Missão de Paz no Haiti

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Missão de Paz no Haiti

#1636 Mensagem por Penguin » Dom Jan 17, 2010 9:24 pm

Cuba está disposta a colaborar com os EUA pelo Haiti
Sáb, 16 Jan, 07h47

HAVANA (AFP) - Cuba manifestou a sua vontade de cooperar com os Estados Unidos para ajudar as vítimas do devastador terremoto no Haiti, permitindo a utilização de sua infraestrutura médica pelos norte-americanos, após abrir seu espaço aéreo para aviões com ajuda humanitária.

"Cuba está disposta a cooperar com todas as nações na área, incluindo os Estados Unidos, com o objetivo de ajudar o povo haitiano e salvar mais vidas", afirmou a diretora do Departamento de América do Norte da Chancelaria, Josefina Vidal.

Vidal, em declarações concedidas à AFP pelo gabinete de imprensa da Chancelaria, destacou, como parte dessa colaboração, a autorização de Cuba "de forma imediata após a solicitação" dos Estados Unidos para que sobrevoassem seu espaço aéreo a fim de acelerar a chegada de ajuda ao Haiti.

O acordo permitirá a realização de voos de evacuação médica a partir da base naval norte-americana em Guantánamo, sudeste da ilha, para Miami (sul dos Estados Unidos), encurtando cada voo em 90 minutos. A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton agradeceu o gesto.

Cuba autorizou os Estados Unidos a sobrevoarem seu espaço aéreo pelo menos uma vez na última década, após o atentado contra as Torres Gêmeas em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001.

Vidal comentou que "Cuba tem a infraestrutura necessária" no Haiti para ajudar a socorrer as vítimas, e que médicos de outros países, incluindo os norte-americanos, podem usá-la.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1637 Mensagem por Algus » Dom Jan 17, 2010 9:57 pm

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 7225,0.htm


ONU, Brasil e EUA definem papéis em ações de ajuda ao Haiti

Organização coordenará operação com Haiti; Minustah cuida de segurança e Washington de auxílio humanitário

RIO - Com o objetivo de discutir a situação do Haiti e de afinar a coordenação das ações no país, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participou hoje de uma teleconferência organizada pelo Canadá com representantes de 10 países, além de integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os participantes, estavam o primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Na reunião por teleconferência, ficou decidido que a definição de prioridades e a coordenação das operações ficará a cargo da ONU juntamente com o governo haitiano. Ao Brasil, caberá a participação na segurança; enquanto os Estados Unidos cuidarão da ajuda humanitária

Segundo Celso Amorim, a percepção é de que houve algum progresso na distribuição de mantimentos no Haiti. Uma das maiores preocupações dos ministros que participaram da teleconferência está justamente na distribuição das ajudas internacionais, isso porque os portos permanecem de difícil acesso. Além disso, os comboios que saem da República Dominicana estão ameaçados devido aos saques.

Amanhã o Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião para discutir o número máximo de tropas militares e policiais presentes no Haiti. O Brasil aguarda essa possível mudança para estudar o envio de mais tropas. Uma outra reunião, esta ministerial, será realizada na próxima segunda-feira, em Montreal, no Canadá, para começar a se pensar na reconstrução do país.

Ajuda

Até agora, o Brasil já se comprometeu a enviar uma ajuda de US$ 15 milhões. Por enquanto, não está previsto um aumento nesta soma"Pelos números que eu tenho lido nos jornais, até agora, os nossos números não fazem vergonha diante de muitos países desenvolvidos, pelo contrário, são substanciais", comentou o ministro alfinetando implicitamente a escassa ajuda de alguns países europeus. "Não é importante ser rico para ser solidário, mas sendo rico é mais fácil efetivar essa solidariedade."

O ministro ainda voltou a comentar a questão do uso do aeroporto. Isso porque o Brasil teve dificuldade de trafegar em Porto Príncipe. Amorim afirmou que ocorreu "uma transição difícil da administração haitiana para a dos Estados Unidos", e, portanto, foi necessário reiterar que "em função da grande presença brasileira, tínhamos que ser tratados com uma certa prioridade". De acordo com o ministro, a superposição de funções está sendo resolvida.

No fim, Celso Amorim fez um apelo: pediu que as ajudas fossem feitas através de dinheiro. E lembrou que, na tragédia da tsunami, em 2004, muitos dos mantimentos doados tiveram de ser jogados no lixo.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1638 Mensagem por Marino » Dom Jan 17, 2010 10:14 pm

Who will lead Haiti's security?
By Gabriel Elizondo in
* Americas
on January 17th, 2010
.
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Photo by EPA


Tensions between Brazil and US over military command in devastated
Caribbean nation could undermine rescue and security efforts.


There appear to be some rising tensions between countries leading the
relief efforts in Haiti. We know the US is sending in upwards of
10,000 troops to the country. But since 2004, Brazil’s military has
been the commanding force leading the Haiti UN peacekeeping mission,
technically referred to as MINUSTAH. Brazil has about 1,700 soldiers
in Haiti and commands about another 5,300 UN forces in Haiti.


Nelson Jobim, Brazil’s defence minister just came back from Haiti and
made a point of that saying Brazil would not voluntarily relinquish
any of its command duties. Essentially, what he was saying was that
Brazil, not the Pentagon, would continue to lead the UN forces.


When pressed, Jobim also admitted that the US military doesn’t take
orders from foreign forces.


So who will answer to whom in Haiti?


There could be a brewing operational command power struggle. I don’t
see Brazil backing down. They have long considered Haiti a critical
part of their foreign policy, and aren’t going to bow easily to the US
military when it comes to commanding forces in Haiti during these
critical times.


This earthquake is personal to Brazil. The country has lost 14 UN
soldiers and four civilians thus far, not to mention Luiz Carlos da
Costa, the number two UN diplomat in Haiti. Brasilia feels an
obligation to be a leader from here on out, no matter how many boots
the US puts on the ground.


Brazil - like the US, U.N. and France - is in Haiti for the long haul.
Jobim said on Saturday that his country would have a major presence in
Haiti for at least the next five years.


Brazil is not only shouldering a big part of the UN role in Haiti, but
is also leading the humanitarian efforts, sending cargo planes loaded
with supplies to Haiti as fast as they can be loaded. It is also
taking aid from neighbouring Uruguay and Paraguay, as well as any
other country that wants to donate but can't handle the logistics on
their own.


This, too, is a growing issue. Three Brazilian planes loaded with
supplies were held up and not allowed to land in Haiti by the FAA
(America’s agency that handles air traffic, which is now in control of
airspace in Haiti). Amorim Celso, Brazil’s foreign minister,
apparently was so upset about it that he put in a call to Hillary
Clinton, the US secretary of state, and asked that Brazilian
aeroplanes be given priority over chartered flights.


I imagine Brazilian commanders were thinking to themselves: "How dare
the US hold up our planes - we run the UN forces in Haiti!"


With tens of thousands of people dead and millions in need of
immediate help, it might be easy to pass this off as political/
military rubbish that doesn't matter.


But it does matter.


With a monumental task in front of them, and no serious Haiti security
force available, Haiti’s law and order will rest in the hands of the
US, the UN, Brazil and maybe France for the foreseeable future.


Military folks usually don’t like to take orders from other countries.
We all know this. But the bottom line is also this: There is a massive
task ahead in the coming days, months and years in Haiti. These
command issues must be worked out at some point soon. Because in
Haiti, a country on the precipice of absolute collapse, there is
simply too much at stake.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1639 Mensagem por Marino » Dom Jan 17, 2010 10:16 pm

Frictions between nations rise over struggle of getting aid to Haiti

By Mary Beth Sheridan and Michael E. Ruane
Washington Post Staff Writers
Sunday, January 17, 2010
PORT-AU-PRINCE, HAITI -- Food and water trickled to the stricken
people of Haiti on Saturday, as a global aid operation struggled with
frictions and confusion over who was in charge to bring relief to this
crumbled, earthquake-ravaged city.
Four days after the 7.0-magnitude quake brought much of Port-au-Prince
down on its residents Tuesday, a few signs of national survival
flickered, even as some Haitians began an exodus out of the devastated
capital and into the countryside.
But there were growing tensions over which country's planes were
allowed to land here first, with each nation insisting its aid flight
was a priority, according to an official involved in the relief
operation.
France, Brazil and Italy were said to be upset, and the Red Cross said
one of its planes was diverted to Santo Domingo, the capital of
neighboring Dominican Republic.
The French government became so annoyed when a plane with an emergency
field hospital was turned back Friday that foreign minister Bernard
Kouchner lodged a protest with the State Department, according to the
French ambassador to Haiti, Didier Le Bret.
Le Bret said that the Port-au-Prince airport has become "not an
airport for the international community. It is an annex of
Washington."
"We were told it was an extreme emergency, there was a need for a
field hospital," the ambassador said. "We might be able to make a
difference and save lives."
At the same time, Secretary of State Hillary Rodham Clinton flew in
for a visit with Haitian President Rene Preval, as the Haitian
government worked to maintain a presence amid the ruins of Port-au-
Prince.
The nearly collapsed Haitian government is at least nominally in
charge of the relief effort, even though it has ceded air traffic
control at the airport to the U.S. military.
With their offices heavily damaged, the president and his cabinet are
now working out of a cramped, low-slung Haitian judicial police
headquarters near the airport. International aid workers consider the
building so fragile -- it has small cracks from the earthquake -- that
they hold meetings with the officials on plastic chairs on the patio
outside.


Adding to the confusion, the top two leaders of the U.N. mission in
Haiti, who normally would coordinate an aid response, are presumed
dead. They disappeared after the quake destroyed the building in which
they were meeting.
Clinton, while en route to Haiti, took note of the layers of authority
in Haiti, which include the Brazilian-led U.N. security force.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1640 Mensagem por WalterGaudério » Dom Jan 17, 2010 11:19 pm

Marino escreveu:Frictions between nations rise over struggle of getting aid to Haiti

By Mary Beth Sheridan and Michael E. Ruane
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Sunday, January 17, 2010
PORT-AU-PRINCE, HAITI -- Food and water trickled to the stricken
people of Haiti on Saturday, as a global aid operation struggled with
frictions and confusion over who was in charge to bring relief to this
crumbled, earthquake-ravaged city.
Four days after the 7.0-magnitude quake brought much of Port-au-Prince
down on its residents Tuesday, a few signs of national survival
flickered, even as some Haitians began an exodus out of the devastated
capital and into the countryside.
But there were growing tensions over which country's planes were
allowed to land here first, with each nation insisting its aid flight
was a priority, according to an official involved in the relief
operation.
France, Brazil and Italy were said to be upset, and the Red Cross said
one of its planes was diverted to Santo Domingo, the capital of
neighboring Dominican Republic.
The French government became so annoyed when a plane with an emergency
field hospital was turned back Friday that foreign minister Bernard
Kouchner lodged a protest with the State Department, according to the
French ambassador to Haiti, Didier Le Bret.
Le Bret said that the Port-au-Prince airport has become "not an
airport for the international community. It is an annex of
Washington."
"We were told it was an extreme emergency, there was a need for a
field hospital," the ambassador said. "We might be able to make a
difference and save lives."
At the same time, Secretary of State Hillary Rodham Clinton flew in
for a visit with Haitian President Rene Preval, as the Haitian
government worked to maintain a presence amid the ruins of Port-au-
Prince.
The nearly collapsed Haitian government is at least nominally in
charge of the relief effort, even though it has ceded air traffic
control at the airport to the U.S. military.
With their offices heavily damaged, the president and his cabinet are
now working out of a cramped, low-slung Haitian judicial police
headquarters near the airport. International aid workers consider the
building so fragile -- it has small cracks from the earthquake -- that
they hold meetings with the officials on plastic chairs on the patio
outside.


Adding to the confusion, the top two leaders of the U.N. mission in
Haiti, who normally would coordinate an aid response, are presumed
dead. They disappeared after the quake destroyed the building in which
they were meeting.
Clinton, while en route to Haiti, took note of the layers of authority
in Haiti, which include the Brazilian-led U.N. security force.

A coisa vai ficando mais cristalina. Se o Brasil quiser , de fato, mandando na coisa toda, terá que elevar seu efetivo. Não tenho dúvidas de que a coisa será assim.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1641 Mensagem por Penguin » Dom Jan 17, 2010 11:37 pm

WalterGaudério escreveu:
Marino escreveu:Frictions between nations rise over struggle of getting aid to Haiti

By Mary Beth Sheridan and Michael E. Ruane
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PORT-AU-PRINCE, HAITI -- Food and water trickled to the stricken
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crumbled, earthquake-ravaged city.
Four days after the 7.0-magnitude quake brought much of Port-au-Prince
down on its residents Tuesday, a few signs of national survival
flickered, even as some Haitians began an exodus out of the devastated
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was a priority, according to an official involved in the relief
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neighboring Dominican Republic.
The French government became so annoyed when a plane with an emergency
field hospital was turned back Friday that foreign minister Bernard
Kouchner lodged a protest with the State Department, according to the
French ambassador to Haiti, Didier Le Bret.
Le Bret said that the Port-au-Prince airport has become "not an
airport for the international community. It is an annex of
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"We were told it was an extreme emergency, there was a need for a
field hospital," the ambassador said. "We might be able to make a
difference and save lives."
At the same time, Secretary of State Hillary Rodham Clinton flew in
for a visit with Haitian President Rene Preval, as the Haitian
government worked to maintain a presence amid the ruins of Port-au-
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The nearly collapsed Haitian government is at least nominally in
charge of the relief effort, even though it has ceded air traffic
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dead. They disappeared after the quake destroyed the building in which
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A coisa vai ficando mais cristalina. Se o Brasil quiser , de fato, mandando na coisa toda, terá que elevar seu efetivo. Não tenho dúvidas de que a coisa será assim.
Tb acho. Terá que enviar mais equipamentos, provavelmente helicópteros.

Cade o São Paulo?
Um LPD faz falta...

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Re: Missão de Paz no Haiti

#1642 Mensagem por Moccelin » Dom Jan 17, 2010 11:50 pm

Interessante ver a imprensa internacional falando sobre essa rixa também, não defenderam abertamente o Brasil, porém também não fizeram no sentido inverso. Colocaram sob a perspectiva mais óbvia, que é a de que o comando ainda é do Brasil, e enquanto for quem manda na segurança por lá é o General Brasileiro.

O interessante foi ver, "pela primeira vez na história desse" mundo os EUA ao menos mostrando a possibilidade de acatar a decisão da ONU...

Agora é esperar, as coisas começaram a se mover no sentido de distribuir a ajuda, e obviamente a ONU deve estar redigindo uma nova resolução, e TALVEZ essa resolução tire o comando das mãos brasileiras, talvez não, mesmo com o Brasil tendo menos tropas que os EUA.

Infelizmente essa tragédia vai ser um marco pras relações internacionais brasileiras, se o comando das tropas permanecer em mãos brasileiras vai ser a primeira prova concreta de que podemos sim almejar a tal vaga no Conselho Permanente de Segurança. E mais uma vez infelizmente não tem como abdicar, é uma tragédia? É. Porém isso não tira o peso político de toda essa confusão.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1643 Mensagem por rodrigo » Seg Jan 18, 2010 12:02 am

Exército identifica corpo de major que estava desaparecido no Haiti
Major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho servia no Estado-Maior.
Ele desempenhava a função de observador militar da missão da ONU.


O Comando do Exército informou neste domingo (17) que foi identificado o corpo do major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho, que se encontrava desaparecido na cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, desde o terremoto de 12 de janeiro.

Segundo o Exército, o major Francisco Adolfo Vianna, que servia no Estado-Maior do Exército, se encontrava desempenhando as funções de observador militar da missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

Com isso, sobe para 17 o número de brasileiros mortos na tragédia. Ainda há três militares desaparecidos. Entre as vítimas do Brasil, estão também o diplomata Luiz Carlos da Costa, que ocupava o segundo cargo mais importante da ONU no Haiti, e a médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... HAITI.html




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Missão de Paz no Haiti

#1644 Mensagem por irlan » Seg Jan 18, 2010 12:05 am

Posso estar sendo ingênuo galera, mais para mim,mal importava o comando das tropas de paz temporáriamente enquanto o povo Haitiano que "paga o pato".. [001]




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1645 Mensagem por rodrigo » Seg Jan 18, 2010 12:18 am

A temporada de furacões no Caribe em 2010, no 2º semestre, será muito forte. Em 2009 foi um ano tranquilo, e já foi desastroso. O EB já leva isso em consideração no planejamento.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1646 Mensagem por Bender » Seg Jan 18, 2010 12:22 am

DELTA22 escreveu:
marcelo l. escreveu: É difícil mudar os hábitos, mas o Haiti necessita dos americanos e suas tropas, e os EUA é melhor gastar dinheiro lá do que uma fortuna reforçando a guarda costeira, afinal se com o Haiti crescendo já era uma multidão imigrando, advinha agora.

O problema deles (EUA) é:
- Jogar comida de Helicoptero é dar chance para grupos mais fortes peguem a comida e controlem, naturalmente criam gangues, vide Somália,
- Pouca integração com as tropas da ONU criando um vácuo que é sempre aproveitado por um grupo rival (Somália) ,
- Deixar os aliados fazer o que querem, tentando reforçar seu poder em detrimento dos valores democráticos, ou pelo menos do controle social, afinal a corrupção leva a perda de apoio, vide Afeganistão.

Eles deveriam ser mais humildes e tentar entender o que fizeram as tropas da ONU para pacificar o país, a balela que alguns órgãos escrevem que um dos poucos legados do Preval é a pacificação Cité Soleil, havia sim um crescimento economico pela primeira vez e melhoras nas condições de vida, e uma economia mais equilibrada, apesar da crise mundial e diminuição da ajuda.

Se comparar os últimos 6 meses de Honduras com o Haiti, Haiti avançava nos indices sociais, diminuição da violência, já Honduras tem uma crise fortíssima em termos de contas públicas, perda de ano letivo com falta de professores em todas as regiões etc, aumento da violência; claro que Honduras tem outros senões, mas uma comparação com outros países sempre é necessária.
Muito lúcido seu post. Parabens! [009]

Apenas a título de adendo, se me permite, creio que, mais do que os americanos, o Haiti hoje precisa de todos os que estão disposto a ajudar, no entanto, uma ordem/coordenação deve ser mantida de modo a não transformar tudo numa espécie de "anarquia solidária" em que cada um faz o que quiser com sua própria concepção do que é adequado ou não.

[]'s.
Realmente muito lucido e seu complemento também.

O mais importante agora na minha visão não é ficar discutindo quem manda mais ou menos,o importante é que se organizem,coisa que eu não vi até agora infelizmente,está uma zona e tendendo a piorar.

Eu passei o domingo plugado na CNN Espanhol,e realmente a turma de Atlanta,é ufanista até em tragédia dos outros, :| até os embargadores de sempre do Haiti, Clinton e Bush apareceram como salvadores da pátria haitiana,viraram santos da memória curta,mas isso faz parte e já é mais que sabido,interessante também é que para eles o Brasil não existe,achei até depois de todas as horas que passei assistindo aos telejornais deles hoje, que vivemos no país invisivel,não é nem um holograma. :mrgreen:

Mas anotem uma coisa,10000 marines vai ser pouco,e a logistica monstruosa e bem vinda deles nestas horas,não dará para a saída,diante do quadro que eu vislumbro,todo o esforço feito até então por nós foram para o esgoto,daqui para frente nem lembraremos mais da tal pacificação brasileira,vai ser um pau dos diabos,e seria bom que as tropas fossem realmente muito ampliadas,seja por quem for,pois a tendência é realmente de caos total.

Como bem disse o Walter páginas atraz,deveríamos ter pedido expansão do nosso mandato junto a ONU,e pelo menos,termos construido um aeroporto,vai fazer falta.

Sds.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1647 Mensagem por Moccelin » Seg Jan 18, 2010 12:39 am

Infelizmente tem que se discutir de quem é o comando SIM... Deixar a "Deus dará" pode criar uma situação mais insustentavel do que ja é.

Imaginem a confusão: fogo amigo (por duas tropas ocuparem o mesmo espaço), espaços vagos sem tropas (com um achando que o outro está lá), e por aí vai. Acham que o Brasil não tem condições de chefiar? Beleza, deem o comando pra outro, mas façam isso direito, porque o que não pode ocorrer são duas forças com comandos próprios vagando pelo mesmo país.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1648 Mensagem por Sterrius » Seg Jan 18, 2010 12:53 am

A questão é complicada mas tb é simples!

Os EUA nao tem condição de liderar essa missão de paz por 5 anos ou mais! Ja tentaram isso na decada de 90 e dpois que o desespero passar as lembranças vão voltar! E isso também inclui atropelar o Brasil e a ONU! Basicamente ser o velho EUA de sempre onde o orgão internacional é ele e a ONU apenas aquele enfeite que a gente acha que funciona.

Se nao engolirem orgulho e não se submeterem a tropas da ONU, ou inventarem alguma outra forma de ajudar com a ONU vão ser diretamente responsaveis por deixar o Haiti com menos pessoas pra ajudar ! Basicamente jogando tudo pro alto apenas por ter um Ego Inflado.

Por enquanto a noticia acima que estão dividindo as tarefas é um passo no caminho certo! Assim cada um foca no que foi ordenado e se posterga essas decisões politicas para quando não tiver mais vidas em risco debaixo dos escombros e a população alimentada, mesmo que precariamente.

So acho que seria injusto ver o Brasil ser atropelado na liderança dpois de anos fazendo um otimo trabalho! Justamente por aquele que pediu junto a ONU pra fazermos o serviço!




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1649 Mensagem por DELTA22 » Seg Jan 18, 2010 1:00 am

Bender escreveu:Realmente muito lucido e seu complemento também.

O mais importante agora na minha visão não é ficar discutindo quem manda mais ou menos,o importante é que se organizem,coisa que eu não vi até agora infelizmente,está uma zona e tendendo a piorar.

Eu passei o domingo plugado na CNN Espanhol,e realmente a turma de Atlanta,é ufanista até em tragédia dos outros, :| até os embargadores de sempre do Haiti, Clinton e Bush apareceram como salvadores da pátria haitiana,viraram santos da memória curta,mas isso faz parte e já é mais que sabido,interessante também é que para eles o Brasil não existe,achei até depois de todas as horas que passei assistindo aos telejornais deles hoje, que vivemos no país invisivel,não é nem um holograma. :mrgreen:

Mas anotem uma coisa,10000 marines vai ser pouco,e a logistica monstruosa e bem vinda deles nestas horas,não dará para a saída,diante do quadro que eu vislumbro,todo o esforço feito até então por nós foram para o esgoto,daqui para frente nem lembraremos mais da tal pacificação brasileira,vai ser um pau dos diabos,e seria bom que as tropas fossem realmente muito ampliadas,seja por quem for,pois a tendência é realmente de caos total.

Como bem disse o Walter páginas atraz,deveríamos ter pedido expansão do nosso mandato junto a ONU,e pelo menos,termos construido um aeroporto,vai fazer falta.

Sds.
"Cabeça de Lata" amigo, sem ficar aqui "jogando confete", mas com sinceridade, vosso adendo de meu adendo mais ainda contribuiu!! Obrigado! [009]

Todos os problemas iniciais que surgiram foram, mais que obra da emergencia, obra da descoordenação. Sejamos justos e não isentemos ninguém, pois todos tem sua parcela de culpa na "bagunça" e não será fácil para ninguém concerta-la. Agora, não me lembro se li ou acompanhei pela TV, que agora estão coordenando que a segurança fica sob responsabilidade da Minustah e a ajuda humanitária fica a cargo dos EUA, sendo que ambos estariam sob ordens da ONU. Ótimo teoricamente, a ver se funciona.

O que não pode acontecer é a escandalosa monopolização de certos meios que colaborem com a ajuda para benefícios, ou fins outros que não a ajuda humanitária. É obvio, isto também é fruto da emergencia, mas prioridades devem ser dadas e assim sendo, não creio que repatriar pessoas que estejam bem de saúde e podem muito bem esperar "baixar a poeira" se enquadra neste caso (prioridade), enquanto o que interessa realmente fica em suspensão.

Quanto à "evaporação" do Brasil que narraste, não tenho dúvida, foi intencional. Uma coisa é fácil de perceber nos governos americanos, a incrível capacidade friamente calculada de dizer e deixar de dizer o que é de seu interesse. Apagar as luzes do palco é o melhor modo de acabar com o espetáculo. Mas, há uma variante que não dá para esquecer, o Presidente Americano é Nobel da Paz (Paz??) e deve "fazer bonito" para a platéia, tanto externa quanto interna (lembremos do furacão Katrina).

Mas alla de todo esto, tenho a mais clara visão de que se não fosse pelo trabalho das tropas de paz da ONU e dos brasileiros sobretudo naquele país durante todos estes anos que lá estão, hoje a situação estaria ainda mais fora de controle.

Escrevi demais camarada metálico, paro por aqui por enquanto. :wink:

Abração!




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1650 Mensagem por Enlil » Seg Jan 18, 2010 4:04 am

Atualizado em 15 de janeiro, 2010 - 10:29 (Brasília) 12:29 GMT

'Escala Richter' só é usada em eventos menores, diz especialista

Eric Brücher Camara
Da BBC Brasil em Londres

O leitor que vem acompanhando a cobertura sobre o terremoto no Haiti pode se estar se perguntando por que às vezes se fala em "pontos na escala Richter", outras em "pontos de magnitude" e variações sobre o tema.

No entanto, a chamada "escala Richter" há décadas não é mais usada por especialistas para medir tremores de grande porte como o que aconteceu no Haiti.

"Na prática, sismólogos usam várias escalas diferentes e simplesmente reportam a 'magnitude' do evento, sem tentar explicar as complicações (por trás do cálculo)", afirmou à BBC Brasil o especialista Douglas Given, da agência americana de pesquisas geológicas (USGS).

Hoje em dia, os resultados apenas falam em magnitude, em uma escala aberta (não de zero a dez). No entanto, na prática é impossível – devido ao tamanho das falhas e à distância que os deslocamentos que causam o tremor podem ter – registrar-se magnitudes acima de 9,5.

Ele afirma que tecnicamente, jamais sequer existiu uma escala Richter, mas sim um método chamado "magnitude local" (ML), desenvolvido na década de 30 pelos sismólogos Charles Richter e Beno Gutenberg para facilitar a comparação entre eventos de diferentes proporções.

Momento do tremor

A metodologia foi sendo aperfeiçoada, e Given explica que na década de 60, percebeu-se que os parâmetros usados no cálculo da ML não eram suficientes.

Cientistas começaram então a calcular o "momento" (M0) – uma medida da energia liberada pelo terremoto no momento do tremor. Para fazer este cálculo, os sismologistas levam em consideração a área da falha e do deslocamento que causou o tremor.

Este cálculo, entretanto, também foi aperfeiçoado em 1979 por Hiroo Kanamori e Tom Hanks, que "traduziram" os resultados obtidos por M0 para o sistema ML, na época já popularizado como "escala Richter".

A nova medida que surgiu a partir dessa inovação é conhecida como "magnitude momento" (Mw).

Mas isso, segundo Givens, não significa que a "escala Richter" esteja aposentada.

"A 'escala Richter' (ML) não está morta, ela ainda é usada para eventos menores. A ML foi baseada em leituras obtidas de um tipo de instrumento que não era capaz de medir a energia de ondas mais longas produzida por eventos maiores", afirmou Given.

Por isso, a ML não é capaz de produzir resultados maiores do que 6,7.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... rebc.shtml




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