Alternativas para fim do FX2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#1576 Mensagem por Glauber Prestes » Ter Ago 13, 2013 4:23 pm

Não consigo abrir no meu tablet..... alguém pode resumir o que está acontecendo/aconteceu?
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#1577 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 13, 2013 4:32 pm

Acabou de acabar.

Vamos lá...

O Saito colocou muito bem que o lado dele é o "Técnico" e que a decisão realmente depende da Presidente.

Se a aeronave for escolhida hoje, o contrato demoraria de 6 meses a 1 ano para ser negociado com a entrega da primeira aeronave em torno de 4 anos.

Ou seja... se decidirmos hoje só receberíamos o primeiro avião am 2018/19.

Independência para a FAB fazer várias modificações e poder operar o avião com relativa independência é algo importante, mas todos concordam que se comprarmos um avião Americano estamos comprando tudo aquilo que vem em termos de relacionamento, dependências e afins pelos próximos 30 anos. O mesmo para um avião francês ou sueco ou qualquer outro.

Ninguém na FAB está muito interessado em tampão.

Esse projeto já tem 18 anos.

O Saito está meio que de mãos atadas... depende da Presidenta.

Ao que parece o que ela decidir está bom sob o ponto de vista da FAB.

Não me pareceu que ele teria preferência por A ou B ou C.

Aconteceram algumas batatadas por parte dos Senadores... (o que era de se esperar, mas tudo bem).

O Saito afirmou que o primeiro F-5 da Jordânia Modernizado sera entregue esse ano e o primeiro AM-X em Setembro.

A idéia da Aeronáutica é que uma vez a escolha seja feita, o pessoal da FAB vai extrair o que der e o que não der dessa proposta em termos de vantagens para o Brasil.

Acho que é isso por enquanto :)

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1578 Mensagem por Boss » Ter Ago 13, 2013 4:44 pm

Também falou que as propostas melhoraram desde aquelas de 2009, "principalmente a da Boeing".
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1579 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 13, 2013 4:46 pm

Nada de novo além do horizonte.
A merda disso tudo é que toda vez que troca o presidente de uma dessas comissões, começa toda aquela lenga-lenga de reuniões e mais reuniões com milicos e ministros, que no fim das contas, não tem intenção nenhuma de resolver nada.
É só mais do mesmo, para parecer que estão trabalhando.
Continuamos aqui esperando, e sinceramente, sentem e relaxem porque vai ficar mesmo para depois de 2015.
E quando eu digo depois de 2015, é bem depois mesmo, até porque, em 2016 tem eleições... de novo.
Advinha então... :wink:

abs.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1580 Mensagem por gabriel219 » Ter Ago 13, 2013 4:47 pm

Se for para receber a primeira unidade em 2018 e os esquadrões de F-5EM que darão baixa em 2017?
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1581 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 13, 2013 4:51 pm

gabriel219 escreveu:Se for para receber a primeira unidade em 2018 e os esquadrões de F-5EM que darão baixa em 2017?
Ninguém sabe.

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1582 Mensagem por gabriel219 » Ter Ago 13, 2013 5:03 pm

Então não estamos fudi&*%, ESTAMOS MUITO FUD&*@#.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1583 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 13, 2013 5:08 pm

Pelo que vi... é essa exatamente a preocupação dos Senadores.

O M2k está claro para todos é que era o tampão e o máximo possível a ser feito.

(claro que os F-5 da Jordânia tem a ver com isso também).

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1584 Mensagem por gabriel219 » Ter Ago 13, 2013 5:14 pm

Então terão que mudar algo no F-X2 para que o vencedor (SE TIVER) tenha algum plano de tampão para a FAB.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1585 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 13, 2013 5:19 pm

Sempre dá para voar menos horas e trabalhar com a manutenção para que isso seja possível.

Eu já não dúvido que a FAB trabalhe com essas hipóteses.

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1586 Mensagem por gabriel219 » Ter Ago 13, 2013 5:27 pm

Isso é uma piada sem graça e de muito, mas muito mau gosto.
Se for para receber a primeira aeronave do F-X2, SE FOR DECIDIDA ESSE ANO, em 2018, na melhor das hipóteses, porque não uma nova concorrência com caças de 4,5ª geração e 5ª geração.
Se for comprar tampão antes da decisão do F-X2, o que eu acho que vai, não daria tempo para uma nova concorrência, sendo que essa levada mais a sério (essa é a parte mais difícil)?
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1587 Mensagem por Wingate » Ter Ago 13, 2013 5:43 pm

NovaTO escreveu:Desses países que vendem caças só acredito que a Suécia não tem inteligência fazendo serviços de espionagem. Os demais devem fazer, especialmente a França. :)

[]'s
Nobre colega, quanto mais neutro o país, melhor seu serviço de inteligência. É preciso sempre saber QUANTO VALE sua neutralidade junto aos "amigos".... :twisted:

O mercado mundial de armamentos não tem lugar para escrúpulos... [000]

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Re: Alternativas para fim do FX2

#1588 Mensagem por BrasilPotência » Ter Ago 13, 2013 6:35 pm

Carlos Lima escreveu:Acabou de acabar.

Vamos lá...

O Saito colocou muito bem que o lado dele é o "Técnico" e que a decisão realmente depende da Presidente.

Se a aeronave for escolhida hoje, o contrato demoraria de 6 meses a 1 ano para ser negociado com a entrega da primeira aeronave em torno de 4 anos.

Ou seja... se decidirmos hoje só receberíamos o primeiro avião am 2018/19.

Independência para a FAB fazer várias modificações e poder operar o avião com relativa independência é algo importante, mas todos concordam que se comprarmos um avião Americano estamos comprando tudo aquilo que vem em termos de relacionamento, dependências e afins pelos próximos 30 anos. O mesmo para um avião francês ou sueco ou qualquer outro.

Ninguém na FAB está muito interessado em tampão.

Esse projeto já tem 18 anos.

O Saito está meio que de mãos atadas... depende da Presidenta.

Ao que parece o que ela decidir está bom sob o ponto de vista da FAB.

Não me pareceu que ele teria preferência por A ou B ou C.

Aconteceram algumas batatadas por parte dos Senadores... (o que era de se esperar, mas tudo bem).

O Saito afirmou que o primeiro F-5 da Jordânia Modernizado sera entregue esse ano e o primeiro AM-X em Setembro.

A idéia da Aeronáutica é que uma vez a escolha seja feita, o pessoal da FAB vai extrair o que der e o que não der dessa proposta em termos de vantagens para o Brasil.

Acho que é isso por enquanto :)

[]s
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Caro Lima, neste ponto eu discordo parcialmente, :lol:

Algumas respostas do Saito "EU" achei bem chave que ele queria demonstrar a opção da FAB, pontos esses:

- Frisou que é melhor construir um caça com o parceiro ao invés de pegar ele pronto.
- Citou o prazo de pagamento da SAAB, só após os últimos caças.
- E questionado qual o modelo preferido da força ele apenas disse que o parecer técnico dado pela força pra assessorar o executivo foi dado, que sabemos ser o NG, e que a parte da FAB era essa.

Bom, foi o que eu captei [012], vamos ver o que os demais colegas tem a dizer.
Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Alternativas para fim do FX2

#1589 Mensagem por arcanjo » Ter Ago 13, 2013 6:40 pm

13/08/2013 - 16h50 Comissões - Defesa Nacional - Atualizado em 13/08/2013 - 18h01

Comandante da Aeronáutica diz que Dilma tomará decisão sobre caças em 'curto prazo'

Imagem

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afirmou na terça-feira (13) que a presidente da República, Dilma Rousseff, tomará "em curto prazo" a decisão sobre a compra, pela Força Aérea Brasileira (FAB), de 36 aeronaves de caça estrangeiras, com transferência de tecnologia para o Brasil. Ele participou de um debate sobre o tema na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), juntamente com oficiais da Aeronáutica, senadores e deputados.

O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), explicou que o chamado Projeto FX-2 da FAB começou em 2001, tendo esse primeiro processo se encerrado em 2005 – por conta da conjuntura econômica nacional – sem a compra definitiva de caças. Ferraço relatou que foi adotada uma posição paliativa, com a compra de caças usados. Ele lembrou que os aviões de caça Mirage 2000 serão aposentados no último dia de 2013 e manifestou preocupação com o que chamou de “fragilidade do espaço aéreo” brasileiro.


- Essa situação coloca o país em um iminente apagão aéreo – alertou o senador, acrescentando que o Congresso Nacional confia na Aeronáutica.

Para Ferraço, a aquisição de aeronaves é importante para a posição estratégica do Brasil, que é uma liderança na América Latina, tem projeção mundial e almeja mais protagonismo na Organização das Nações Unidas (ONU). A nova fase do Projeto FX-2, explicou o senador, começou em 2008 e consiste na aquisição de 36 aeronaves de caça “de múltiplo emprego”, incluindo itens como os simuladores de voo correspondentes, a logística inicial e a transferência de tecnologia “necessária para a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro no desenvolvimento de um caça de quinta geração”.

Monitoramento

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse que, o país possui equipamentos compatíveis para fazer face às necessidades da defesa nacional. Ele ressaltou, porém, que o projeto FX-2 complementaria a segurança do país. Saito lembrou que o monitoramento de defesa do Brasil chega a 22 milhões de metros quadrados, considerando as regiões de tratado internacional.

- Quem controla o espaço e faz defesa aérea dá proteção ao país – disse.

Sobre os modelos selecionados, o comandante Saito acrescentou que a Presidência da República já tem as informações sobre as preferências da Aeronáutica e já estaria em condições de tomar uma decisão sobre a compra dos caças. Segundo Saito, Dilma Rousseff tomará a decisão “em curto prazo”. Ele informou que, depois de decidida a compra, a entrega dos aviões pode demorar entre quatro e seis anos.

Ainda de acordo com Juniti Saito, o relatório sobre a compra dos aviões foi entregue ao Ministério da Defesa no início de 2010. O comandante admitiu que a análise da Aeronáutica é mais técnica, enquanto a do governo é mais política. Ele negou, porém, que exista conflito com o Ministério da Defesa.

Segundo Saito, a Aeronáutica trabalha na aquisição de caças modernos desde o ano de 1995. Ele afirmou que os adiamentos no processo têm mais a ver com a questão orçamentária e negou que a Aeronáutica faça pressão sobre o governo. Saito ainda informou que os Mirage 2000, que serão retirados de uso no fim do ano, deveriam ter sido desativados já em 2011, por conta das horas de voo, e informou que a Aeronáutica vai receber caças F-5 modernizados. Ele admitiu que a situação não é a ideal, mas que a Aeronáutica “faz o possível”.

"Vários prismas"

O presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso dos Santos, explicou que a FAB planeja a aquisição de uma nova aeronave com base na análise dos riscos da construção ou da aquisição e dos desafios tecnológicos e logísticos. E informou que algumas aeronaves brasileiras chegam a voar 40 anos, pouco acima da média mundial.

Affonso dos Santos disse que as ofertas de compra são “exaustivamente” analisadas sob vários prismas, inclusive sobre a possibilidade de transferência de tecnologia. Uma das exigências é a efetividade do caça na defesa aérea, no ataque aéreo e no ataque ao solo. A junção dessas ações em uma mesma aeronave, disse Affonso dos Santos, diminui os custos para o país. Ele lembrou que, desde 2008, três aeronaves foram selecionadas como possíveis objetos de compra: Boeing F-18E/F Super Hornet (norte-americano), Dassault Rafale F3 (francês) e Saab Gripen NG (sueco). O desafio, segundo o presidente da Copac, é a comparação entre as características técnicas das aeronaves.

- O projeto FX-2 vai representar um grande salto tecnológico para o país – declarou.

Transferência de tecnologia

Ricardo Ferraço enfatizou que a compra desses aviões de guerra deve ter como característica prioritária a transferência de tecnologia para o Brasil por parte do país escolhido como vendedor. O objetivo é que essa transferência de conhecimento ajude no desenvolvimento das capacitações tecnológicas nacionais, de modo a eliminar, progressivamente, a compra de serviços e produtos importados, e possibilitar a produção nacional de um caça.

Respondendo à senadora Ana Amélia (PP-RS), o comandante Juniti Saito informou que há diferenças na forma da transferência de tecnologia de cada modelo. Integridade estrutural, sensores, fusão de dados e integração de motores estão entre as áreas que a Aeronáutica receberia tecnologia.

- Não estamos apenas comprando um avião de prateleira. A transferência de conhecimento é importante. É fazendo junto que a gente aprende a tecnologia – afirmou Saito.

Para o deputado Carlos Zaratini (PT-SP), a transferência de tecnologia é parte fundamental desse processo. Ele disse que, conforme informações recebidas, o projeto sueco teria mais transferência de tecnologia, ao contrário da empresa americana, cuja transferência de conhecimento ficaria dependente de autorização do Congresso dos Estados Unidos.

Cultura pacífica

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) destacou a cultura pacífica do Brasil, enquanto o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) alertou para situações imprevisíveis, como ameaças e mesmo guerras – o que apontaria a necessidade de uma decisão urgente sobre o projeto. Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e os deputados Hugo Napoleão (PSD-PI) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) também participaram da audiência.

Fonte: Agência Senado
http://www12.senado.gov.br/noticias/mat ... urto-prazo


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Re: Alternativas para fim do FX2

#1590 Mensagem por arcanjo » Ter Ago 13, 2013 6:54 pm

13/08/2013 - 18h01
F-X2 - Comandante da Aeronáutica defende aquisição de novos caças em Audiência Pública

Imagem

Em audiência pública realizada no Senado Federal nesta terça-feira (13/8), o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, defendeu a aquisição de novos caças para a Força Aérea Brasileira como um passo fundamental para que o Brasil possa ter uma defesa aérea adequada para a importância do País e também como incentivo à indústria nacional. "O foco principal desse projeto não é só comprar um avião de prateleira, e sim desenvolver junto com o parceiro escolhido uma tecnologia nacional", afirmou.

O relatório elaborado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) apontou que três aeronaves cumprem os requisitos estabelecidos pela FAB: o francês Rafale, o norte-americano Super Hornet e o sueco Gripen NG. O programa F-X2, como foi batizado o processo seletivo, está agora em fase de análise político-estratégica, feita pela Presidência da República.

O Senador Ricardo Ferraço, presidindo a audiência, mostrou-se preocupado com a demora para aquisição dos caças. "Atualmente seguem indefinidos os rumos do projeto F-X2", disse. O projeto foi iniciado há 18 anos, com a elaboração dos primeiros requisitos operacionais.

De acordo com o Brigadeiro Saito, a expectativa é que a decisão final seja tomada em curto prazo. Contudo, depois de anunciado o vencedor, serão necessários mais 12 meses para as negociações referentes à assinatura do contrato e mais quatro anos para receber as primeiras unidades.

Apesar disso, o Brigadeiro Saito disse que a FAB tem um planejamento para realizar a defesa aérea no Brasil e que trabalha com colaboração com a Presidência em um clima de "expectativa". "Eu não faço pressão sobre o governo. Apenas colocamos a realidade dos fatos", explicou. Lembrou ainda que a seleção feita pela FAB tem caráter técnico, e deve ser complementada por uma visão estratégica do País, realizada no nível de Chefe de Estado.

Relatório de 28 mil páginas beneficia indústria nacional
O Presidente da COPAC, Brigadeiro José Augusto Crepaldi, apresentou detalhes do processo seletivo realizado pela Força Aérea. O relatório possui 121 volumes e mais de 28 mil páginas, em um processo que envolveu análises de propostas, voos de avaliação, visita às indústrias e comparações de aspectos como compensações comerciais e de transferência de tecnologia.

"O objetivo do trabalho é assessorar as autoridades competentes na tomada de decisão", resumiu o Brigadeiro, que ressaltou cada uma das etapas realizadas. Uma delas foi o convite para que empresas nacionais apontassem quais áreas seriam mais estratégicas para a transferência de tecnologia. "O F-X2 vai trazer um salto tecnológico para a Embraer e o nosso parque tecnológico e capacitá-los para o futuro".

Ele lembrou a trajetória da empresa, criada no âmbito do Comando da Aeronáutica. Desde o início da década de 70, contratos militares tem permitido que o Brasil tenha acesso às tecnologias necessárias para o desenvolvimento de aeronaves para a aviação civil. Foi o caso do jato subsônico A-1, criado em uma parceria com a Itália nos anos 80. Os conhecimentos adquiridos permitiram que a Embraer desenvolvesse a família de jatos de transporte regional que são exportados para todo o mundo.

Na visão do Presidente da COPAC, o atual desenvolvimento do cargueiro militar KC-390 e a participação da indústria nacional no futuro F-X2 devem trazer resultados parecidos. Entre as principais áreas tecnologias a serem absorvidas pelo Brasil estão a estrutura das aeronaves e os sistemas eletrônicos de bordo, dentre outras.

Imagem
Caças F-2000 serão desativados em dezembro - Agência Força Aérea

Desativação dos Mirage 2000
Um dos principais pontos abordados na audiência foi a desativação dos caças F-2000, marcada para 31 de dezembro deste ano. Os aviões foram adquiridos usados da França e começaram a chegar ao Brasil em 2006 como uma solução temporária enquanto não chegavam os novos caças. A vida útil prevista era até o final de 2011, mas já houve uma prorrogação para dezembro deste ano.

Agora, o plano da FAB é utilizar caças F-5 modernizados. "Não é o ideal. Vamos fazer o melhor possível", afirmou o Brigadeiro Saito. A FAB possui 46 F-5 modernizados que operam a partir do Rio de Janeiro, Manaus e Canoas (RS). Parte dessa frota deve ser alocada em Anápolis (GO), onde estão os 12 F-2000. Ainda em 2013, a FAB também irá receber o primeiro F-5 modernizado de um lote de onze unidades usadas adquiridas da Jordânia.

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Caças F-5 modernizados vão substituir os F-2000 - Agência Força Aérea

A frota da aviação de caça é completada por três Esquadrões de turbohélices A-29 Super Tucano e mais três Esquadrões com jatos subsônicos A-1, também em processo de modernização. O projeto F-X2 prevê que a futura aeronave substitua os F-2000 inicialmente e posteriormente novas encomendas sejam feitas para aposentar os F-5 e A-1.

O Brigadeiro Saito também defendeu mais investimentos na área. "É preciso ter Forças Armadas bem treinadas, bem equipadas e, por que não dizer, bem remuneradas", resumiu. Também explicou que o Brasil não deve investir pensando nos seus vizinhos, e sim em ter uma capacidade militar suficiente para desencorajar qualquer tentativa de agressão ao seu território.

22 milhões de Km²
O Comandante da Aeronáutica explicou que a Força Aérea Brasileira tem a obrigação de proteger uma área total de 22 milhões de Km², referentes ao território brasileiro, sua zona econômica exclusiva sobre o Atlântico e a área sob responsabilidade de controle do espaço aéreo de busca e resgate, estabelecida por tratados internacionais. Projetos recentes, como a aquisição dos aviões P-3AM, e a modernização dos jatos E-99 já foram fundamentais para cumprir essa missão. O principal passo a ser dado, agora, é a compra dos novos caças. "Nós temos equipamentos compatíveis. Falta só o programa F-X2 para completar essa defesa de maneira muito eficiente", disse.


Fonte: Agência Força Aérea
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... 15917&F-X2


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