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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 1:52 am
por PRick
Marino escreveu:Potências querem tirar dos desarmados até estilingue, diz brasileiro

Para Samuel Guimarães, caso do Irã pode repetir "manipulação ideológica" pré-invasão do Iraque

CLAUDIA ANTUNES

DA SUCURSAL DO RIO


.......



América do Sul

Guimarães disse que a crescente disparidade econômica entre o Brasil e seus vizinhos da América do Sul, e a penetração de empresas brasileiras na região, onde o "capital estrangeiro, como sabemos, nem sempre é bem-vindo", exige que o país seja mais generoso.

"Será necessária uma política de grande audácia para reverter essa tendência, promover o desenvolvimento dos vizinhos e permitir o desenvolvimento equilibrado da região", disse, citando também a intensificação do ativismo indígena, desconfiado da exploração de recursos naturais.

Ele sugeriu a formação de um mercado único sul-americano, mas não "ao estilo neoliberal", no qual o Brasil continue a acumular superavit. Seria, disse, um esquema "em que o Brasil abra seu mercado, mas permita aos países menores proteger seu sistema econômico para poderem se desenvolver".

Guimarães disse ainda que o Brasil sofrerá "danos extraordinários" se cair na tentação de se intrometer na política interna dos vizinhos, movido por interesses econômicos. "Será necessário manter o princípio da não intervenção e da autodeterminação", afirmou.
Fiquei mais interessado por essa parte da matéria, sem dúvida isso é um perigo para nós, e não é nada bom que fiquemos cada vez mais ricos em meio a pobresa em volta, isso poderia desencadear um onda de migração.

[]´s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 1:58 am
por PRick
Santiago escreveu:ESTADAO, 31/03

Brasil discute com EUA criação de base no Rio

Objetivo seria reforçar combate ao narcotráfico e ao contrabando, sempre sob o comando de brasileiros

Rui Nogueira, Rafael Moraes Moura

Por sugestão da Polícia Federal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu ontem com o comandante do Comando Sul dos EUA, tenente-brigadeiro Douglas Fraser, a proposta de criação de uma base "multinacional e multifuncional" que teria sede no Rio de Janeiro.

.......
Parece ser mais uma base policial, que militar, desde que esteja sob nosso controle, é uma proposta interessante para ser estudada.

[]´s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 7:47 am
por lorp
EUA já têm 200 agentes em atuação no Brasil.

Parceria ampliada.

Autor(es): Agência O Globo/ Jailton de Carvalho BRASÍLIA
O Globo - 01/04/2010




Os EUA, que já têm 200 agentes do FBI, da DEA (agência de combate ao tráfico) e de outras instituições de segurança atuando no Brasil, poderão aumentar sua presença, por iniciativa do governo brasileiro, que estuda a criação de uma força-tarefa internacional nos moldes da que já existe em Key West (Flórida). A ideia foi apresentada ao chefe do Comando Sul do Pentágono, Douglas Fraser.



PF e Marinha estudam criar central de inteligência com participação de EUA e outros países

A criação, no Rio de Janeiro, de uma força-tarefa internacional de combate ao narcotráfico, tráfico de armas, contrabando, evasão de divisas e imigração legal está sendo avaliada pela Polícia Federal e pela Marinha. A base de serviços de inteligência para investigar crimes de âmbito internacional deve acolher oficiais de ligação dos Estados Unidos e de outros países interessados, por iniciativa brasileira. A proposta tem como modelo a força-tarefa de Key West, nos Estados Unidos, e outra, nos mesmos moldes, em Lisboa.

A ideia da base conjunta com representante de outros países foi apresentada pelo diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, ao comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, brigadeiro Douglas Fraser, na terça-feira, em Brasília. Os Estados Unidos já têm aproximadamente 200 oficiais de ligação no Brasil. São representantes do FBI, do DEA (agência de combate ao narcotráfico) e de outras instituições policiais e de segurança americanas em atividade no país.

Segundo um dos auxiliares de Corrêa, o brigadeiro gostou da proposta.

Fraser confirmou a conversa, mas não quis fazer comentários. Segundo um assessor da embaixada, a reserva é necessária, já que a iniciativa é de autoridades brasileiras, e não americanas.

Repressão a crimes transnacionais

O grupo começou os estudos no início do ano e ainda não há prazo para a conclusão do trabalho. A proposta precisa ainda ser aprovada pelo governo.

Pelos planos iniciais da Polícia Federal, a base contará com representantes das Forças Armadas, da Força Nacional, da Receita Federal e do Sistema de Proteção da Amazônia, entre outras instituições encarregadas de atuar na proteção da fronteira. Para a PF, a proximidade física com agentes de outros países ampliará a cooperação entre os órgãos brasileiros e estrangeiros e, a partir daí, facilitará o combate a crimes transnacionais.

Hoje a Polícia Federal já mantém um agente em Key West e planeja mandar outro para Lisboa. Para a PF, a base deve funcionar no Rio porque é o estado de maior presença da Marinha.

A localização permitiria a atuação da força-tarefa nos portos brasileiros e até na repressão a navios piratas em águas brasileiras, caso criminosos que atuam hoje na costa africana tentassem se expandir em direção ao país.

A base, com fortes conexões internacionais, seria uma forma de o país se prevenir contra crimes desta natureza.

Fraser também esteve, na terçafeira, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ministro falou sobre a reestruturação a partir do projeto de lei complementar 97, em tramitação no Congresso Nacional. O projeto prevê a ampliação dos poderes de polícia das Forças Armadas na áreas de fronteira, diante da reduzida presença de policiais nestas áreas. Os dois também fizeram um balanço da situação no Haiti.

Fraser disse que é importante que Brasil e EUA continuem trabalhando juntos para apoiar a Minustah (força de paz da ONU), sob o comando brasileiro, na reconstrução do Haiti.

— A Minustah está fazendo um grande trabalho, mas, por causa da catástrofe, o esforço internacional teve que ser ampliado.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 10:05 pm
por GustavoB
Duzentos numa estimativa oficial ou oficiosa.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 10:19 pm
por WalterGaudério
GustavoB escreveu:Duzentos numa estimativa oficial ou oficiosa.
Já pensaram se esta "iniciativa" fosse no governo FHC, o que que os PTistas estariam falando/gritando/esbravejando... :? :!: :?: [001] [001] [001]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Abr 01, 2010 10:34 pm
por jumentodonordeste
MEU DEUS.
Os fundamentalistas do PCO devem se corroer de ódio.

Quem diria PT.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 1:02 am
por Tupi
WalterGaudério escreveu:
GustavoB escreveu:Duzentos numa estimativa oficial ou oficiosa.
Já pensaram se esta "iniciativa" fosse no governo FHC, o que que os PTistas estariam falando/gritando/esbravejando... :? :!: :?: [001] [001] [001]
Pois é aqui mesmo no nosso forum tem gente que só vê pecado num lado o outro é perfeito quase messiânico. :roll:
E depois dizem que PSDB e PT são diferentes. Vai entender :?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 10:06 am
por Penguin
São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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ANÁLISE

China, Irã e Brasil, tudo a ver
CLÓVIS ROSSI
COLUNISTA DA FOLHA

O começo da mudança de posição da China em relação às sanções ao Irã se deve, ao que tudo indica, ao fracasso da mais recente tentativa chinesa (e russa) de convencer o governo iraniano a aceitar o esquema idealizado em outubro, nas negociações entre Teerã e o P5+1 (EUA, Rússia, França, China e Reino Unido, membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha).
A proposta previa que o Irã enviaria seu urânio levemente enriquecido à Rússia e à França. Receberia de volta urânio enriquecido na proporção necessária para uso médico, que os iranianos dizem ser a finalidade de seu programa nuclear.
Do ponto de vista ocidental, se dilataria ou se anularia a chance de o Irã conseguir urânio enriquecido na medida necessária para a bomba.
A gestão sino-russa foi feita no início do mês passado e de seu malogro diz bem a reação de um diplomata russo não-identificado falando a jornalistas em Moscou: "Há cada vez menos espaço para manobras diplomáticas".
Parece razoável supor que o governo chinês tenha chegado a idêntica conclusão, ainda mais se se lembrar que, no fim, a China acabou apoiando os três pacotes anteriores de sanções ao Irã.
Convém lembrar também que todos eles foram inócuos como meio de pressionar o regime dos aiatolás a suspender seu programa atômico. Recente relatório apresentado ao Congresso americano mostra, aliás, que, nos últimos dez anos, Washington concedeu mais de US$ 107 bilhões em contratos, empréstimos e outros benefícios a empresas multinacionais do próprio país e do exterior, enquanto continuavam a fazer negócios com o Irã (uma das citadas é a brasileira Petrobras).
Para a China, portanto, sanções que não sejam "paralisantes" [da economia iraniana] são aceitáveis. Para os EUA, principais proponentes do endurecimento, no entanto, trata-se de um sinal político altamente positivo, na medida em que mostraria o isolamento do regime iraniano.

Brasil
Se confirmada, a mudança de posição chinesa tem implicações diretas para a diplomacia brasileira. Primeiro, porque China e Brasil vinham tendo idêntica posição: ainda há espaço para o diálogo e, portanto, não é o tempo para punições.
Segundo porque o diálogo que o Brasil mantém com Teerã (à parte os negócios que são parte essencial da diplomacia moderna) gira exatamente em torno da proposta que os chineses e os russos levaram de novo ao Irã só para vê-la rejeitada.
No mais recente encontro de alto nível entre autoridades brasileiras e iranianas, em janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, discutiu com seu colega Manoucher Mottaki "tempos e quantidades" da troca de urânio iraniano pobremente enriquecido por combustível de enriquecimento suficiente para programas civis.
"Tempos" refere-se ao fato de que o Irã desconfia tanto do Ocidente que exige que haja troca imediata de um urânio pelo outro, o que é tecnicamente inviável: não se encontram nos supermercados barras de urânio enriquecido adaptadas aos reatores iranianos.
"Quantidades", como é óbvio, refere-se a quanto de seu estoque de urânio o Irã aceita enviar ao exterior.
Se essa discussão -que é o centro da questão- está vencida, como parece indicar o fracasso da gestão sino-russa, o Brasil se verá obrigado, mais cedo ou mais tarde, a repensar a sua posição.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 11:23 am
por marcelo l.
WalterGaudério escreveu:
GustavoB escreveu:Duzentos numa estimativa oficial ou oficiosa.
Já pensaram se esta "iniciativa" fosse no governo FHC, o que que os PTistas estariam falando/gritando/esbravejando... :? :!: :?: [001] [001] [001]
Paulo Lacerda Rules...vamos ver as matérias de certas revistas semanais sobre o tema...

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 12:17 pm
por PRick
Santiago escreveu:São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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ANÁLISE

China, Irã e Brasil, tudo a ver
CLÓVIS ROSSI
COLUNISTA DA FOLHA

O começo da mudança de posição da China em relação às sanções ao Irã se deve, ao que tudo indica, ao fracasso da mais recente tentativa chinesa (e russa) de convencer o governo iraniano a aceitar o esquema idealizado em outubro, nas negociações entre Teerã e o P5+1 (EUA, Rússia, França, China e Reino Unido, membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha).
A proposta previa que o Irã enviaria seu urânio levemente enriquecido à Rússia e à França. Receberia de volta urânio enriquecido na proporção necessária para uso médico, que os iranianos dizem ser a finalidade de seu programa nuclear.
Do ponto de vista ocidental, se dilataria ou se anularia a chance de o Irã conseguir urânio enriquecido na medida necessária para a bomba.
A gestão sino-russa foi feita no início do mês passado e de seu malogro diz bem a reação de um diplomata russo não-identificado falando a jornalistas em Moscou: "Há cada vez menos espaço para manobras diplomáticas".
Parece razoável supor que o governo chinês tenha chegado a idêntica conclusão, ainda mais se se lembrar que, no fim, a China acabou apoiando os três pacotes anteriores de sanções ao Irã.
Convém lembrar também que todos eles foram inócuos como meio de pressionar o regime dos aiatolás a suspender seu programa atômico. Recente relatório apresentado ao Congresso americano mostra, aliás, que, nos últimos dez anos, Washington concedeu mais de US$ 107 bilhões em contratos, empréstimos e outros benefícios a empresas multinacionais do próprio país e do exterior, enquanto continuavam a fazer negócios com o Irã (uma das citadas é a brasileira Petrobras).
Para a China, portanto, sanções que não sejam "paralisantes" [da economia iraniana] são aceitáveis. Para os EUA, principais proponentes do endurecimento, no entanto, trata-se de um sinal político altamente positivo, na medida em que mostraria o isolamento do regime iraniano.

Brasil
Se confirmada, a mudança de posição chinesa tem implicações diretas para a diplomacia brasileira. Primeiro, porque China e Brasil vinham tendo idêntica posição: ainda há espaço para o diálogo e, portanto, não é o tempo para punições.
Segundo porque o diálogo que o Brasil mantém com Teerã (à parte os negócios que são parte essencial da diplomacia moderna) gira exatamente em torno da proposta que os chineses e os russos levaram de novo ao Irã só para vê-la rejeitada.
No mais recente encontro de alto nível entre autoridades brasileiras e iranianas, em janeiro, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, discutiu com seu colega Manoucher Mottaki "tempos e quantidades" da troca de urânio iraniano pobremente enriquecido por combustível de enriquecimento suficiente para programas civis.
"Tempos" refere-se ao fato de que o Irã desconfia tanto do Ocidente que exige que haja troca imediata de um urânio pelo outro, o que é tecnicamente inviável: não se encontram nos supermercados barras de urânio enriquecido adaptadas aos reatores iranianos.
"Quantidades", como é óbvio, refere-se a quanto de seu estoque de urânio o Irã aceita enviar ao exterior.
Se essa discussão -que é o centro da questão- está vencida, como parece indicar o fracasso da gestão sino-russa, o Brasil se verá obrigado, mais cedo ou mais tarde, a repensar a sua posição.
Esse bando continua da mesma maneira, são porta-vozes de Miami, a China já desmentiu o factóide dos EUA, estão negociando com os iranianos, os chineses não são idiotas, sabem que emparedar o Irã é ruim para eles.

[]´s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 12:35 pm
por FOXTROT
A situação de impasse me parece intransponível, o ocidente quer paralisar o programa nuclear e o Irã, para quem só quer produzir urânio para uso civil, está muito obstinado na defesa do seu programa (seja por meios diplomáticos, ou pelo aparato bélico que defendem suas usinas e etc).

O tempo para a diplomacia está se esgotando, logo não restará outra alternativa para o Ocidente; atacar ou ver um Irã nuclear...

As duas opções não são boas....

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 1:57 pm
por suntsé
a Possibilidade o Iran, ceder as pressões é muito remota.

Na verdade eu acho incompreensível a postura iraniana, eles sabem que não tem chances de vencer um embate militar com o Ocidente. E sabem que a possibilidade de guerra é real. No entanto eles continuam com uma postura desafiadora, como se tivesem uma carta na manga, para evitar a guerra, como se o ocidente fosse ficar intimidado pelo fato deles estarem ao perto de podetencias poderosas.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 2:26 pm
por GustavoB
É o Armageddon: perto do Rio Eufrates, exércitos contra as forças cristãs...

Rússia, Índia, China e até o Brasil se opõe a uma suposta agressão ao Irã, último bastião independente do domínio ianque no Oriente Médio.

Nem tanto sob a ótica dos recursos energéticos, mas como ficará a posição russa no continente, cada vez mais abertamente cercada pela Otan e por escaramuças em países periféricos cooptados? Quanto tempo a Índia conviverá com instabilidades insufladas na Cachemira, no Tibet, no Afeganistão e no próprio Paquistão? Como será que veem o isolamento e o intervencionismo nos seus vizinhos? Já a China será arrastada a conflitar quando tiver problemas com suas rotas comerciais no Oceano Índico, tanto que por isso mudou o paradigma da PLAN, investindo em submarinos e mais recentemente em NAes.

Será o Iraque o campo de batalha?

Viagens à parte... o jogo está posto.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 2:38 pm
por kurgan
02/04/2010 - 13h51
China compra sistemas de defesa antiaérea da Rússia

Por Dmitry Solovyov

MOSCOU (Reuters) - A Rússia entregou 15 baterias de mísseis antiaéreos S-300 à China, anunciou na sexta-feira a agência de notícias Interfax, cumprindo um contrato cujo valor, segundo analistas, pode chegar a 2,25 bilhões de dólares.

A China é importante compradora de armas russas, e os dois países dizem que sua intenção é formar uma parceria estratégica, embora autoridades russas tenham receios quanto à crescente assertividade da China.

De acordo com a Interfax, Igor Ashurbeili, diretor geral da Alamz Antei, que fabrica os mísseis, disse que a Rússia entregou 15 baterias de S-300 à China.

"Implementamos um contrato de entrega à China do sistema S-300 mais recente", disse Ashurbeili. Ele não deu detalhes quanto ao valor da transação. Não foi possível obter declarações imediatas de um representante da fábrica.

Analistas dizem que os contratos de entrega dos mísseis S-300 à China foram assinados em meados dos anos 2000 e que cada bateria custa cerca de 120-150 milhões de dólares. Isso indica que o valor do contrato chinês foi de cerca de 1,80-2,25 bilhões de dólares.

No ano passado, as exportações de armas russas chegaram ao recorde pós-soviético de 8,5 bilhões de dólares. Dois terços das vendas foram feitas à Argélia, Índia e China. Outros 20 por cento das entregas foram feitas à Síria, Venezuela, Malásia e Vietnã.

Moscou declarou que tem planos de cumprir um contrato de fornecer os mísseis S-300--apelidados na Rússia de "os favoritos"-- ao Irã, fato que preocupa Israel e os Estados Unidos.

A possível venda a Teerã dos S-300, que poderiam proteger as instalações nucleares iranianas contra ataques aéreos, tornou-se uma questão delicada nas relações da Rússia com Israel.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ussia.jhtm

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Abr 02, 2010 7:44 pm
por FOXTROT
El Baradei desafia autoridades do Egito com discurso público
02 de abril de 2010

O diplomata egípcio Mohamed El Baradei, ex-diretor-geral da agência nuclear da ONU, fez nesta sexta-feira um apelo público por mudanças institucionais no seu país, desafiando o estado de emergência que proíbe reuniões com críticas às autoridades.
Agentes à paisana estavam no local quando El Baradei, pré-candidato a presidente nas eleições previstas para 2011, conclamou cerca de 700 pessoas em uma aldeia no nordeste do Egito a aderirem a um abaixo-assinado por reformas.

"O Estado pode ser um poder centralizado, mas as pessoas são mais fortes," disse ele à plateia, parte da qual chegara com ele ao local vindo da localidade de Mansoura, uma capital provincial perto dali, no delta do Nilo.

O objetivo do abaixo-assinado é alterar as leis de modo que independentes como El Baradei tenham mais facilidade para disputar a presidência, após décadas sob o regime autoritário do presidente Hosni Mubarak.

O documento também pleiteia o fim do estado de emergência, que permite prisões sem mandado judicial e proíbe qualquer atividade política de oposição - como o discurso de El Baradei e uma visita anterior dele a Mansoura, onde foi recebido por até 1.500 simpatizantes.

El Baradei disse que irá apresentar o abaixo-assinado quando "juntarmos o máximo possível de nomes."

A polícia egípcia costuma dissolver qualquer reunião pública com mais de cinco pessoas, o que não ocorreu na sexta-feira.

"Recebemos instruções do Ministério do Interior para permitir que o comício e a reunião transcorressem tranquilamente," disse sem se identificar um agente no local, acrescentando que a avaliação das autoridades foi de que El Baradei não irá fazer outro comício, e que portanto seria melhor não interferir.

Analistas acham improvável que haja uma reforma política até o ano que vem no mais populoso país do mundo árabe, cuja política é dominada pelo Partido Nacional Democrático, de Mubarak.

El Baradei voltou ao Egito em fevereiro, após 12 anos como chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), com sede em Viena.

O regresso dele energizou o clima político, e analistas dizem que o governo está ciente de que o diplomata de 67 anos não é um adversário comum.

"O regime foi inteligente desta vez, porque sabe que com El Baradei as regras do jogo são diferentes," disse o jurista Yahya al Gamal à Reuters. "A opinião pública internacional está seguindo cada movimento de El Baradei."

A plateia do evento de sexta-feira era composta por engenheiros, donas de casa, médicos e taxistas, entre outros. Muitos diziam temer a repressão das autoridades.

"Buscamos uma reforma pacífica ao arregimentar um grande número de seguidores para a mudança. Buscamos emendas constitucionais e eleições livres e limpas. O cidadão egípcio tem o direito de escolher seu presidente," afirmou El Baradei.

Mubarak, de 81 anos, que voltou da Alemanha em 27 de março, depois de uma cirurgia de vesícula biliar, ainda não revelou se pretende disputar um sexto mandato. Caso não queira, muitos egípcios acham que ele indicará seu filho Gamal. Pai e filho negam que tal plano exista.