1)-Você distorceu tudo Carlos. Eu disse que o Tio Sam ri por último, não quer dizer que eu acho o melhor para nós. Você que extraiu um juízo de valor sobre um fato.
2)-O Brasil terá uma economia pujante até 2020. Para eles é interessante nos ter em parceria, porque enfraquece o BRIC e fortalece a eles. O pessoal que está no Itamaraty é bastante qualificado para saber, no frigir dos ovos o que é interessante para nós. Você só coloca que seria ruim nos alinharmos com eles, mas o que de dizer da China que só investe aqui trazendo "semi-escravos" de lá para ocupar postos de trabalho que a princípio seriam nossos.
Eu estou com o Brasil, não contra os EUA.
Desculpe separar, mas facilita meus comentários.
1)- Bem, eu penso o mesmo, só acho que por tráz dessa "emergência" toda tem mais do que apenas um presidente maluquete e suas novas armas, ou outro presidente e seus ansejos nucleares. Nem um nem outro tem cacife prá nos afrontar militarmente, nem de longe e mesmo hoje. Portanto, resta a questão política/comercial, que é a verdadeira razão da "emergência". Basta observar a história, ela nos ensina.
2)-Mas em momento algum eu disse que deveríamos abandonar os EUA, a UE ou qualquer outro parceiro comercial para termos realções carnais com a China, nem eu penseria isso, mesmo sendo o comunista do DB. Aliás, querer me colocar a pecha de comunista é a maneira mais ridícula de se debater aqui, mas na falta de argumentos, parte-se para o ataque pessoal. Isso também a história nos mostra.
Voltando. Se é importante para os EUA que fiquemos "ao seu lado", é porque alguém vai se sobrepor nessa história, e adivinha quem é? "There's no free lunch" ou "There's no free F-16B-60". Equipando nossas FAs com equipamento deles nos setores mais sensíveis, facilita o serviço deles ou dificulta? Isso dá a eles maior peso na hora de exigir algo de nós ou não? Quem é que está chegando e incomodando os reis da colina? Então, seria ingenuidade acreditar que estamos nos tornando importantes e bons meninos, que vamos ganhar arminhas e tal. Eles estão no papel deles de defender ferozmente o que é deles, caberia a nós pensar no Brasil assim, como país que quer ser grande, se é que se quer mesmo, né?
Se comprássemos os caças russos/franceses, o que isso atrapalharia nossa relação com os EUA? A não ser que, além de interesses comerciais e fraternos desejos ambientais relacionados ao álcool, haja algo mais nessa súbita vontade de nos ajudar contra o mal vermelho. Nós podemos continuar nos relacionando perfeitamente com todos os nossos parceiros habituais, uma coisa não elimina a outra, até porque, nosso volume de vendas com a Rússia teria que ser gigantescamente maior para tornarmo-nos ancorados na Rússia devido a essa compra. E como pode ser obsevado pelos atos do governo, o que se quer é justamente diversificar nosso parceiros comerciais. Nunca foi boa política colocar todos os ovos sob a mesma galinha, daí que não seria pela mera compra de caças que passaríamos a ter realações carnais com a Rússia. Acabou(dizem) aquela época em que um espirro nos EUA era uma paneumonia aqui, em que pese o desagrado de muitos. Não devemos mais ao FMI. E tantas outras coisas que mudaram, diminuindo nossa fragilidade externa, segundo o que dizem praticamente todos os economistas e o tal de risco país, que não para de cair.
Pois bem, se estamos no caminho da independência econômica e política, pois que não nos alinhamos com o terror vermelho sul-americano, o sr Chávez, esse que até ICBM vai ter em breve, ou ao nosso vizinho ao sul, que agora quer armas nucleares. O que temer de uma compra de armas que nos dê alguma independência? Nós, nada, mas certamente um país dominando economicamente o continente e independentemente alinhado, certamente isso incomoda sinhô. Sinhô mexeu habilmente seus pauzinhos e os resultados já se fazem perceber.
Se pelo menos aprendermos com eles, já vai valer à pena, nem que seja prá não cair noutra mais tarde. Que venham nossos F-16/B-60!!!!
