Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Fev 16, 2019 1:22 pm Bem, há de se refletir, antes de mais nada, sobre a conveniência ou não de apor tantos recursos a um único país no que compete a Marinha.

Já disse e repito. Há soluções em casa que se bem orientadas e suportadas, ainda que com apoio externo, podem dar cabo da imensa maioria dos problemas que temos, e ao mesmo tempo alavancar a P&D e industria nacional.

A MB tem que se concentrar no papel dela de defesa, e deixar o papel de autoridade na marítima para uma guarda costeira. Só essa separação de missões já abriria um leque de possibilidades financeiras e orçamento enormes, podendo se focar no que realmente interessa a uma marinha de águas azuis e a expressão efetiva do poder naval em suas três vertentes.

Já passou da hora de colocar os pés no chão e admitir que não é possível fazer tudo na atual organização e recursos disponíveis. Ou a MB foca na missão primária ou vamos passar a eternidade sem fazer nada direito.

Abs

Em minha opinião caso a agenda de defesa tivesse mesmo prioridade para o país não haveria neste momento esta masturbação mental em torno de um programa naval que contempla quatro corvetas na faixa de 3.000 ton para um país que tem cerca de 4,5 milhões km² de águas jurisdicionais. Para mim e uma vergonha ter um projeto de reconstrução naval compatível com um país do tamanho de Trinidade Tobago.

Lord Nauta

Enquanto a mentalidade aqui for igual as ilhas Fiji nada mudará.
Numa conta muito superficial, se houvesse a separação entre marinha e guarda costeira, com o aproveitamento do pessoal hoje disponível, dos mais de 80 mil militares da MB, está ficaria com cerca de 30/35 mil homens e mulheres. Os demais, entre militares e civis, estão ligados à atividades essencialmente vinculadas ao exercício de autoridade marítima.
Dá para perceber o quão é complicado a MB largar o osso,mesmo com todos os benefícios para ambos os lados, é o país.

Abs

Ainda queria saber qual foi a proposta vencedora do Prosuper!

Vamos ter de aguardar 31 dias...

A MB tem mais de 80 mil militares, a maioria trabalha com assuntos relacionados à polícia naval.
Existe mais de mio milhar de PMs no Brasil.
Pra quê ficar inventando moda quando tudo já está aí na mão. É só fazer os ajustes técnicos e burocrático necessários e temos uma guarda costeira e uma tropa tipo carabineiro.
Ô gente pra gostar de gastar o erário público...

Abs

Apenas um pergunta fora do tópico, como colocar a reportagem inteira aqui para os membros lerem? Ficar colocando só o link é ruim.

Super Flanker escreveu: ↑Ter Fev 19, 2019 4:12 pm Apenas um pergunta fora do tópico, como colocar a reportagem inteira aqui para os membros lerem? Ficar colocando só o link é ruim.

Alguns sites criam jeitos que dificultam copiar as matérias. Outros sites surgem para facilitar. É meio que jogo de gato e rato. O que conheço é este aqui: https://outline.com/ Basta colar o link da matéria que este site monta uma página mais simples que facilita copiar o conteúdo.

As propostas são muito semelhantes. Mas eu continuo acreditando que, se a Fincantieri conseguir o apoio do governo italiano para oficializar a proposta das FREMM e dos Centauros, é só partir para o abraço.

Torço pela proposta italiana simplesmente pra não ver anos de trabalho duro dos engenheiros navais ser jogado fora.
A CCT pode não ser o melhor navio, mas ao menos é fruto do esforço e da iniciativa da engenharia da MB em tentar dar uma capacidade de projeto e produção, mínimo que seja, de navios de guerra para esse país.
O Zé povinho é os engravatados de Brasília podem até não se importar, mas há quem se importa.
Ainda bem.

Abs

FCarvalho escreveu: ↑Qui Fev 21, 2019 2:37 pm Torço pela proposta italiana simplesmente pra não ver anos de trabalho duro dos engenheiros navais ser jogado fora.
A CCT pode não ser o melhor navio, mas ao menos é fruto do esforço e da iniciativa da engenharia da MB em tentar dar uma capacidade de projeto e produção, mínimo que seja, de navios de guerra para esse país.
O Zé povinho é os engravatados de Brasília podem até não se importar, mas há quem se importa.
Ainda bem.

Abs

Apesar de considerar que o projeto MEKO e superior aos demais navios propostos no projeto CCT também considero que o navio do CPN/VARD seria uma alternativa factível ao renovação dos meios de escolta de Esquadra. O projeto pode ser refinado pelos italianos em diversos aspectos. O mais importante seria a construção modular dos navios. Poderia também sofrer um acréscimo de tonelagem com a extensão do comprimento do casco para cerca de 105/107 metros.
O que poderia ser crucial para a escolha do país mediterrâneo como parceiro neste projeto seria o apoio de seu governo na transferência das duas FFG FREMM em construção. Estes navios que custam cerca de EUR 1,5 bilhões poderiam ser pagos ao longo de alguns anos, o que e perfeitamente compatível com a economia do Brasil, uma vez que somos testemunhas ocular dos desmandos dos políticos bandidos com os recursos da nação.
Estes dois navios seriam recebidos em curto prazo e permitiriam a baixa das Type 22 e de pelo menos duas FCN mais desgastadas. A incorporação do lote inicial das CCT, além da modernização da Barroso permitira a retirada das demais FCN e da Jaceguai de serviço. Eu sou da opinião que a Julio de Noronha poderia, devido ao longo trabalho de revitalização, continuar em operação até a construção de um segundo grupo de CCT. A este segundo grupo de CCT poderiam ser construídas simultaneamente mais duas FFG classe FREMM. Desta forma por volta de 2025 a Esquadra teria os seguintes meios : 2 FFG classe FREMM, 4 CCT e as corvetas Barroso e Julio de Noronha e por volta de 2030/31: 4 FFG classe FREMM, 8 CCT e a corveta Barroso.
Esta Força Naval embora modesta seria composta de navios modernos e compatíveis em termos de custos de operação/manutenção e modernização de meia vida de um provável orçamento de um país que seja mais comprometido com sua própria defesa.

Sonhar ainda não custa nada.

Lord Nauta

A única pergunta que me faço sobre essa proposta de FREMM italiana é se no atual momento da construção na Itália das fragatas ofertadas elas ainda poderiam ser modificadas para o padrão BR oferecido no Prosuper, quiçá ao menos próximo disso, ou se vamos ter de engolir - e pagar - por um navio com requisitos feitos para a marinha italiana. No último caso, mediante a nossa realidade, eu prefiro ficar com a possibilidade da aquisição de um segundo lote o quanto antes da CCT.

Eu sou cético quanto a navios de maior tonelagem na MB enquanto não houver uma mudança radical quanto ao financiamento e custeio da defesa no Brasil. Sem isso, podemos estar daqui a poucos anos repetindo a mesma situação de hoje. Até mesmo se forem navios do tamanho das CCT. Sem verba continua e regular para fomentar a esquadra, qualquer navio ou solução empregada estará sempre fadada ao ostracismo material e operacional.

Fico pensando também que levar oito anos para construir meros 4 navios é um absurdo sem noção. Ainda mais quando a esquadra está em total processo de obsolescência em bloco há décadas, não anos, mas décadas. Já tivemos a péssima experiência da Barroso, então, todo o cuidado agora é pouco para não insistirmos na repetência dos mesmos erros.

O projeto da CCT pode ser adaptado para uma construção modular e, portanto, mais rápido do que o previsto no cronograma atual, já muito atrasado por si. O VARD e qualquer um dos demais estaleiros da short list está capacitado para empreender a construção de navios dentro deste tipo de modelo. Então, é apenas questão de decisão e aporte das verbas necessárias para na metade do tempo previsto construirmos os navios de que precisamos. Um segundo lote pode muito bem ser encampado logo após a declaração de operacionalidade da primeira CCT e sua incorporação a esquadra. Os resultados de sua análise de desempenho colherão valiosas informações sobre o que mudar no desenho do navio a fim de indicar as características da block II. Um navio com as características mais aproximadas do projeto da corveta da Fincantieri pode servir de referencial para a CCT num segundo momento. Alias, pode-se perceber que o projeto da Fincantieri mais parece uma CCT modificada do que um projeto novo.

Quanto a possibilidade das FREMM por aqui, fico pensando que a Leonardo tem muito mais coisas a oferecer do que apenas fragatas. E nós, necessidades que vão muito além delas, inclusive de curto prazo.

Se os italianos souberem casar uma boa proposta de off set e transferência tecnológica com o atendimento das necessidades mais prementes da MB em diversos campos, e das outras forças onde e quando interessar, é possível que eles realmente ganhem a preferencia para vencer a concorrência das CCT.

Mas os italianos não são os únicos com expansivas - e comprovadas - capacidades de oferecer/atender mais do que simplesmente as necessidades materiais da MB nesse processo.

Seria bom que o almirantado levasse em consideração uma boa conversa com o MD e demais forças quando da decisão das CCT. Podemos ganhar muito mais do que apenas 4 corvetas nesse processo.

A ver.

abs.

Prezados senhores

Acredito que e fundamental o conhecimento e a analise dos fatos históricos para que possamos ter uma visão clara dos fundamentos que alicerçam os acontecimentos atuais e futuros.
Quando levantamos o histórico da evolução dos meios de escolta da Esquadra nos últimos 20 anos concluímos que já era evidentes os sinais da degradação material que foi atingida nos dias de hoje com conseqüências graves para a defesa do país no mar.
E evidente que a Defesa Nacional nunca foi prioridade para o poder político corrupto, apátrida e interessado apenas em seus projetos pessoais que ao longo das ultimas décadas tem conduzido os destinos da nação. Entretanto também e preciso questionar as decisões do almirantado no sentido de entender se foram de fatos as mais acertadas e quanto contribuíram para a deterioração dos principais meios de combate de superfície da Esquadra.
E lamentável, por exemplo, que o ex comandante da Marinha quando tenente tenha embarcado em uma fragata classe Niterói, ter atingido o mais elevado posto da Instituição e ser transferido para a reserva, e os navios da referida classe continuarem em serviço como a espinha dorsal da Esquadra. E uma vergonha para um país com a maritimidade do Brasil e uma das principais economias do mundo, que acaba não sendo mais do que uma nação medíocre e periférica infelizmente em outras áreas fundamentais para o seu desenvolvimento alem da expressão militar.

Somente como lembrança:

Em 1997 a Esquadra brasileira chegou a ter em serviço 19 navios de escolta: 4 corvetas classe Inhaúma, 4 fragatas classe Greenhalgh, 6 fragatas classe Niterói, 4 contratorpedeiros classe Pará e o contratorpedeiro Mariz e Barros.
Em um período de 19 anos a Esquadra perdeu 9 navios de escolta e incorporou apenas 1 a corveta Barroso, ficando evidente que pouco ou nenhum esforço foi realizado para que houvesse a recomposição, ao menos parcial, do poder combatente do Poder Naval brasileiro. Em minha opinião quem deveria ter feito a lição de casa acabou por deixar o caderno fechado.
Considerando estes fatos e o atual programa medíocre das CCT fica muito difícil acreditar em um futuro promissor para a Marinha do Brasil varonil.


Sds

Lord Nauta

Comprem-nos as Vasco da Gama, estamos precisando de grana!

Quanto?? Diz aí que eu mando pegar amanhã.