pode conter um volume de petróleo capaz de colocar o Brasil entre as maiores potências petrolíferas. Até agora, a Petrobras estimou apenas as reservas do campo de Tupi, em entre 5 a 8 bilhões de barris de óleo, mas fala-se em 33 bilhões de barris só na bacia de Santos.

O Brasil já negocia com a França um acordo para a construção de um submarino à propulsão nuclear que ajudaria na proteção dessas áreas.

Perito brasileiro da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) junto à ONU, o oficial da Marinha Alexandre Tagore Albuquerque pondera que "em todas as declarações do governo americano consta a afirmação de que respeitarão a jurisdição dos Estados costeiros em relação aos seus espaços marítimos", mas ressalta a soberania brasileira:

– Limites de fronteira são uma questão de Estado que invariavelmente envolvem a economia, posto que em última análise o território terrestre ou marítimo será sempre importante fonte de recursos naturais. O interesse de qualquer potência estrangeira não pode ir além do que preconiza o direito internacional. É disso que tratamos.

A Quarta Frota atuou entre os anos de 1943 e 1950 e foi reativada mês passado, sem explicações ou aviso prévio aos países da região que vai patrulhar. O sobressalto levou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a dizer que "Os EUA poderão atuar em áreas não jurisdicionais brasileiras. Aqui não entra!".

Simon conta que o chanceler Celso Amorim "recebeu um telefonema da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, desculpando-se por não ter se dirigido antes aos governos da América Latina".

O senador questiona por que um presidente em final de mandato como George Bush tomou uma atitude como esta sem consultas.

– Por isso queremos saber qual é a posição dos presidenciáveis americanos sobre o tema – insiste. – É uma disputa nova, sem experiências antecedentes. É necessário abrir um diálogo com os presidentes latinos.

Jobim declarou que uma das prioridades da política nacional de defesa, que será anunciada dia 7 de setembro, reestruturar os conceitos da defesa da soberania nacional. Nesse sentido, chegou a defender que a Petrobras colabore com o reaparelhamento da Marinha, que receberia parte dos royalties resultantes da exploração de petróleo.


fonte: Informe JB | Márcio Falcão

att
binfa

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 11:07 am
por Marino
Brasil desenvolve supermáquina de enriquecer urânio

Criado por pesquisadores da Marinha, modelo avançado de ultracentrífuga já está em funcionamento em Resende

Roberto Godoy



O discreto e bem-sucedido programa de pesquisa nuclear brasileiro tem um novo segredo para guardar: entre março e maio entrou em funcionamento o novo modelo de ultracentrífuga, a avançada máquina de enriquecer urânio criada pelos pesquisadores da Marinha, no Centro Aramar, em Iperó, a 130 quilômetros de São Paulo.

É uma façanha: as unidades, designadas Geração 1/M2, são pelo menos 15% mais eficientes que as anteriores - que, aperfeiçoadas, já apresentam rendimento 50% superior ao do começo da produção, há 20 anos.

As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) receberam e montaram o segundo conjunto desses equipamentos na sua fábrica de combustível, em Resende, na divisa entre os Estados do Rio e São Paulo. As entregas foram sigilosas, feitas em comboios sem identificação, protegidos por fuzileiros.

Uma terceira cascata com as mesmas especificações deve entrar em atividade na INB no final de 2009. Enquanto isso, no Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP), um tipo inteiramente novo de ultracentrífuga, ainda em testes de validação, deve estar disponível em 2011 - e será 40% mais eficaz.

Projeto e construção são nacionais. O urânio é enriquecido a 4%, nível adotado pelo País, e alimenta reatores de energia. Armas atômicas exigem graus superiores a 90% de beneficiamento. A agência de pesquisa fica no campus da USP e cuida dos planos de criação dos sistemas de propulsão nuclear para submarino de ataque.

É um objetivo de longo prazo que ganhou fôlego com a liberação de recursos determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de uma visita a Aramar, em julho de 2007. Com dinheiro em caixa, "o plano foi retomado como um todo", explica o capitão de fragata e engenheiro naval André Luis Ferreira Marques, do grupo de especialistas do CTMSP. Prova prática: estão abertos concursos para provimento de vagas - de engenheiros especializados a pessoal administrativo, cerca de 400 funcionários.

O submarino, de 6 mil toneladas, com 96,6 metros de comprimento e 100 tripulantes, exige cerca de 11 anos de trabalho. Antes disso, porém, será necessário testar e completar um reator PWR (de água pressurizada) de 48 MW. O dispositivo está pronto em Iperó, as grandes peças armazenadas em ambiente de gás inerte para evitar a deterioração. Aguarda a conclusão das obras do Laboratório de Geração Nucleoelétrica, o LabGene. O complexo teve as obras civis retomadas. Fica pronto no final de 2010.

O reator que permanece desmontado vale US$ 130 milhões. Expandido, ele servirá ao submarino e à produção de eletricidade de usinas regionais de 300 megawatts.

O Centro Tecnológico da Marinha vai receber R$ 1,040 bilhão em parcelas anuais de R$ 130 milhões. O dinheiro está sendo empregado no ciclo do combustível, geração de energia, propulsão e infra-estrutura. Marques estima que o processo exigirá sete anos, no mínimo, para ser completado.

O investimento no programa nuclear tem sido feito principalmente pelo Comando da Marinha, com recursos próprios. Desde 1979, as aplicações somam US$ 1,117 bilhão - só US$ 216 milhões vieram de outras fontes governamentais.

A ultracentrífuga é o produto mais sensível do processo. Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não têm acesso às cascatas. As verificações previstas no acordo de salvaguardadas, firmado pelo governo brasileiro e renovado há pouco mais de dois anos, abrangem complexa contabilidade. "O que interessa à AIEA é saber o quanto de gás de urânio entrou no sistema, o quanto saiu de urânio enriquecido, o U235, e também de urânio empobrecido, o U238 - é uma equação que tem de fechar sem erro", explica o almirante Carlos Bezerril, diretor-geral do CTMSP.

A regra de preservação do conhecimento sensível vale desde 2003, quando a Marinha e a INB passaram a cobrir com painéis todas as ultracentrífugas, permitindo aos peritos internacionais a observação apenas do circuito de entrada e saída. Em Iperó, a cascata de beneficiamento é monitorada ininterruptamente por câmeras blindadas guardadas em caixas que foram lacradas pela AIEA. As ultracentrífugas do Brasil utilizam a flutuação magnética para evitar o atrito entre partes móveis. Assim, duram mais e têm maior capacidade.

Os fundos liberados pelo presidente Lula permitirão o funcionamento, em dois anos, de uma central semi-industrial, para produzir até 40 toneladas por ano de gás de urânio, a última etapa do complexo ciclo do combustível nuclear que o País não executa, embora domine o conhecimento. A produção atenderá às necessidades do Comando da Marinha. A Força utiliza o hexafluoreto de urânio para ensaios científicos e para enriquecimento do mineral.

Estão sendo investidos cerca de R$ 40 milhões nas obras em Iperó. A Financiadora de Projetos e Pesquisas (Finep) destinou R$ 23,60 milhões para o projeto desde 2007. Atualmente, o urânio transformado em yellow-cake é enviado em tambores de 400 quilos para a empresa Cameco, do Canadá, que realiza, sob contrato, a conversão para o gás.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 11:42 am
por Corsário01
Vai sair!!!!!!!!!! [009]

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 11:49 am
por Marino
Vai sair!
Um dia a sociedade brasileira vai reconhecer o imenso sacrifício da MB para com o país.
Se não fosse este sacrifício, com as pressões internacionais de hoje em dia, seria impossível iniciar um programa nuclear. Na presente época, que tem permanece, quem não tem não terá nunca mais.
A MB se sacrificou, mas legou ao Brasil o domínio de todo o ciclo da energia nuclear, a capacidade de projetar reatores, a formação de cientistas e técnicos, a fábrica de enriquecimento em Resende, entre outras coisas.
Também um dia os brasileiros vão reconhecer a odisséia das 230 mil milhas navegadas, correndo contra o tempo, para levantar dados que permitissem apresentar à ONU nossas pretenções sobre a "fronteira leste".
Um dia.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 11:56 am
por thelmo rodrigues
Marino escreveu:Vai sair!
Um dia a sociedade brasileira vai reconhecer o imenso sacrifício da MB para com o país.
Se não fosse este sacrifício, com as pressões internacionais de hoje em dia, seria impossível iniciar um programa nuclear. Na presente época, que tem permanece, quem não tem não terá nunca mais.
A MB se sacrificou, mas legou ao Brasil o domínio de todo o ciclo da energia nuclear, a capacidade de projetar reatores, a formação de cientistas e técnicos, a fábrica de enriquecimento em Resende, entre outras coisas.
Também um dia os brasileiros vão reconhecer a odisséia das 230 mil milhas navegadas, correndo contra o tempo, para levantar dados que permitissem apresentar à ONU nossas pretenções sobre a "fronteira leste".
Um dia.

MB. O orgulho do Brasil! Que Netuno proteja sempre teus caminhos!

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 11:59 am
por Corsário01
Estamos aqui grande amigo, para não deixar que isso passe sem a devida divulgação!
Pode ter certeza, que com pessoas do seu gabarito, chegaremos lá!
Se todos nós mantivermos o FOCO no que realmente é importante para este país, eu não tenho nenhuma duvida de que o meu filho será beneficiado no futuro. :wink:

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 2:06 pm
por brisa
Que vai sair vai..... so nao sabemos quando!!!

PS. OLha o Godoy ai de novo :roll:

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 3:46 pm
por GustavoB
as unidades, designadas Geração 1/M2, são pelo menos 15% mais eficientes que as anteriores - que, aperfeiçoadas, já apresentam rendimento 50% superior ao do começo da produção, há 20 anos.
e pelo que consta a tecnologia nacional é "n" vezes mais eficiente do que o sistema de cascata do Irã, por exemplo. Procede?
As ultracentrífugas do Brasil utilizam a flutuação magnética para evitar o atrito entre partes móveis. Assim, duram mais e têm maior capacidade
O que ele chama de flutuação magnética é um sistema que usa semicondutores nos mancais, o mesmo que seria usado na propulsão do sub nuclear e que o tornaria o mais silencioso por diminuir o contato das peças através de um campo eletromagnético.
Talvez seja redundante, mas é muito bom de ler. E está acontecendo.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Dom Jul 27, 2008 5:19 pm
por pafuncio
GustavoB escreveu: O que ele chama de flutuação magnética é um sistema que usa semicondutores nos mancais, o mesmo que seria usado na propulsão do sub nuclear e que o tornaria o mais silencioso por diminuir o contato das peças através de um campo eletromagnético.
Talvez seja redundante, mas é muito bom de ler. E está acontecendo.
Já não tenho a memória de antes (idade pesa ...), mas lembro de ter lido algo parecido escrito pelo Walter aqui, faz um ano ou mais.

Outro problema que estaria sendo superado seria nas turbinas e redutores (os ingleses teriam embargado faz anos uma peça que depois descubriram ser essencial para o SSN), uma área que não imaginava tão sensível.

Como tenho dito: "por um Brasil menos avinagrado".