Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16861 Mensagem por P44 » Sex Set 11, 2020 8:36 am

FCarvalho escreveu: Qui Ago 06, 2020 6:27 pm Mais um GT, mais estudos, mais papeis, mais análises, mas gente, mais burocracia, mais tempo, mas dinheiro para colocar o carro para andar que é bom, nada.

abs
Parece a MP. :mrgreen:

Vejam só:
------- Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, n.º 47/2020, de 8
de setembro:
ESTRUTURA DE APOIO PARA A MODERNIZAÇÃO DAS FRAGATAS DA CLASSE “VASCO
DA GAMA” (EA-MOD VGAM).
Considerando que as fragatas da classe “Vasco da Gama”, a par das fragatas da classe
“Bartolomeu Dias”, constituem o núcleo da Capacidade Oceânica de Superfície, face à sua
versatilidade para o cumprimento de um largo espetro de missões, no contexto nacional e
internacional, materializando as cinco fragatas lança mísseis multipropósito com helicópteros
(FFGH), previstas no Sistema de Forças de 2014.
Considerando a necessidade de assegurar a sustentação destes meios durante o período
remanescente do seu ciclo de vida, previsto acontecer até 2035, englobando um conjunto de
projetos com elevado grau de interoperabilidade e de transversalidade técnica, com
potencialidades de participação em projetos de Pooling & Sharing e de Smart Defence.
Considerando o “Modelo de emprego operacional das FFGH” e o “Conceito tecnológico
de referência para o MLU FFGH”, constantes da Proposta n.º 20/DIVREC do Estado-Maior da
Armada, de 22 de maio de 2014, os quais foram aprovados em 30 de maio de 2014.
Considerando que o âmbito, os objetivos, a finalidade e a estrutura da organização dos
recursos humanos para a gestão deste programa se encontram vertidos no “Documento
Iniciador do Programa de Modernização de Meia-Vida das Fragatas”, aprovado em 1 de agosto
de 2014.
Considerando que a Lei Orgânica n.º 2/2019, de 17 de junho, que aprova a Lei de
Programação Militar (LPM), assegura, na Capacidade Oceânica de Superfície, a programação
financeira necessária para a concretização da Modernização das Fragatas da classe “Vasco da
Gama” (MLU FFGH VGAM), entre 2023 e 2030.
Considerando que é necessário dar continuidade, no mais curto prazo possível, à MLU
FFGH VGAM, de forma a garantir uma Capacidade Oceânica de Superfície credível, conforme
decorre do Sistema de Forças.
Considerando que o montante disponibilizado pela LPM para a MLU FFGH VGAM, no valor
de 120 M€, obrigou, após a realização de uma prospeção de mercado, a rever em baixa o
nível de ambição inicialmente previsto para a modernização, bem como os requisitos
operacionais.
Considerando que a estratégia de negociação deste programa deverá estar alinhada
com a dos restantes, no contexto da renovação da esquadra prevista na LPM 2019–2030,
com enquadramento no Programa Intersetorial de Renovação da Esquadra (PIRE), sendo
fundamental assegurar a coordenação da relação com as diferentes entidades envolvidas,
nacionais e internacionais.
Considerando, finalmente, a necessidade de se proceder à análise e ao
acompanhamento, sob o ponto de vista da autoridade e da direção técnica, do cumprimento
dos futuros contratos, assim como de desenvolver as ações tendentes à execução da MLU
FFGH VGAM, à organização do apoio logístico integrado, à formação e treino das guarnições
(incluindo a formação contínua) e demais pessoal-chave identificado, bem como à futura
integração na Marinha dos referidos meios navais modernizados.
Assim, ao abrigo do disposto na alínea a), do n.º 1, do artigo 17.º da Lei de Orgânica
de Bases da Organização das Forças Armadas (LOBOFA), aprovada pela Lei Orgânica n.º
1-A/2009, de 7 de julho, na sua redação atual, determino a criação da Estrutura de Apoio
para a Modernização das Fragatas da Classe “Vasco da Gama” (EA-MOD VGAM), com a
arquitetura estrutural ilustrada no Anexo ao presente despacho e que dele faz parte
integrante, que seguidamente se detalha.
I. A EA–MOD VGAM é operacionalizada através dos seguintes quatro grupos
interdependentes:
a. Grupo de Trabalho para a Revisão dos Requisitos Operacionais das FFGH da classe
“Vasco da Gama” modernizadas (GT-VGAMREQ);
b. Equipa de Projeto para o Acompanhamento Técnico do Programa de Modernização
das FFGH da classe “Vasco da Gama” (EP-VGAMTEC);
c. Equipa de Apoio à Negociação dos Contratos para a Modernização das FFGH da
classe “Vasco da Gama” (EA-VGAMNEG); e
d. Grupo de Acompanhamento do Programa de Modernização das FFGH da classe
“Vasco da Gama” (GA–MOD VGAM).
II. Grupo de Trabalho para a Revisão dos Requisitos Operacionais das FFGH da classe
“Vasco da Gama” modernizadas (GT-VGAMREQ).
1. É criado, na dependência do contra-almirante Subchefe do Estado-Maior da
Armada (CALM SCEMA), o GT-VGAMREQ.
2. O GT-VGAMREQ é chefiado pelo Chefe da Divisão de Planeamento do Estado-Maior
da Armada e é composto pelos seguintes elementos:
a. Três representantes do Estado-Maior da Armada (um da Divisão de Material,
um da Divisão de Operações e um da Divisão de Planeamento);
b. Um representante da Superintendência do Pessoal (Direção de Pessoal);
c. Um representante da Superintendência do Material (Direção de Navios);
d. Um representante do Comando Naval;
e. Um representante da Superintendência das Tecnologias da Informação
(Direção de Tecnologias de Informação e Comunicações);
f. Um representante do Grupo de Programa para a Modernização de Meia-vida
das Fragatas das classes “Vasco da Gama” e “Bartolomeu Dias” (GP-MLU
FFGH);
g. Representantes de outras entidades ou outros elementos, quando tal for
considerado necessário.
3. Compete ao chefe do GT-VGAMREQ:
a. Chefiar e dirigir os recursos atribuídos ou agregados ao Grupo de Trabalho;
b. Planear, coordenar e controlar a atividade do grupo e toda a atividade de
relacionamento externo, nomeadamente com a EP-VGAMTEC e a
EA-VGAMNEG;
c. Submeter, para aprovação, o Conceito de Emprego e os Requisitos
Operacionais das fragatas da classe “Vasco da Gama” modernizadas, bem
como, sempre que aplicável, as recomendações que forem sendo produzidas
e que necessitem de validação ou orientação superior.
4. Compete ao GT-VGAMREQ:
a. Elaborar o Conceito de Emprego das fragatas da classe “Vasco da Gama”
modernizadas;
b. Elaborar os Requisitos Operacionais das fragatas da classe “Vasco da Gama”
modernizadas.
5. O GT-VGAMREQ é apoiado administrativamente pelo Estado-Maior da Armada.
III. Equipa de Projeto para o Acompanhamento Técnico do Programa de Modernização das
FFGH da classe “Vasco da Gama” (EP-VGAMTEC).
1. É criada, na dependência do contra-almirante Diretor de Navios (CALM DN), a
EP-VGAMTEC.
2. A EP-VGAMTEC é chefiada pelo Chefe do GP-MLU FFGH e tem a seguinte
constituição:
a. Dois representantes da Superintendência do Material (um da Direção de
Navios e um da Direção de Abastecimento);
b. Um representante do Comando Naval;
c. Um representante do Instituto Hidrográfico;
d. Um representante da Superintendência das Tecnologias da Informação
(Direção de Tecnologias de Informação e Comunicações);
e. Todos os elementos do GP-MLU FFGH;
f. À EP-VGAMTEC poderão ser agregados elementos que supram as deficiências
em termos de cobertura de áreas relevantes do GP-MLU FFGH. A designação
destes elementos deverá ser aprovada pelo Diretor de Navios, sob proposta
do chefe da EP-VGAMTEC.
3. Compete ao chefe da EP-VGAMTEC:
a. Chefiar e dirigir os recursos atribuídos ou agregados à EP-VGAMTEC;
b. Coordenar o relacionamento com o GT-VGAMREQ e com a EA-VGAMNEG.
4. Compete à EP-VGAMTEC:
a. Elaborar a Especificação Técnica (ET) que irá fazer parte integrante do
Caderno de Encargos para a MLU FFGH VGAM;
b. Contribuir, no aplicável, para os restantes componentes do Caderno de
Encargos, em articulação com a EA-VGAMNEG, bem como com a entidade
responsável pela execução do procedimento contratual;
c. Articular a elaboração da ET com os trabalhos a desenvolver pelo
GT-VGAMREQ, de forma a assegurar, na máxima extensão possível, a efetiva
especificação dos requisitos superiormente estabelecidos;
d. Contribuir para os trabalhos de negociação a desenvolver pela EA-VGAMNEG
nos termos que vierem a ser determinados.
5. A EP-VGAMTEC é apoiada administrativamente pela Direção de Navios.
IV. Equipa de Apoio à Negociação dos Contratos para a Modernização das FFGH da classe
“Vasco da Gama” (EA-VGAMNEG).
1. É criada, na dependência do vice-almirante Superintendente do Material (VALM
SM), a EA-VGAMNEG.
2. A EA-VGAMNEG é chefiada pelo Chefe do GP-MLU FFGH e tem a seguinte
constituição:
a. Dois representantes do Estado-Maior da Armada (um da Divisão de Material
e um da Divisão de Planeamento);
b. Dois representantes da Superintendência do Material (um da Direção de
Navios e um do Departamento Jurídico Económico e Contratual);
c. Um representante do Comando Naval;
d. Um representante da Superintendência das Finanças;
e. Um representante do GP-MLU FFGH;
f. Representantes de outras entidades ou outros elementos, quando tal for
considerado necessário.
3. Compete ao chefe da EA-VGAMNEG:
a. Chefiar e dirigir os recursos atribuídos ou agregados à EA-VGAMNEG;
b. Coordenar o relacionamento com o GT-VGAMREQ e com a EP-VGAMTEC.
4. Compete à EA-VGAMNEG:
a. Propor e coordenar a estratégia e os planos de negociação;
b. Promover e coordenar o relacionamento com a entidade responsável pela
execução do procedimento de modernização nos assuntos referentes ao
processo negocial;
c. Identificar e propor as equipas setoriais de negociação e coordenar as suas
atividades;
d. Promover e coordenar o relacionamento com os restantes públicos de
interesse no projeto;
e. Contribuir, no aplicável, para o alinhamento deste projeto com os restantes
enquadrados no PIRE.
5. A EA-VGAMNEG é apoiada administrativamente pela Direção de Navios.
V. Grupo de Acompanhamento do Programa de Modernização das FFGH da classe “Vasco
da Gama” GA-MODVGAM.
1. É criado o GA-MODVGAM.
2. O GA-MOD VGAM tem a seguinte constituição:
a. Superintendente do Material;
b. Subchefe do Estado-Maior da Armada;
c. Diretor de Navios;
d. Superintendente das Finanças;
e. 2.º Comandante Naval;
f. Superintendente das Tecnologias da Informação;
g. Chefe da Divisão de Material do Estado-Maior da Armada;
h. Chefe da Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada;
i. Chefe do GP-MLU FFGH.
3. Este grupo de acompanhamento e coordenação de alto nível reúne quando
necessário, de forma a assegurar o funcionamento articulado entre o
GT-VGAMREQ, a EP-VGAMTEC e a EA-VGAMNEG, garantindo a integridade e a
concretização plena do programa de modernização das FFGH da classe “Vasco da
Gama”.
4. O GA-MOD VGAM é apoiado administrativamente pelo Gabinete do
Superintendente do Material.
VI. Disposições finais
1. Os encargos associados às atividades da EA-MOD VGAM são suportados pela Lei
de Programação Militar - Capacidade Oceânica de Superfície, e/ou por outra fonte
de financiamento que venha a ser determinada.
2. O GT-VGAMREQ, a EP-VGAMTEC, a EA-VGAMNEG e o GA-MOD VGAM serão
extintos após a conclusão do programa de modernização das fragatas da classe
“Vasco da Gama” e o cumprimento integral dos demais compromissos assumidos
neste âmbito.
3. Os órgãos mencionados no n.º II. 2. nomeiam os seus representantes, por
mensagem endereçada ao Estado-Maior da Armada, até cinco dias após a
publicação do presente despacho, e os órgãos mencionados nos n.os III. 2. e IV.
2. nomeiam os seus representantes, por mensagem endereçada à Direção de
Navios, até cinco dias após a publicação do presente despacho.
4. O presente despacho produz efeitos na data da sua assinatura.
https://www.marinha.pt/pt/informacao-in ... 050_20.pdf
[/quote]




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16862 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 11, 2020 5:06 pm

E não é que é mesmo... :lol: Por que será? :twisted:

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16863 Mensagem por JavaLindo66 » Sex Set 11, 2020 5:32 pm

P44 escreveu: Sex Set 11, 2020 8:36 am
FCarvalho escreveu: Qui Ago 06, 2020 6:27 pm Mais um GT, mais estudos, mais papeis, mais análises, mas gente, mais burocracia, mais tempo, mas dinheiro para colocar o carro para andar que é bom, nada.

abs
Parece a MP. :mrgreen:

https://www.marinha.pt/pt/informacao-in ... 050_20.pdf
Assim como um filho aprende os maneirismos vendo o pai, parece que nós aprendemos isso com vocês. :twisted: :lol: :lol:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16864 Mensagem por P44 » Sáb Set 12, 2020 4:42 am

JavaLindo66 escreveu: Sex Set 11, 2020 5:32 pm
P44 escreveu: Sex Set 11, 2020 8:36 am

Parece a MP. :mrgreen:

https://www.marinha.pt/pt/informacao-in ... 050_20.pdf
Assim como um filho aprende os maneirismos vendo o pai, parece que nós aprendemos isso com vocês. :twisted: :lol: :lol:
E depois evoluem, para um estado de sabedoria superior :mrgreen:

Aquela lenga lenga toda deve ser apenas para decidir uma camada de tinta nova nos navios, e a troca de sofás no bar dos oficiais. Ah, e também o reabastecimento da garrafeira! :twisted: 8-] :mrgreen:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16865 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 16, 2020 1:52 am

Um produto que eu não conhecia e que gostei muito. É um projeto modular e que pode gerar a partir do mesmo casco vários navios com funções diferentes.
E notar que todos tem utilidade aqui para a MB.

https://products.damen.com/-/media/Products/Images/Clusters-groups/Naval/Crossover/Cossover_range.jpg?h=767&la=en&w=1300

CROSSOVER

https://products.damen.com/en/ranges/crossover




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16866 Mensagem por P44 » Ter Set 22, 2020 6:12 am

18 SEPTEMBER 2020

Brazilian Navy releases new 20-year plan
by Victor Barreira

The Brazilian Navy is looking to acquire medium-sized general-purpose helicopters and attack, anti-submarine (ASW) and reconnaissance helicopters according the recently released Brazilian Navy latest Strategic Plan, the Plano Estratégico da Marinha 2040 (PEM 2040).

The Strategic Plan which was publicly released on 10 September, calls for a host of other new measures to be implemented over the next 20 years.

For example, the navy wants to significantly increase research-and-development (R&D) to develop shipboard systems, such as communications, detection, navigation, and electronic warfare. The R&D increases are also meant to help boost the country's Defence Technological and Industrial Base (DTIB).

The navy also wants to achieve a minimum of 65% of ships and aircraft operational availability, update the service’s leadership organisational structure, create a cyber-warfare squadron, and bolster its satellite ability to intercept maritime communications, according to the plan.

The navy is now going to focus more heavily on operations in the Southern Atlantic Ocean, paying particular attention to threats such as piracy, illegal fishing, organised crimes, urban conflicts, natural resources dispute, cyber warfare, terrorism, the illegal access to knowledge, pandemics, natural disasters, and environmental issues, according to PEM 2040. The idea is to control the maritime access to Brazil.

The document, which does not describe exact schedules, also covers a range of modernisation projects that were previously planned or initiated but not yet effectively implemented or concluded such as acquiring mine-hunting ships, escort ships, aircraft carriers, a logistics support ship, coastal, and offshore patrol ships, Antarctic support ship, training ships, survey ships, unmanned aerial vehicles (UAVs), fighter jets, and lightweight training and utility helicopters; enlarge and modernise equipment of the Marines Corps; developing the Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP) and Míssil Antinavio Aéreo (MANAER) anti-ship missiles; and the local construction of the country’s first nuclear-powered submarine SN Álvaro Alberto.

https://www.janes.com/defence-news/news ... -year-plan




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16867 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 23, 2020 12:01 am

No geral o PEM 2040 é um repeteco grosso modo da primeira versão do PEAMB só que sem as indicações quantitativas e orçamentário-financeiras mostradas naquele plano que é para não assustar o pessoal lá em Brasília. Ou seja, sem comprometimentos com objetivos concretos e inequívocos. Como reza a END e a PND atuais, o compromisso é com o alcance de capacidades e não com números.
Ou, a meu ver, e trocando em miúdos, qualquer coisa que cair na rede da MB até 2040 tá valendo. E seja o que Deus quiser.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16868 Mensagem por Brasileiro » Qua Set 23, 2020 2:18 am

Esse "MANSUP 2040" que é um MM40 B2 com 30 anos de atraso é uma piada de mal gosto.

Na mesma fabricante Avibras está saindo um míssil muito mais capaz e apto para receber o que é necessário para uma missão anti-navio moderna. E digo moderna, pois a contemporânea já é supersônica.

Não adianta espernear. É botar um seeker nessa joça, enfia num tubo, põe em cima do navio e liga os "fiozinhos". E esquece essa história deprimente e aberrante de "Chevette 4x4 com injeção eletrônica", que é a mesma mentalidade derrotista que deu origem ao IA2. Não sei o que esse povo tem na cabeça.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16869 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 23, 2020 2:39 pm

Talvez porque fazer um mansup e depois um manaer seja o máximo que é possível fazer agora do ponto de vista tecnológico e da mão de obra e recursos financeiros disponíveis.

O Matador da Avibrás ainda está terminando o seu desenvolvimento, com recursos do EB...

A FAB parece terá a sua versão, com os seus recursos...

A MB está trabalhando no míssil dela, com os seus recursos...

Entende... :roll:

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16870 Mensagem por gabriel219 » Qua Set 23, 2020 5:27 pm

O MANSUP está operacional? Não?

Então queria entender a predileção pelo Mansup frente ao MTC-AN?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16871 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 23, 2020 6:25 pm

Do ponto de vista prático, tanto o Mansup quanto o proposto Manaer nada mais são do que projetos em desenvolvimento.
Não há compromisso de fato com a sua operacionalização na MB até o momento. Ele me parece ser na verdade uma grande bancada de testes e homologação. Assim como talvez seja aquele segundo míssil.
O que for projetado neles para cumprir a missão AN, e aprovado em termos de desempenho projetado, pode, suponho, ser aposto no AV-MT da Avibrás feitas as necessárias adaptações.
Assim, parece lógico neste momento garantir que os poucos recursos alocados ao desenvolvimento e apronto das tecnologias necessárias à produção de um AV-MT naval serão feitas através do projeto da MB. E quando tudo estiver devidamente testado e pronto, pega-se o míssil da Avibrás e faz-se uma linha de produçao para ele.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16872 Mensagem por JavaLindo66 » Qua Set 30, 2020 5:19 pm

Comandante da Marinha do Brasil fala sobre o PEM 2040
Por Luiz Padilha | 30/09/2020

Imagem

Na última sexta-feita, 25 de setembro, o Comandante da Marinha, AE Ilques Barbosa Jr, recebeu alguns representantes da mídia especializada em uma rápida entrevista no Rio de Janeiro, para falar sobre o Programa Estratégico da Marinha 2040, ou simplesmente PEM 2040.

Acompanhado pelo seu Chefe de Gabinete, VA Eduardo Machado Vasquez e pelo diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha, CA João Alberto de Araújo Lampert, o Comandante da Marinha respondeu algumas perguntas, trazendo para nós algumas novidades.

Artigo: https://www.defesaaereanaval.com.br/ent ... o-pem-2040
__________________________________________________________________________________________________________________________________________

As partes que eu achei mais interessantes da entrevista:
A defesa tem a sua excência, a sua necessidade e ela gera empregos, importos, ela gera bem estar, ela gera exportações, conhecimento e sobretudo, ela gera segurança. Ou seja, defesa não é um tema sem importância, pelo contrário. Só o Prosub, e não estou mencionando nenhum outro programa em andamento, gera R$ 900 mihões em impostos. Quantas escolas foram criadas com esses impostos? Quantos empregos, quantas famílias estão vivendo disso através dessa segurança da Base Indústrial de Defesa?
Ontem eu visitei o AMRJ e estamos retomando a construção naval com um Navio Patrulha de 500 toneladas, e estamos delineando a construção do Navio de Patrulha NPaBR de 500 toneladas, que é um projeto que nós já temos e estamos resgatando o estudo inicial para o NaPaOc de 1.800 toneladas.
Nós precisamos e vamos fazer isso. Alocar construção e manutenção naval para aquele conjunto de facilidades e recursos que nós temos lá, inclusive a atracação de navios de superfície. Existe uma elevada probabilidade de atracação das Fragatas Tamandaré lá. De fato nós estamos estudando como será a atracação desses navios e outros naquela área, exigindo a construção de estrutura, tais como residências para as tripulações, porque um outro programa nosso é retirar do Rio de Janeiro o peso que a MB tem, não no Estado do Rio de Janeiro mas sim na cidade do Rio de Janeiro.
A Força de Submarinos vai para Itaguaí e com isso, os (submarinos) 209 remanescentes também irão. Essa movimentação, além da construção naval que esperamos conseguir fazer lá, vai manter a capacidade do estaleiro da ICN para construir outros submarinos, tanto convencionais quanto de propulsão nuclear. Nós não achamos correto construir quatro submarinos e parar. O que podemos aprimorar para construir o quinto convencional?
Quais são as opções de combate num nível um pouco menor? São as aeronaves de decolagem vertical, que por acaso o nosso Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico possui. Existe um spot para operar e ele já operou, com as aeronaves tilt-rotor MV-22 Osprey dos EUA. Então, se formos operar com os EUA e ele trouxer o Osprey, nós podemos operar com ele. Outro ponto importante, pouso e decolagem de drone em navio como o Atlântico. Como será isso? (...) Então hoje, os estudos apontam para a manutenção da asa fixa, a alteração da denominação do Porta Helicópteros Multipropósito Atlântico para Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, é porque ele não está previsto operar só helicópteros, estamos prevendo ele operar drones, e mais pra frente não sabemos ainda, se houver uma alteração de perfil, ele poderá operar aeronave de decolagem e pouso vertical, com ou sem piloto.
Uma das medidas discutidas recentemente no Almirantado é a transferência da ForMinVar para Itaguaí, por motivos mais do que conhecidos, entretando, lá em Salvador tem uma área de conhecimento muito importante que é o SENAI CIMATEC que trabalha com drones submarinos assim como na USP. Então, nós estamos em função do custo benefício hoje em dia, trabalhando na área de neutralização de minas porque nós não temos a pretenção de minagem ofensiva.
Nós percebemos que quando usamos a nossa Base Indústrial de Defesa e usamos a nossa expertise acadêmica, os resultados são tão bons quanto. O resultado custa um pouco mais para chegar, mas chega e chega muito bem, como é o caso do MANSUP por exemplo. Nós já decidimos que o MANSUP será o míssil das Fragatas Tamandaré. (...) A ForMinVar (Força de Minagem e Varredura) será equipada com equipamentos brasileiros, equipada com drones submarinos desenvolvidos e construídos no Brasil.
As tratativas para o lançamento da Request For Proposal (RFP), estão em andamento, espero que até o fim deste ano. O que existe de concreto é que o navio (Navio de Apoio Antártico (NApAnt)) será construído no Brasil.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16873 Mensagem por knigh7 » Qua Out 07, 2020 2:19 am

Nesta mesma entrevista o Com. Ilques discorreu sobre a ForMinVar:

Imagem
Imagem

Segue o link na página do fabricante com alguns dados do drone (FlatFish) submarino que está sendo desenvolvido no Brasil para contraminagem e varredura no qual o Comandante se referiu:



https://embrapii.org.br/projetos-embrapii/flatfish/




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16874 Mensagem por Penguin » Qua Out 07, 2020 5:22 pm

knigh7 escreveu: Qua Out 07, 2020 2:19 am Nesta mesma entrevista o Com. Ilques discorreu sobre a ForMinVar:

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Segue o link na página do fabricante com alguns dados do drone (FlatFish) submarino que está sendo desenvolvido no Brasil para contraminagem e varredura no qual o Comandante se referiu:



https://embrapii.org.br/projetos-embrapii/flatfish/
Em parceria com a BG Brasil, o SENAI CIMATEC desenvolveu o FlatFish, um veículo autônomo submarino que terá a objetivo de realizar inspeções visuais em 3D de alta resolução para alcançar níveis avançados na exploração de petróleo e gás em águas profundas. O protótipo é o primeiro desenvolvido no Brasil e, além de garantir maior segurança operacional e ao meio ambiente, reduzirá drasticamente os custos atuais para operações deste tipo.O primeiro protótipo do Veículo Autônomo Submerso (AUV, sigla para Autonomous Underwater Vehicle) já foi submetido a testes e pode operar em profundidade de 300 metros, com autonomia de 35 a 60 quilômetros, a depender da missão e da intensidade das correntes marítimas. A manutenção preventiva deve ser realizada a cada seis meses.O projeto está em desenvolvimento e, em médio prazo, a equipe desenvolvedora espera que o FlatFish possa operar em profundidade de até 3 mil metros, para que contribua com uma exploração otimizada da camada de pré-sal. Foram investidos R$ 30 milhões no projeto, divididos igualmente entre a BG Brasil, a Embrapii e o SENAI CIMATEC. O DFKI (Instituto Alemão de Robótica e Inteligência Artificial) apoiou tecnicamente o desenvolvimento do AUV.Assista abaixo ao vídeo com detalhes do projeto FlatFish.
http://www.senaicimatec.com.br/projetos/flatfish/



Vale a pena ver esse video!




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16875 Mensagem por knigh7 » Qua Out 07, 2020 5:27 pm




(Obs: O palestrante Alte de Esquadra Cunha também deu uma passada sobre os outros programas de reaparelhamento da MB.)

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