Re: Super Hornet News
Enviado: Sex Out 31, 2008 2:54 pm
Caros colegas e amigos do DB,
a cada notícia, a cada entrevista que temos acesso, vejo as opiniões se formarem em absoluto, não demora muito para que tudo se dissolva imediatamente após nova entrevista ou informação oriunda da mídia.
Se me permitem, opto por analisar o conjunto dentro do contexto, e não as efêmeras e pontuais declarações provindas, em geral, dos fabricantes e lobistas oficiais.
Claro, erro e erro muito, mas sempre fui ousado e destemido o bastante para expor o que penso, porém me resguardando de mudar de opinião caso o óbvio se apresente, não dar o braço a torcer não faz parte da minha vida.
Assim sendo, no momento, digo o que penso sobre as falas americanas e o F-18 SH no contexto do FX-2: a cada dia me convenço que este caça é uma espécie de "testa de ferro" ou "boi de piranha" dentro deste processo e que suas chances reais, sob o ponto de vista apenas da FAB, não tem as menores chances de ganhar a concorrência.
Explico, o RFI não continha informações sobre armamentos. Ok, natural que alguns países não se preocupem com isso em uma fase inicial, podendo deixar este "detalhe" para o RFP, por exemplo. Mas este não me parece ser o caso do Brasil, escaldado por anos a fio sobre as dificuldades em conseguir armamentos sensíveis.
Então, por que os armamentos não foram questionados no RFI??? Pode ter sido intencional e não ingenuidade!!! A Boeing não tem o que falar sobre os armamentos que o F-18 SH pode levar, não cabe a ela, até porque este ponto é de competência do congresso americano (autorizar ou não a venda).
Porém, em resposta ao RFP, supondo que a Boeing ouse comentar sobre os armamentos, é necessário que haja aprovação prévia do governo e congresso americanos, sem isso, nada feito. Mas este é o ponto delicado! Como aprovar antes algo que não se sabe de antemão? Não é o padrão americano liberar tudo antes do comprador se mostrar interessado. Neste caso, nós teríamos uma exceção ao padrão americano?
Não acredito que alguém no DB imagine que a FAB vá comprar uma plataforma de armas sem poder usar armamentos produzidos no país de origem. Sabemos que os americanos não vetariam alguns de seus armamentos, mesmo alguns sensíveis, como a AIM-120, mas qual a versão? Se não for uma que possa se equiparar ao Meteor... E a integração de nossos armamentos, será feita por eles (proposta, claro) ou nos repassariam parte das informações dos códigos que nos permitiria integrá-los?
Repassar tecnologias todos repassam, o que difere é a quantidade e a qualidade da mesma. E talvez o mais importante, o quanto se paga por elas. Qualquer impedimento previamente conhecido, sobre limitações impostas pelos americanos, podem servir de "carta na manga", como me parece ter sido o uso e abuso que os "russos transferem tecnologias e seus produtos são baratos", mas cadê os caras na reta final? (sic).
Supondo não haver unanimidade entre duas partes, além de sofrer pressão de um externa, eu elaboraria uma lista tríplice nos seguintes fundamentos: um elemento que é o desejado por mim, um elemento desejado pela segunda parte e que me bancará de alguma forma, um elemento dos "tocadores de trombone".
É isto que vejo em relação a lista tríplice, é esta a minha opinião sobre o F-18, não como caça, não como sendo ruim ou incapaz de atender as nossas necessidades, mas sobre o papel que ele representa nesta novela chamada FX. Em suma, o F-18 é o barroca desta novela.
Saudações cordiais,
Orestes
a cada notícia, a cada entrevista que temos acesso, vejo as opiniões se formarem em absoluto, não demora muito para que tudo se dissolva imediatamente após nova entrevista ou informação oriunda da mídia.
Se me permitem, opto por analisar o conjunto dentro do contexto, e não as efêmeras e pontuais declarações provindas, em geral, dos fabricantes e lobistas oficiais.
Claro, erro e erro muito, mas sempre fui ousado e destemido o bastante para expor o que penso, porém me resguardando de mudar de opinião caso o óbvio se apresente, não dar o braço a torcer não faz parte da minha vida.
Assim sendo, no momento, digo o que penso sobre as falas americanas e o F-18 SH no contexto do FX-2: a cada dia me convenço que este caça é uma espécie de "testa de ferro" ou "boi de piranha" dentro deste processo e que suas chances reais, sob o ponto de vista apenas da FAB, não tem as menores chances de ganhar a concorrência.
Explico, o RFI não continha informações sobre armamentos. Ok, natural que alguns países não se preocupem com isso em uma fase inicial, podendo deixar este "detalhe" para o RFP, por exemplo. Mas este não me parece ser o caso do Brasil, escaldado por anos a fio sobre as dificuldades em conseguir armamentos sensíveis.
Então, por que os armamentos não foram questionados no RFI??? Pode ter sido intencional e não ingenuidade!!! A Boeing não tem o que falar sobre os armamentos que o F-18 SH pode levar, não cabe a ela, até porque este ponto é de competência do congresso americano (autorizar ou não a venda).
Porém, em resposta ao RFP, supondo que a Boeing ouse comentar sobre os armamentos, é necessário que haja aprovação prévia do governo e congresso americanos, sem isso, nada feito. Mas este é o ponto delicado! Como aprovar antes algo que não se sabe de antemão? Não é o padrão americano liberar tudo antes do comprador se mostrar interessado. Neste caso, nós teríamos uma exceção ao padrão americano?
Não acredito que alguém no DB imagine que a FAB vá comprar uma plataforma de armas sem poder usar armamentos produzidos no país de origem. Sabemos que os americanos não vetariam alguns de seus armamentos, mesmo alguns sensíveis, como a AIM-120, mas qual a versão? Se não for uma que possa se equiparar ao Meteor... E a integração de nossos armamentos, será feita por eles (proposta, claro) ou nos repassariam parte das informações dos códigos que nos permitiria integrá-los?
Repassar tecnologias todos repassam, o que difere é a quantidade e a qualidade da mesma. E talvez o mais importante, o quanto se paga por elas. Qualquer impedimento previamente conhecido, sobre limitações impostas pelos americanos, podem servir de "carta na manga", como me parece ter sido o uso e abuso que os "russos transferem tecnologias e seus produtos são baratos", mas cadê os caras na reta final? (sic).
Supondo não haver unanimidade entre duas partes, além de sofrer pressão de um externa, eu elaboraria uma lista tríplice nos seguintes fundamentos: um elemento que é o desejado por mim, um elemento desejado pela segunda parte e que me bancará de alguma forma, um elemento dos "tocadores de trombone".
É isto que vejo em relação a lista tríplice, é esta a minha opinião sobre o F-18, não como caça, não como sendo ruim ou incapaz de atender as nossas necessidades, mas sobre o papel que ele representa nesta novela chamada FX. Em suma, o F-18 é o barroca desta novela.
Saudações cordiais,
Orestes