Helicópteros de Ataque e Transporte

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Glauber Prestes
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#1606 Mensagem por Glauber Prestes » Seg Fev 25, 2008 7:41 am

Faço votos de que os M2K vão para os Argies, que carecem de qualquer vetor de defesa autêntico.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

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Luís Henrique
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#1607 Mensagem por Luís Henrique » Seg Fev 25, 2008 9:36 am

Americanos, franceses e russos podem nos oferecer um caça moderno.

A questão fica em quem oferecerá a Coleira Menor... :?




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
orestespf
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#1608 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 10:12 am

EDSON escreveu:o muitmenos na integração de nossas.

Mas sem isto não há tranferência de tecnologia orestespf?


Olá Edson,

transferência de tecnologia é um conceito, não existe uma definição precisa de seu significado, assim a forma vaga da expressão permite se especular qualquer coisa.

Dito isso, entendo eu que a integração de nossos armamentos é algo vital pra FAB (repito, para a FAB), o Governo não é operador, não entende bem isso, apenas sai por aí repetindo o que os fabianos dizem, mas sem conhecimento de causa.

Mas quem faz a compra de um equipamento de fato é o Governo e não a FAB. Logo o Governo pode comprar um caça que ainda não possui todos os seus armamentos previsto integrados, bem como comprá-lo sem negociar a integração dos nossos armamento produzidos no País.

Por quê? Porque o vendedor pode repassar outras tecnologias, mas não necessariamente a integração (ou liberdade para tal coisa) de nossos armamentos. Por exemplo, podemos ter o Rafale produzido no Brasil da mesma forma que é na França, isso já é considerado transferência de tecnologia.

Mas isto impede que no futuro possamos integrar nossos armamentos? Talvez não, mas teremos que pagar e muito por isso. Isto sem falar que podemos não ter acesso aos códigos fontes do caça, aí...

Veja o caso do F-16, não tenho nenhum informação que garanta que eles tenham acesso a alguma parte dos códigos usados no caça, mas eles pediram para integrar o Python 4 no caça e os americanos fizeram isso sem problema algum.

Não vejo problema algum neste sentido com os americanos, eles podem integrar todos os nossos armamentos em seus caças se quisermos, mas é muito provável que não nos repassem informações sobre os códigos.

Esta é a questão! O que seria mais interessante pra FAB, ter um Rafale, mas com integração por nossa conta e risco, ou ter um caça americanos com nossos armamentos integrados, mas sem acesso aos códigos? Não sei mesmo, cabe a FAB dizer isso, pois ela será a operadora.

Nem sempre o que parece ser um limitador é de fato um problema.


Abraços,

Orestes




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#1609 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 10:17 am

Immortal Horgh escreveu:
orestespf escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:
orestespf escreveu:
Se os boatos que ouvi se concretizarem de alguma forma, poderemos dizer que as conseqüências farão algumas pessoas pessoas do DB muito feliz, muito especialmente o Beraldi.




Amigo Orestes,

Houve alguma mudança na proposta ou eles ainda insistem com F-16?


Abraços,


Wesley


Desta vez eu não sei dizer, Wesley. Trata-se apenas de uma expectativa e não de uma proposta formal dos americanos.

Mas seja o que for, terá que haver transferência de tecnologia. Aí eu pergunto: o que pode acontecer se os americanos oferecerem o F-16 nos mesmos moldes da proposta francesa?

Deixo a resposta para os amigos.


Abraços,

Orestes


A proposta dos EUA tem que ser melhor que a Francesa, é só. :wink: Oferecer um caça pior, nos mesmos moldes, não, tem que ter mais coisas, porque afinal, os croassantes estão colocando mais coisas na mesa.

[ ]´s


Perfeito, PRick, perfeito.

Mas ainda resta uma pergunta: a FAB veria um F-16 "personalizado" como um caça melhor do que o Rafale com RBE-2?

Tudo está relacionado com os armamentos que estarão disponíveis para o Brasil, bem como a integração de armas nacionais. Por exemplo, até agora escutamos falar em fabricação local de Rafales, mas não se fala em armamentos e muito menos na integração de nossas.

Neste mundo de vendas bélicas acontece de tudo, menos o que o comprador deseja. Por trás de compras bélicas está um rio de dinheiro que se conquista depois da venda da arma, e por este rio passam os armamentos, a manutenção, a logística, a formação de quem vai operar e manter o equipamento e por aí vai. Ganha-se muito mais depois da venda do que com a compra do equipamento em si.

Por isso a pergunta anterior, o que é "melhor" para o Brasil e a FAB? Ainda não sei...


Abraços,

Orestes



Acho que não, Professor, por mais pragmatismo que o alto comando da FAB possa ter e se a disputa ficasse entre os dois, dificilmente ela abriria mão de um vetor mais moderno e capaz, além do que, integrar nosso armamento seria mais fácil com os franceses, os ianques colocariam mais empecilhos.


[ ]s


Olá Immortal,

acho que não é bem assim, não vejo problema algum com os americanos, eles integrariam nossos armamentos sim, mas não repassariam os códigos fontes. Já os franceses... Estes historicamente sem prometem tudo o que os compradores desejam, mas dificilmente cumprem. Por exemplo, suponha que eles aceitem repassar os códigos do radar, mas é mais do que natural pra mim que passarão do RBE-2 e não o do AESA. Sacou? Teremos que ter um radar capado e míope se quisermos integrar nossos armamentos. E acho que é isso o que vai acontecer.


Abraços,

Orestes




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#1610 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 10:26 am

Túlio escreveu:Mas convenhamos, uns dois esquadrões de F-15SG mais uns quatro ou cinco de F-16E/F com CFT/IRST e liberação para integrarmos as NOSSAS armas não seria tão ruim de engolir nem tão CARO quanto a mesma quantidade de Rafales ou Typhoons, e o PRAZO de entrega seria bem menor... :wink:

Quanto aos Matusas, que se vão ao Peru ou Argentina; os F-5M ficariam como LIFT e os AMX para missões de penetração em baixa altura e mau tempo, kôza a que nem o F-15 nem o F-16 são particularmente afeitos...


É exatamente isso que estou tentando passar aqui, Túlio. Não gosto de certas coisas que os yankees fazem, mas uma coisa é certa, eles dizem abertamente que não transferem tecnologias e dizem se um equipamento pode ou não ser vendido para um dado país. Já os franceses e russos ficam dizendo o contrário, mas na hora do pega pra capar, mudam o rumo da prosa.

Não conheço nenhum país que comprou equipamento americano que ficou sem receber suporte e manutenção, já franceses e russos...

Além do mais, os americanos quando vêem certos países, como o Brasil por exemplo, interessados em grandes compras, aparecem com propostas mirabolantes a ponto de melar qualquer proposta que surja. Exemplos não faltam.

Estamos falando de caças pra FAB, mas estamos nos esquecendo que o SP voltará em breve aos mares e precisa de uma aviação de combate a altura do mesmo. Uma proposta de fornecimento de caças pra FAB e MB seria tudo de bom e os americanos têm total condições de fazer isso e a custos muito racionais.


Abraços,

Orestes




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#1611 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 10:38 am

Luís Henrique escreveu:Americanos, franceses e russos podem nos oferecer um caça moderno.

A questão fica em quem oferecerá a Coleira Menor... :?


Olá Luís,

evito ao máximo entrar na seara das tais coleiras, mas vou me expor um pouco. Pra mim a menor coleira ainda é a americana, por mais contraditório que isso possa parecer. Explico o meu ponto de vista: os americanos cumprem o que prometem após assinar um contrato (este é o momento adequado de se negociar o melhor possível), eles entregam as armas que dizem que entregarão (se acordado o for), oferecem suporte e manutenção de seus produtos vendidos. Isso está aí pra todo mundo ver.

Já franceses e russos prometem e muito, mas não cumprem em geral. Tivemos sérios problemas com os nossos M-III, por exemplo. A manutenção e o suporte dos russos todos já sabemos, as notícias de hoje não diferem das notícias do passado. Os franceses não são muito diferentes.

A coleira não deve ser medida no ato da compra de um determinado equipamento, deve ser medida depois que o mesmo se encontra no país comprador e ao longo da vida útil do mesmo. Dependendo do que for comprado pode ser um eterna dor de cabeça manter certos equipamentos operacionais, às vezes nem isso é possível.

A menor coleira pra mim é aquela que leve tranqüilidade para operar e manter um equipamento por toda a sua vida útil, é a certeza que um caça por exemplo não vai ficar no chão esperando peças de manutenção por 6 meses ou um ano. E às vezes estas coisas acontecem mesmo que você esteja com a grana na mão pra pagar.

Esse assunto (coleira) merece cuidado, não dá para generalizar. Mas observe que não fiz uma defesa aos americanos, apenas disse que penso diferente quando dizem que a coleira deles é a maior, pra mim não é, existem outras muito maiores.


Abração,

Orestes




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Marino
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#1612 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 11:44 am

Valor:

Defesa comprará helicópteros e planeja binacional com França

De Brasília
25/02/2008

O governo decidiu encomendar algumas dezenas de helicópteros de transporte para viabilizar uma nova fábrica da Helibras em Itajubá (MG). A garantia de compras por parte da Força aérea Brasileira foi a condição imposta pela empresa para investir até 1 bilhão de euros , transferir tecnologia e fazer da cidade mineira o segundo pólo de aviação do país, em referência a São José dos Campos (SP), sede da Embraer. "Para isso, é preciso uma encomenda, e ela vai acontecer. São 30 a 40 helicópteros de transporte, estamos discutindo", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A Helibras tem 45% de seu capital votante nas mãos da Eurocopter, que é controlada pelo consórcio aeroespacial europeu EADS. Em 2007, a Aeronáutica iniciou um processo de licitação para adquirir helicópteros de transporte e de ataque, do qual participam, entre outros, a russa Rosoboronexport e a italiana Agusta. A Helibras não apresentou proposta, mas encaminhou ao Ministério da Defesa um plano de fabricação local dos helicópteros de transporte Super Cougar. A compra de helicópteros de ataque está sendo negociada com os russos, disse Jobim.

A transferência de tecnologia é uma das obsessões do ministro nas compras para o reaparelhamento das Forças Armadas. É por isso, ele reconheceu, que será difícil avançar em negócios com os Estados Unidos, que vetam o compartilhamento de equipamentos estratégicos. "Sem transferência de tecnologia não se faz nada", adiantou Jobim. Junto com o ministro Mangabeira Unger, responsável pelas ações de longo prazo, e com a cúpula das três Forças, ele prepara um Plano de Estratégia Nacional de Defesa.

O plano, a ser lançado dia 7 de setembro, mudará a forma como são feitas as compras de produtos militares no país, segundo Jobim. "O reaparelhamento das Forças era sempre visto como uma reivindicação dos militares, não havia nenhuma política em torno disso", comentou Jobim. Foram formuladas seis hipóteses de uso das Forças Armadas. A primeira delas, que o ministro citou para explicar como tem sido montado o plano, é a tarefa de monitoramento do território, costa e espaço aéreo. "Primeiro procuramos delimitar quais mudanças no perfil e na organização das tropas são necessárias para o melhor cumprimento da tarefa. É aí que vemos onde os quartéis do Exército devem estar localizados, por exemplo. Depois, analisamos as práticas operacionais. Só em seguida estudamos quais são os equipamentos necessários. E, por último, como cada Força pode colaborar com as outras para o cumprimento das tarefas propostas."

Para Jobim, o significado do plano é mais amplo, por reincorporar a agenda de defesa aos setores políticos e acadêmicos, de modo que não seja só da alçada dos militares. "Quando acabou o regime militar, surgiu uma classe política, na qual eu mesmo me incluo, que tinha um imaginário. Defesa e segurança eram sinônimos de repressão política, não podiam ser discutidos pela esquerda. Defesa tornou-se um assunto exclusivamente militar. Nos Estados Unidos e na Europa, há intelectuais aptos a discutir políticas de defesa. No Brasil, tem um professor aqui e acolá, nas universidades, mas não uma burocracia", disse.

Enquanto o plano não é concluído, a agenda de compras do país não ficará parada. Jobim afirmou que estão garantidos recursos anuais de R$ 130 milhões à Marinha, por oito anos, para finalizar o ciclo de desenvolvimento do combustível nuclear. A Marinha se encarregará de fabricar um reator próprio, para mover o submarino atômico do Brasil, cuja tecnologia servirá para a produção futura de energia elétrica. Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento.

"O acerto com a França é para trazer ao Brasil, com transferência de tecnologia, a construção de submarinos convencionais, que precisamos dominar para chegar ao casco e ao "recheio" do nuclear", disse. "Todas as empresas francesas de defesa são controladas pelo governo e o presidente (Nicolas) Sarkozy já decidiu transferir a tecnologia. Uma hipótese é criar uma empresa binacional, com controle brasileiro, para construir aqui a parte não-nuclear."

A retomada do projeto F-X, para compra de caças para a Aeronáutica, só ocorrerá após a conclusão do plano de defesa. Jobim antecipou que "a premissa maior é criarmos uma vanguarda tecnológica na área de defesa, com capacitação nacional". Entre caças de ponta, sem transferência de tecnologia, e equipamentos de uma geração anterior, com compartilhamento de informações estratégicas, Jobim deixou claro. "Prefiro a segunda opção. Não somos um país de pretensões expansionistas. O que precisamos é de uma estrutura de defesa dissuasória. Não se fala mais em conflitos clássicos, de um Estado nacional contra outro. Não temos esse tipo de ameaça na América do Sul. Precisamos ter a capacidade de monitorar e negar o espaço aéreo a terceiros". (RB e DR)




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#1613 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Fev 25, 2008 11:56 am

Entre caças de ponta, sem transferência de tecnologia, e equipamentos de uma geração anterior, com compartilhamento de informações estratégicas, Jobim deixou claro. "Prefiro a segunda opção. Não somos um país de pretensões expansionistas. O que precisamos é de uma estrutura de defesa dissuasória. Não se fala mais em conflitos clássicos, de um Estado nacional contra outro. Não temos esse tipo de ameaça na América do Sul. Precisamos ter a capacidade de monitorar e negar o espaço aéreo a terceiros".


E ainda querem esperar para 2015 (se não ocorrer nenhum atraso) para escolhermos um caça de quinta geração. 8-]



Abraços,


Wesley




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#1614 Mensagem por EDSON » Seg Fev 25, 2008 11:59 am

Digamos que eles estão é jogando pra ver quem vai abrir mais as pernas.




alcmartin
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#1615 Mensagem por alcmartin » Seg Fev 25, 2008 11:59 am

orestespf escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
orestespf escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:
orestespf escreveu:
Se os boatos que ouvi se concretizarem de alguma forma, poderemos dizer que as conseqüências farão algumas pessoas pessoas do DB muito feliz, muito especialmente o Beraldi.




Amigo Orestes,

Houve alguma mudança na proposta ou eles ainda insistem com F-16?


Abraços,


Wesley


Desta vez eu não sei dizer, Wesley. Trata-se apenas de uma expectativa e não de uma proposta formal dos americanos.

Mas seja o que for, terá que haver transferência de tecnologia. Aí eu pergunto: o que pode acontecer se os americanos oferecerem o F-16 nos mesmos moldes da proposta francesa?

Deixo a resposta para os amigos.


Abraços,

Orestes


A proposta dos EUA tem que ser melhor que a Francesa, é só. :wink: Oferecer um caça pior, nos mesmos moldes, não, tem que ter mais coisas, porque afinal, os croassantes estão colocando mais coisas na mesa.

[ ]´s


Perfeito, PRick, perfeito.

Mas ainda resta uma pergunta: a FAB veria um F-16 "personalizado" como um caça melhor do que o Rafale com RBE-2?

Tudo está relacionado com os armamentos que estarão disponíveis para o Brasil, bem como a integração de armas nacionais. Por exemplo, até agora escutamos falar em fabricação local de Rafales, mas não se fala em armamentos e muito menos na integração de nossas.

Neste mundo de vendas bélicas acontece de tudo, menos o que o comprador deseja. Por trás de compras bélicas está um rio de dinheiro que se conquista depois da venda da arma, e por este rio passam os armamentos, a manutenção, a logística, a formação de quem vai operar e manter o equipamento e por aí vai. Ganha-se muito mais depois da venda do que com a compra do equipamento em si.

Por isso a pergunta anterior, o que é "melhor" para o Brasil e a FAB? Ainda não sei...


Abraços,

Orestes



Acho que não, Professor, por mais pragmatismo que o alto comando da FAB possa ter e se a disputa ficasse entre os dois, dificilmente ela abriria mão de um vetor mais moderno e capaz, além do que, integrar nosso armamento seria mais fácil com os franceses, os ianques colocariam mais empecilhos.


[ ]s


Olá Immortal,

acho que não é bem assim, não vejo problema algum com os americanos, eles integrariam nossos armamentos sim, mas não repassariam os códigos fontes. Já os franceses... Estes historicamente sem prometem tudo o que os compradores desejam, mas dificilmente cumprem. Por exemplo, suponha que eles aceitem repassar os códigos do radar, mas é mais do que natural pra mim que passarão do RBE-2 e não o do AESA. Sacou? Teremos que ter um radar capado e míope se quisermos integrar nossos armamentos. E acho que é isso o que vai acontecer.


Abraços,

Orestes


Fala, mestre!

Verdade verdadeiríssima o que afirmou...como o que afirmou na mensagem seguinte, é tudo igual, o "ato carnal" é igual, mas mudam as formas de cortejo, a cantada... :lol:

Só para ilustrar, umas pequenas citações historicas: há na aviação, até hoje, uma expressão chamada "pano preto". É usada quando alguém faz "mistério" de alguma atividade. Isso nasceu no início do século passado, quando os instrutores franceses de aviação, de manutenção e vôo, estendiam uma lona preta em voltas dos aviões, quando de suas revisões periódicas...
E olha que nas tais revisões o que se fazia era trocar o óleo e limpar as velas... :lol:
E não ficava só aí: os alunos aviadores brasileiros eram proibidos de voarem fora do "cone dos afonsos", num raio de dez milhas em volta dos Afonsos.

O que acabou acontecendo é que o povo do EB e da MB acabaram por desrespeitar todas as regras restritivas e aprenderam tudo sozinhos, apanhando. Ganharam muita experiencia em atividades como mala postal e etc.
Aproveitando, lembro aos colegas aqui que ao contrario do que muitos afirmam, a FAB não foi uma cria americana...a caça da FAB pode até ser dito isso, já que atividades de caça no Brasil antes da IIGm eram "timidas"... Mas a caça é somente parte da FAB , visto que essa veio em sua maioria do EB e MB e como já disse, apanharam sozinhos...

Foi mal o off topic, mas sou dos que acreditam que a historia sempre se repete...

abs aí, mestre!




Editado pela última vez por alcmartin em Seg Fev 25, 2008 12:03 pm, em um total de 1 vez.
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#1616 Mensagem por Alitson » Seg Fev 25, 2008 12:00 pm

Marino escreveu:Valor:

Defesa comprará helicópteros e planeja binacional com França

De Brasília
25/02/2008

O governo decidiu encomendar algumas dezenas de helicópteros de transporte para viabilizar uma nova fábrica da Helibras em Itajubá (MG). A garantia de compras por parte da Força aérea Brasileira foi a condição imposta pela empresa para investir até 1 bilhão de euros , transferir tecnologia e fazer da cidade mineira o segundo pólo de aviação do país, em referência a São José dos Campos (SP), sede da Embraer. "Para isso, é preciso uma encomenda, e ela vai acontecer. São 30 a 40 helicópteros de transporte, estamos discutindo", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A Helibras tem 45% de seu capital votante nas mãos da Eurocopter, que é controlada pelo consórcio aeroespacial europeu EADS. Em 2007, a Aeronáutica iniciou um processo de licitação para adquirir helicópteros de transporte e de ataque, do qual participam, entre outros, a russa Rosoboronexport e a italiana Agusta. A Helibras não apresentou proposta, mas encaminhou ao Ministério da Defesa um plano de fabricação local dos helicópteros de transporte Super Cougar. A compra de helicópteros de ataque está sendo negociada com os russos, disse Jobim.

A transferência de tecnologia é uma das obsessões do ministro nas compras para o reaparelhamento das Forças Armadas. É por isso, ele reconheceu, que será difícil avançar em negócios com os Estados Unidos, que vetam o compartilhamento de equipamentos estratégicos. "Sem transferência de tecnologia não se faz nada", adiantou Jobim. Junto com o ministro Mangabeira Unger, responsável pelas ações de longo prazo, e com a cúpula das três Forças, ele prepara um Plano de Estratégia Nacional de Defesa.

O plano, a ser lançado dia 7 de setembro, mudará a forma como são feitas as compras de produtos militares no país, segundo Jobim. "O reaparelhamento das Forças era sempre visto como uma reivindicação dos militares, não havia nenhuma política em torno disso", comentou Jobim. Foram formuladas seis hipóteses de uso das Forças Armadas. A primeira delas, que o ministro citou para explicar como tem sido montado o plano, é a tarefa de monitoramento do território, costa e espaço aéreo. "Primeiro procuramos delimitar quais mudanças no perfil e na organização das tropas são necessárias para o melhor cumprimento da tarefa. É aí que vemos onde os quartéis do Exército devem estar localizados, por exemplo. Depois, analisamos as práticas operacionais. Só em seguida estudamos quais são os equipamentos necessários. E, por último, como cada Força pode colaborar com as outras para o cumprimento das tarefas propostas."

Para Jobim, o significado do plano é mais amplo, por reincorporar a agenda de defesa aos setores políticos e acadêmicos, de modo que não seja só da alçada dos militares. "Quando acabou o regime militar, surgiu uma classe política, na qual eu mesmo me incluo, que tinha um imaginário. Defesa e segurança eram sinônimos de repressão política, não podiam ser discutidos pela esquerda. Defesa tornou-se um assunto exclusivamente militar. Nos Estados Unidos e na Europa, há intelectuais aptos a discutir políticas de defesa. No Brasil, tem um professor aqui e acolá, nas universidades, mas não uma burocracia", disse.

Enquanto o plano não é concluído, a agenda de compras do país não ficará parada. Jobim afirmou que estão garantidos recursos anuais de R$ 130 milhões à Marinha, por oito anos, para finalizar o ciclo de desenvolvimento do combustível nuclear. A Marinha se encarregará de fabricar um reator próprio, para mover o submarino atômico do Brasil, cuja tecnologia servirá para a produção futura de energia elétrica. Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento.

"O acerto com a França é para trazer ao Brasil, com transferência de tecnologia, a construção de submarinos convencionais, que precisamos dominar para chegar ao casco e ao "recheio" do nuclear", disse. "Todas as empresas francesas de defesa são controladas pelo governo e o presidente (Nicolas) Sarkozy já decidiu transferir a tecnologia. Uma hipótese é criar uma empresa binacional, com controle brasileiro, para construir aqui a parte não-nuclear."

A retomada do projeto F-X, para compra de caças para a Aeronáutica, só ocorrerá após a conclusão do plano de defesa. Jobim antecipou que "a premissa maior é criarmos uma vanguarda tecnológica na área de defesa, com capacitação nacional". Entre caças de ponta, sem transferência de tecnologia, e equipamentos de uma geração anterior, com compartilhamento de informações estratégicas, Jobim deixou claro. "Prefiro a segunda opção. Não somos um país de pretensões expansionistas. O que precisamos é de uma estrutura de defesa dissuasória. Não se fala mais em conflitos clássicos, de um Estado nacional contra outro. Não temos esse tipo de ameaça na América do Sul. Precisamos ter a capacidade de monitorar e negar o espaço aéreo a terceiros". (RB e DR)


Então vamos construir mais porcarias...

Marinha Perde Helicóptero Super Puma


Na manhã de quarta-feira (20 Fevereiro), um helicóptero Super Puma da Marinha fez um pouso forçado no aeródromo de Cabo Frio, na Região dos Lagos (Rio de Janeiro).

A assessoria de imprensa da Marinha informou, para os órgãos de comunicação do Rio de Janeiro que nenhum triupulante da aeronave tinha se ferido. Ainda segundo a Marinha, o acidente ocorreu durante um treinamento de rotina e só não foi mais grave, por causa da habilidade do piloto, cujo nome não foi informado.

A Comissão de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (ComInvAAer) deverá fornecer relatório final sobre as causas do acidente em 60 dias.

O helicóptero Eurocopter AS332F1 SUPER PUMA (registro MB 7075), denominado da MB como UH-14, é a versão naval da aeronave que já opera em diversas Forças Armadas do mundo, inclusive na Força Aérea Brasileira.

A propulsão é realizada por duas turbinas Turbomeca MAKILA 1A1, modulares, controladas e monitoradas eletronicamente e com potência máxima de 1877 SHP cada.

São operados pelo 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), instalado na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ).



http://video.globo.com/Videos/Player/No ... IO,00.html

[]s




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
ARES SCAR-L
KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
CYMA G-18C AEP
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#1617 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 12:53 pm

Marino escreveu:Valor:

Defesa comprará helicópteros e planeja binacional com França

De Brasília
25/02/2008

O governo decidiu encomendar algumas dezenas de helicópteros de transporte para viabilizar uma nova fábrica da Helibras em Itajubá (MG). A garantia de compras por parte da Força aérea Brasileira foi a condição imposta pela empresa para investir até 1 bilhão de euros , transferir tecnologia e fazer da cidade mineira o segundo pólo de aviação do país, em referência a São José dos Campos (SP), sede da Embraer. "Para isso, é preciso uma encomenda, e ela vai acontecer. São 30 a 40 helicópteros de transporte, estamos discutindo", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A Helibras tem 45% de seu capital votante nas mãos da Eurocopter, que é controlada pelo consórcio aeroespacial europeu EADS. Em 2007, a Aeronáutica iniciou um processo de licitação para adquirir helicópteros de transporte e de ataque, do qual participam, entre outros, a russa Rosoboronexport e a italiana Agusta. A Helibras não apresentou proposta, mas encaminhou ao Ministério da Defesa um plano de fabricação local dos helicópteros de transporte Super Cougar. A compra de helicópteros de ataque está sendo negociada com os russos, disse Jobim.

A transferência de tecnologia é uma das obsessões do ministro nas compras para o reaparelhamento das Forças Armadas. É por isso, ele reconheceu, que será difícil avançar em negócios com os Estados Unidos, que vetam o compartilhamento de equipamentos estratégicos. "Sem transferência de tecnologia não se faz nada", adiantou Jobim. Junto com o ministro Mangabeira Unger, responsável pelas ações de longo prazo, e com a cúpula das três Forças, ele prepara um Plano de Estratégia Nacional de Defesa.

O plano, a ser lançado dia 7 de setembro, mudará a forma como são feitas as compras de produtos militares no país, segundo Jobim. "O reaparelhamento das Forças era sempre visto como uma reivindicação dos militares, não havia nenhuma política em torno disso", comentou Jobim. Foram formuladas seis hipóteses de uso das Forças Armadas. A primeira delas, que o ministro citou para explicar como tem sido montado o plano, é a tarefa de monitoramento do território, costa e espaço aéreo. "Primeiro procuramos delimitar quais mudanças no perfil e na organização das tropas são necessárias para o melhor cumprimento da tarefa. É aí que vemos onde os quartéis do Exército devem estar localizados, por exemplo. Depois, analisamos as práticas operacionais. Só em seguida estudamos quais são os equipamentos necessários. E, por último, como cada Força pode colaborar com as outras para o cumprimento das tarefas propostas."

Para Jobim, o significado do plano é mais amplo, por reincorporar a agenda de defesa aos setores políticos e acadêmicos, de modo que não seja só da alçada dos militares. "Quando acabou o regime militar, surgiu uma classe política, na qual eu mesmo me incluo, que tinha um imaginário. Defesa e segurança eram sinônimos de repressão política, não podiam ser discutidos pela esquerda. Defesa tornou-se um assunto exclusivamente militar. Nos Estados Unidos e na Europa, há intelectuais aptos a discutir políticas de defesa. No Brasil, tem um professor aqui e acolá, nas universidades, mas não uma burocracia", disse.

Enquanto o plano não é concluído, a agenda de compras do país não ficará parada. Jobim afirmou que estão garantidos recursos anuais de R$ 130 milhões à Marinha, por oito anos, para finalizar o ciclo de desenvolvimento do combustível nuclear. A Marinha se encarregará de fabricar um reator próprio, para mover o submarino atômico do Brasil, cuja tecnologia servirá para a produção futura de energia elétrica. Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento.

"O acerto com a França é para trazer ao Brasil, com transferência de tecnologia, a construção de submarinos convencionais, que precisamos dominar para chegar ao casco e ao "recheio" do nuclear", disse. "Todas as empresas francesas de defesa são controladas pelo governo e o presidente (Nicolas) Sarkozy já decidiu transferir a tecnologia. Uma hipótese é criar uma empresa binacional, com controle brasileiro, para construir aqui a parte não-nuclear."

A retomada do projeto F-X, para compra de caças para a Aeronáutica, só ocorrerá após a conclusão do plano de defesa. Jobim antecipou que "a premissa maior é criarmos uma vanguarda tecnológica na área de defesa, com capacitação nacional". Entre caças de ponta, sem transferência de tecnologia, e equipamentos de uma geração anterior, com compartilhamento de informações estratégicas, Jobim deixou claro. "Prefiro a segunda opção. Não somos um país de pretensões expansionistas. O que precisamos é de uma estrutura de defesa dissuasória. Não se fala mais em conflitos clássicos, de um Estado nacional contra outro. Não temos esse tipo de ameaça na América do Sul. Precisamos ter a capacidade de monitorar e negar o espaço aéreo a terceiros". (RB e DR)


Muito interessante esta notícia... Alguns pontos que gostei mais (rsrsrs):

"...é a tarefa de monitoramento do território, costa e espaço aéreo. Primeiro procuramos delimitar quais mudanças no perfil e na organização das tropas são necessárias para o melhor cumprimento da tarefa. É aí que vemos onde os quartéis do Exército devem estar localizados, por exemplo. Depois, analisamos as práticas operacionais. Só em seguida estudamos quais são os equipamentos necessários. E, por último, como cada Força pode colaborar com as outras para o cumprimento das tarefas propostas."

Leiam bem isso e fixem nos rumos que estão apresentados neste roteiro.

"...reincorporar a agenda de defesa aos setores políticos e acadêmicos... No Brasil, tem um professor aqui e acolá, nas universidades, mas não uma burocracia".

Interessante... rsrsrs

"Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento. "

A França é que vai produzir os subs no Brasil???

"Todas as empresas francesas de defesa são controladas pelo governo e o presidente (Nicolas) Sarkozy já decidiu transferir a tecnologia. Uma hipótese é criar uma empresa binacional, com controle brasileiro, para construir aqui a parte não-nuclear."

Isso explica muita coisa, principalmente aos incrédulos.

"A retomada do projeto F-X, para compra de caças para a Aeronáutica, só ocorrerá após a conclusão do plano de defesa".

Eu já havia dito isso aqui no DB, agora a confirmação.

"Entre caças de ponta, sem transferência de tecnologia, e equipamentos de uma geração anterior, com compartilhamento de informações estratégicas, Jobim deixou claro. Prefiro a segunda opção. Não somos um país de pretensões expansionistas".

Isso me preocupa e muito, pois não sei o significado da expressão "geração anterior" para o Jobim. Por exemplo, o M-2000 é de geração anterior ao Rafale e o assunto é caças e não hélis. É bom lembrar que os hélis que estão no pacote e que possivelmente virão para o Brasil são de geração anterior, então não duvido de mais nada.



Saudações,

Orestes




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#1618 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 12:57 pm

alcmartin escreveu:
orestespf escreveu:
Immortal Horgh escreveu:
orestespf escreveu:
PRick escreveu:
orestespf escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:
orestespf escreveu:
Se os boatos que ouvi se concretizarem de alguma forma, poderemos dizer que as conseqüências farão algumas pessoas pessoas do DB muito feliz, muito especialmente o Beraldi.




Amigo Orestes,

Houve alguma mudança na proposta ou eles ainda insistem com F-16?


Abraços,


Wesley


Desta vez eu não sei dizer, Wesley. Trata-se apenas de uma expectativa e não de uma proposta formal dos americanos.

Mas seja o que for, terá que haver transferência de tecnologia. Aí eu pergunto: o que pode acontecer se os americanos oferecerem o F-16 nos mesmos moldes da proposta francesa?

Deixo a resposta para os amigos.


Abraços,

Orestes


A proposta dos EUA tem que ser melhor que a Francesa, é só. :wink: Oferecer um caça pior, nos mesmos moldes, não, tem que ter mais coisas, porque afinal, os croassantes estão colocando mais coisas na mesa.

[ ]´s


Perfeito, PRick, perfeito.

Mas ainda resta uma pergunta: a FAB veria um F-16 "personalizado" como um caça melhor do que o Rafale com RBE-2?

Tudo está relacionado com os armamentos que estarão disponíveis para o Brasil, bem como a integração de armas nacionais. Por exemplo, até agora escutamos falar em fabricação local de Rafales, mas não se fala em armamentos e muito menos na integração de nossas.

Neste mundo de vendas bélicas acontece de tudo, menos o que o comprador deseja. Por trás de compras bélicas está um rio de dinheiro que se conquista depois da venda da arma, e por este rio passam os armamentos, a manutenção, a logística, a formação de quem vai operar e manter o equipamento e por aí vai. Ganha-se muito mais depois da venda do que com a compra do equipamento em si.

Por isso a pergunta anterior, o que é "melhor" para o Brasil e a FAB? Ainda não sei...


Abraços,

Orestes



Acho que não, Professor, por mais pragmatismo que o alto comando da FAB possa ter e se a disputa ficasse entre os dois, dificilmente ela abriria mão de um vetor mais moderno e capaz, além do que, integrar nosso armamento seria mais fácil com os franceses, os ianques colocariam mais empecilhos.


[ ]s


Olá Immortal,

acho que não é bem assim, não vejo problema algum com os americanos, eles integrariam nossos armamentos sim, mas não repassariam os códigos fontes. Já os franceses... Estes historicamente sem prometem tudo o que os compradores desejam, mas dificilmente cumprem. Por exemplo, suponha que eles aceitem repassar os códigos do radar, mas é mais do que natural pra mim que passarão do RBE-2 e não o do AESA. Sacou? Teremos que ter um radar capado e míope se quisermos integrar nossos armamentos. E acho que é isso o que vai acontecer.


Abraços,

Orestes


Fala, mestre!

Verdade verdadeiríssima o que afirmou...como o que afirmou na mensagem seguinte, é tudo igual, o "ato carnal" é igual, mas mudam as formas de cortejo, a cantada... :lol:

Só para ilustrar, umas pequenas citações historicas: há na aviação, até hoje, uma expressão chamada "pano preto". É usada quando alguém faz "mistério" de alguma atividade. Isso nasceu no início do século passado, quando os instrutores franceses de aviação, de manutenção e vôo, estendiam uma lona preta em voltas dos aviões, quando de suas revisões periódicas...
E olha que nas tais revisões o que se fazia era trocar o óleo e limpar as velas... :lol:
E não ficava só aí: os alunos aviadores brasileiros eram proibidos de voarem fora do "cone dos afonsos", num raio de dez milhas em volta dos Afonsos.

O que acabou acontecendo é que o povo do EB e da MB acabaram por desrespeitar todas as regras restritivas e aprenderam tudo sozinhos, apanhando. Ganharam muita experiencia em atividades como mala postal e etc.
Aproveitando, lembro aos colegas aqui que ao contrario do que muitos afirmam, a FAB não foi uma cria americana...a caça da FAB pode até ser dito isso, já que atividades de caça no Brasil antes da IIGm eram "timidas"... Mas a caça é somente parte da FAB , visto que essa veio em sua maioria do EB e MB e como já disse, apanharam sozinhos...

Foi mal o off topic, mas sou dos que acreditam que a historia sempre se repete...

abs aí, mestre!


Não acho que seja um off topic, amigo AlcMartin, pelo contrário, só veio para somar, veio para mostrar o "lado negro" da coisa. O problema é que muita gente, mesmo daqui do DB, não sabe como certas coisas acontecem na prática.

Da mesma forma que você, eu também acredito que a história se repete, mas espero que os nossos militares, como gatos escaldados que são, saibam se esquivar de certas armadilhas. Armadilhas não só de quem vende, mas dos políticos ávidos por conseguirem um brilho temporário em cima de terceiros (FFAA).


Grande abraço,

Orestes




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#1619 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 1:25 pm

"Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento. "

A França é que vai produzir os subs no Brasil???

Interpretei que a Empresa binacional fabricará, e não a França sozinha.
Forte abraço




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#1620 Mensagem por orestespf » Seg Fev 25, 2008 1:44 pm

Marino escreveu:
"Com a França, está avançada a discussão para uma parceria que deverá resultar na criação de uma empresa binacional. Ela fabricará, no Brasil, o casco reforçado do submarino nuclear e a parte interna do equipamento. "

A França é que vai produzir os subs no Brasil???

Interpretei que a Empresa binacional fabricará, e não a França sozinha.
Forte abraço


Entendi isso também, meu irmão, mas o texto saiu com o ELA ao invés de NÓS. rsrsrs Pra mim foi um erro no texto mesmo, mas é bom que se diga que a Helibras é praticamente francesa, ou seja, a rigor a França produz hélis no Brasil. hehehehe


Forte abraço,

Orestes




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