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Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 11:19 am
por Marino
joaoGui escreveu:
J.Ricardo escreveu:O duro CM é achar um PA desses a venda no mercado de usados nas condições em que nós achamos o Foch...
Ué, posso estar muito errado, mas não vejo grande coisa no Foch, compramos ele e depois de 4-5 anos "coisas" explodiram e pessoas morreram...desde então ele está na doca, é difícil achar um PA assim?Talvez em algum ferro velho você encontre algo parecido e em condições semelhantes. :roll: :roll:
Há um tópico sobre o São Paulo.
Sugiro, antes de escrever posts como este, que dê uma lida lá para inteirar-se do assunto.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 11:27 am
por joao fernando
Marino, direto na veia: existe PA a venda? É como se comprar um carro usado? Se quissessemos, poderiamos comprar um PA americano?

Acho que tem gente, que pensa que basta chegar, conferir a cor, pegar os documentos, e assinar a papelada do Panamericano...

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 11:46 am
por Marino
Quando os PA americanos de propulsão convencional estavam dando baixa, há anos atrás, foram oferecidos.
Mas estes não "cabiam" no tamanho da MB: 5000 homens, 90 aviões, não havia dique onde entrassem (então a manutenção teria que ser nos EUA), o planejamento da MB em relação a questão aeronaval era diferente, etc.
Então, não havia PA americano que atendesse as NOSSAS necessidades.
Hoje, não há PA a venda.
Lembrem-se de que a MB já decidiu, há tempos também, que os sistemas de nossos navios serão catapulta e aparelho de parada. Isto é decisão tomada, PONTO.
Então, nada de velharia podre para nós.
Nossos PA serão construídos no Brasil, atenderão as NOSSAS especificações, NOSSAS necessidades, NOSSA visão de emprego.
Chega de lixo.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 11:54 am
por joao fernando
Gostei Marino. E a verba, já está garantida, como aconteceu com os Subs?

E sem querer avacalhar o topico, quantos subs ao todo, sairão dos estaleiros novos? Não saria apenas 1 nuc, correto?

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 11:57 am
por cabeça de martelo
Ah Marino mas isso não é bom, então a MB com PA PA serão construídos no Brasil, feitos a pensar nas VOSSAS especificações, nas VOSSAS necessidades, na VOSSA visão de emprego não terá umMade in USA, Russia, France... não é tão "chique"!

:shock: :roll:

E depois a imprensa que é...

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 12:02 pm
por Marino
Quanto a questão de financiamento para os programas das FA, GRANDES novidades em breve. Vai ser um cala-boca tremendo nos "jisuis está olhando" da vida.
Basta esperar.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 12:03 pm
por Marino
cabeça de martelo escreveu:Ah Marino mas isso não é bom, então a MB com PA PA serão construídos no Brasil, feitos a pensar nas VOSSAS especificações, nas VOSSAS necessidades, na VOSSA visão de emprego não terá umMade in USA, Russia, France... não é tão "chique"!

:shock: :roll:

E depois a imprensa que é...
Pois é, PA tupiniquim, sem marca de grife.
Os estilistas de plantão vão ter um piripaque. :lol:

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 12:29 pm
por jumentodonordeste
Marino escreveu:Quanto a questão de financiamento para os programas das FA, GRANDES novidades em breve. Vai ser um cala-boca tremendo nos "jisuis está olhando" da vida.
Basta esperar.

Tem alguma coisa com um líquido valioso que tem uma cor escura e nós temos de montão ?

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 2:04 pm
por faterra
Editado - postado somente a citação.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 2:27 pm
por faterra
Marino escreveu:Quando os PA americanos de propulsão convencional estavam dando baixa, há anos atrás, foram oferecidos.
Mas estes não "cabiam" no tamanho da MB: 5000 homens, 90 aviões, não havia dique onde entrassem (então a manutenção teria que ser nos EUA), o planejamento da MB em relação a questão aeronaval era diferente, etc.
Então, não havia PA americano que atendesse as NOSSAS necessidades.
Hoje, não há PA a venda.
Lembrem-se de que a MB já decidiu, há tempos também, que os sistemas de nossos navios serão catapulta e aparelho de parada. Isto é decisão tomada, PONTO.
Então, nada de velharia podre para nós.
Nossos PA serão construídos no Brasil, atenderão as NOSSAS especificações, NOSSAS necessidades, NOSSA visão de emprego.
Chega de lixo.
Marino escreveu:Quanto a questão de financiamento para os programas das FA, GRANDES novidades em breve. Vai ser um cala-boca tremendo nos "jisuis está olhando" da vida.
Basta esperar.
Vixe Maria!... É tiro e queda!
Neguinho abre a boca e fica com ela estateladamente aberta, pois, o troco vem rápido, rasteiro, consistente e abundante! 8-] :twisted: :mrgreen:

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 2:55 pm
por joaoGui
Marino escreveu:
joaoGui escreveu: Ué, posso estar muito errado, mas não vejo grande coisa no Foch, compramos ele e depois de 4-5 anos "coisas" explodiram e pessoas morreram...desde então ele está na doca, é difícil achar um PA assim?Talvez em algum ferro velho você encontre algo parecido e em condições semelhantes. :roll: :roll:
Há um tópico sobre o São Paulo.
Sugiro, antes de escrever posts como este, que dê uma lida lá para inteirar-se do assunto.
Desculpa Marino, eu até leio bastante o DB(todo dia fico uma ou duas horas aqui), tinha certeza que haveria uma reação assim, não fui o primeiro aqui a criticar o SP. Eu já li algumas partes desse tópico que você sugeriu, entendo que o SP não tem a missão de nos tornar uma potência marítima mas sim permitir que mantenhamos a doutrina de operação de navios aeródromos até que algo novo venha. Já foi debatido à exaustão aqui se vale a pena ou não ter PAs( Subs X NAes ) e também se o SP, como navio, valeu a pena. EU também creio que na época não havia nada melhor para se comprar em termos de PA(haviam outros PAs no mundo "a venda" na época em que o SP foi comprado e que não fossem americanos?).Mas para um leigo(maior que eu), se você contar a história do SP na MB...este com certeza irá dar risada :x . Pelo que leio, você é um oficial da Marinha, então é difícil eu perguntar isso, mas tudo bem: Você concorda plenamente com a operação e manutenção do SP na MB? O dinheiro foi bem investido? A marinha ,com todas as suas outras prioridades, investiu seus parcos recursos no que havia de melhor para ela na época? Dizem que foram gastos 12 milhões de dólares para comprar o SP, mas na reforma do mesmo já vi números nas centenas de milhões.


Obrigado e desculpa se dei uma "trollada" não foi a intençao [001]

João

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 5:11 pm
por Mapinguari
joaoGui escreveu:
J.Ricardo escreveu:O duro CM é achar um PA desses a venda no mercado de usados nas condições em que nós achamos o Foch...
Ué, posso estar muito errado, mas não vejo grande coisa no Foch, compramos ele e depois de 4-5 anos "coisas" explodiram e pessoas morreram...desde então ele está na doca, é difícil achar um PA assim?Talvez em algum ferro velho você encontre algo parecido e em condições semelhantes. :roll: :roll:
João, o Foch estava plenamente operacional ao ser adquirido. A MB já havia planejado o PMG dele, que foi antecipado em um ano ou dois em função do acidente na cozinha do navio.
Não havia (e não há) nenhum outro navio nas mesmas condições para aquisição. A contribuição do NAe São Paulo à MB está sendo inestimável.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 6:16 pm
por Marino
jumentodonordeste escreveu:
Marino escreveu:Quanto a questão de financiamento para os programas das FA, GRANDES novidades em breve. Vai ser um cala-boca tremendo nos "jisuis está olhando" da vida.
Basta esperar.

Tem alguma coisa com um líquido valioso que tem uma cor escura e nós temos de montão ?
Não, mas me perdoe por parar por aqui.
Esperemos um pouco mais para que eu não queime a lingua.

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 6:27 pm
por jumentodonordeste
Mas isso já é certo né?

Se for...

Tá Rox. 8-]

Re: Porta-Aviões

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 6:51 pm
por Marino
Desculpa Marino, eu até leio bastante o DB(todo dia fico uma ou duas horas aqui), tinha certeza que haveria uma reação assim, não fui o primeiro aqui a criticar o SP. Eu já li algumas partes desse tópico que você sugeriu, entendo que o SP não tem a missão de nos tornar uma potência marítima mas sim permitir que mantenhamos a doutrina de operação de navios aeródromos até que algo novo venha. Já foi debatido à exaustão aqui se vale a pena ou não ter PAs( Subs X NAes ) e também se o SP, como navio, valeu a pena. EU também creio que na época não havia nada melhor para se comprar em termos de PA(haviam outros PAs no mundo "a venda" na época em que o SP foi comprado e que não fossem americanos?).Mas para um leigo(maior que eu), se você contar a história do SP na MB...este com certeza irá dar risada :x . Pelo que leio, você é um oficial da Marinha, então é difícil eu perguntar isso, mas tudo bem: Você concorda plenamente com a operação e manutenção do SP na MB? O dinheiro foi bem investido? A marinha ,com todas as suas outras prioridades, investiu seus parcos recursos no que havia de melhor para ela na época? Dizem que foram gastos 12 milhões de dólares para comprar o SP, mas na reforma do mesmo já vi números nas centenas de milhões.


Obrigado e desculpa se dei uma "trollada" não foi a intençao [001]

João
João, sou sim Oficial da MB, isto é público aqui no DB.
Minha intenção não foi ser agressivo, me perdoe se assim pareceu.
Para entender a necessidade de PAs, de Subs, de NPOs, de Escoltas, de Anfíbios, etc, há que ter persistência e ler o tópico sobre Estratégia Naval.
Lá vc poderá tomar conhecimento sobre alguns tópicos que responderão a dúvidas de quem não tem contato com o tema: as Tarefas Básicas do Poder Naval, que meios são adequados para o cumprimento das mesmas, o que é uma Marinha Balanceada, etc.
Este é o primeiro passo para entender o tema.
O Mapi lhe respondeu acima.
Quando compramos o SP uma comissão da MB fez uma longa viagem nele, e sabíamos de todos os problemas.
Ele estava plenamente operacional e fez várias comissões na MB, qualificando uma nova geração de Oficiais e Praças, aviadores e da armada.
O que ocorreu foi o rompimento da tubulação de vapor da cozinha, não uma explosão, que infelizmente matou gente. Este fato fez com que a MB antecipasse o PMG (sabe o que é isso?) do navio e aproveitou para fazer as modernizações que estavam planejadas também.
O período de imobilização, PMG, é perfeitamente normal e acontece com todos os navios de todas as marinhas do mundo. Então, vc não vai achar um navio nas condições do SP em um ferro velho não, como escreveu.
Não havia nenhum outro PA no mundo a venda (fora os americanos), e se houvessem não seriam nos moldes que interessavam a MB, com catapulta e aparelho de parada.
Você realmente crê que vale a pena rir do SP? Sinceramente?
Veja o que diz a própria MB:
http://www.mar.mil.br/hotsites/sala_imp ... 010%20.pdf
O navio realizou 568 catapultagens, sendo a MB uma das 3 Marinhas do mundo a ter esta capacidade. A China nos pede ajuda, a França pede para usar enquanto o CdG estava em reparos (infelizmente nosso reparo não havia terminado), etc.
Lhe respondendo diretamente a sua última pergunta: EU, como Oficial da MB, concordo com a manutenção do SP, mais ainda, não vejo a MB sem PAs, o dinheiro foi mais que bem investido, e todas as contas da MB, como do EB/FAB, passam pelo TCU. Se vc ler o que sugeri no tópico Estratégia Naval, verá que a manutenção de um PA é uma das prioridades que não pode ser relegada. O custo de aquisição foi sim de US$ 12 milhões, e o PMG (de novo, sabe o que é isso?) e modernização sairam em torno de R$ 80 milhões (REAIS). Sabe quanto custa um PA novo? Pois é!!!!
O navio já voltou para o mar, está passando pelo período de inspeções que vai durar uns 3 meses, e vai voltar a operar com a Esquadra de maneira full, como nunca esteve antes.
Dentro em pouco os A-4M chegam, os COD/REVO, os SH-70, os AEW, os Super Puma. Quantas Marinhas do mundo terão a capacidade da MB?
Mais adiante, depois da FAB, chegam os aviões do FX para a MB, e um novo PA.
Este tema não é para leigos, ou as opiniões não passarão disso, opiniões, sem embasamento algum.
Por isso, mais uma vez, sugiro a leitura do tópico sobre Estratégia e o aprofundamento nos estudos sobre tão árida questão.