Isso já é feito em escala industrial, inclusive aqui no Brasil. É o chamado álcool de segunda geração.gral escreveu:Se eu me lembro corretamente, a questão é conseguir produzir etanol a partir da quebra da celulose, o que ninguém, até onde sei, conseguiu realizar. Uma vez resolvido isto, qualquer planta servirá para produzir etanol.joao fernando escreveu:Ou seja: nem só de cana vive o biocombustivel.
http://www.canaldoprodutor.com.br/comun ... a-producao
De fato a cana ainda tem a vantagem de produzir bastante açúcar E bastante celulose, então é adequada para a produção de álcool de qualquer geração.A cana terá a vantagem de conseguir produzir etanol a partir do açúcar e da celulose, de modo que o rendimento ainda vai ser maior, mas esta vantagem poderá ser superada.
Já a produção de combustível (geralmente biodiesel) de microalgas é um outro assunto. Por serem simples organismos unicelulares e viverem em corpos d'água elas tem uma taxa de crescimento muitíssimo maior que o de qualquer planta terrestre, além de dispensar as etapas de plantio, colheita, transporte e moagem (basta bombear a água dos tanques para o sistema de processamento). Também não tem problemas com pragas comuns da lavoura, embora tenham seus próprios problemas de contaminação das culturas por outros organismos que competem com elas. O potencial de produção por hectare é pelo menos uma ordem de grandeza maior que o de qualquer planta existente, e podem ser empregadas terras que nem são adequadas para a agricultura, o que permite eliminar impactos na produção de alimentos.
Mas ainda existem alguns problemas a pesquisar, principalmente no controle do conteúdo de óleo das microalgas. Ele varia muito em função de parâmetros que ainda não são totalmente conhecidos, e isso torna difícil prever a produtividade e controlar os processos de produção.
Leandro G. Card