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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Abr 18, 2009 10:19 am
por LeandroGCard
JFilho escreveu:Grande Leandro.

Acredito que as Fragatas, seja qual for a escolhida, assim como as Niterói em sua época, deverão ser adquerida em várias versões.
Uma grande quantidade multi-missão, creio eu, que devem ter as mesmas caracteristicas das FREMM atualmente em produção para França-Italia. E mais algumas na versão avançada tanto anti-submarina quanto anti-aérea (esta com um numero relativamente maior de misseis, tanto aster 15 quanto aster 30). ( Isto é achismo, opinião pessoal, mas muito provavelmente seja este o pensamento da MB)


Grande Abraço.
Saudações JFilho.

Eu já acho (e como você, minha opinião é apenas um achismo) que a MB não deveria adquirir grandes quantidades de projeto nenhum, pois como já comentei no fórum várias vezes isto tira a possibilidade do contínuo desenvolvimento de novos projetos que é o que permite a manutenção e o aperfeiçoamento contínuo da capacidade de engenharia. Se o objetivo da MB for realmente desenvolver projetos próprios (e as vantagens e desvantagens disso podemos discutir depois), então mesmo 4 FREMM já pode ser demais.

Então, como o número de FREMM não deveria ser muito grande e como elas estarão substituindo os navios de primeira linha, seria mandatório que elas no mínimo mantivessem as capacidades que a MB tem hoje em termos de poder de fogo, o que implicaria em artilharia mais pesada que 76mm, canhões antiaéreos de grande cadência e um número razoável de mísseis AA (mais que 16, com certeza). Tanto França quanto Itália tem vários outros navios bem melhor armados que as FREMM, e que permanecerão operando junto com elas por bastante tempo ainda, o que a MB não terá. Se pensarmos também que as FREMM são barcos 60% maiores que as Niterói, fica até estranho colocar nelas menos armamento que o levado por estas últimas.

Eu acho que a MB (novamente achismo meu, não tenho nenhum acesso às "fontes") também pensa assim, por isso a informação do Marino não é de que vamos adquirir as FREMM, e sim que os novos navios terão a plataforma das FREMM como base. Isto significa um casco parecido, mesma propulsão e sistemas auxilliares (energia, rancho, alojamentos, combate a incêndios, etc...), mas detalhes de arquitetura, armamentos e sistemas podem ser completamente diferentes. Daí minha curiosidade em saber como serão os navios afinal.


Um abração,

Leandro G. Card

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Abr 18, 2009 10:35 am
por Strike7
LeandroGCard escreveu:
JFilho escreveu:Grande Leandro.

Acredito que as Fragatas, seja qual for a escolhida, assim como as Niterói em sua época, deverão ser adquerida em várias versões.
Uma grande quantidade multi-missão, creio eu, que devem ter as mesmas caracteristicas das FREMM atualmente em produção para França-Italia. E mais algumas na versão avançada tanto anti-submarina quanto anti-aérea (esta com um numero relativamente maior de misseis, tanto aster 15 quanto aster 30). ( Isto é achismo, opinião pessoal, mas muito provavelmente seja este o pensamento da MB)


Grande Abraço.
Saudações JFilho.

Eu já acho (e como você, minha opinião é apenas um achismo) que a MB não deveria adquirir grandes quantidades de projeto nenhum, pois como já comentei no fórum várias vezes isto tira a possibilidade do contínuo desenvolvimento de novos projetos que é o que permite a manutenção e o aperfeiçoamento contínuo da capacidade de engenharia. Se o objetivo da MB for realmente desenvolver projetos próprios (e as vantagens e desvantagens disso podemos discutir depois), então mesmo 4 FREMM já pode ser demais.

Então, como o número de FREMM não deveria ser muito grande e como elas estarão substituindo os navios de primeira linha, seria mandatório que elas no mínimo mantivessem as capacidades que a MB tem hoje em termos de poder de fogo, o que implicaria em artilharia mais pesada que 76mm, canhões antiaéreos de grande cadência e um número razoável de mísseis AA (mais que 16, com certeza). Tanto França quanto Itália tem vários outros navios bem melhor armados que as FREMM, e que permanecerão operando junto com elas por bastante tempo ainda, o que a MB não terá. Se pensarmos também que as FREMM são barcos 60% maiores que as Niterói, fica até estranho colocar nelas menos armamento que o levado por estas últimas.

Eu acho que a MB (novamente achismo meu, não tenho nenhum acesso às "fontes") também pensa assim, por isso a informação do Marino não é de que vamos adquirir as FREMM, e sim que os novos navios terão a plataforma das FREMM como base. Isto significa um casco parecido, mesma propulsão e sistemas auxilliares (energia, rancho, alojamentos, combate a incêndios, etc...), mas detalhes de arquitetura, armamentos e sistemas podem ser completamente diferentes. Daí minha curiosidade em saber como serão os navios afinal.


Um abração,

Leandro G. Card
É uma analize interessante a sua, tanto que eu compartilho com a mesma .Se tomarmos como base o exemplo dos Napa-500, veremos que ele se assemelha muito, estéticamente, com os navios da CMN, que ainda colaborou com o desenvolvimento destes.
Por isto quando ele diz ''plataforma das FREMM como base'' é proque ele terá sistemas que aos olhos da MB são ideais em uma fragata multi-missão que no caso seria a FREMM.

Eu compartilho deste seu argumento, acho que foi isto que você quiz passar, ( se não, por favor me corrija ).

Quando eu disse Aster 15/30, era apenas um exemplo, não necessáriamente será este o armamento utilizado, o mesmo vale para os sistemas.

Grande Abraço.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Abr 18, 2009 10:50 am
por gaitero
Hum.....
É mais ou menos por ai.....

:wink:

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Abr 18, 2009 11:10 am
por LeandroGCard
JFilho escreveu:É uma analize interessante a sua, tanto que eu compartilho com a mesma .Se tomarmos como base o exemplo dos Napa-500, veremos que ele se assemelha muito, estéticamente, com os navios da CMN, que ainda colaborou com o desenvolvimento destes.
Por isto quando ele diz ''plataforma das FREMM como base'' é proque ele terá sistemas que aos olhos da MB são ideais em uma fragata multi-missão que no caso seria a FREMM.

Eu compartilho deste seu argumento, acho que foi isto que você quiz passar, ( se não, por favor me corrija ).

Quando eu disse Aster 15/30, era apenas um exemplo, não necessáriamente será este o armamento utilizado, o mesmo vale para os sistemas.

Grande Abraço.
Para ficar claro, na minha opinião (minha) o armamento das FREMM como estão sendo construídas hoje não é o de uma fragata multi-missão, e sim o de uma fragata de patrulha, cuja missão não é integrar uma FT mas patrulhar mares distantes em cenários de média-baixa intensidade (pois na verdade não interessa como os navios são oficialmente classificados, e sim o que eles realmente podem fazer). São barcos ótimos para caçar piratas nas costas da Somália ou apoiar missões de paz nas ilhas do Indo-Pacífico, ainda mais podendo levar dois helis de médio porte com acapacidade para transportar um destacamento de fuzileiros e armamento de apoio. O grande tamanho dos navios também favorece a realização destas longas missões longe de casa, um tipo de missão para o qual as marinhas da França e da Itália devem sempre estar prontas a executar em um mundo onde a guerra fria já acabou. Mas não é o armamento adequado para enfrentar ameaças militares modernas como ataques de saturação com mísseis, nem para apoio de artilharia a fuzileiros na praia.

Portanto, a configuração atual das FREMM faz muito sentido para os países que as estão construindo hoje, até porque eles já possuem uma marinha razoavemente bem equipada para verdadeiras missões de guerra. Mas não é no meu entender o tipo de navio que a MB deveria priorizar hoje, com as Niterói passando dos trinta anos de operação e exigindo substituição urgente. Para o lugar delas as FREMM como estão sendo construídas para a França e a Itália não me parecem uma boa solução.

Usar o casco espaçoso das FREMM, seu grande hangar, seus alojamentos confortáveis e seu design stealth é ótimo, mas seus sistemas de sensores e armamento estão bem abaixo do que a MB deveria mirar como padrão para seus navios principais.

Acho que agora minhas idéias ficaram mais claras.


Grande abraço,


Leandro G. Card

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Dom Abr 19, 2009 3:41 pm
por JLRC
LeandroGCard escreveu:
Para ficar claro, na minha opinião (minha) o armamento das FREMM como estão sendo construídas hoje não é o de uma fragata multi-missão, e sim o de uma fragata de patrulha, cuja missão não é integrar uma FT mas patrulhar mares distantes em cenários de média-baixa intensidade (pois na verdade não interessa como os navios são oficialmente classificados, e sim o que eles realmente podem fazer). São barcos ótimos para caçar piratas nas costas da Somália ou apoiar missões de paz nas ilhas do Indo-Pacífico, ainda mais podendo levar dois helis de médio porte com acapacidade para transportar um destacamento de fuzileiros e armamento de apoio. O grande tamanho dos navios também favorece a realização destas longas missões longe de casa, um tipo de missão para o qual as marinhas da França e da Itália devem sempre estar prontas a executar em um mundo onde a guerra fria já acabou. Mas não é o armamento adequado para enfrentar ameaças militares modernas como ataques de saturação com mísseis, nem para apoio de artilharia a fuzileiros na praia.

Portanto, a configuração atual das FREMM faz muito sentido para os países que as estão construindo hoje, até porque eles já possuem uma marinha razoavemente bem equipada para verdadeiras missões de guerra. Mas não é no meu entender o tipo de navio que a MB deveria priorizar hoje, com as Niterói passando dos trinta anos de operação e exigindo substituição urgente. Para o lugar delas as FREMM como estão sendo construídas para a França e a Itália não me parecem uma boa solução.

Usar o casco espaçoso das FREMM, seu grande hangar, seus alojamentos confortáveis e seu design stealth é ótimo, mas seus sistemas de sensores e armamento estão bem abaixo do que a MB deveria mirar como padrão para seus navios principais.

Acho que agora minhas idéias ficaram mais claras.


Grande abraço,


Leandro G. Card
Caro Leandro. Fiquei admirado ao ler o seu post e penso que deve estar a fazer confusão. As FREMM vão serem a espinha dorsal das Marinhas francesa e italiana e as futuras escoltas dos porta-aviões e grupos anfíbios franceses e italianos. São navios demasiado sofisticados e especializados para serem usados na caça aos piratas na Somália. Para isso, a França possui as Lafayette, as Floréal e os avisos da classe D'Estienne D'Orves e a Itália, as Artigliere (ex-iraquianas), os novos OPV e as corvetas da classe Minerva, o que não significa que não possam ser usadas pontualmente na protecção da navegação no corno de África. No entanto, repito, a sua missão não é essa. São fragatas fortemente armadas e especializadas e construídas em 2 tipos, 9 ASW para substituírem as 7 Georges Leygues e as 2 Tourville e 2 AAW para substituírem as 2 Cassard.
Quanto às italianas, são construídas também em 2 tipos, 6 ASW e 4 AVT para substituírem as Maestrale e Lupo.
Diz você que a França e a Itália possuem outros navios próprios para missões de guerra. Quais são eles?
LeandroGCard escreveu:
Tanto França quanto Itália tem vários outros navios bem melhor armados que as FREMM, e que permanecerão operando junto com elas por bastante tempo ainda, o que a MB não terá.
Que navios melhor armados que as FREMM possuem a França e a Itália? As Horizon? 2 fragatas para cada país? Que eu saiba são os únicos navios, além das FREMM classificados como fragatas de 1ª linha. Agora parece que também vão classificar as La Fayette como 1ª linha, embora não o sejam.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 10:22 am
por LeandroGCard
Ola JLRC.

Antes de mais nada é bom deixar bem claro que quando me refiro às FREMM estou falando da configuração de emprego geral anunciada como estando em construção para as marinhas da França e da Itália. São sempre mencionadas versões especializadas AS e AA, mas até agora encontrei pouca coisa sobre suas configurações e nenhuma referência quanto ao início de sua construção, portanto não posso comentar sobre elas.

No caso das FREMM que estão em construção, a lista de armamentos que é indicada inclui 1 canhão de 76mm, 16 células VLS para Aster15/30, 8 mísseis Exocet e dois lançadores de torpedos leves MU-90. Já vi mais de uma vez comentários de que as FREMM seriam barcos pesadamente armados, mas sinceramente não consigo perceber onde está o “peso” nesta lista, a menos que se considere que:

- 1 canhão de 76mm seja superior a baterias separadas com pelo menos 1 canhão acima de 100mm mais dois antiaéreos de 27, 30 ou 40mm e alta cadência, o que é típico para quase todos os barcos de guerra atuais desde às Niterói até os A. Bourke.

- 16 VLS para Aster 15/30 seja superior 32 ou mais células VLS para Standard ou Aster 15/30, complementadas por outro míssil como Sea-Sparrow, Sea-Molf, RAM, etc..., como é comum para navios do porte das FREMM. Mesmo as Lafayette, muito menores, levam os mesmos 16 VLS das FREMM, mas os complementam com um lançador Crotalle.

- 8 Exocet (ou equivalentes) sejam mais do que o padrão para todas as embarcações modernas, novamente das Niterói aos A.Bourke.

- 2 lançadores de torpedos leves: idem acima.

Se falarmos em sensores a situação não fica muito melhor, com as FREMM levando apenas radares multi-propósito de alcance médio (cerca de 200Km), enquanto a maioria dos barcos equivalentes leva sistemas de detecção à longa distância (acima de 400 Km). Além disso pelo que vi não serão instalados sonares VDS ou Towed array (embora haja previsão para o futuro), o que limitará a capacidade dos navios para guerra anti-submarina em águas abertas.

As marinhas francesas e italianas realmente operam as Horizon, que são barcos de um nível acima das FREMM, sendo que a França queria ter 4 destes navios (não os tem por questões orçamentárias, não porque as FREMM sejam substitutos à altura), e a Itália tem ainda os dois Durand de La Penne, que ficarão em operação por um bom tempo ainda. A própria França não substituirá os Cassard pelas FREMM, está pesando na variante anti-aérea FREDA, que teria o dobro de células VLS e provavelmente um radar de busca aérea de longo alcance, mas não é o modelo que estou discutindo.

Na minha opinião está claro que as FREMM são uma solução de compromisso para a França e a Itália, que devido às pressões sobre os orçamentos militares pós-guerra fria decidiram construir um maior número de plataformas de bom tamanho, mesmo que sub-equipadas, de forma a manter uma quantidade adequada de barcos operacionais, e se no futuro aparecer a necessidade poderem equipá-los como gostariam, o que seria mais fácil e rápido que iniciar novas construções. Não discuto que estes navios POSSAM receber armamento bem mais pesado e sensores melhores, e é exatamente esta minha curiosidade com relação ao que a MB irá especificar, mas com a configuração atual das FREMM tenho que manter a minha opinião de que são fragatas de patrulha meio super-dimensionadas, e não mais do que isso. Prefiro esperar para ver se elas receberão complementos em seus sistemas de sensores e armamentos no futuro, e aí poderei re-avaliar esta minha opinião. Como elas estão hoje não vejo grandes vantagens com relação às Lafayette fora o tamanho (e consequentemente a habitabilidade e resistência e número de helis), portanto acharia normal se ambas as classes fossem classificadas na mesma categoria.


Um grande abraço,


Leandro G. Cardoso

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 10:33 am
por Strike7
Caro leandro, você deve estar fazendo alguma confusão, a capacidade de combate antiaéreo será executada por um lançador vertical Sylver para 32 mísseis, uma pistola 76 milímetros e duas pistolas 20 milímetros, o Missil padrão será o Aster-15

Já a Fragata de emprego AA, conhecida na França como FREDA, deve levar 16 Aster 30 e 16 Aster 15, uma pistola 76 milímetros e duas pistolas 20 milímetros.

Além dos misseis MM-40 Block III, padrão nas duas.

Não confunda o MM-40 Block III com o Block II, a diferença é gigantesca.

Na Fragata Italiana, o missil é ou o Harpoon ou o Otomat Block IV, não me lembro...

Ainda haverá a possibilidade de os lançadores utilizarem o missil de cruzeiro Scalp LG, com 1000 KM de alcançe, que deverá entrar em serviço lá para 2012.

Isto tudo com sobra de espaço para receber um numero de lançadores ainda maior, caso necessário.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 12:12 pm
por JLRC
LeandroGCard escreveu:Ola JLRC.


No caso das FREMM que estão em construção, a lista de armamentos que é indicada inclui 1 canhão de 76mm, 16 células VLS para Aster15/30, 8 mísseis Exocet e dois lançadores de torpedos leves MU-90. Já vi mais de uma vez comentários de que as FREMM seriam barcos pesadamente armados, mas sinceramente não consigo perceber onde está o “peso” nesta lista, a menos que se considere que:

- 1 canhão de 76mm seja superior a baterias separadas com pelo menos 1 canhão acima de 100mm mais dois antiaéreos de 27, 30 ou 40mm e alta cadência, o que é típico para quase todos os barcos de guerra atuais desde às Niterói até os A. Bourke.

- 16 VLS para Aster 15/30 seja superior 32 ou mais células VLS para Standard ou Aster 15/30, complementadas por outro míssil como Sea-Sparrow, Sea-Molf, RAM, etc..., como é comum para navios do porte das FREMM. Mesmo as Lafayette, muito menores, levam os mesmos 16 VLS das FREMM, mas os complementam com um lançador Crotalle.

- 8 Exocet (ou equivalentes) sejam mais do que o padrão para todas as embarcações modernas, novamente das Niterói aos A.Bourke.

- 2 lançadores de torpedos leves: idem acima.

Se falarmos em sensores a situação não fica muito melhor, com as FREMM levando apenas radares multi-propósito de alcance médio (cerca de 200Km), enquanto a maioria dos barcos equivalentes leva sistemas de detecção à longa distância (acima de 400 Km). Além disso pelo que vi não serão instalados sonares VDS ou Towed array (embora haja previsão para o futuro), o que limitará a capacidade dos navios para guerra anti-submarina em águas abertas.

As marinhas francesas e italianas realmente operam as Horizon, que são barcos de um nível acima das FREMM, sendo que a França queria ter 4 destes navios (não os tem por questões orçamentárias, não porque as FREMM sejam substitutos à altura), e a Itália tem ainda os dois Durand de La Penne, que ficarão em operação por um bom tempo ainda. A própria França não substituirá os Cassard pelas FREMM, está pesando na variante anti-aérea FREDA, que teria o dobro de células VLS e provavelmente um radar de busca aérea de longo alcance, mas não é o modelo que estou discutindo.
Caro Leandro. Pelo que li do seu post, as suas informações estão incompletas. Em relação ao armamento (A) e aos sistemas electrónicos (EE) das FREMM francesas (ASW) temos o seguinte :
A : 1/76 OTO-Melara compact – 2/met. 12,7 – SSM : 8/MM40 Block 3 – SAM : 1/VLS Sylver A43 (16 mísseis Aster 15) – LACM : 1/VLS Sylver A70 (16 mísseis Scalp-N) – 4 T/324 (19 torpedos MU-90 Impact) – 1 NH 90 NFH.
EE : Radares : 1/Herakles – 2/Decca 1226 – DT : 1/NA-25 XP – Sonares : 1/Thales CAPTAS UMS 4249 rebocado activo – 1/Thales UMS 4410 CL de casco de baixa frequência – CM : 1/ARBR-21 – 2/empasteladores – 1/interceptador Elite – 2/lança-engodos NGDS – 2/engodos anti-torpedo SLAT – 3/detectores infra-vermelhos – IFF : SIR-R/S.
Como vê, é dificil ter melhor armamento e equipamento anti-submarino.
Já as 6 FREMM anti-submarinas italianas têm o seguinte armamento e equipamento :
2/76 OTO-Melara compact (I x 2) – 2/25 AA (I x 2) – SSM : 4/Teseo Mk 2 Block IV – SAM : 1/VLS Sylver A43 (16 mísseis Aster 15) – ASW : 6 T/324 (19 torpedos MU-90) – 4/Milas – 1 NH 90 NFH.
EE : Radares : 1/EMPAR – 2/Racal-Decca 1226 – 1/Alenia RASS 2-D, banda I/J – Sonares : 1/CAPTAS UMS 4249 rebocado activo (versão ASW) – 1/UMS 41 10 CL de casco de baixa frequência – CM : engodos anti-torpedo SLAT – IFF : SIR-R/S.
Os franceses abandonaram a versão contra alvos terrestres (AVT) mas os italianos mantêm-na com as seguintes caracteristicas :
1/127 OTO-Melara – 1/76 OTO-Melara compact – 2/20 AA – SSM : 8/Teseo Mk 2 Block IV – SAM : 1/VLS Sylver A43 (16 mísseis Aster 15) – ASW : 4 T/324 (II x 2, torpedos MU-90) – LACM : 1/VLS Sylver A70 (16 mísseis Scalp-N) – 1/ NH-90 TTH ou UAV.
EE : Radares : 1/EMPAR – 2/Racal-Decca 1226 – 1/Alenia RASS 2-D, banda I/J – Sonares : 1/CAPTAS UMS 4249 rebocado activo (versão ASW) – 1/UMS 41 10 CL de casco de baixa frequência – CM : engodos anti-torpedo SLAT – IFF : SIR-R/S.
O único defeito que eu encontro nas FREMM é a falta do radar de vigilância aérea de longo alcance LRR S-1850 M e terem só 32 células no VLS. Mas isso pode ser remediado como foi demonstrado no projecto das FREDA proposto à Grécia. Só o radar S-1850 M não pode ser montado.

A peça de 76 OTO-Melara é do tipo super rapid e segundo os italianos substitui os apregoados Phalanx e Golkeeper e é comum nas fragatas ASM (ou ASW).
32 VLS é mais do que suficiente para navios dedicados à luta anti-submarina (vide fragatas alemães do tipo 123, ou inglesas Duke ou norueguesas ou holandesas do tipo M).
Todas as fragatas só têm 2 lançadores de torpedos ASM. Estes podem é serem quadruplos (II x 2) ou triplos (III x 2). As FREMM francesas têm portanto 4 lançadores (II x 2) e as italianas 6 lançadores (III x 2).
Quanto aos Durand de la Penne são navios obsoletos que precisam urgentemente de serem substituídos o mesmo se passando com as Cassard que deverão serem substituídas por 2 FREMM AA, as tais FREDA.
As Lafayette não têm VLS, só o sistema Crotale.
Cumprimentos

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 12:55 pm
por Sintra
LeandroGCard escreveu:
JFilho escreveu:É uma analize interessante a sua, tanto que eu compartilho com a mesma .Se tomarmos como base o exemplo dos Napa-500, veremos que ele se assemelha muito, estéticamente, com os navios da CMN, que ainda colaborou com o desenvolvimento destes.
Por isto quando ele diz ''plataforma das FREMM como base'' é proque ele terá sistemas que aos olhos da MB são ideais em uma fragata multi-missão que no caso seria a FREMM.

Eu compartilho deste seu argumento, acho que foi isto que você quiz passar, ( se não, por favor me corrija ).

Quando eu disse Aster 15/30, era apenas um exemplo, não necessáriamente será este o armamento utilizado, o mesmo vale para os sistemas.

Grande Abraço.
Para ficar claro, na minha opinião (minha) o armamento das FREMM como estão sendo construídas hoje não é o de uma fragata multi-missão, e sim o de uma fragata de patrulha, cuja missão não é integrar uma FT mas patrulhar mares distantes em cenários de média-baixa intensidade (pois na verdade não interessa como os navios são oficialmente classificados, e sim o que eles realmente podem fazer). São barcos ótimos para caçar piratas nas costas da Somália ou apoiar missões de paz nas ilhas do Indo-Pacífico, ainda mais podendo levar dois helis de médio porte com acapacidade para transportar um destacamento de fuzileiros e armamento de apoio. O grande tamanho dos navios também favorece a realização destas longas missões longe de casa, um tipo de missão para o qual as marinhas da França e da Itália devem sempre estar prontas a executar em um mundo onde a guerra fria já acabou. Mas não é o armamento adequado para enfrentar ameaças militares modernas como ataques de saturação com mísseis, nem para apoio de artilharia a fuzileiros na praia.

Portanto, a configuração atual das FREMM faz muito sentido para os países que as estão construindo hoje, até porque eles já possuem uma marinha razoavemente bem equipada para verdadeiras missões de guerra. Mas não é no meu entender o tipo de navio que a MB deveria priorizar hoje, com as Niterói passando dos trinta anos de operação e exigindo substituição urgente. Para o lugar delas as FREMM como estão sendo construídas para a França e a Itália não me parecem uma boa solução.

Usar o casco espaçoso das FREMM, seu grande hangar, seus alojamentos confortáveis e seu design stealth é ótimo, mas seus sistemas de sensores e armamento estão bem abaixo do que a MB deveria mirar como padrão para seus navios principais.

Acho que agora minhas idéias ficaram mais claras.


Grande abraço,


Leandro G. Card
Leandro

Aqui eu estou como o JLRC.
Estes navios são demasiado caros e capazes para serem utilizados para "caçar piratas"...
Aonde é que arranja uma suite sonar muito melhor que a destes navios no planeta inteiro?!
E como é o "combo" EMPAR/Sylver50/ASTER30 das FREMM Italianas "não é o armamento adequado para enfrentar ameaças militares modernas como ataques de saturação com mísseis"?
E será que o conjunto Sylver70/SCALP naval pertence a "uma fragata patrulha"?
E os navios propostos à Marinha de Guerra Grega pela DCNS são equipados com "sistemas de sensores e armamento estão bem abaixo do que a MB deveria mirar como padrão para seus navios principais"?!
Sonares equivalentes ou mesmo superiores a tudo o que esteja presente em qualquer navio de superficie da US Navy ( Type 4110 hull-mounted sonars, and Type 4249 active very low-frequency towed arrays for long-range surveillance missions), um radar bastante razoável (Thales Herakles), 24 VLS Sylver 35, 16 VLS Sylver 50, 16 VLS Sylver 70, um canhão Vulcano de 127 mm, misseis antiaéreos MICA IR, ASTER 15/30, SCALP Naval, EXOCET Block III, etc, etc.
Que piratas! :wink:

Abraço

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 2:01 pm
por LeandroGCard
Caros JLRC, JFilho e Sintra,

De fato as informações que vocês possuem sobre as FREMM parecem ser mais completas do que eu encontrei, e a lista colocada melhora um pouco a situação. Os 32 lançadores VLS ao invés dos 16 que vi noticiados já melhorariam consideravelmente a situação da defesa anti-aérea (a informação que eu tinha é que seriam 32 só nas FREDA), embora não ao mesmo nível de outros barcos de mesmo porte como as KDX-II (as mesmas 32 células de VLS + RAM) ou as novas Ivar Huitfeldt dinamarquesas (32 VLS para Standard + 16 Sea-Sparrow + Stinger). As armas e 20mm das FREMM não se prestam para defesa anti-aérea, são contra pequenos alvos de superfície em missões de patrulha. E os navios que o JLRC mencionou (Type-23 e classe M) são consideravelmente menores que as FREMM.

Eu também não tinha informações de que a versão Italiana incorporaria um canhão de 127 mm, o que já melhora sua capacidade apoio fuzileiros e contra alvos de superfície, acho uma falha do projeto francês não levar algo equivalente. Mas por melhor que seja o canhão de 76 mm, não consigo confiar em um só, até por conta das limitações no arco de tiro. E também não consigo imaginar a instalação de 2 deles sem alterações razoáveis na superestrutura do navio. O mesmo vale para um radar de busca de longo alcance, e sem ele nem as FREDA poderão ser consideradas verdadeiros navios anti-aéreos.

Com relação ao sonar rebocado a informação que eu tinha é de que ele estava previsto, mas não seria instalado quando da incorporação dos navios, ficando para um posterior upgrade. Se já vão sair com ele então menos mal. Os tubos de torpedo leve são praticamente padrão, mesmo as pequeninas Inhaúma levam 6, assim como os lançadores de mísseis Exocet (e equivalentes), não fazendo diferença qual o bloco pois as instalações são intercambiáveis. E o uso do SCALP não se daria sem reduzir a quantidade de mísseis ASTER, então também não é uma vantagem particular do navio, apenas do lançador Sylver-70 que pode ser instalado em qualquer outro barco moderno.

Somando tudo as FREMM, combinando as configurações francesa e italiana, aparecem como barcos com armamento padrão, sem nada de excepcional em nenhuma área específica e nitidamente inferiores a outros projetos contemporâneos no quesito AAW. Eu ainda não vejo razão para classificá-las como “pesadamente armadas”. Como já disse, não discordo que possam receber armamento mais pesado e sistemas mais abrangentes (principalmente um radar de longo alcance), mas isto com certeza exigiria algumas alterações no desenho básico, e esta é minha maior curiosidade. Você tem razão em dizer que as Laffayete ainda não tem Aster, mas o espaço para a instalação dos 16 lançadores está lá, bem à frente da ponte. Onde se instalariam armamentos e sensores adicionais nas FREMM?

Reconheço que exagerei em dizer que seriam boas para caçar piratas, mas ainda não acho que sejam barcos particularmente impressionantes.


Um grande abraço à todos,


Leandro G. Card

OS – Tem certeza que os Durand de la Penne estão irremediavelmente obsoletos? São barcos da década de 90, e com uma reforma (por exemplo trocando mísseis AA atuais por VLS's para Aster15/30 e instalado um radar SMART-L) ainda dariam um bom caldo por bastante tempo.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 2:02 pm
por Vinicius Pimenta
Vai dar FREMM.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 2:05 pm
por binfa
Prezados(as) boa tarde!

Conforme última edição da RFA (57), temos as seguintes notícias a respeito da Aviação Naval.

Lynx:
- será realizado avaliação estrutural nas 3 células mais voadas e possível extensão da vida útil.
- recuperação de uma célula acidentada.é instalação de metralhadora .50 (não fala em quantas celulas).
- modernização do CPI (indicador de aeronave acidentada).
- instalação do FLIR a partir de Mar/10 (6 células), nas BANSP.

S 70B"i" Seahank:
- entrega das 4 células para Out/11 (podendo ser aumentada quant para 6, 10 ou 12).

EC 725:
- 8 células com radar RDR 1700 (baseada no 5º dist naval RS).
- 8 células com radar AN/APS 143C(V)3 + AM 39 Exocet.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 3:25 pm
por Enlil
binfa escreveu:Prezados(as) boa tarde!

Conforme última edição da RFA (57), temos as seguintes notícias a respeito da Aviação Naval.

Lynx:
- será realizado avalição estrutural nas 3 células mais voadas e possível extensão da vida útil.
- recuperação de uma célula acidentada.é instalação de metralhadora .50 (não fala em quantas celulas).
- modernização do CPI (indicador de aeronave acidentada).
- instalação do FLIR a partir de Mar/10 (6 células), nas BANSP.

S 70B"i" Seahank:
- entrega das 4 células para Out/11 (podendo ser aumentada quant para 6, 10 ou 12).

EC 725:
- 8 células com radar RDR 1700 (baseada no 5º dist naval RS).
- 8 células com radar AN/APS 143C(V)3 + AM 39 Exocet.
:shock: será? E pensar q até hoje só temos HB-350 baseados por aqui... Tenho a impressão q a RFA cometeu algum engano já q os navios de grande porte estarão baseados no sudeste e futuramente também no nordeste e norte do país...

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 4:02 pm
por soultrain
LeandroGCard escreveu:Caros JLRC, JFilho e Sintra,

De fato as informações que vocês possuem sobre as FREMM parecem ser mais completas do que eu encontrei, e a lista colocada melhora um pouco a situação. Os 32 lançadores VLS ao invés dos 16 que vi noticiados já melhorariam consideravelmente a situação da defesa anti-aérea (a informação que eu tinha é que seriam 32 só nas FREDA), embora não ao mesmo nível de outros barcos de mesmo porte como as KDX-II (as mesmas 32 células de VLS + RAM) ou as novas Ivar Huitfeldt dinamarquesas (32 VLS para Standard + 16 Sea-Sparrow + Stinger). As armas e 20mm das FREMM não se prestam para defesa anti-aérea, são contra pequenos alvos de superfície em missões de patrulha. E os navios que o JLRC mencionou (Type-23 e classe M) são consideravelmente menores que as FREMM.

Eu também não tinha informações de que a versão Italiana incorporaria um canhão de 127 mm, o que já melhora sua capacidade apoio fuzileiros e contra alvos de superfície, acho uma falha do projeto francês não levar algo equivalente. Mas por melhor que seja o canhão de 76 mm, não consigo confiar em um só, até por conta das limitações no arco de tiro. E também não consigo imaginar a instalação de 2 deles sem alterações razoáveis na superestrutura do navio. O mesmo vale para um radar de busca de longo alcance, e sem ele nem as FREDA poderão ser consideradas verdadeiros navios anti-aéreos.

Com relação ao sonar rebocado a informação que eu tinha é de que ele estava previsto, mas não seria instalado quando da incorporação dos navios, ficando para um posterior upgrade. Se já vão sair com ele então menos mal. Os tubos de torpedo leve são praticamente padrão, mesmo as pequeninas Inhaúma levam 6, assim como os lançadores de mísseis Exocet (e equivalentes), não fazendo diferença qual o bloco pois as instalações são intercambiáveis. E o uso do SCALP não se daria sem reduzir a quantidade de mísseis ASTER, então também não é uma vantagem particular do navio, apenas do lançador Sylver-70 que pode ser instalado em qualquer outro barco moderno.

Somando tudo as FREMM, combinando as configurações francesa e italiana, aparecem como barcos com armamento padrão, sem nada de excepcional em nenhuma área específica e nitidamente inferiores a outros projetos contemporâneos no quesito AAW. Eu ainda não vejo razão para classificá-las como “pesadamente armadas”. Como já disse, não discordo que possam receber armamento mais pesado e sistemas mais abrangentes (principalmente um radar de longo alcance), mas isto com certeza exigiria algumas alterações no desenho básico, e esta é minha maior curiosidade. Você tem razão em dizer que as Laffayete ainda não tem Aster, mas o espaço para a instalação dos 16 lançadores está lá, bem à frente da ponte. Onde se instalariam armamentos e sensores adicionais nas FREMM?

Reconheço que exagerei em dizer que seriam boas para caçar piratas, mas ainda não acho que sejam barcos particularmente impressionantes.


Um grande abraço à todos,


Leandro G. Card

OS – Tem certeza que os Durand de la Penne estão irremediavelmente obsoletos? São barcos da década de 90, e com uma reforma (por exemplo trocando mísseis AA atuais por VLS's para Aster15/30 e instalado um radar SMART-L) ainda dariam um bom caldo por bastante tempo.
Leadro,

As FREEM são modulares, basta ver que existem diversas versões, a Francesa, a Italiana, a proposta à Grécia, Marrocos, as FREDA. Assim basta a MB especificar o que pretende e dentro de todos os sensores e armas Europeias, incluindo o RAM, e pode ter um dos vasos de guerra mais poderosos do planeta, nada ficando a dever a ninguém, incluindo as KDXII ou mesmo AB, é uma opção de $$$$.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Seg Abr 20, 2009 4:13 pm
por LeandroGCard
soultrain escreveu: Leandro,

As FREEM são modulares, basta ver que existem diversas versões, a Francesa, a Italiana, a proposta à Grécia, Marrocos, as FREDA. Assim basta a MB especificar o que pretende e dentro de todos os sensores e armas Europeias, incluindo o RAM, e pode ter um dos vasos de guerra mais poderosos do planeta, nada ficando a dever a ninguém, incluindo as KDXII ou mesmo AB, é uma opção de $$$$.

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Pois é,

Esta é exatamente minha grande dúvida Soultrain, o que a MB vai colocar nos barcos, que pelo que sabemos serão os principais escoltas na frota brasileira pelas próximas décadas. Vamos aguardar e ver o que vai sair.

Um abraço,

Leandro G. Card