O pulo do gato seria um plástico verde e QUE FOSSE BIODEGRADÁVEL !!!
Se não me engano, já existe plástico biodegradável, originário do milho.
Salu2.
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Dom Set 26, 2010 9:38 pm
por Enlil
Russos negociam com o Brasil para investir no pré-sal
23/09/2010
Representantes da ANP e da Petrobrás conversaram com empresas do setor de energia da Rússia que querem se estabelecer no País
Jamil Chade / MOSCOU – O Estado de S.Paulo
Os russos vão desembarcar no Brasil. Empresas do setor de gás natural e de tecnologia de extração vão abrir escritórios no Rio de Janeiro e propõem investimentos no pré-sal para permitir que se explore não apenas o petróleo, mas também para capturar e comercializar o gás que sairá das reservas.
Há uma semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Petrobrás mantiveram conversas preliminares em Moscou com algumas das gigantes do setor, entre elas a Gazprom – a maior empresa de gás natural do mundo.
A decisão foi a de iniciar rodadas de negociações ainda neste ano, no Brasil, para tentar identificar de que forma o investimento russo poderia ser incorporado aos projetos do pré-sal. “Eles (russos) se mostraram muito interessados em fazer o processo caminhar rápido”, afirmou Carlos Paranhos, embaixador do Brasil na Rússia.
No segundo trimestre do ano, a estatal Gazprom obteve lucros três vezes maiores que os obtidos no início de 2009, com um total líquido de US$ 10,6 bilhões. Depois de ser afetada pela crise em 2008 e pela queda do consumo de gás na Europa com a recessão, a empresa volta agora a lucrar e pensar em novos investimentos. Nesse processo, o Brasil aparece como uma das prioridades, além do mercado asiático, que continua em plena expansão. Por enquanto, os valores dos investimentos não estão sendo divulgados.
Estratégia. Mas, segundo Paranhos, a Gazprom será a primeira a ter um escritório no País, já com vistas a uma presença permanente no pré-sal a partir deste ano. Empresas como a Zarubezhneft e a Power Machines também estão entre as que participam das negociações.
O próprio Kremlin considera a aproximação como parte de uma estratégia política na América do Sul.
“O governo russo está preparado para fornecer uma ampla variedade de serviços no setor de energia para garantir a expansão da cooperação entre Brasil e Rússia”, afirmou Stanislav Dorzhunkevich, um dos principais representantes do Ministério de Energia da Rússia.
Esta não é a primeira vez que os russos ensaiam um desembarque no Brasil para investir no setor de energia. Há cinco anos, a Gazprom deixou claro que gostaria de participar das obras de dutos entre Venezuela e Brasil.
Segundo o jornal Moscow Times, de língua inglesa, empresas estrangeiras ainda têm um acesso limitado ao setor de energia no Brasil e afirma que o segmento anda é caracterizado por um “alto nível de controle estatal”. Para o jornal, o fato de a candidata a presidente Dilma Rousseff ter sido ministra de Energia mostra a importância do setor na estrutura de poder no Brasil.
A aproximação entre empresas russas e brasileiras teria um sentido muito mais estratégico que benefícios tecnológicos reais para o Brasil. “A Rússia empresta sua reputação, enquanto a iniciativa permite que o Brasil mostre que está se abrindo, sempre em seu termos e condições”, afirmou Andrew Neff, analista da IHS Energy, entidade com sede em Washington.
Outra prioridade da Rússia é o de direcionar mais seu abastecimento de gás para a China, reduzindo o fluxo para a estagnada Europa. Ontem, Pequim e Moscou fecharam um acordo para garantir o fornecimento de energia pela Gazprom no mercado chinês.
O primeiro fornecimento ocorrerá em 2015, mas ainda não está estabelecido o preço. A previsão é de que 70 bilhões de metros cúbicos de gás natural seriam enviados da Gazprom para a China por ano.
Governo eleva para 64% participação no capital votante da Petrobras
Com o processo de capitalização da Petrobras, o governo federal aumentou sua participação na estatal, detendo agora 64% do capital votante e 48% do capital social.
As informações, já divulgadas no Brasil no início da semana, foram encaminhadas hoje (28) à Securities Exchange Comission (SEC), a reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos.
No comunicado, a Petrobras informa que o capital votante, que são as ações ordinárias, com direito a voto, pertencente ao governo federal, passou de 57,5% para 64%.
Já a fatia do capital social, que é composto por ações ordinárias e preferenciais (sem direito a voto), pertencente ao governo passou de 39,8% para 48%, distribuídos da seguinte forma: 33,2% da União; e 11,8% do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ainda no capital social, o Fundo Soberano tem 3%; a Previ (Fundo de Pensão dos funcionários do Banco do Brasil), 2,9%; e a Petros (Fundo de Pensão dos funcionários da Petrobras), 0,8%.
Com isso, o governo brasileiro junto com os fundos de pensão detém 51,7% da empresa. Os 48,3% restantes estão distribuídos pelo mercado.
O processo de capitalização da Petrobras com vistas à exploração de petróleo e gás natural nos blocos da região do pré-sal da Bacia de Campos, foi iniciado no último dia 13.
(Agência Brasil)
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Seg Out 04, 2010 7:38 pm
por Enlil
Atualizado em 4 de outubro, 2010 - 13:53 (Brasília) 16:53 GMT
Iraque anuncia aumento de 24% nas reservas de petróleo
O governo do Iraque anunciou nesta segunda-feira que as reservas de petróleo do país aumentaram em 24% em relação ao balanço anterior, feito antes de o presidente Saddam Hussein ter sido afastado do poder, em 2003.
O ministro do Petróleo, Hussein Al-Shahristani, disse em uma coletiva em Bagdá que as reservas do país agora somam 143 bilhões de barris. Antes, elas eram estimadas em torno de 115 bilhões de barris.
Mesmo com o aumento, o Iraque permanece como o quarto país do mundo em volume de reservas conhecidas, atrás de Arábia Saudita, Canadá e Venezuela – segundo dados da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e do governo americano.
Segundo Al-Shahristani, o país conseguiu chegar aos novos números com a ajuda de companhias internacionais de petróleo.
Novos campos
"O número vai aumentar quando nós estudarmos e descobrirmos novos campos de petróleo e desenvolvermos novas técnicas. Existem vários campos de petróleo ainda não descobertos e espero que eles sejam adicionados às reservas do Iraque", afirmou.
Na época em que Saddam estava no poder, devido às sanções e ao isolamento político do país, foram feitos poucos trabalhos no setor de exploração de petróleo.
Al-Shahristani acrescentou que agora o Iraque vai informar oficialmente a nova cifra à Opep para o reconhecimento internacional das reservas.
Atualmente o Iraque está isento das cotas da Opep e exporta apenas cerca de 2,5 milhões de barris por dia, bem abaixo de sua meta de entre 10 milhões e 12 milhões de barris por dia nos próximos dez anos.
08/10/2010
Petrobras anuncia descoberta de gás no Peru e reforça produção no Espírito Santo
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras divulgou nota hoje (8) informando a descoberta de gás natural no Peru, em um campo conhecido como Lote 58. Segundo a estatal brasileira, o poço está localizado no departamento de Cuzco, próximo à localidade de Camisea. A Petrobras atua no Peru por meio da Petrobras Energia Peru S.A. (PEP), que detém 100% de participação no campo descoberto. O poço tem 4,4 mil metros de profundidade e ainda está em fase de avaliação.
É a segunda descoberta no mesmo lote, que já havia dado sinais positivos de gás em perfuração feita no fim de 2009. A Petrobras estima que os dois poços juntos contêm um volume potencial e recuperável de 48 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás.
No Brasil, a estatal anunciou o aumento da oferta de gás natural já a partir desta semana, com a entrada em operação de três empreendimentos no Espírito Santo, que elevam a capacidade de produção e processamento do produto. Entram em operação o segundo módulo da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), a pré-operação da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTG Sul) e o Campo de Gás de Canapu, no litoral norte do estado. A produção diária de gás do Espírito Santo passará de 10 milhões de m³ para 12 milhões de m³, que serão processados pelos novos empreendimentos.
Enlil escreveu:08/10/2010
Petrobras anuncia descoberta de gás no Peru e reforça produção no Espírito Santo
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras divulgou nota hoje (8) informando a descoberta de gás natural no Peru, em um campo conhecido como Lote 58. Segundo a estatal brasileira, o poço está localizado no departamento de Cuzco, próximo à localidade de Camisea. A Petrobras atua no Peru por meio da Petrobras Energia Peru S.A. (PEP), que detém 100% de participação no campo descoberto. O poço tem 4,4 mil metros de profundidade e ainda está em fase de avaliação.
É a segunda descoberta no mesmo lote, que já havia dado sinais positivos de gás em perfuração feita no fim de 2009. A Petrobras estima que os dois poços juntos contêm um volume potencial e recuperável de 48 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás.
No Brasil, a estatal anunciou o aumento da oferta de gás natural já a partir desta semana, com a entrada em operação de três empreendimentos no Espírito Santo, que elevam a capacidade de produção e processamento do produto. Entram em operação o segundo módulo da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), a pré-operação da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTG Sul) e o Campo de Gás de Canapu, no litoral norte do estado. A produção diária de gás do Espírito Santo passará de 10 milhões de m³ para 12 milhões de m³, que serão processados pelos novos empreendimentos.
Enquanto isso a Bolivia Ta é pecado rir da desgraça alheia, porem neste caso me confesso um pecador
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Seg Out 11, 2010 9:20 pm
por marcelo l.
Longo artigo sobre Belo Monte deixo só o começo com link indicado...
BELO MONTE VIROU “GENI”
Eng. José Antonio Feijó de Melo
Recife, 31 de agosto de 2010
Falar mal do aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte virou moda. Parece até que todos acham que devem “jogar uma pedrinha na Geni”. Sem dúvida, isto faz parte do equivocado processo de demonização das hidrelétricas brasileiras, que se instaurou no País a partir do final dos anos 70 do século passado, como mostrado em artigo de minha autoria publicado em junho de 2008.[1]
Atualmente, as críticas a Belo Monte têm-se dirigido mais diretamente à concepção do projeto, mas na verdade elas traduzem uma aversão ao empreendimento em si, qualquer que fosse o projeto adotado, porque os autores dessas críticas, gratuitamente e de forma equivocada, assumem a premissa errada de que as hidrelétricas se constituem no maior agressor do meio ambiente, o que não é verdade! Quem assume tal opinião está na obrigação de apontar os desastres ambientais que eventualmente tenham sido provocados ao longo dos mais de 500 anos de história da construção de barragens para diversos fins, em todo mundo, e em mais de 120 anos de construções específicas para hidrelétricas. Não encontrarão.
Agora mesmo, acabo de tomar conhecimento de um artigo (?) assinado pelo Jornalista Washington Novais, intitulado Belo Monte será ‘uma vergonha’?, que me foi enviado por um amigo e, ao lê-lo, confesso que fiquei estarrecido e, como engenheiro e cidadão, indignado, pois não recordo de ter visto tantas bobagens técnicas e absurdos escritos juntos e com tanta convicção. Por isso, senti-me na obrigação de contestá-lo. É o que faço na seqüência.
"7 – Por último, o artigo apresenta, à guiza de “conclusão final”, aquilo que se poderia considerar de “equívoco final”. Afirmar, sem qualquer base ou conhecimento técnico específico, que Belo Monte será capaz de gerar “apenas um quarto da produção anual de Itaipu” (sic). Esta afirmação está completamente errada e não deveria ter sido feita de forma tão inconseqüente. Somente isto já seria suficiente para desqualificar todo o artigo, se já não fosse ele pleno de incongruências.
Com efeito, conforme já mencionado, a energia firme de Belo Monte foi determinada e aceita como sendo de 4.571 MW médios. Se fosse “apenas um quarto da produção anual de Itaipu”, significa dizer que a energia firme de Itaipu seria de 4x4.571 MW médios, isto é, 18.284 MW médios. Ora, o autor do artigo sabe qual é a energia firme de Itaipu? Sabe qual é a capacidade instalada em Itaipu? Certamente que não, pois se soubesse não teria afirmado o que afirmou.
Pois bem, a capacidade instalada em Itaipu é de 14.000 MW, composta por 20 geradores de 700 MW cada um, dos quais a metade pertence ao Brasil e a metade ao Paraguay. Mas esta ainda não é a sua energia firme, que de fato corresponde ao total de 8.612 MW médios. Isto significa dizer que a geração anual de Belo Monte será de 53% da de Itaipu, ou seja, mais da metade desta e não apenas um quarto, como foi indevidamente afirmado no artigo".
Reportegem sobre estenção de soberania de 350 milhas
Enviado: Ter Out 12, 2010 11:18 am
por novatoop
SantaCatarinaBR - Brasil quer estender soberania de 350 milhas sobre o mar
Por causa do pré-sal, o governo está de olho na riqueza do subsolo oceânico. Boa parte dessa riqueza está na plataforma continental, que é a margem dos continentes submersa pelas águas do oceano.
Antes ainda da vigência de tratados internacionais a Marinha brasileira quer exercer soberania sobre uma área ampliada das águas territoriais, a chamada ‘Amazônia azul’, por ser tão extensa quanto a Amazônia.
Todo país tem soberania de 200 milhas sobre o mar, a partir da sua costa. Mas o Brasil quer estender esse direito para até 350. Por causa do pré-sal, o governo está de olho na riqueza do subsolo oceânico, como explica o geólogo da Universidade Católica de Brasília, Luiz Fernando Kitajima.
“Quando a América do Sul se separa da África, em torno de 200, 230 milhões de anos atrás, a região inicialmente era um mar raso, rico em atividade biológico e recebendo muito sedimento. O resultado é que formou a matéria-prima básica para a formação do petróleo e do gás natural em grandes quantidades", diz o geólogo.
Boa parte dessa riqueza está na plataforma continental, que é a margem dos continentes submersa pelas águas do oceano. Para estender o direito sobre a área, o Brasil entrou com pedido na Onu, em 2004. A comissão fez recomendações e uma nova proposta vai se enviada pelo Brasil em 2012. Só que o país, desde já, resolveu tomar posse da área.
“Os direitos do estado brasileiro, nesta extensão da plataforma continental e aí inclui o direito de autorizar pesquisa cientifica na plataforma, ele deve ser exercido já pelo Brasil ainda que a delimitação definitiva da nossa plataforma esteja em andamento", fala o secretário da comissão Interministerial, almirante Marcos José Carvalho Ferreira.
Para o professor de direito internacional da UNB, Márcio Garcia, o Brasil não estaria infringindo regras, porque, por enquanto, não há proibição.
“A comissão entender que o Brasil não tem direito, o Brasil tem que cumprir a decisão da comissão, mas não acredito que isso venha a acontecer, eu acho que é um gesto de fato político importante internamente e internacionalmente também", explica o professor.
Limite marítimo é assunto sério e quase levou o Brasil à guerra. Foi início da década de 1960 contra a França. O episódio ficou conhecido à época como a "Guerra da Lagosta".
Embarcações francesas resolveram pescar o crustáceo perto da costa brasileira. A Marinha do Brasil expulsou os europeus. O governo francês ficou irritado e mandou navios de guerra para pressionar o Brasil. Para evitar o pior, a diplomacia entrou em campo.
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Reportegem exibida dia 11/10/2010 no Jornal da Globo (Globo)
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Antes ainda da vigência de tratados internacionais a Marinha brasileira quer exercer soberania sobre uma área ampliada das águas territoriais, a chamada ‘Amazônia azul’, por ser tão extensa quanto a Amazônia.
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Re: Geopolítica Energética
Enviado: Qua Out 13, 2010 8:58 am
por Marino
Durou pouco, né?
EUA anunciam fim de moratória à exploração de petróleo no oceano
Ambiente. Decisão acontece seis meses após explosão de plataforma da BP que provocou vazamento de mais de 600 milhões de litros de óleo na costa da Louisiana, Alabama, Mississippi, Texas e Flórida; acidente foi considerado maior desastre ambiental do país
Denise Chrispim Marin CORRESPONDENTE WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
Depois de seis meses de vigência, a moratória de exploração de petróleo em águas profundas do Golfo do México deverá cair nos próximos dias, informou ontem o Departamento do Interior dos Estados Unidos. A proibição da atividade foi a primeira resposta da Casa Branca ao vazamento contínuo de petróleo após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, considerado o maior acidente ambiental da história americana.
O fim da moratória estava previsto para o próximo dia 30 de novembro. A antecipação ocorreu, principalmente, por causa da pressão da elevada taxa de desemprego - média de 9,6% em setembro - sobre o governo americano em um período eleitoral. Em novembro, o país escolherá deputados e senadores, além de parte dos governadores estaduais, em uma eleição considerada como referendo da administração federal.
A paralisação de cerca de 35 plataformas em águas americanas do Golfo do México custou pelo menos 23 mil postos de trabalho diretos e indiretos, segundo estimativas do Escritório de Administração da Energia do Oceano e de Regulação dos EUA.
Ao anunciar ontem a antecipação do fim da moratória, o secretário do Interior, Ken Salazar, assinalou a adoção de novas regras e certificações de segurança para a extração de petróleo no Golfo do México, desde agosto passado, com o objetivo de prevenir novos desastres ambientais. Porém, ele mesmo reconheceu que, "na verdade, sempre haverá riscos associados à exploração em águas profundas".
"Nós fizemos e continuamos a fazer significantes progressos na redução de riscos associados à exploração de petróleo e de gás em águas profundas", afirmou Salazar. "A indústria de petróleo e de gás vai operar sob normas estreitas, forte inspeção e regulação ambiental, que serão dinâmicos, com base nas reformas que nós já adotamos", completou.
A explosão da plataforma Deepwater Horizon provocou a morte de 11 trabalhadores da BP e o vazamento, ao longo de 86 dias, de um total de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México. O acidente teve um impacto colossal sobre o meio ambiente e a economia da região, agravado pelos métodos e produtos tóxicos usados nas semanas seguintes para a dispersão do óleo. Oito parques nacionais e quase 16 mil espécies de aves e de animais marinhos foram atingidos.
Críticas. O governo do presidente Barack Obama foi duramente criticado por organizações ambientais e pela oposição republicana por ter demorado a perceber o tamanho e a repercussão da tragédia na região.
Apenas em meados de junho, a Casa Branca começou a reagir. Primeiro, com a pressão para que a BP criasse um fundo de US$ 20 bilhões para o pagamento de indenizações aos setores afetados- em especial, a pesca e o turismo. Depois, com a adoção da nova regulação sobre a exploração de petróleo no Golfo do México, após críticas sobre a relação entre a fiscalização do governo e as empresas.
CRONOLOGIA
Desastre foi maior dos EUA
20/04/2010
Acidente
Explosão em plataforma da empresa BP no Golfo do México mata 11 funcionários.
22/04/2010
Vazamento
Quantidades desconhecidas de óleo começam a vazar do poço onde ocorreu a explosão.
27/05/2010
Moratória
Novas perfurações em águas profundas na costa americana são proibidas pelo presidente Barack Obama.
16/07/2010
Operações
Após inúmeras tentativas fracassadas, uma operação da BP consegue vedar parte do vazamento
.
26/07/2010
Demissão
O presidente da BP deixa o cargo.
06/08/2010
Controle
BP anuncia que conseguiu conter o vazamento, ao bombear cimento e lama para dentro do poço.
03/09/2010
Novo acidente
Plataforma da companhia americana Mariner Energy explode na região.
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Qua Out 13, 2010 9:25 am
por joao fernando
pafuncio escreveu:O pulo do gato seria um plástico verde e QUE FOSSE BIODEGRADÁVEL !!!
Se não me engano, já existe plástico biodegradável, originário do milho.
Salu2.
Mais velho que minha vó. O que queremos, é o carbono. Com ele, obtemos as fibras e moleculas plasticas - inclusive, gasolina, querosene de aviação e diesel, a partir do carbono do milho, cana, e outras plantas
O futuro é a gasolina obtida da cana, não alcool combustivel. O mesmo pro platico, a mesma molecula, mas obtida do carbono na cana
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Qui Out 14, 2010 8:56 am
por Marino
Consolidado no país, etanol brasileiro avança rumo à internacionalização
ANÁLISE BIOCOMBUSTÍVEIS
JOSÉ CARLOS GRUBISICH
ESPECIAL PARA A FOLHA
O setor de bioenergia no Brasil já consolidou uma história de sucesso e criou as competências necessárias, tangíveis e intangíveis, para atender em sua plenitude o crescimento da demanda nacional, que dobrou nos últimos quatro anos e deve superar 50 bilhões de litros por ano até 2015.
Esse crescimento, resultado do lançamento do carro flex e as recentes aplicações do etanol em novas tecnologias desenvolvidas no Brasil, como a do primeiro plástico verde renovável do mundo, elevou os investimentos e reforçou a importância do setor de bioenergia na economia nacional, criando um panorama novo e promissor.
Adicionalmente, os principais países refletem sobre a definição de uma nova matriz energética que garanta maior segurança de abastecimento e contribua para a redução da emissão de CO2 no planeta.
O mundo está convencido da necessidade imediata de se criar uma economia de baixo carbono e menos dependente de combustíveis fósseis.
Nesse cenário, o etanol da cana destaca-se como uma das melhores alternativas de energia limpa, renovável e competitiva.
Existe hoje um debate sobre a verdadeira condição do Brasil para atender às demandas nacionais e internacionais no médio e longo prazos. Esse é, entretanto, um falso dilema, pois o setor de bioenergia nacional tem, sim, condições de liderar esse processo. A experiência adquirida na produção de etanol no país é sucesso tecnológico, e os produtores estão preparados para assumir desafios de crescimento da demanda internacional.
Essa "preparação" se dá tanto por meio do aumento da capacidade das unidades agroindustriais existentes como por meio da construção de novas plataformas em outras geografias, como América Latina e África. Isso garantirá a segurança da oferta de etanol no médio e longo prazos.
A indústria de bioenergia está engajada na consolidação do etanol como fonte de energia limpa e competitiva, e essa conquista traz, além de novos investimentos, desenvolvimento econômico, maior geração de empregos e inúmeros ganhos ao planeta na questão climática.
É necessário, entretanto, que líderes dos principais mercados potenciais como Estados Unidos, Japão e União Europeia definam, de forma clara e objetiva, políticas e regras que sinalizem compromissos formais de inclusão do etanol brasileiro como fonte alternativa viável às demandas crescentes para os próximos 10 a 20 anos, deixando evidente o papel e a isonomia da nossa bioenergia na matriz energética internacional.
A partir dessa transformação, as empresas brasileiras terão condições de tomar as decisões necessárias para superar as expectativas do mercado nacional e internacional, e o Brasil poderá protagonizar a produção mundial de energia limpa, competitiva e renovável.
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Qui Out 14, 2010 9:45 am
por joao fernando
Eu vejo o melhor dos dois mundos: o alcool combustivel, para uso energetico, desaparecerá. Em seu lugar compostos sinteticos, com melhor aproveitamento da energia que no final, é solar
Quanto a africa, ainda tem um potencial enorme para produção de compostos carbonicos que dara origem a esses produtos energeticos. Mais que cana, queremos plantas e tecnologia para entrar a cana inteira de um lado, e do outro, cadeias de carbono que vão virar gasolina de 1º. diesel e querosene de aviação, e moleculas plasticas. E isso com cana, soja, dende...
Re: Geopolítica Energética
Enviado: Qui Out 14, 2010 10:13 pm
por Pedro Gilberto
China quer investir em transmissão de energia no Brasil
14/10/2010 - 09h41
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Depois do primeiro passo no setor elétrico brasileiro por meio da compra de sete concessionárias de energia, a China quer agora investir nos setores de transmissão e geração, afirmou ontem em Pequim o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hübner.
Do lado brasileiro, o maior interesse está na importação de tecnologia chinesa em linhas de transmissão para longas distâncias, considerada de ponta. No Brasil, as linhas chegam a 600 KV (quilovolts) em corrente contínua, enquanto a China é o único país a alcançar um padrão de 1.000 KV.
Essa tecnologia, explica Hübner, é a mais eficaz para cobrir distâncias de até 2.000 km -assim como o Brasil, vários dos importantes centros de produção de energia chineses estão longe dos principais mercados consumidores. Assim, uma linha de transmissão chinesa consegue substituir quatro linhas mais convencionais.
O potencial para uso da tecnologia chinesa está principalmente nos projetos na área amazônica, que concentra os grandes investimentos do setor. É o caso da usina Belo Monte (PA), cujo leilão para transmissão da energia deve ocorrer no ano que vem.
Por outro lado, a Aneel quer impor condições, como a transferência de tecnologia, num modelo semelhante ao adotado pela China para as multinacionais no país.
"Não nos interessa comprar uma tecnologia que só os chineses têm e ficar na mão deles. Estamos discutindo muito com eles a possibilidade de eles levarem a fabricação de equipamentos. Queremos usar com eles as mesmas políticas que eles usam com as nossas empresas", disse Hübner, em entrevista na Embaixada do Brasil em Pequim.
O diretor-geral da Aneel também vê dificuldades dos chineses para entender o modelo de concessão brasileiro e para obter informações atualizadas. Como exemplo, contou que, durante encontro ontem com o ministro da Energia chinês, Zhang Guobao, ele demonstrou interesse no leilão para a construção da usina de Belo Monte, cujo resultado já saiu seis meses atrás, em abril.
Hübner diz que, na área de geração, os chineses demonstraram interesse em investir principalmente em energia eólica e que já há conversas com a Eletrobras.
Em maio, a gigante estatal chinesa State Grid anunciou a compra de sete concessionárias no Brasil por R$ 3,1 bilhões. O negócio foi considerado um teste para conhecer o mercado brasileiro.
Este é a segunda descoberta em duas semanas. O nono poço do Tupi, ao largo do Rio de Janeiro, poderá receber um dos navios-plataforma para operar.
A 290 quilómetros da costa do Estado do Rio de Janeiro, o consórcio formado pela Galp, Petrobras e BG Group, descobriu mais um poço de petróleo na área do Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. Este é o segundo poço do Tupi anunciado no espaço de duas semanas.
O novo poço - tratado por Tupi SW - será agora alvo de "testes de formação nos próximos meses", segundo o comunicado da Galp enviado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Depois dessa fase, e "confirmando-se as produtividades esperadas, o consórcio estudará a instalação, no Sul da área de Tupi, de um dos primeiros navios-plataforma, que estão a ser projectados para operar no pré-sal na Bacia de Santos".
Para a Galp - que detém 10% do consórcio que explora o bloco BM-S-11 -, esta nova perfuração "confirmou o potencial de petróleo leve e gás natural recuperável nos reservatórios do pré-sal daquela área, estimado entre cinco e oito mil milhões de barris de petróleo".
Petrobras acha petróleo em águas profundas no Nordeste
27 de outubro de 2010
A Petrobras informou nesta quarta-feira que a perfuração do primeiro poço em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas, no Nordeste brasileiro, identificou a presença de petróleo leve de qualidade semelhante ao das águas profundas da Bacia de Campos.
"Trata-se de uma nova fronteira exploratória. Foi confirmada a existência de grandes acumulações nas porções mais distantes dessa bacia, com volumes superiores àqueles encontrados nos campos de Guaricema e Dourado, em águas rasas", afirmou a estatal.
O poço, denominado 1-BRSA-851-SES (1-SES-158), conhecido como Barra, está localizado no bloco SEAL-M-426 da concessão BM-SEAL-11, nordeste da sub-bacia de Sergipe, em profundidade de água de 2.341 metros, a 58 km da costa do estado de Sergipe.
A Petrobras detém 60% de participação no consórcio que opera no poço, e a IBV-Brasil, 40%. O poço 1-SES-158 testou depósitos em acumulação desenvolvida em área de aproximadamente 70 km². "O campo análogo mais próximo, Piranema, está a 90 km de distância. Do poço, ainda em perfuração, continuarão sendo obtidas amostras de reservatórios mais antigos e profundos."
Segundo a estatal, que não estimou volumes no comunicado, "as informações até agora obtidas são suficientes para atestar a descoberta de uma nova província petrolífera na Bacia de Sergipe-Alagoas". O consórcio dará continuidade às atividades de exploração e aos investimentos, através da perfuração de outros poços pioneiros