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Re: NOTICIAS
Também não vejo os NaPas como protetores das plataformas em si. Vejo sim como o fortalecimento de uma tarefa essencial que é o patrulhamento e fiscalização do nosso território marítimo (aí incluem-se as bacias petrolíferas) de forma eficiente e racional. Não imagino utilizar o São Paulo todo dia pra navegar pela área do pré-sal. Não teria orçamento que desse conta.
A defesa em si, no sentido militar da coisa, claro que deve e será feita com vasos de guerra apropriados. É assim que eu vejo.
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Vinicius Pimenta
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Re: NOTICIAS
Leandro,LeandroGCard escreveu:Devo confessar que estou tendo uma certa dificuldade para entender como navios de patrulha levemente armados ajudarão a proteger plataformas de petróleo. OK, eles são ótimos para coibir a pesca ilegal e combater o tráfico, o contrabando e a pirataria (ou seja, para atividades basicamente policiais). Este tipo de atividade ilegal é levada a cabo por criminosos e foras-da-lei nacionais e estrangeiros que devem ser combatidos, é claro, mas não vejo o que tem a ver com as plataformas de petróleo existentes e a construir.Brigadeiro escreveu:E os outros meios de superfície, como Fragatas, Corvetas, CT's e PA's?
Para a defesa das plataformas NAPA's de 500 e 1600 toneladas são ótimas, mas e o resto? Temos mais coisas a defender no mar...
Até mais!
Será que se imagina um bando de piratas em um petroleiro sequestrado invadindo uma plataforma da Petrobrás para roubar petróleo? Ou pescadores ilegais instalando redes entre as pernas de uma plataforma? Ou ainda bandidos tomando uma plataforma de assalto e cobrando resgate pela sua devolução? Para mim qualquer coisa deste tipo parece muito estranha, pouco verossímil.
Também não consigo imaginar um batalhão de fuzileiros venezuelanos, argentinos ou angolanos em um navio de transporte sem armamento e sem escolta invadindo as plataformas de petróleo e reivindicando-as para seus países, como se faria com um pedaço de território ou uma ilha. O máximo que consigo imaginar seria um ataque terrorista visando destruir uma plataforma como forma de protesto contra alguma coisa, mas porque alguém faria isso contra uma plataforma do Brasil no Atlântico sul se nunca houve notícias de um ataque assim contra plataformas americanas no golfo do México por exemplo?
As únicas ameaças que consigo imaginar são ações de navios de guerra de uma nação inimiga tentando bloquear o acesso do país ao petróleo das plataformas em caso de grave crise internacional, ou a tentativa de destruição destas plataformas também por navios ou aviões de guerra de uma nação inimiga em guerra conosco. Neste caso falo de corvetas, fragatas, CT's, navios-aeródromos, submarinos, etc..., armados com canhões de calibre elevado, mísseis e torpedos. Aí, o que poderão fazer navios de patrulha relativamente lentos, praticamente sem sensores e armados somente com metralhadoras e canhões leves?
Vejam bem, não digo que navios de patrulha não sejam necessários e importantes para um país com a costa enorme que temos, mas eles não são substitutos para verdadeiros navios de guerra. Principalmente no caso da proteção das nossas plataformas de petróleo presentes e futuras. Tudo bem que dada a proximidade destas plataformas com relação ao nosso território não imagino que venhamos a precisar de NAe's ou cruzadores de 10.000 tons especificamente para protegê-las, mas NPa's, mesmo que de 1600 tons, também não me parecem apropriados. Os meios navais que imagino para a proteção destas plataformas terão que poder enfrentar uma frota de combate inimiga de igual para igual, ou então serão de muito pouca utilidade.
Qual a opinião dos colegas sobre o assunto?
Leandro G. Card
Sua análise está correta porém incompleta.
Você raciocinou em cima de ameaças convencionais e ditas "simétricas". Contra essas, não há dúvida que quem atuaria na defesa das plataformas seriam a Esquadra e meios da FAB, em Operação Combinada, como será, inclusive, treinado em breve com a Operação Atlântico. Cabe ressaltar que, contra esse tipo de ameaça, os meios não precisam estar presentes na área permanentemente, pois a ameaça no caso evolui em situações de crise diplomática prévia e as movimentações das forças atacantes são relativamente simples de se monitorar, com exceção, obviamente, de submarinos.
Não podemos esquecer, porém, que outra potencial ameaça é a "assimétrica", constituida por exemplo por células terroristas. Essas atacam sem crise e aviso prévio, movimentam-se utilizando-se de meios descaracterizados, como aqueles que você citou.
Contra esse tipo de ameaça, a prevenção e a presença permanente dos meios em patrulha são os mais importantes e eficazes. Para isso o esforço, em número de meios necessários, é grande.
E, no caso de sucesso de terroristas na empreitada, como a tomada de plataformas, esses meios são adequados para a reação, por exemplo podendo infiltrar forças especiais para retomada.
Abs.
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Re: NOTICIAS
Olá Vagner,Vagner Oliveira escreveu: Leandro,
Sua análise está correta porém incompleta.
Você raciocinou em cima de ameaças convencionais e ditas "simétricas". Contra essas, não há dúvida que quem atuaria na defesa das plataformas seriam a Esquadra e meios da FAB, em Operação Combinada, como será, inclusive, treinado em breve com a Operação Atlântico. Cabe ressaltar que, contra esse tipo de ameaça, os meios não precisam estar presentes na área permanentemente, pois a ameaça no caso evolui em situações de crise diplomática prévia e as movimentações das forças atacantes são relativamente simples de se monitorar, com exceção, obviamente, de submarinos.
Não podemos esquecer, porém, que outra potencial ameaça é a "assimétrica", constituida por exemplo por células terroristas. Essas atacam sem crise e aviso prévio, movimentam-se utilizando-se de meios descaracterizados, como aqueles que você citou.
Contra esse tipo de ameaça, a prevenção e a presença permanente dos meios em patrulha são os mais importantes e eficazes. Para isso o esforço, em número de meios necessários, é grande.
E, no caso de sucesso de terroristas na empreitada, como a tomada de plataformas, esses meios são adequados para a reação, por exemplo podendo infiltrar forças especiais para retomada.
Abs.
Eu cheguei a citar o caso de terroristas no meu post, mas realmente não consigo imaginar que eles sejam uma ameaça ao Brasil a ponto de justificar patrulhas específicas na área das plataformas por causa disso. Nunca ouvi falar de ataques terroristas a instalações de petróleo no mar de nenhum país (é claro que posso estar mal informado), nem de ninguém fazendo patrulhas para proteger plataformas deste tipo de ataque, então não sei porque o Brasil sentiria necessidade disso.
Identifico sim a necessidade de presença militar efetiva na área do pré-sal, principalmente para evitar questionamentos quanto à nossa soberania econômica sobre a região, que é a maior ameaça que consigo imaginar. Mas não serão navios de patrulha de aplicação policial que farão a diferença no caso de ações diplomáticas de outras nações no sentido da livre-exploração do petróleo em nossa plataforma continental, e sim meios efetivos de combate aéreos e navais que sirvam como dissuasão contra aventuras de estados nacionais (e não grupos terroristas) afeitos a se meter no território dos outros.
Na minha opinião, para a proteção do pré-sal precisamos de aviões de ataque naval (baseados em terra), submarinos (nucleares e convencionais) e barcos de guerra (mesmo que de porte menor como corvetas e lanchas de ataque). Os navios de patrulha são úteis e importantes, mas para cuidar de outros assuntos.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Re: NOTICIAS
Concordo novamente com voce Leandro.
A unica ameaca que vejo, seria uma certa potencia estrangeira nao reconhecer nossas 200 milhas ou as 350 pleiteadas a ONU. A camada pre sal esta no limite ou provavelmente ate os ultrapasse.
Desconheco as leis sobre exploracao em aguas internacionais. Pensem se esses caras decidem instalar plataformas nesses limites.....Precisamos sim de subnucs, subs convencionais e patrulhas oceanicos de grande porte.
Logicamente com SU 35 BM baseados no litoral
Abraco
A unica ameaca que vejo, seria uma certa potencia estrangeira nao reconhecer nossas 200 milhas ou as 350 pleiteadas a ONU. A camada pre sal esta no limite ou provavelmente ate os ultrapasse.
Desconheco as leis sobre exploracao em aguas internacionais. Pensem se esses caras decidem instalar plataformas nesses limites.....Precisamos sim de subnucs, subs convencionais e patrulhas oceanicos de grande porte.
Logicamente com SU 35 BM baseados no litoral

Abraco
Re: NOTICIAS
os NaPas podem não ser as melhores opções,mais já é uma opção.
melhor ter um NaPa por perto,do que nada.
melhor ainda é ter Fragatas,Subs,PA,etc...rs.
quem sabe.
tenho fé!
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Re: NOTICIAS
Leandro,LeandroGCard escreveu:Olá Vagner,Vagner Oliveira escreveu: Leandro,
Sua análise está correta porém incompleta.
Você raciocinou em cima de ameaças convencionais e ditas "simétricas". Contra essas, não há dúvida que quem atuaria na defesa das plataformas seriam a Esquadra e meios da FAB, em Operação Combinada, como será, inclusive, treinado em breve com a Operação Atlântico. Cabe ressaltar que, contra esse tipo de ameaça, os meios não precisam estar presentes na área permanentemente, pois a ameaça no caso evolui em situações de crise diplomática prévia e as movimentações das forças atacantes são relativamente simples de se monitorar, com exceção, obviamente, de submarinos.
Não podemos esquecer, porém, que outra potencial ameaça é a "assimétrica", constituida por exemplo por células terroristas. Essas atacam sem crise e aviso prévio, movimentam-se utilizando-se de meios descaracterizados, como aqueles que você citou.
Contra esse tipo de ameaça, a prevenção e a presença permanente dos meios em patrulha são os mais importantes e eficazes. Para isso o esforço, em número de meios necessários, é grande.
E, no caso de sucesso de terroristas na empreitada, como a tomada de plataformas, esses meios são adequados para a reação, por exemplo podendo infiltrar forças especiais para retomada.
Abs.
Eu cheguei a citar o caso de terroristas no meu post, mas realmente não consigo imaginar que eles sejam uma ameaça ao Brasil a ponto de justificar patrulhas específicas na área das plataformas por causa disso. Nunca ouvi falar de ataques terroristas a instalações de petróleo no mar de nenhum país (é claro que posso estar mal informado), nem de ninguém fazendo patrulhas para proteger plataformas deste tipo de ataque, então não sei porque o Brasil sentiria necessidade disso.
Identifico sim a necessidade de presença militar efetiva na área do pré-sal, principalmente para evitar questionamentos quanto à nossa soberania econômica sobre a região, que é a maior ameaça que consigo imaginar. Mas não serão navios de patrulha de aplicação policial que farão a diferença no caso de ações diplomáticas de outras nações no sentido da livre-exploração do petróleo em nossa plataforma continental, e sim meios efetivos de combate aéreos e navais que sirvam como dissuasão contra aventuras de estados nacionais (e não grupos terroristas) afeitos a se meter no território dos outros.
Na minha opinião, para a proteção do pré-sal precisamos de aviões de ataque naval (baseados em terra), submarinos (nucleares e convencionais) e barcos de guerra (mesmo que de porte menor como corvetas e lanchas de ataque). Os navios de patrulha são úteis e importantes, mas para cuidar de outros assuntos.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Permita-me continuar a discordar de você.
Vamos por partes. Com relação a ameaça terrorista, ela foi um exemplo a ser citado.
Um erro básico no planejamento militar é pensar nas coisas que o inimigo faria, ao invés de pensar em todas as coisas que ele poderia fazer. Eu também não tenho notícia de ataques terroristas em plataformas de petróleo, mas os EUA também não acreditavam em algo como o atentado ao WTC.
Volto a dizer. O maior ganho com o NPa é a PRESENÇA constante e, para isso, ele é o melhor vetor.
O que você quer dizer com presença militar efetiva na região. O NPa não é presença militar efetiva? Ou você acha que o correto seria um escolta permamentemente andando no meio das paltaformas? A presença se dá é com os NPa lá e o resto cumprindo suas tarefas, ou seja submarinos em patrulha em pontos focais e a Esquadra frequentemente no mar em exercícios.
Complementando, eu nunca disse que os NPa seriam OS responsáveis pela defesa dos campos no pré-sal. Eles fazem parte de um conjunto de defesa, que inclui, sem dúvida, os meios da Esquadra e a FAB. A MB sabe disse.
Abs.
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Re: NOTICIAS
Pois é, hoje esta é a principal ameaça que vejo, mas em um futuro próximo outras nações também podem vir se engraçar para o lado da nossa plataforma continental. Os 1.200.000.000 de camaradinhas de olhos puxados por exemplo, ou mesmo os caras do lado direito do Atlântico norte se as relações com a Rússia piorarem ou se ficarem sem dinheiro para bancar o preço dos chineses na compra do petróleo russo.brisa escreveu:Concordo novamente com voce Leandro.
A unica ameaca que vejo, seria uma certa potencia estrangeira nao reconhecer nossas 200 milhas ou as 350 pleiteadas a ONU. A camada pre sal esta no limite ou provavelmente ate os ultrapasse.
Desconheco as leis sobre exploracao em aguas internacionais. Pensem se esses caras decidem instalar plataformas nesses limites.....Precisamos sim de subnucs, subs convencionais e patrulhas oceanicos de grande porte.
Logicamente com SU 35 BM baseados no litoral![]()
Abraco
Apesar dos altos e baixos do preço, acredito que o consumo de petróleo continuará aumentando nos próximos anos, mesmo se Japão, EUA e Europa entrarem em recessão. O principal motivo é que os gigantes asiáticos (China e Índia) iriam justamente se voltar para o mercado interno para manter suas taxas de crescimento, e puxar ainda mais o consumo com o subsídio que oferecem aos consumidores locais (caso da China). Nestas condições não é inimaginável que em algum momento o livre comércio de petróleo a preços de mercado seja abandonado, e cada país corra para ter acesso a fontes privilegiadas com preço garantido.
Neste momento as reservas de nosso litoral serão uma tentação tremenda, e se não tivermos uma capacidade dissuasória realmente convincente podemos simplesmente ser forçados a ver outros países explorando o que hoje achamos que é nosso por direito.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
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Re: NOTICIAS
Leandro G Card e Brisa, boa noite. Embora não tenha detalhes de projeto dos NaPaOc de 1600t, devo lembrar-lhes que todo e qq meio naval tem o que se conhece como folga de crescimento. Embora a configuração de armamento(que se supõe equipará a nova classe) pareça modesta, deficiente até, a mesma poderá ser alterada a qq tempo para uma configuração de armamento mais "pesada" desde que, e somente se, estiver dentro da margem de crescimento previsto para aquela classe de navios.LeandroGCard escreveu:Devo confessar que estou tendo uma certa dificuldade para entender como navios de patrulha levemente armados ajudarão a proteger plataformas de petróleo. OK, eles são ótimos para coibir a pesca ilegal e combater o tráfico, o contrabando e a pirataria (ou seja, para atividades basicamente policiais). Este tipo de atividade ilegal é levada a cabo por criminosos e foras-da-lei nacionais e estrangeiros que devem ser combatidos, é claro, mas não vejo o que tem a ver com as plataformas de petróleo existentes e a construir.Brigadeiro escreveu:E os outros meios de superfície, como Fragatas, Corvetas, CT's e PA's?
Para a defesa das plataformas NAPA's de 500 e 1600 toneladas são ótimas, mas e o resto? Temos mais coisas a defender no mar...
Até mais!
Será que se imagina um bando de piratas em um petroleiro sequestrado invadindo uma plataforma da Petrobrás para roubar petróleo? Ou pescadores ilegais instalando redes entre as pernas de uma plataforma? Ou ainda bandidos tomando uma plataforma de assalto e cobrando resgate pela sua devolução? Para mim qualquer coisa deste tipo parece muito estranha, pouco verossímil.
Também não consigo imaginar um batalhão de fuzileiros venezuelanos, argentinos ou angolanos em um navio de transporte sem armamento e sem escolta invadindo as plataformas de petróleo e reivindicando-as para seus países, como se faria com um pedaço de território ou uma ilha. O máximo que consigo imaginar seria um ataque terrorista visando destruir uma plataforma como forma de protesto contra alguma coisa, mas porque alguém faria isso contra uma plataforma do Brasil no Atlântico sul se nunca houve notícias de um ataque assim contra plataformas americanas no golfo do México por exemplo?
As únicas ameaças que consigo imaginar são ações de navios de guerra de uma nação inimiga tentando bloquear o acesso do país ao petróleo das plataformas em caso de grave crise internacional, ou a tentativa de destruição destas plataformas também por navios ou aviões de guerra de uma nação inimiga em guerra conosco. Neste caso falo de corvetas, fragatas, CT's, navios-aeródromos, submarinos, etc..., armados com canhões de calibre elevado, mísseis e torpedos. Aí, o que poderão fazer navios de patrulha relativamente lentos, praticamente sem sensores e armados somente com metralhadoras e canhões leves?
Vejam bem, não digo que navios de patrulha não sejam necessários e importantes para um país com a costa enorme que temos, mas eles não são substitutos para verdadeiros navios de guerra. Principalmente no caso da proteção das nossas plataformas de petróleo presentes e futuras. Tudo bem que dada a proximidade destas plataformas com relação ao nosso território não imagino que venhamos a precisar de NAe's ou cruzadores de 10.000 tons especificamente para protegê-las, mas NPa's, mesmo que de 1600 tons, também não me parecem apropriados. Os meios navais que imagino para a proteção destas plataformas terão que poder enfrentar uma frota de combate inimiga de igual para igual, ou então serão de muito pouca utilidade.
Qual a opinião dos colegas sobre o assunto?
Leandro G. Card
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: NOTICIAS
Vagner,Vagner Oliveira escreveu: Leandro,
Permita-me continuar a discordar de você.
Vamos por partes. Com relação a ameaça terrorista, ela foi um exemplo a ser citado.
Um erro básico no planejamento militar é pensar nas coisas que o inimigo faria, ao invés de pensar em todas as coisas que ele poderia fazer. Eu também não tenho notícia de ataques terroristas em plataformas de petróleo, mas os EUA também não acreditavam em algo como o atentado ao WTC.
Volto a dizer. O maior ganho com o NPa é a PRESENÇA constante e, para isso, ele é o melhor vetor.
O que você quer dizer com presença militar efetiva na região. O NPa não é presença militar efetiva? Ou você acha que o correto seria um escolta permamentemente andando no meio das paltaformas? A presença se dá é com os NPa lá e o resto cumprindo suas tarefas, ou seja submarinos em patrulha em pontos focais e a Esquadra frequentemente no mar em exercícios.
Complementando, eu nunca disse que os NPa seriam OS responsáveis pela defesa dos campos no pré-sal. Eles fazem parte de um conjunto de defesa, que inclui, sem dúvida, os meios da Esquadra e a FAB. A MB sabe disse.
Abs.
O ponto é que realmente não considero NPA's uma presença militar efetiva, como não considero uma patrulhinha da PM como precença militar efetiva embora goste muito de ter esta mesma patrulhinha rondando meu bairro durante a noite. Não gosto da idéia de misturar as atividades da marinha de guerra com as de guarda costeira, e se em nosso país o serviço de guarda costeira é DE FATO efetuado pela MB, isto não é justificativa para confundir as duas atividades.
Como presença militar efetiva considero meios de combate reais capazes de cobrir a região em tempo menor do que outra nação possa alcançá-la, e repelir meios MILITARES desta outra nação. É óbvio que não é necessário que os navios e sub's da MB fiquem permanentemente navegando na área, pois a ação de uma nação estrangeira contra nosso mar territorial não ocorreria sem alerta prévio suficiente para a mobilização de nossos próprios meios. Mas é imprescindível que estes meios existam, estejam preparados e disponíveis, não apenas para se um dia forem realmente necessários, mas principalmente como fator dissuasório justamente para evitar que um dia a necessidade real se apresente.
E este último objetivo, exercer o fator dissuasório, definitivamente não pode ser atingido com simples navios de patrulha, que portanto não devem nunca passar uma falsa sensação de segurança contra ameaças contra as quais eles não tem praticamente nenhum valor, não importa em que quantidade existam.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Ter Ago 19, 2008 11:20 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTICIAS
Olá Walter,cicloneprojekt escreveu: Leandro G Card e Brisa, boa noite. Embora não tenha detalhes de projeto dos NaPaOc de 1600t, devo lembrar-lhes que todo e qq meio naval tem o que se conhece como folga de crescimento. Embora a configuração de armamento(que se supõe equipará a nova classe) pareça modesta, deficiente até, a mesma poderá ser alterada a qq tempo para uma configuração de armamento mais "pesada" desde que, e somente se, estiver dentro da margem de crescimento previsto para aquela classe de navios.
Realmente lembro de uma discursão no fórum algum tempo atrás, sobre notícias de que pelo menos alguns dos novos navios de patrulha da marinha seriam construídos como embarcações realmente militares, com recursos de controle de danos elaborados e toda a infra-estrutura para receber uma suíte completa de sensores e armamento capazes de colocá-los rapidamente (em algumas semanas) em condiçõs de se portar como verdadeira embarcações de combate.
Na ocasião o Degan muito criticou esta idéia, argumentando que não faria sentido construir embarcações assim, que seriam desnecessariamente complexas e caras para na prática exercer tarefas policiais que exigiam apenas embarcações bem mais simples e baratas, as quais poderiam ser construídas em maior número (o que seria importante no nosso caso, devido à extensa costa). Havia também o argumento de que as tripulações não estariam adequadamente adestradas para assumir as funções de combatentes se não treinassem permanentemente, o que exigiria que os equipamentos estivessem desde sempre disponíveis nos navios.
Eu argumentei que os custos valeriam a pena justamente pela vantagem de poder converter rapidamente as embarcações para o emprego militar efetivo (eu preferiria menos navios com esta capacidade que mais navios sem ela), e que o programa de adestramento poderia ser realizado através de simuladores em terra e de umas poucas embarcações completadas com todos os equipamentos de uso militar, que seriam utilizadas pelas tripulações dos demais barcos em regime de rodízio.
Mas no final ficou claro que sem as especificações completas dos navios não era possível verificar a possibilidade de sua rápida conversão para unidades com real capacidade militar, e como tais informações não estavam disponíveis a conversa ficou sem conclusão.
Será que agora estas especificações ficarão disponíveis?
Leandro G. Card
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Re: NOTICIAS
Ficarão sim....LeandroGCard escreveu:Olá Walter,cicloneprojekt escreveu: Leandro G Card e Brisa, boa noite. Embora não tenha detalhes de projeto dos NaPaOc de 1600t, devo lembrar-lhes que todo e qq meio naval tem o que se conhece como folga de crescimento. Embora a configuração de armamento(que se supõe equipará a nova classe) pareça modesta, deficiente até, a mesma poderá ser alterada a qq tempo para uma configuração de armamento mais "pesada" desde que, e somente se, estiver dentro da margem de crescimento previsto para aquela classe de navios.
----------------------
Mas no final ficou claro que sem as especificações completas dos navios não era possível verificar a possibilidade de sua rápida conversão para unidades com real capacidade militar, e como tais informações não estavam disponíveis a conversa ficou sem conclusão.
Será que agora estas especificações ficarão disponíveis?
Leandro G. Card







![Forca [002]](./images/smilies/002.gif)
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Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
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Re: NOTICIAS
Ai, ai, vida de DBista é dura!cicloneprojekt escreveu:
Ficarão sim...., mas não ao nosso alcance....
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Um grande abraço,
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Re: NOTICIAS
Mangabeira reúne-se com oficiais das três Forças PDF Imprimir E-mail
Brasília, 20-08-08 - O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, reúne-se, na sexta-feira, 22/8, em Porto Alegre, com oficiais-generais das três Forças para discutir a Estratégia Nacional de Defesa. O evento acontece na sede do Comando Militar do Sul, a partir das 14h30.
Mangabeira coordena o Comitê Ministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O grupo, responsável por elaborar o plano de defesa, vai apresentá-lo ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 7 de setembro.
Segundo o ministro de Assuntos Estratégicos, o plano está focado em três grandes vertentes. A primeira delas é a reorganização e o redirecionamento das Forças Armadas em torno de uma vanguarda tecnológica e operacional, baseada em capacitações nacionais. “A metodologia que estamos usando é questionar as responsabilidades das Forças Armadas, em circunstâncias de paz e de guerra. Precisamos das respostas sobre como reorganizar e aparelhar as Forças para cumprir suas responsabilidades”, afirmou o ministro.
Reorganizar a indústria brasileira de defesa, tanto no componente privado quanto no estatal, é a segunda vertente do trabalho. “As empresas privadas de defesa no Brasil são tratadas como empresas quaisquer. Elas precisam ter um regime regulatório e tributário especial, que assegure continuidade nas contas públicas e resguarde as empresas contra o curtoprazismo mercantil”, explicou Mangabeira.
De acordo com ele, o Estado brasileiro poderia, dessa forma, adquirir um poder estratégico muito amplo sobre as empresas privadas de Defesa, a ser exercido por meios como o golden share. “Já no componente estatal, é preciso fazer uma inversão completa. Em vez de produzir o rudimentar, precisamos produzir na vanguarda aquilo que as empresas privadas não consigam em curto-prazo de forma rentável”.
O futuro do serviço militar obrigatório é o terceiro ponto discutido pelo comitê. Para o ministro de Assuntos Estratégicos, é preciso preservá-lo porque “ele funciona como um nivelador republicano, onde a Nação encontra-se acima das classes”. O que precisa ser feito, segundo Mangabeira, é oferecer formação científica e educativa aos novos recrutas, que seriam selecionados com base no vigor físico, na capacidade intelectual e na representatividade de classes e regiões do país.
http://www.nae.gov.br
Brasília, 20-08-08 - O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, reúne-se, na sexta-feira, 22/8, em Porto Alegre, com oficiais-generais das três Forças para discutir a Estratégia Nacional de Defesa. O evento acontece na sede do Comando Militar do Sul, a partir das 14h30.
Mangabeira coordena o Comitê Ministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa, presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O grupo, responsável por elaborar o plano de defesa, vai apresentá-lo ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 7 de setembro.
Segundo o ministro de Assuntos Estratégicos, o plano está focado em três grandes vertentes. A primeira delas é a reorganização e o redirecionamento das Forças Armadas em torno de uma vanguarda tecnológica e operacional, baseada em capacitações nacionais. “A metodologia que estamos usando é questionar as responsabilidades das Forças Armadas, em circunstâncias de paz e de guerra. Precisamos das respostas sobre como reorganizar e aparelhar as Forças para cumprir suas responsabilidades”, afirmou o ministro.
Reorganizar a indústria brasileira de defesa, tanto no componente privado quanto no estatal, é a segunda vertente do trabalho. “As empresas privadas de defesa no Brasil são tratadas como empresas quaisquer. Elas precisam ter um regime regulatório e tributário especial, que assegure continuidade nas contas públicas e resguarde as empresas contra o curtoprazismo mercantil”, explicou Mangabeira.
De acordo com ele, o Estado brasileiro poderia, dessa forma, adquirir um poder estratégico muito amplo sobre as empresas privadas de Defesa, a ser exercido por meios como o golden share. “Já no componente estatal, é preciso fazer uma inversão completa. Em vez de produzir o rudimentar, precisamos produzir na vanguarda aquilo que as empresas privadas não consigam em curto-prazo de forma rentável”.
O futuro do serviço militar obrigatório é o terceiro ponto discutido pelo comitê. Para o ministro de Assuntos Estratégicos, é preciso preservá-lo porque “ele funciona como um nivelador republicano, onde a Nação encontra-se acima das classes”. O que precisa ser feito, segundo Mangabeira, é oferecer formação científica e educativa aos novos recrutas, que seriam selecionados com base no vigor físico, na capacidade intelectual e na representatividade de classes e regiões do país.
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MB recebe os Marruá:
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Umkhonto
O Umkhonto é um míssil antiaéreo de lançamento vertical (VLS) baseado no U-Darter ar-ar, produzido pela empresa sul-africana Denel Aerospace Systems (ex-Kentron). Ele tem duas versões, Umkhonto-IR, guiada por infravermelho e Umkhonto-R, guiada por radar.
Projetado para fazer frente a ataques aéreos simultâneos de múltiplos alvos, o Umkhonto-IR é o primeiro míssil VLS guiado por IR e também o primeiro com capacidade “lock-on-after-launch”, isto é, após o lançamento, o míssil voa até um ponto determinado por guiagem inercial e só depois ativa seu buscador de IR de duas cores.
Updates sobre a posição do alvo são enviados pelo navio até o míssil por data-link, possibilitando ao Umkhonto atualizar sua trajetória para conter manobras evasivas.
O Umkhonto tem superfícies de controle aerodinâmicas e saídas de empuxo vetorado, permitindo ao míssil manobrar até 40G. O sistema de direção de tiro 3D permite o engajamento de até 8 alvos simultâneos. O míssil usa um propelente de pouca fumaça para evitar a detecção visual pelas aeronaves adversárias.
Em julho de 2005, o Umkhonto foi testado com sucesso em vários cenários contra drones Skua da Denel.
O míssil é utilizado pela Marinha da África do Sul nas suas fragatas Meko A200 e pelo Exército, em sua versão terrestre. É usado também pela Marinha da Finlândia, nos navios-patrulha classe “Hamina“. Em 2004, a Marinha do Brasil teria demonstrado interesse na compra do míssil para o NAe São Paulo.
Cada Umkhonto pesa 130kg, tem 3,3m de comprimento, alcance de 12km (25km na versão R) e velocidade de Mach 2,5 (800m/s).
Muito bacana esse missíl.
[]'s
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein
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