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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Dom Dez 19, 2010 1:55 pm
por faterra
As etapas e os desembolsos seriam distribuídos ao longo da vida útil dos "novos" vetores que estão entrando em operação. Se formos esperar para fazer isto quando eles estiverem no fim, estaremos abertos a aquisições de "novos" tampões, ou compra de prateleiras com ToT's.
Não tem escapatória. Se temos que seguir o determinado pela END e quisermos, de fato, ser independentes e soberanos, vamos ter que enfiar a mão no bolso sem dó e nem piedade. Eu prefiro fazer isto em doses homeopáticas do que de uma vez só! É o que está acontecendo hoje. Temos carências de tudo e necessidade de cobri-las de imediato. Hoje, estamos com as calças arriadas.

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Seg Dez 20, 2010 10:31 am
por Pablo Maica
Pois é a isso que eu me refiro Alcmartin!

A embraer topa... mas qual a contrapartida da FAB? De onde vai sair a grana pra desenvolver? E caso a ambraer banque... a FAB cobre o break even point?

E como tu falou... ia ficar muito bonitinho um P-190 mas e os sitemas iam vair da onde?

Este é o grande problema dos projetos, fazer ideias tornarem-se reais é milhares de vezes mais dificial do que se imagina.


Um abraço e t+ :D

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Seg Dez 20, 2010 10:35 am
por brisa
Sugiro lerem a entrevista do Orlando Netos, feita pela Alide, sobre os MPAs.

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Seg Dez 20, 2010 12:50 pm
por faterra
Li a entrevista do Orlando Neto, na Alide, e fico tranqüilo em saber que não estou sugerindo besteiras, e que as coisas estão acontecendo. Só um pequeno detalhe: a não instrução de evitar a utilização de equipamento americano ou, pelo menos, ter alternativas na manga para pronta substituição no KC-390. Este vetor faz concorrência direta com um produto de sucesso deles, e aliado a alguns clientes que o Brasil está angariando, creio que o embargo é fatal da parte deles.
Não engulo muito este mantra que está sendo disceminado de que não se constrói um vetor sem a utilização de componentes estadunidenses. No mercado mundial encontramos todos os sistemas utilizados em qualquer tipo de vetor com um acesso muito maior e menores barreiras, talvez, em certos casos, não tão bem acabados. Componentes críticos, e com alta possibilidade de embargo por qualquer fornecedor, colocando em risco os interesses do país, tem de ser desenvolvidos pelo próprio, sozinho ou em parcerias.
Esta história de "obter, mas não poder utilizar" não cabe mais no relacionamento entre as nações.

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Ter Dez 21, 2010 1:47 pm
por Alcantara
A "conversa" aqui no DB não é "na mesma língua" com que a Embraer trabalha... :roll:
A Embraer "fala" a língua que permite o seu sustento, o povo aqui quer que ela fale apenas "tupi-guarani".

A duplicação de projetos de componentes, um com "know-how" norte-americano (que com certeza seria o produto principal para o "mercado") e outro com tecnologia de "terceiros não alinhados aos EUA" (produto secundário, de baixa vendagem e que poderiam ter tecnologia, por exemplo, russa) significa, na prática, o projeto de DOIS novos aviões, com todos os custos daí advindos.

Vejam que em nenhum momento faço juízo sobre a qualidade de nenhum dos dois projetos resultantes, que provavelmente será muito semelhante.

O importante é: pensemos na empreitada! O que o pessoal aqui deseja não é fácil como gostaríamos. Um erro, para Embraer, pode custar a vida da empresa, porque os prejuízos serão enormes e os concorrentes não vão perdoar. O exemplo da Engesa que o diga.

E não me venham dizer que são coisas diferente, por que o que falo é sobre erro de compreenção de mercado, de estratégia, de apoio governamental, não do produto em si.


Abraços! 8-]

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Ter Dez 21, 2010 5:13 pm
por faterra
E num momento crítico em que tenhamos de utilizar o equipamento, recebemos a visita de um embaixador a nos lembrar que não podemos utilizar o vetor, pois, o mesmo contém componentes americanos!
Coisa raríssima de acontecer! :roll:
Óbvio que, nas atuais circunstâncias, é uma situação prá lá de hipotética, mas, passível de acontecer, não é mesmo? Aliás, já aconteceu! Guerra das Lagostas. Na época tivemos Homens que passaram por cima da intimação.
E aí? Vamos alegar que a Embraer não poderia correr riscos? Mesmo levando em consideração que quem está bancando tudo é a FAB? Se for o caso faça parcerias para se minimizar os custos.
O que me incomoda em vetores e componentes estadunidenses é a sua política de embargos. Qualquer deputadozinho, de qualquer província, pode requerer o embargo de algo muito importante e vital! Acho que eles estão certos, o que importa são os seus interesses e por eles dão o seu sangue. Mas, e para o Brasil?
Em se tratando da defesa de um país o "risco de mercado" não pode e não deve entrar nesta equação! O risco que deve ser considerado é a certeza de que poderá utilizar o vetor quando e onde for necessário.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
(Geraldo Vandré)

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sex Dez 24, 2010 8:41 am
por binfa
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2010/12/FAB720_cockpit_LEGE_01.jpg

http://cdn-www.airliners.net/aviation-photos/photos/5/3/3/1834335.jpg
P 3AM (Lockheed Martin P 3A Orion)

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sex Dez 24, 2010 12:49 pm
por Carlos Mathias
Óbvio que, nas atuais circunstâncias, é uma situação prá lá de hipotética

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 12:12 pm
por PRick
binfa escreveu:http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2010/12/FAB720_cockpit_LEGE_01.jpg

http://cdn-www.airliners.net/aviation-photos/photos/5/3/3/1834335.jpg
P 3AM (Lockheed Martin P 3A Orion)

Por mais que uma reforma seja bem feita, sempre será um remendo sobre um projeto existente, é isso que vemos nesse painel, onde elementos modernos convivem com outros jurássicos apenas reformados. Fica bem claro quais os elementos foram reformados e quais foram trocados. Do mesmo modo existe uma clara limitação do layout, porque afinal, tem muita coisa que não compensa ser modificada. Uma reconstrução sairia uma fortuna e jogaria por terra as vantagens de se adotar um aeronave usada.

Enfim, nosso P-3 são uma grande mistura de coisas muito antigas com novas, parece aquele programa que reforma carros antigos, alguma são bem interessantes, porém, outras são grotestas.

[]´s

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 12:50 pm
por Penguin
faterra escreveu:E num momento crítico em que tenhamos de utilizar o equipamento, recebemos a visita de um embaixador a nos lembrar que não podemos utilizar o vetor, pois, o mesmo contém componentes americanos!
Coisa raríssima de acontecer! :roll:
Óbvio que, nas atuais circunstâncias, é uma situação prá lá de hipotética, mas, passível de acontecer, não é mesmo? Aliás, já aconteceu! Guerra das Lagostas. Na época tivemos Homens que passaram por cima da intimação.
E aí? Vamos alegar que a Embraer não poderia correr riscos? Mesmo levando em consideração que quem está bancando tudo é a FAB? Se for o caso faça parcerias para se minimizar os custos.
O que me incomoda em vetores e componentes estadunidenses é a sua política de embargos. Qualquer deputadozinho, de qualquer província, pode requerer o embargo de algo muito importante e vital! Acho que eles estão certos, o que importa são os seus interesses e por eles dão o seu sangue. Mas, e para o Brasil?
Em se tratando da defesa de um país o "risco de mercado" não pode e não deve entrar nesta equação! O risco que deve ser considerado é a certeza de que poderá utilizar o vetor quando e onde for necessário.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
(Geraldo Vandré)
As vezes creio que se superestima o papel do congresso no controle de exportação de equipamentos militares.
As vendas de componentes e equipamentos quando aprovados pelo executivo e aprovado (ou não refutado) pelo congresso muito dificilmente será bloqueada posteriormente.
Quem realmente poderia criar problemas é o DoS que executa o ITAR.

Papel do congresso nas exportações de armas:
http://www.fas.org/asmp/library/handboo ... srole.html
Congress must do all of this within the 15 or 30 day time period prescribed, which poses a very high hurdle. In fact, it is so high that Congress has never made it over; the legislature has never blocked an arms sale in this manner. The last serious attempt by Congress to do so occurred in 1986, when President Reagan proposed to sell Saudi Arabia 1,700 "Sidewinder" air-to-air missiles, 100 "Harpoon" anti-ship missiles, and 200 "Stinger" shoulder- launched anti-aircraft missile launchers with 600 missiles. Congress mustered veto-proof majorities in both chambers and stalled the sale, but eventually House and Senate leaders cut a deal with President Reagan which allowed some of the missiles to be sold. This episode demonstrates that even when the political will exists in Congress to block a sale, the administration and arms industry maintain a great deal of leverage with which to twist arms and turn votes.

Since 1986, the executive branch has sold over $145 billion of weapons to governments around the world without a single vote by Congress on a proposed deal. On top of this, thousands of commercial sales-valued in the tens of billions of dollars-have taken place in the past decade without objection or even discussion in Congress.
[]s

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 2:36 pm
por joao fernando
Vetando ou não, melhor ficar com o controle só nosso, não? Igual a um certo avião, feito na Embraer, que na hora da exportação a Venezuela, foi sutilmente "não autorizado"

Isso porque metade do DB, venera o tal projeto nosso que não é nosso

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 6:50 pm
por Penguin
joao fernando escreveu:Vetando ou não, melhor ficar com o controle só nosso, não? Igual a um certo avião, feito na Embraer, que na hora da exportação a Venezuela, foi sutilmente "não autorizado"

Isso porque metade do DB, venera o tal projeto nosso que não é nosso
Se utiliza componentes de terceiros (não tem como fugir disso), sempre se ficará sujeito a controles de terceiros.

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 6:55 pm
por joao fernando
Isso eu sei:

"As vezes creio que se superestima o papel do congresso no controle de exportação de equipamentos militares.
As vendas de componentes e equipamentos quando aprovados pelo executivo e aprovado (ou não refutado) pelo congresso muito dificilmente será bloqueada posteriormente.
Quem realmente poderia criar problemas é o DoS que executa o ITAR"

Só que nisso, não acredito :wink:

No papel, tudo bem. Mas na pratica, demora 1 ano pra enviar uma peça essencial, e dai? Ou retem os AIM-120, para só liberar se a situação convier?

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 7:45 pm
por Penguin
joao fernando escreveu:Isso eu sei:

"As vezes creio que se superestima o papel do congresso no controle de exportação de equipamentos militares.
As vendas de componentes e equipamentos quando aprovados pelo executivo e aprovado (ou não refutado) pelo congresso muito dificilmente será bloqueada posteriormente.
Quem realmente poderia criar problemas é o DoS que executa o ITAR"

Só que nisso, não acredito :wink:

No papel, tudo bem. Mas na pratica, demora 1 ano pra enviar uma peça essencial, e dai? Ou retem os AIM-120, para só liberar se a situação convier?
Isso nada teria a ver com o Congresso. Teria a ver com o DoS.
Não foi proposto ao Brasil retenção de AIM120 nos EUA.

[]s

Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Enviado: Sáb Dez 25, 2010 10:30 pm
por Carlos Lima
Eu acho que na verdade essa parte relacionada aonde os Aim-120 iriam ficar faria parte de negociações das armas a serem utilizadas... não sendo parte da proposta inicial (que só cobria a autorização da venda).

[]s
CB_Lima