Re: NOTÍCIAS
Enviado: Seg Set 21, 2009 12:38 pm
Apoiamos sim, bem mais do que se sabe.
Mas que bela obra de jornalismo, não acharam? Meus olhos até lacrimejaram enquanto eu lia!
PROJETO F-X2
FAB e Embraer preferem caça da Boeing
Por Angela Pacheco Pimenta - Revista EXAME
Como já se sabe, se depender do presidente Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a França - com quem o Brasil já fechou negócio para a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros - também deverá fornecer um pacote de 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira, a FAB, numa transação que pode variar entre 4 bilhões e 8 bilhões de reais.
Além do Rafale, fabricado pela Dassault, também estão na disputa os caças FA-18 Hornet, da americana Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Os três concorrentes devem apresentar uma nova rodada de propostas à FAB na próxima segunda-feira. A decisão do governo deve sair em outubro.
Mas ainda que não comentem a respeito - tanto a FAB, quanto a Embraer, que deverá participar da contrução dos caças e assimilar a transferência de tecnologia exigida do governo brasileiro do fornecedor - preferem o caça FA-18 Hornet, da Boeing.
Para a Embraer, a preferência pela Boeing é claramente comercial. De saída, a empresa brasileira participa de uma licitação de 100 aviões leves de combate, como o Super Tucano, para a Força Aérea Americana, que pretende usá-los em cenários de guerra de guerrilha, como no Afeganistão.
A decisão ianque sobre a compra, que pode alcançar 90 milhões de dólares, deve ser anunciada em 2010.
As duas transações são independentes. Mas se o Brasil optar pelo FA-18, a Embraer deverá contar com maior simpatia dos americanos pelos Super Tucanos.
Outro ponto importante para a Embraer é o interesse já manifesto pela Boeing em desenvolver com a empresa brasileira um avião cargueiro militar, o KC-390, também a ser vendido para as forças armadas brasileiras.
O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a França gostaria de desenvolver um cargueiro com a Embraer. Mas acontece que a Airbus, que é sediada na França, já trabalha num projeto similar ao KC-390.
Já do ponto de vista da FAB, a preferência pela Boeing diz respeito à superioridade técnica do FA-18 sobre o próprio Rafale e o Gripen.
Aliás, nos últimos anos, o Rafale, que é fabricado pela Dassault, perdeu cinco disputas internacionais para o FA-18, em países como a Coreia.
Um dos trunfos do FA-18 é o seu sistema de radar AESA, desenvolvido pela Raytheon, que permite que o avião se torne invisível para o inimigo, que uma vez detectado pode ser fulminado antes mesmo de saber que estava sendo perseguido.
Além disso, para a FAB, a superioridade técnica da Boeing tem a ver com o sistema de navegação GPS.
Os americanos possuem a única constelação de satélites do mundo dotada da tecnologia. O GPS permite a localização exata de um objeto na superfície terrestre ou próximo dela, independente de condições meteorológicas ou de luminosidade.
Cabe ao Pentágono licenciar o uso do GPS para fins civis e militares em todo o mundo.
Logo, se comprar os Rafales, o Brasil continuará dependente dos americanos, ainda que indiretamente. A importação do GPS certamente tornará o pacote francês mais caro para o Brasil.
Desde o início da década que a União Europeia analisa a construção de um sistema GPS próprio. Mas a proposta, que está longe de sair do papel, custaria pelo menos 20 bilhões de dólares.
Outro aspecto que até agora vem sendo ignorado por Lula e Jobim - mas que é de interesse dos comandantes brasileiros - é a transferência tecnológica enquanto treinamento.
Só um piloto muito bem treinado consegue um rendimento máximo em ação. E nesse quesito, mais uma vez os militares brasileiros tem mais intimidade com os americanos, que por sinal tem as forças armadas mais bem treinadas do mundo.
A discussão sobre transferência tecnológica dos caças está restrita à resistência americana em permitir que a tecnologia a ser cedida para o FA-18 Hornet no Brasil seja revendida para países indesejáveis para os EUA, como a Venezuela ou o Irã.
Os americanos já declararam que o Brasil não teria carta branca para revender os FA-18 "made in Brazil".
De forma explícita, a provável decisão brasileira em comprar os Rafales vai se apoiar nesse aspecto.
Mas de forma velada, a intenção do governo Lula em se alinhar à França tem a ver com a intenção de demonstrar aos nossos vizinhos latino-americanos independência em relação a Washington.
No governo brasileiro, o Itamaraty tem dado sinais de que essa seria uma resposta em boa hora à Casa Branca, poucos meses depois do anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia de combate ao narcotráfico.
O anúncio gerou uma enorme polêmica na Unasul, que reúne os países sul-americanos, com anti-americanistas notórios, como os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Corrêa, do Equador.
Com razão, o Brasil não gostou da maneira como os americanos trataram o tema, não consultando, ou pelo informando Brasília de antemão a respeito.
Mas para o bem da segurança nacional, da FAB e do contribuinte brasileiro - que vai pagar a conta - é preciso esclarecer todos os aspectos - geopolíticos, técnicos e comerciais - que cercam a maior compra de aviões militares pelo Brasil desde 1973.
PROJETO F-X2
FAB e Embraer preferem caça da Boeing
Por Angela Pacheco Pimenta - Revista EXAME
Como já se sabe, se depender do presidente Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a França - com quem o Brasil já fechou negócio para a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros - também deverá fornecer um pacote de 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira, a FAB, numa transação que pode variar entre 4 bilhões e 8 bilhões de reais.
Além do Rafale, fabricado pela Dassault, também estão na disputa os caças FA-18 Hornet, da americana Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Os três concorrentes devem apresentar uma nova rodada de propostas à FAB na próxima segunda-feira. A decisão do governo deve sair em outubro.
Mas ainda que não comentem a respeito - tanto a FAB, quanto a Embraer, que deverá participar da contrução dos caças e assimilar a transferência de tecnologia exigida do governo brasileiro do fornecedor - preferem o caça FA-18 Hornet, da Boeing.
Ainda bem que o reporter é telepata, senão nunca saberíamos que as duas entidades, FAB e Embraer, apesar de não comentarem nada, pensam que o F-18 é o preferido deles.
Para a Embraer, a preferência pela Boeing é claramente comercial. De saída, a empresa brasileira participa de uma licitação de 100 aviões leves de combate, como o Super Tucano, para a Força Aérea Americana, que pretende usá-los em cenários de guerra de guerrilha, como no Afeganistão.
A decisão ianque sobre a compra, que pode alcançar 90 milhões de dólares, deve ser anunciada em 2010.
Faz todo o sentido condicionarmos uma compra nossa, da ordem de muito mais de 3 bilhões de dólares, à um negócio de 90 milhões para a Embraer...
As duas transações são independentes. Mas se o Brasil optar pelo FA-18, a Embraer deverá contar com maior simpatia dos americanos pelos Super Tucanos.
Independentes, pero no mucho...
Outro ponto importante para a Embraer é o interesse já manifesto pela Boeing em desenvolver com a empresa brasileira um avião cargueiro militar, o KC-390, também a ser vendido para as forças armadas brasileiras.
Aqui eu até acredito, afinal, a Boeing quer um concorrente para bater a Lockheed...
O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a França gostaria de desenvolver um cargueiro com a Embraer. Mas acontece que a Airbus, que é sediada na França, já trabalha num projeto similar ao KC-390.
Similar porque também vai voar... Afinal, só tem o dobro do tamanho e capacidade de carga....
Já do ponto de vista da FAB, a preferência pela Boeing diz respeito à superioridade técnica do FA-18 sobre o próprio Rafale e o Gripen.
FA-18? E eu que achava que era o Super Hornet que os americanos estavam oferecendo...
Aliás, nos últimos anos, o Rafale, que é fabricado pela Dassault, perdeu cinco disputas internacionais para o FA-18, em países como a Coreia.
Sério, o FA-18 venceu cinco disputas internacionais contra o Rafale? Quem são os outros clientes???? Juro que eu achava, erroneamente pelo jeito, que só a Austrália, além dos EUA, tinham comprado o SH...
Um dos trunfos do FA-18 é o seu sistema de radar AESA, desenvolvido pela Raytheon, que permite que o avião se torne invisível para o inimigo, que uma vez detectado pode ser fulminado antes mesmo de saber que estava sendo perseguido.
Opa, o radar AESA do FA-18 é na verdade um sistema stealth??? Já estão usando ele integrado ao sistema ECM para gerar interferência ativa que cancela o sinal de radares hostís? Mas não diziam que o Spectra francês, que se propõe a fazer isso, não era possível em termos práticos????
Além disso, para a FAB, a superioridade técnica da Boeing tem a ver com o sistema de navegação GPS.
Os americanos possuem a única constelação de satélites do mundo dotada da tecnologia. O GPS permite a localização exata de um objeto na superfície terrestre ou próximo dela, independente de condições meteorológicas ou de luminosidade.
Cabe ao Pentágono licenciar o uso do GPS para fins civis e militares em todo o mundo.
Logo, se comprar os Rafales, o Brasil continuará dependente dos americanos, ainda que indiretamente. A importação do GPS certamente tornará o pacote francês mais caro para o Brasil.
Aqui tudo faz sentido!!! Se comprarmos dos franceses, dependeremos indiretamente dos americanos, que podem nos negar ou cobrar caro pelo uso do sistema GPS... Já se comprarmos dos americanos, não teremos problemas de dependência...
Desde o início da década que a União Europeia analisa a construção de um sistema GPS próprio. Mas a proposta, que está longe de sair do papel, custaria pelo menos 20 bilhões de dólares.
Que sairiam do nosso próprio bolso, imagino...
Outro aspecto que até agora vem sendo ignorado por Lula e Jobim - mas que é de interesse dos comandantes brasileiros - é a transferência tecnológica enquanto treinamento.
Só um piloto muito bem treinado consegue um rendimento máximo em ação. E nesse quesito, mais uma vez os militares brasileiros tem mais intimidade com os americanos, que por sinal tem as forças armadas mais bem treinadas do mundo.
Ok, os americanos são excelentes na parte de treinamento. Realmente, isso é motivo mais que suficiente para não comprarmos equipamento militar de mais ninguém além deles, para sempre!!!!
A discussão sobre transferência tecnológica dos caças está restrita à resistência americana em permitir que a tecnologia a ser cedida para o FA-18 Hornet no Brasil seja revendida para países indesejáveis para os EUA, como a Venezuela ou o Irã.
Os americanos já declararam que o Brasil não teria carta branca para revender os FA-18 "made in Brazil".
De forma explícita, a provável decisão brasileira em comprar os Rafales vai se apoiar nesse aspecto.
Mas de forma velada, a intenção do governo Lula em se alinhar à França tem a ver com a intenção de demonstrar aos nossos vizinhos latino-americanos independência em relação a Washington.
No governo brasileiro, o Itamaraty tem dado sinais de que essa seria uma resposta em boa hora à Casa Branca, poucos meses depois do anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia de combate ao narcotráfico.
O anúncio gerou uma enorme polêmica na Unasul, que reúne os países sul-americanos, com anti-americanistas notórios, como os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Corrêa, do Equador.
Com razão, o Brasil não gostou da maneira como os americanos trataram o tema, não consultando, ou pelo informando Brasília de antemão a respeito.
Mas para o bem da segurança nacional, da FAB e do contribuinte brasileiro - que vai pagar a conta - é preciso esclarecer todos os aspectos - geopolíticos, técnicos e comerciais - que cercam a maior compra de aviões militares pelo Brasil desde 1973.
E esse artigo certamente é um primeiro passo nessa empreitada nobre de esclarecimento, não?
Apoio não. Mas imagina se alguém resolve querer fazer alguma coisa nas bandas de cá? Vai ter que ter ou conquistar nosso "aval"moura escreveu:Imaginem o subnuc do Brasil e o novo Porta aviões com rafale dando apoio as forças navais argentinas, a Rainha vai de um infarte.
Não estenderam o prazo porque os concorrentes alegaram falta de tempo, o motivo é óbvio: não se conseguiu o que queria, não daquele que se quer. A estupidez está em pedir ao Papai Noel aquilo que sabidamente ele não vai lhe dar.Juliano Lisboa escreveu:21/09/2009 - 13h56
Projeto F-X2 - Esclarecimentos
O Comando da Aeronáutica informa que, por solicitação das empresas concorrentes, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 resolveu estender o prazo, até o dia 2 de outubro de 2009, para os três competidores (Boeing, Dassault e SAAB) apresentarem possíveis melhorias em suas ofertas para o processo de seleção dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira.
Brigadeiro-do-Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=3799
E lá vamos nós de novo.
Não tenha dúvida professor,segundo noticia de hoje da AFP,a Dassault entregou sua proposta hoje,o pessoal foi lá abriu e?e????? Fumo! :evil:O trenzinho elétrico não estava no saco Só uma bola de capotão(essa é véia ) marrom.Não estenderam o prazo porque os concorrentes alegaram falta de tempo, o motivo é óbvio: não se conseguiu o que queria, não daquele que se quer. A estupidez está em pedir ao Papai Noel aquilo que sabidamente ele não vai lhe dar.