Acredito que sim , até por que não ha recursos como sempre !Super Flanker escreveu: Ter Dez 31, 2019 11:29 am A segunda esquadra ainda é um objetivo da MB como era há alguns anos?
Na minha opinião é fundamental pelo menos 3 esquadras (Região Norte, RJ, Sul).
Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Gogogas !
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A segunda esquadra é um objetivo estratégico da MB de longo prazo, e a decisão por sua construção em São Luis - MA, foi tomada anos atrás, quando da seleção para o seu estabelecimento.
Existe, ou existiu, todo um planejamento de transferência e/ou criação de meios navais, aéreos e de fuzileiros navais para aquela base. Tudo foi postergado e sem prazo definido para ser realizado.
Nesta futura base, se um dia vier a existir de fato, no planejamento original do PEAMB, estariam alocados cerca de 12 navios para a segunda esquadra, 2 Btl Fuz Nvs e meios de apoio, e uma base aérea naval para receber os esquadrões de helos (e aviões) pertinentes, além de uma base para submarios.
Enfim, hoje nada disso é possível de realizar em prazo visível posto que sequer existe menção à tal base na nova versão do PEAMB lançada pela marinha recentemente.
O que se pode, e deve fazer, agora, é garantir que os meios de patrulha naval e fluvial saiam do papel e sejam distribuídos ao longo dos distritos navais e assegurem efetivamente meios críveis de ação e intervenção da MB como autoridade marítima e de polícia naval.
Há bases da MB ao longo do litoral hoje em Belém, Natal, Salvador, RJ, Santos e Rio Grande. Há previsão para um novo esquadrão de helos em Florianópolis, a depender da disposição de mais UH-15 que ainda devem chegar até 2022. Da mesma forma, há a previsão de transferência ou criação de novo esquadrão de helos em Manaus, equipados talvez com UH-15 ou UH-14, se ainda existirem. O HU-4 em Ladário ainda está a espera de uma definição para o seu futuro vetor, assim como o HU-5 em Rio Grande. Natal e Salvador, que contam com GrupFuzNvs não possuem helos.
Hoje existem Btl Fuz Nvs em Manaus, Belém e Rio de Janeiro. Há previsão de mais um Btl em Ladário. Todos eles precisam de apoio aéreo. Por enquanto, apenas a FFE no RJ e o Btl em Belém possuem a disposição UH-15 para apoiar os DN e CFN.
Quando finalmente o processo de substituição dos Esquilo for decidido, poderá haver um aporte, em teoria, de até 60 novos helos de porte médio-leve, tanto para os DN como em apoio ao CFN ao longo do litoral, e regiões norte e centro oeste. Mas este processo já se arrasta há mais de cinco anos e não há sequer previsão de que venha a ser resolvido no curto prazo.
Enfim, temos muitos problemas acumulados para tentar resolver em um prazo minimamente exequível. E não há previsão de que os aportes financeiros necessários para fazer tudo isso, e muito mais ainda que não descrevi aqui, sejam levados a efeito. É sentar e esperar que as coisas se arranjem da melhor maneira possível.
Boa sorte para nós na próxima década que se inicia. Vamos precisar, e muito.
abs
Existe, ou existiu, todo um planejamento de transferência e/ou criação de meios navais, aéreos e de fuzileiros navais para aquela base. Tudo foi postergado e sem prazo definido para ser realizado.
Nesta futura base, se um dia vier a existir de fato, no planejamento original do PEAMB, estariam alocados cerca de 12 navios para a segunda esquadra, 2 Btl Fuz Nvs e meios de apoio, e uma base aérea naval para receber os esquadrões de helos (e aviões) pertinentes, além de uma base para submarios.
Enfim, hoje nada disso é possível de realizar em prazo visível posto que sequer existe menção à tal base na nova versão do PEAMB lançada pela marinha recentemente.
O que se pode, e deve fazer, agora, é garantir que os meios de patrulha naval e fluvial saiam do papel e sejam distribuídos ao longo dos distritos navais e assegurem efetivamente meios críveis de ação e intervenção da MB como autoridade marítima e de polícia naval.
Há bases da MB ao longo do litoral hoje em Belém, Natal, Salvador, RJ, Santos e Rio Grande. Há previsão para um novo esquadrão de helos em Florianópolis, a depender da disposição de mais UH-15 que ainda devem chegar até 2022. Da mesma forma, há a previsão de transferência ou criação de novo esquadrão de helos em Manaus, equipados talvez com UH-15 ou UH-14, se ainda existirem. O HU-4 em Ladário ainda está a espera de uma definição para o seu futuro vetor, assim como o HU-5 em Rio Grande. Natal e Salvador, que contam com GrupFuzNvs não possuem helos.
Hoje existem Btl Fuz Nvs em Manaus, Belém e Rio de Janeiro. Há previsão de mais um Btl em Ladário. Todos eles precisam de apoio aéreo. Por enquanto, apenas a FFE no RJ e o Btl em Belém possuem a disposição UH-15 para apoiar os DN e CFN.
Quando finalmente o processo de substituição dos Esquilo for decidido, poderá haver um aporte, em teoria, de até 60 novos helos de porte médio-leve, tanto para os DN como em apoio ao CFN ao longo do litoral, e regiões norte e centro oeste. Mas este processo já se arrasta há mais de cinco anos e não há sequer previsão de que venha a ser resolvido no curto prazo.
Enfim, temos muitos problemas acumulados para tentar resolver em um prazo minimamente exequível. E não há previsão de que os aportes financeiros necessários para fazer tudo isso, e muito mais ainda que não descrevi aqui, sejam levados a efeito. É sentar e esperar que as coisas se arranjem da melhor maneira possível.
Boa sorte para nós na próxima década que se inicia. Vamos precisar, e muito.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A sensação que deixa é de falta vontade da MB em criar essa segunda base de maneira simples e modesta, seria como o Gogogas falou, se envia um grupo minimo e necessario de buques pra região e a base fica oficialmente inaugurada já que existe infraestrutura suficiente montada pra dar esse pontapé inicial.
Parece que com o alto mando, é calça de veludo ou bunda de fora.
A partir da existencia dessa segunda base o MB teria como justificar inclusive pedir mais recursos, com apoio inclusive dos politicos da região norte e nordeste, já ambas regiões seriam beneficiadas com a mesma.
O contexto atual ajudaria a tirar a mesma do pedaço do papel.
Parece que com o alto mando, é calça de veludo ou bunda de fora.
A partir da existencia dessa segunda base o MB teria como justificar inclusive pedir mais recursos, com apoio inclusive dos politicos da região norte e nordeste, já ambas regiões seriam beneficiadas com a mesma.
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- FCarvalho
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A questão Gil é que não existe base em São Luís, apenas a promessa de sessão de espaço pelo governo do estado na baia de São Marcos, que salvo engano é o nome do local selecionado pela marinha para a implantação da cita base.
Conquanto, fato é que nem o governo do Maranhão e nem a MB hoje manifestam qualquer intenção, ou interesse, em tocar no assunto. Pelo menos não de público.
Ademais, a esquadra está em uma situação tão precária em termos de manutenção da frota que não se justificaria o deslocamento de qualquer meio para fora do RJ, posto que os custos seriam maiores do que o orçamento pode suportar.
Como disse, existem ações pragmáticas que devem ser tomadas ao longo da próxima década aproveitando-se a infraestrutura atual ao longo do litoral e interior, apenas alocando os recursos necessários para que os projetos de navios e outros meios planejados saiam efetivamente do papel. Se tudo que a MB possui em termos de projetos/programas atrasados que estão aí esperando verba obtiverem os recursos de que precisam, vamos ter muito trabalho para fazer nos dez anos vindouros só para estruturar o que existe para receber novos meios. E isso não é pouca coisa.
Toda vez que se adquire ou recebe um navio, helo, sub ou outro recurso material/humano em algum lugar, é preciso readaptar via de regra as OM para recebê-los. E isso geralmente leva tempo... e dinheiro.
Só para se ter uma ideia, os dois projetos de helos que esperam um resultado até hoje demandam cerca de 90 unidades. Isso significa necessariamente novos hangares, pilotos, mecânicos, logística de apoio, treinamento, armamento, mais horas de voos, etc. Tudo isso demanda recursos financeiros que a MB não tem, mesmo que ela ganhasse esses 90 helos na semana que vem.
Assim também com os navios patrulha e meios auxiliares, que por hora, tem nas bases navais ligadas aos DN no litoral e interior um referencial para si, mas que ainda irão precisar de adaptações para receber meios - materiais e humanos - em quantidade e qualidade para os quais não estão devidamente preparadas.
Enfim, é preciso previsibilidade e regularidade orçamentária de longo prazo antes de mais nada para poder investir na expansão da esquadra, CFN, patrulha e aviação naval. Sem isso, o que vamos continuar fazendo é o que temos aí, realocações de oportunidade e temporárias de meios para cobrir buracos que sempre existiram, e que na verdade, ao final e ao cabo, também não nunca dispusermos de soluções efetivas para nos livrar deles.
Mas isso é, também, uma questão de prioridade. Quando foi que os 90% da amazônia azul tiveram alguma em relação ao outros 10% que ficam no sudeste?
abs
Conquanto, fato é que nem o governo do Maranhão e nem a MB hoje manifestam qualquer intenção, ou interesse, em tocar no assunto. Pelo menos não de público.
Ademais, a esquadra está em uma situação tão precária em termos de manutenção da frota que não se justificaria o deslocamento de qualquer meio para fora do RJ, posto que os custos seriam maiores do que o orçamento pode suportar.
Como disse, existem ações pragmáticas que devem ser tomadas ao longo da próxima década aproveitando-se a infraestrutura atual ao longo do litoral e interior, apenas alocando os recursos necessários para que os projetos de navios e outros meios planejados saiam efetivamente do papel. Se tudo que a MB possui em termos de projetos/programas atrasados que estão aí esperando verba obtiverem os recursos de que precisam, vamos ter muito trabalho para fazer nos dez anos vindouros só para estruturar o que existe para receber novos meios. E isso não é pouca coisa.
Toda vez que se adquire ou recebe um navio, helo, sub ou outro recurso material/humano em algum lugar, é preciso readaptar via de regra as OM para recebê-los. E isso geralmente leva tempo... e dinheiro.
Só para se ter uma ideia, os dois projetos de helos que esperam um resultado até hoje demandam cerca de 90 unidades. Isso significa necessariamente novos hangares, pilotos, mecânicos, logística de apoio, treinamento, armamento, mais horas de voos, etc. Tudo isso demanda recursos financeiros que a MB não tem, mesmo que ela ganhasse esses 90 helos na semana que vem.
Assim também com os navios patrulha e meios auxiliares, que por hora, tem nas bases navais ligadas aos DN no litoral e interior um referencial para si, mas que ainda irão precisar de adaptações para receber meios - materiais e humanos - em quantidade e qualidade para os quais não estão devidamente preparadas.
Enfim, é preciso previsibilidade e regularidade orçamentária de longo prazo antes de mais nada para poder investir na expansão da esquadra, CFN, patrulha e aviação naval. Sem isso, o que vamos continuar fazendo é o que temos aí, realocações de oportunidade e temporárias de meios para cobrir buracos que sempre existiram, e que na verdade, ao final e ao cabo, também não nunca dispusermos de soluções efetivas para nos livrar deles.
Mas isso é, também, uma questão de prioridade. Quando foi que os 90% da amazônia azul tiveram alguma em relação ao outros 10% que ficam no sudeste?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
As vezes gostaria que descobrissem uma quantidade enorme de petróleo na costa norte do Brasil, estilo bacia de Campos/Santos. Talvez assim a prioridade da região subisse um pouco mais para o Governo Federal/Marinha.FCarvalho escreveu: Qua Jan 01, 2020 2:25 pm A questão Gil é que não existe base em São Luís, apenas a promessa de sessão de espaço pelo governo do estado na baia de São Marcos, que salvo engano é o nome do local selecionado pela marinha para a implantação da cita base.
Conquanto, fato é que nem o governo do Maranhão e nem a MB hoje manifestam qualquer intenção, ou interesse, em tocar no assunto. Pelo menos não de público.
Ademais, a esquadra está em uma situação tão precária em termos de manutenção da frota que não se justificaria o deslocamento de qualquer meio para fora do RJ, posto que os custos seriam maiores do que o orçamento pode suportar.
Como disse, existem ações pragmáticas que devem ser tomadas ao longo da próxima década aproveitando-se a infraestrutura atual ao longo do litoral e interior, apenas alocando os recursos necessários para que os projetos de navios e outros meios planejados saiam efetivamente do papel. Se tudo que a MB possui em termos de projetos/programas atrasados que estão aí esperando verba obtiverem os recursos de que precisam, vamos ter muito trabalho para fazer nos dez anos vindouros só para estruturar o que existe para receber novos meios. E isso não é pouca coisa.
Toda vez que se adquire ou recebe um navio, helo, sub ou outro recurso material/humano em algum lugar, é preciso readaptar via de regra as OM para recebê-los. E isso geralmente leva tempo... e dinheiro.
Só para se ter uma ideia, os dois projetos de helos que esperam um resultado até hoje demandam cerca de 90 unidades. Isso significa necessariamente novos hangares, pilotos, mecânicos, logística de apoio, treinamento, armamento, mais horas de voos, etc. Tudo isso demanda recursos financeiros que a MB não tem, mesmo que ela ganhasse esses 90 helos na semana que vem.
Assim também com os navios patrulha e meios auxiliares, que por hora, tem nas bases navais ligadas aos DN no litoral e interior um referencial para si, mas que ainda irão precisar de adaptações para receber meios - materiais e humanos - em quantidade e qualidade para os quais não estão devidamente preparadas.
Enfim, é preciso previsibilidade e regularidade orçamentária de longo prazo antes de mais nada para poder investir na expansão da esquadra, CFN, patrulha e aviação naval. Sem isso, o que vamos continuar fazendo é o que temos aí, realocações de oportunidade e temporárias de meios para cobrir buracos que sempre existiram, e que na verdade, ao final e ao cabo, também não nunca dispusermos de soluções efetivas para nos livrar deles.
Mas isso é, também, uma questão de prioridade. Quando foi que os 90% da amazônia azul tiveram alguma em relação ao outros 10% que ficam no sudeste?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Há potencial para isso. Pouca coisa de nosso mar territorial foi mapeado, assim como as terras do Norte e Nordeste.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Agora em dezembro/2019 houve leilão de várias áreas de exploração no nordeste, mas acreditem, nenhum foi arrematada porque as empresas não se interessaram. E por quê? Contenciosos ecológicos e eventuais futuros problemas judiciais relativos ao tema. Sim, há várias áreas já testadas e provadas para exploração de petróleo no nordeste. Mas a questão - e os problemas - ecológicos tem falado mais alto.
Na costa do Amapá foi descoberta em 2018, salvo engano, uma zona enorme, talvez maior que a bacia de campos, de jazidas de petróleo. Novamente a questão ambiental impactou o processo de pesquisa e exploração, já que a área possui uma das maiores zonas de corais do litoral brasileiro, também pouco estudada e conhecida.
Petróleo não falta em todo o litoral brasileiro. O que falta mesmo é culhão para resolverem as coisas como devem ser resolvidas, respeitando tanto o meio ambiente como as econômicas.
abs
Na costa do Amapá foi descoberta em 2018, salvo engano, uma zona enorme, talvez maior que a bacia de campos, de jazidas de petróleo. Novamente a questão ambiental impactou o processo de pesquisa e exploração, já que a área possui uma das maiores zonas de corais do litoral brasileiro, também pouco estudada e conhecida.
Petróleo não falta em todo o litoral brasileiro. O que falta mesmo é culhão para resolverem as coisas como devem ser resolvidas, respeitando tanto o meio ambiente como as econômicas.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Sei que a fonte não é lá bem vista no fórum, mas...
www.naval.com.br/blog/2020/01/01/mb-agu ... -e-tapajo/
Agora, alguém que tem mais conhecimento em relação a submarinos pode me dizer se esses valores (150~200 mi por submarino) estão mais ou menos certos? Tô achando eles um tanto baixos.
www.naval.com.br/blog/2020/01/01/mb-agu ... -e-tapajo/
Agora, alguém que tem mais conhecimento em relação a submarinos pode me dizer se esses valores (150~200 mi por submarino) estão mais ou menos certos? Tô achando eles um tanto baixos.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Pelo que depreendi do texto, são US 150 a 200 milhões pelos dois submarinos, e não cada um. Se observares são vetores com mais de vinte anos de uso, apesar das atualizações recebidas. Os outros dois subs da classe Tupi também estão sendo disponibilizados.
Se for mesmo assim, a ideia, suponho, é pegar esse dinheiro e investir na própria força de submarinos, já que teremos em breve os demais subs lançados ao mar, seja em fase de testes ou em operação até 2022.
Como o orçamento solicitado no PLOA 2020 não foi atendido na íntegra, como se sabe, vender o que tem aí e investir em meios novos vale a pena, afinal, teremos de manter de alguma forma toda a infraestrutura de Itajaí funcionado de alguma forma quando o último classe Humaitá for lançado ao mar. O subnuc só vai dar as caras em 2029, com alguma sorte.
Até lá, se o alto comando da MB conseguir verba extra para um segundo lote que substitua todos os Tupi, já poderemos nos considerar satisfeitos até 2030.
abs
Se for mesmo assim, a ideia, suponho, é pegar esse dinheiro e investir na própria força de submarinos, já que teremos em breve os demais subs lançados ao mar, seja em fase de testes ou em operação até 2022.
Como o orçamento solicitado no PLOA 2020 não foi atendido na íntegra, como se sabe, vender o que tem aí e investir em meios novos vale a pena, afinal, teremos de manter de alguma forma toda a infraestrutura de Itajaí funcionado de alguma forma quando o último classe Humaitá for lançado ao mar. O subnuc só vai dar as caras em 2029, com alguma sorte.
Até lá, se o alto comando da MB conseguir verba extra para um segundo lote que substitua todos os Tupi, já poderemos nos considerar satisfeitos até 2030.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Puts, eu li e entendi certo e acabei escrevendo errado. Culpo o champanhe do Ano Novo ainda fazendo efeito. 
Pois bem, não sei se fico feliz ou triste com a notícia. Embora entenda o pensamento da Marinha nesse sentido, onde é melhor vender um usado para comprar o novo, manter só 1 classe de sub, etc., mas fico chateado que parece que vamos "aposentar" 4 Tupis pra por 4 Riachuelos no lugar. Ainda não me desce essa ideia de vender o café para comprar a almoço.

Pois bem, não sei se fico feliz ou triste com a notícia. Embora entenda o pensamento da Marinha nesse sentido, onde é melhor vender um usado para comprar o novo, manter só 1 classe de sub, etc., mas fico chateado que parece que vamos "aposentar" 4 Tupis pra por 4 Riachuelos no lugar. Ainda não me desce essa ideia de vender o café para comprar a almoço.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
JavaLindo66 escreveu: Qui Jan 02, 2020 6:15 pm Puts, eu li e entendi certo e acabei escrevendo errado. Culpo o champanhe do Ano Novo ainda fazendo efeito.
Pois bem, não sei se fico feliz ou triste com a notícia. Embora entenda o pensamento da Marinha nesse sentido, onde é melhor vender um usado para comprar o novo, manter só 1 classe de sub, etc., mas fico chateado que parece que vamos "aposentar" 4 Tupis pra por 4 Riachuelos no lugar. Ainda não me desce essa ideia de vender o café para comprar a almoço.
Quando da incorporação dos primeiros classe Tupi a MB decidiu, fundamentada em aspectos operacionais e logísticos, retirar de serviço os submarinos Humaitá e Riachuelo que tinham menos de 20 anos de serviço. Naquela ocasião os OBERON foram retirados de serviço e os cascos alienados. A construção de um segundo lote de submarinos não esta condicionada a valores resultantes da venda dos IKL's e sim a financiamento conforme o modelo em vigor para a construção dos classe Humaitá.
O atual objetivo realista da MB, resultado da revisão do ex-PAEMB, e que se obtenha e se mantenha até 10 SSK e 4 SNA.



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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Torço pra que esses números sejam alcançados o quanto antes.Lord Nauta escreveu: Qui Jan 02, 2020 6:33 pmJavaLindo66 escreveu: Qui Jan 02, 2020 6:15 pm Puts, eu li e entendi certo e acabei escrevendo errado. Culpo o champanhe do Ano Novo ainda fazendo efeito.
Pois bem, não sei se fico feliz ou triste com a notícia. Embora entenda o pensamento da Marinha nesse sentido, onde é melhor vender um usado para comprar o novo, manter só 1 classe de sub, etc., mas fico chateado que parece que vamos "aposentar" 4 Tupis pra por 4 Riachuelos no lugar. Ainda não me desce essa ideia de vender o café para comprar a almoço.
Quando da incorporação dos primeiros classe Tupi a MB decidiu, fundamentada em aspectos operacionais e logísticos, retirar de serviço os submarinos Humaitá e Riachuelo que tinham menos de 20 anos de serviço. Naquela ocasião os OBERON foram retirados de serviço e os cascos alienados. A construção de um segundo lote de submarinos não esta condicionada a valores resultantes da venda dos IKL's e sim a financiamento conforme o modelo em vigor para a construção dos classe Humaitá.
O atual objetivo realista da MB, resultado da revisão do ex-PAEMB, e que se obtenha e se mantenha até 10 SSK e 4 SNA.![]()
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Honestamente, chegar em 10/4 subs deveria ser o objetivo de longo prazo número um da MB, acima até do futuro NAe e da Segunda Frota.
Claro, mantendo ainda o investimento nas 4+2/4 FCTs e em novos OPVs/NPa500s pros distritos.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A MB tem como prioridade - no papel - para ações no curto e médio prazo:
1o - Projeto Fragatas Classe Tamandaré
2o- Prosub
3o - PRONAE
Não existe hoje qualquer previsão de se obter um novo Nae antes de 2035. Neste aspecto, em termos práticos, obter e operar os 12 navios patrulha oceânicos e os 27 NaPa BR planejados é de fato a terceira prioridade em termos orçamentários para a próxima década.
Conseguir uma forma de financiar um segundo lote da classe Humaitá, e quiçá, também das FCT (junto a um possível aditivo ao contrato atual para uma 5a e/ou 6a unidade) deve gastar os neurônios do almirantado a fim de dar continuidade aos processos industriais e comerciais que hora estão no meio do caminho ou estão em seus passos iniciais.
Já vamos ter dor de cabeça de sobra para mais dez anos tentando conseguir manter o pouco que foi conseguido, e o pouco que ainda vamos tentar conseguir.
abs
1o - Projeto Fragatas Classe Tamandaré
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3o - PRONAE
Não existe hoje qualquer previsão de se obter um novo Nae antes de 2035. Neste aspecto, em termos práticos, obter e operar os 12 navios patrulha oceânicos e os 27 NaPa BR planejados é de fato a terceira prioridade em termos orçamentários para a próxima década.
Conseguir uma forma de financiar um segundo lote da classe Humaitá, e quiçá, também das FCT (junto a um possível aditivo ao contrato atual para uma 5a e/ou 6a unidade) deve gastar os neurônios do almirantado a fim de dar continuidade aos processos industriais e comerciais que hora estão no meio do caminho ou estão em seus passos iniciais.
Já vamos ter dor de cabeça de sobra para mais dez anos tentando conseguir manter o pouco que foi conseguido, e o pouco que ainda vamos tentar conseguir.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
FCarvalho escreveu: Qui Jan 02, 2020 9:32 pm A MB tem como prioridade - no papel - para ações no curto e médio prazo:
1o - Projeto Fragatas Classe Tamandaré
2o- Prosub
3o - PRONAE
Não me parece correta essa ordem, nem os fatores: O PROSUB já está em andamento há anos, já tem até um dos Scorpênis fazendo testes de mar, enquanto as CV continuam em fase de projeto; PRONAE é quimera, o que nem foi mencionado mas de fato está num lamentável terceiro lugar é o que deveria estar em primeiro, os PATRULHAS!
Repito até me xingarem (e mesmo assim vou seguir repetindo
), primeiro se domina as águas MARRONS, depois as VERDES e só depois disso em pleno funcionamento se vai para as AZUIS. Mas a Imperial, em Sua infinita sapiência lá na Corte, resolveu que era o contrário, deu no que deu.
Mas, no caso dos subs, pensemos por um instante nas novidades imprevisíveis que têm aparecido para o Gripen: não estará o IPqM projetando e talvez até testando no Riachuelo algumas "surpresinhas" também? Gente e capacidade para isso há (p ex, lembro que em 2014, quando fazia parte do Portal, o então cacique do citado IPqM me falou em um sonar rebocado que já estavam desenvolvendo fazia tempo mas que, segundo ele, seria só para usar no SNA: será mesmo?)...
EDIT - Só agora lembrei, ele também falou que o citado sonar rebocado começaria seus testes de mar em 2020 (creio que escrevi isso no artigo que publiquei sobre o tema). Coincidência que o Riachuelo esteja no mar fazendo testes neste preciso ano, não?
Repito até me xingarem (e mesmo assim vou seguir repetindo

Mas, no caso dos subs, pensemos por um instante nas novidades imprevisíveis que têm aparecido para o Gripen: não estará o IPqM projetando e talvez até testando no Riachuelo algumas "surpresinhas" também? Gente e capacidade para isso há (p ex, lembro que em 2014, quando fazia parte do Portal, o então cacique do citado IPqM me falou em um sonar rebocado que já estavam desenvolvendo fazia tempo mas que, segundo ele, seria só para usar no SNA: será mesmo?)...
EDIT - Só agora lembrei, ele também falou que o citado sonar rebocado começaria seus testes de mar em 2020 (creio que escrevi isso no artigo que publiquei sobre o tema). Coincidência que o Riachuelo esteja no mar fazendo testes neste preciso ano, não?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Fala meu caro amigo gaudério.
Como disse, hoje esse negócio aí está mais para o papel do que a realidade. Afinal, tem de haver algo no papel, se não, não seria órgão público...
No mais, em termos de P&D há tantos projetos e idéias nos centros de pesquisa militares desde os anos 1950, que valeria uma bela tese de doutorado.
A maior parte ficou perdida no tempo e na ignorância social e estatal, mas tem gente muito abnegada ainda hoje correndo atrás do prejuízo apesar dos pesares.
Se tem uma coisa que me deixa fulo da vida é ver o quanto de dinheiro é mal gerido nas ffaa's, para não dizer desperdiçado, e que poderia estar fomentando PDI.
Mas como ciência no Brasil não dá voto e nem gera promoções, ficanos como estamos.
abs
Como disse, hoje esse negócio aí está mais para o papel do que a realidade. Afinal, tem de haver algo no papel, se não, não seria órgão público...

No mais, em termos de P&D há tantos projetos e idéias nos centros de pesquisa militares desde os anos 1950, que valeria uma bela tese de doutorado.
A maior parte ficou perdida no tempo e na ignorância social e estatal, mas tem gente muito abnegada ainda hoje correndo atrás do prejuízo apesar dos pesares.
Se tem uma coisa que me deixa fulo da vida é ver o quanto de dinheiro é mal gerido nas ffaa's, para não dizer desperdiçado, e que poderia estar fomentando PDI.
Mas como ciência no Brasil não dá voto e nem gera promoções, ficanos como estamos.
abs
Carpe Diem