Fórum Defesa Brasil

prp escreveu:Na minha opinião NÃO. Levar um cara para a UTI porque treinou demais é um erro no treinamento. Pedir o desligamento é para os fracos que não conseguem chegar até o limite. Ou seja o cara vai pedir o desligamento ANTES de chegar ao limite, por isso a PENEIRA.

O treinamento não poder ser considerado ruim porque o cara foi parar na UTI. O Curso é dificil, mas ele tem um nivel e tem que ser mantido.
O objetivo não é terminar o curso. É questão de nivel. O nivel é alto porque querem os melhores. Se o treinamento for feito para todos teminarem o curso então ele perde a finalidade.
É como aliviar um aluno do curso de engenharia que não sabe fazer calculo. Então todos vão poder ser engenheiros. E não adianta ele terminar o curso, mas não ser um engenheiro.

Já o caso dos exageros é diferente. O instrutor foi além do programa de treinamento. Isso sim tem que acabar.

Guerra escreveu:

prp escreveu:Na minha opinião NÃO. Levar um cara para a UTI porque treinou demais é um erro no treinamento. Pedir o desligamento é para os fracos que não conseguem chegar até o limite. Ou seja o cara vai pedir o desligamento ANTES de chegar ao limite, por isso a PENEIRA.

O treinamento não poder ser considerado ruim porque o cara foi parar na UTI. O Curso é dificil, mas ele tem um nivel e tem que ser mantido.
O objetivo não é terminar o curso. É questão de nivel. O nivel é alto porque querem os melhores. Se o treinamento for feito para todos teminarem o curso então ele perde a finalidade.
É como aliviar um aluno do curso de engenharia que não sabe fazer calculo. Então todos vão poder ser engenheiros. E não adianta ele terminar o curso, mas não ser um engenheiro.

Já o caso dos exageros é diferente. O instrutor foi além do programa de treinamento. Isso sim tem que acabar.

O instrutor tem que perceber que o cara está mal, e eliminá-lo, sei que é muito difícil o cara ser eliminado do curso sem pedir pra sair, talvez seja daí que partem os abusos e o cara vai parar na UTI.
Normalmente o instrutor sabe que o cara é um fraco, e não serve para a tropa, mas como é difícil desliga-lo pelo regulamento o cara vai ser ralado até pedir por si só, porém o sujeito pode ser fraco mas é obstinado e não desiste, aí ele vai parar na UTI.

EDIT. é um opinião minha, pode ser uma completa besteira.

prp escreveu:O instrutor tem que perceber que o cara está mal, e eliminá-lo, sei que é muito difícil o cara ser eliminado do curso sem pedir pra sair, talvez seja daí que partem os abusos e o cara vai parar na UTI.
Normalmente o instrutor sabe que o cara é um fraco, e não serve para a tropa, mas como é difícil desliga-lo pelo regulamento o cara vai ser ralado até pedir por si só, porém o sujeito pode ser fraco mas é obstinado e não desiste, aí ele vai parar na UTI.

EDIT. é um opinião minha, pode ser uma completa besteira.

Mas não tem como, prp. Num curso de combate é todo mundo se arrastando de sono e cansaço o tempo todo. Todo mundo de olho fundo de fome. É todo mundo no limite o tempo todo, porque esse é o objetivo do curso. A linha entre o normal e a UTI é muito pequena. O cara esta bem numa instrução na outra ele cai desmaiado.
Nesses cursos toda semana tem exame médico. No guerra na selva tinha gente que colocava moedas na sunga porque estava na lista dos que estavam perdendo muito peso, porque os médicos podem propor o desligamento por motivo de saúde. Mas se for desligar quem esta mal, vai todo mundo. É um ou outro que esta num estado critico que sao desligados por motivo de saúde sem o próprio aluno tomar iniciativa.
Se tirar essa caracteristica o curso perde a finalidade. No passado os instrutores tinham mais autoridade para desligar, nem por isso deixava de ter excessos. Inclusive isso acabou porque muitos abusavam desse poder e acabavam desligando alunos que tinham condições de terminar o curso. Porque o excesso na verdade vem do instrutor, não do curso. A natureza do curso faz o instrutor muitas vezes tomar odio dos alunos. Porque é uma relação que ele representa o tempo todo e chega um momento que ele passa a acreditar naquilo. É dai que o cara dá tapa, chute, porrada, varada. Mas tb tem aqueles que a função é ajudar o aluno.

Tropas Especiais (II): Os Rangers de Lamego


Criado em 1960 para responder a um novo tipo de combate - A guerra subversiva - , o Centro de Tropas de Operações Especiais de Lamego forma militares de elite, especializados em operações não convencionais.


Combate. Os treinos dos militares conhecidos como rangers – porque os primeiros cursos se basearam na instrução desta tropa de elite americana – incluem o combate urbano


Resgate. Os militares treinam o resgate de um refém


Anfíbios. Exercício num rio da região de Lamego, onde funciona o Centro de Instrução de Tropas Especiais


Sniper. O tiro de precisão é uma das valências dos rangers


Físico. Instrução é muito exigente


Exercício. Parelha sniper


Exercício. Parelha sniper


Escalada. Um militar desce uma escarpa em rapel australiano, de frente para o chão. O CTOE começou por formar companhias de caçadores especiais e depois rangers, a partir de 1963


Operações. Nos últimos anos, os rangers cumpriram missões de alto risco no Afeganistão e no Kosovo


Exigência. Para entrar nos rangers, os candidatos têm de mostrar resistência física e mental para cumprir o lema ‘Que os muitos por ser poucos não temamos’


Pontaria. Uma bala atingida por um tiro de sniper a meio do invólucro

http://www.cmjornal.xl.pt/multimedia/fo ... =2#noticia

Sobre a questão do treinamento. Entendi os 'porquês' essa semana.

Segunda feira começou o meu curso de choque, acabou ontem com o simulado. Chamada todos os dias 6:10, voltava em casa lá paras as 23:00.

Nunca ralei tanto na minha vida, corremos por BH com equipamento de choque, mais um Fz 7,62 do nosso BTL até a APM (cerca de 6km). Gás CS todos os dias, spray de pimenta na hora da prova enquanto o instrutor te mandava parar e pagar 10 com punho cerrado, pouca comida e água, correndo no complexo do Btl com equipamento de choque, mais o Fz e com máscara de gás. Na terça tivemos um acampamento mega caveira.

Beleza... durante a semana toda, teve um militar que se arrastou, quase não aguentava o rala, mas quis desistir de modo algum. Na sexta, durante o simulado (que estava no meu comando), na primeira formação em guarda baixa que mandei para esperar o fogo da barricada apagar, esse mesmo militar abandonou a linha e correu, pois não aguentou o gás CS e a carga dos manifestantes. Segunda feira ele vai se apresentar na P1 (RH)...

Por isso entendi o porquê da humilhação e do ranca. Emagreci uns 4kg, tô todo machucado, mas sei que se precisar aguentar tudo isso pra cumprir a missão que me será dada, farei sem problemas.

Tropa especial não leva esse nome atoa. Descobri o quanto é difícil correr com um FAL e chegar lá no topo do morro em condições de sustentar o peso do fuzil. Em pouco tempo de operação, até empunhar a pst começa a ficar desconfortável. Mas sempre dá pra aguentar um pouco mais.

É na hora do desconforto que se descobre o caráter do combatente.

Tropa especial não leva esse nome atoa. Descobri o quanto é difícil correr com um FAL e chegar lá no topo do morro em condições de sustentar o peso do fuzil. Em pouco tempo de operação, até empunhar a pst começa a ficar desconfortável. Mas sempre dá pra aguentar um pouco mais.

É na hora do desconforto que se descobre o caráter do combatente.

Você já está pronto.

Espero que sim.

Amanhã volto à rotina do meu pelotão. Não vejo a hora de pôr em prática tudo que vi no treinamento.

Ha' um seriado muito interessante no canal TruTV (na Sky o canal 56), chamado "Chris Ryan Elite Police". O documentario e' sobre forcas policiais de elite, mas o nivel das que vi as tornam quase uma forca de combate, dado o cenario e o treinamento das mesmas. O narrador, que normalmente acaba fazendo um pequeno estagio nos mesmos cursos, e' veterano do SAS britanico, tendo ficado famoso por sua participacao na missao "Bravo Two Zero", que acabou virando livro e filme, com o mesmo nome.
Na ultima segunda, as forcas apresentadas foram o "junglas", da Colombia, para combate as FARCS e o narcotrafico e o... BOPE!! Sobre o nosso representante, foi interessante ver que as tomadas tiveram combate real na favela, com o veterano assustado! No final ele confessou que esperava encontrar violencia, mas nao guerra!! E assustou-se com a falta de penetracao do Estado na favela. Infelizmente, nossa realidade...

Vale conferir, boa amostra do nivel das tropas apresentadas.

Esse programa já já tem anos, quando o vi o episódio acerca do BOPE da PMRJ ainda vivia na casa dos meus pais.

Parabéns Pereira,
voçê vai descobrir o quanto é dificil explicar essa ralação e o sangue nos olhos para quem nunca passou por um treinamento desses.
Muita gente vai falar que o curso é 70% ralação e 30% técnica, não liga não .

Pereira escreveu:Sobre a questão do treinamento. Entendi os 'porquês' essa semana.

Segunda feira começou o meu curso de choque, acabou ontem com o simulado. Chamada todos os dias 6:10, voltava em casa lá paras as 23:00.

Nunca ralei tanto na minha vida, corremos por BH com equipamento de choque, mais um Fz 7,62 do nosso BTL até a APM (cerca de 6km). Gás CS todos os dias, spray de pimenta na hora da prova enquanto o instrutor te mandava parar e pagar 10 com punho cerrado, pouca comida e água, correndo no complexo do Btl com equipamento de choque, mais o Fz e com máscara de gás. Na terça tivemos um acampamento mega caveira.

Beleza... durante a semana toda, teve um militar que se arrastou, quase não aguentava o rala, mas quis desistir de modo algum. Na sexta, durante o simulado (que estava no meu comando), na primeira formação em guarda baixa que mandei para esperar o fogo da barricada apagar, esse mesmo militar abandonou a linha e correu, pois não aguentou o gás CS e a carga dos manifestantes. Segunda feira ele vai se apresentar na P1 (RH)...

Por isso entendi o porquê da humilhação e do ranca. Emagreci uns 4kg, tô todo machucado, mas sei que se precisar aguentar tudo isso pra cumprir a missão que me será dada, farei sem problemas.

Tropa especial não leva esse nome atoa. Descobri o quanto é difícil correr com um FAL e chegar lá no topo do morro em condições de sustentar o peso do fuzil. Em pouco tempo de operação, até empunhar a pst começa a ficar desconfortável. Mas sempre dá pra aguentar um pouco mais.

É na hora do desconforto que se descobre o caráter do combatente.

cabeça de martelo escreveu:Esse programa já já tem anos, quando o vi o episódio acerca do BOPE da PMRJ ainda vivia na casa dos meus pais.

Ola, cabeca!

2008 ou 2009, foi o que vi nos creditos finais. Nao sei se ja passava aqui por essas bandas, mas de qualquer forma, infelizmente, por aqui a coisa nao mudou muito...

Sds!

moura escreveu:Parabéns Pereira,
voçê vai descobrir o quanto é dificil explicar essa ralação e o sangue nos olhos para quem nunca passou por um treinamento desses.
Muita gente vai falar que o curso é 70% ralação e 30% técnica, não liga não .

Pereira escreveu:Sobre a questão do treinamento. Entendi os 'porquês' essa semana.

Segunda feira começou o meu curso de choque, acabou ontem com o simulado. Chamada todos os dias 6:10, voltava em casa lá paras as 23:00.

Nunca ralei tanto na minha vida, corremos por BH com equipamento de choque, mais um Fz 7,62 do nosso BTL até a APM (cerca de 6km). Gás CS todos os dias, spray de pimenta na hora da prova enquanto o instrutor te mandava parar e pagar 10 com punho cerrado, pouca comida e água, correndo no complexo do Btl com equipamento de choque, mais o Fz e com máscara de gás. Na terça tivemos um acampamento mega caveira.

Beleza... durante a semana toda, teve um militar que se arrastou, quase não aguentava o rala, mas quis desistir de modo algum. Na sexta, durante o simulado (que estava no meu comando), na primeira formação em guarda baixa que mandei para esperar o fogo da barricada apagar, esse mesmo militar abandonou a linha e correu, pois não aguentou o gás CS e a carga dos manifestantes. Segunda feira ele vai se apresentar na P1 (RH)...

Por isso entendi o porquê da humilhação e do ranca. Emagreci uns 4kg, tô todo machucado, mas sei que se precisar aguentar tudo isso pra cumprir a missão que me será dada, farei sem problemas.

Tropa especial não leva esse nome atoa. Descobri o quanto é difícil correr com um FAL e chegar lá no topo do morro em condições de sustentar o peso do fuzil. Em pouco tempo de operação, até empunhar a pst começa a ficar desconfortável. Mas sempre dá pra aguentar um pouco mais.

É na hora do desconforto que se descobre o caráter do combatente.

Pois é. Difícil entender sem passar na pele!

Caveira!!

alcmartin escreveu:

cabeça de martelo escreveu:Esse programa já já tem anos, quando o vi o episódio acerca do BOPE da PMRJ ainda vivia na casa dos meus pais.

Ola, cabeca!

2008 ou 2009, foi o que vi nos creditos finais. Nao sei se ja passava aqui por essas bandas, mas de qualquer forma, infelizmente, por aqui a coisa nao mudou muito...

Sds!

O BOPE recebeu mais material, fez-se operações de pacificação em algumas favelas, ...

Aí Galera,
quem puder assista o filme " Forças Especiais", será uma grande oportunidade de ver um EC725 em operação e os Super Pumas.
O filme é francês e mostra a aventura de uma equipe das Forças Especiais francesas para resgatar uma reporter no Paquistão.
Vale apena ver.
Abs.