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Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 11:41 am
por lobo_guara
Defesa@Net 10 Setembro 2009
OESP 10 Setembro 2009


Carta de Sarkozy selou decisão de Lula

Compromisso de 'transferência irrestrita' de tecnologia foi senha para início de negociações sobre compra de caças

Tânia Monteiro, BRASÍLIA


Uma carta sigilosa do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que fala em "transferência irrestrita" de tecnologia dos caças Rafale para o Brasil, garantiu a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assinar, na segunda-feira, um comunicado conjunto anunciando o início das negociações com a empresa Dassault para a aquisição de 36 desses aviões de combate. Essa expressão, na carta, funcionou como uma chancela presidencial francesa para a proposta da empresa privada Dassault, que já havia prometido transferência "ilimitada" de tecnologia na proposta entregue à Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), que coordena o projeto do FX-2 de reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB).

Na carta, o governo francês também se compromete com a oferta de um "preço competitivo e razoável", bem abaixo do que foi apresentado na proposta inicial ao Comando da Aeronáutica e que terá como "teto" o valor pago hoje pela Força Aérea francesa. O documento de Sarkozy assegura ainda, com o consentimento da Dassault, que as vendas do Rafale para outros países latino-americanos serão "mercado exclusivo" do Brasil - quando a Embraer, em associação com a Dassault, produzir ou montar o caça.

A carta sigilosa foi uma reação à queixa de Lula a Sarkozy, no jantar do Palácio da Alvorada, na noite de domingo, de que "as coisas não estavam caminhando para uma solução" em relação ao Rafale por causa do "preço absurdo" apresentado na proposta feita pela Dassault. O presidente francês revelou impaciência diante da informação e da frustração da expectativa de voltar a Paris com a certeza de que a indústria francesa reequiparia a FAB.

Sarkozy prometeu a Lula que se entenderia com a Dassault e a garantia dos compromissos acertados ficaria registrada em uma carta pessoal e sigilosa a entregar ao presidente brasileiro.

Apresentou ainda, como reforço, o compromisso de comprar dez aviões de transporte militar KC-390, um projeto em desenvolvimento pela Embraer. Dessa forma, com as vendas garantidas do Rafale e do KC-390 seriam viabilizados economicamente os dois projetos, já que o primeiro, nunca foi vendido para fora do País e o segundo ainda está na prancheta.

Diante da disposição de Sarkozy, Lula convocou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito - que não estavam no jantar do Alvorada. Eles dois e mais o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani, e o assessor de assuntos internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, foram se reunir em uma suíte do hotel Royal Tulip, com o chefe do Estado-Maior francês e o embaixador da França no Brasil. As duas horas da madrugada do dia 7, o grupo planejou a redação da carta de Sarkozy que levou Lula a fazer o que fez ao fim do desfile da Independência: anunciar a abertura da negociação com a Dassault para a compra de 36 caças Rafale.

Agora, "o acordo só não irá adiante se o preço não for considerado competitivo pelo governo brasileiro", assegurou um interlocutor direto do presidente Lula.
PREÇO

Um mês antes da vinda de Sarkozy ao Brasil, Lula pediu informações sobre a situação do caça francês. Soube do "preço absurdo" e foram pedidas novas especificações de custo pela comissão. No dia 4, sexta-feira, dois dias antes da chegada de Sarkozy a Brasília, Lula convocou Jobim, Saito, e o brigadeiro presidente da comissão que analisa o processo, com Marco Aurélio Garcia, para saber da situação do Rafale. Ouviu, mais uma vez, que os preços continuavam "muito altos", o que não levaria a nenhum novo compromisso do governo brasileiro, além dos contratos já firmados para o fornecimento de submarinos e helicópteros.

No dia seguinte ao "comunicado conjunto", Jobim, na reunião de coordenação política do governo, avisou que era preciso "dar solução jurídica" à "decisão política" tomada no dia anterior. O governo brasileiro reconhecia que não podia encerrar formalmente uma concorrência que tinha outros dois competidores - a Boeing dos EUA, com o caça F-18 Super Hornet, e a Saab sueca, com o avião Grippen -, uma vez que nem sequer havia informado a decisão de abrir negociação com a Dassault.

Foi por conta desse vácuo que o Ministério da Defesa, em nota distribuída anteontem, assegurou que "o processo de seleção ainda não está encerrado" e o projeto FX-2 prosseguirá negociando com os três concorrentes, aprofundando e, "eventualmente", redefinindo as propostas. O "eventualmente" foi usado de forma intencional na nota e servirá como porta para aceitação de novas ofertas dos dois outros concorrentes, caso a França, parceiro preferencial, não baixe o preço para "algo considerado palatável". Assim, ela poderia deixar de ser o parceiro preferencial, abrindo esse lugar para Estados Unidos ou Suécia.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 11:45 am
por Bourne
Dado esse post primoroso abaixo, será que existe "transferência irrestrita" de tecnologia? Ou, especificamente, na proposta M dos franceses alguém está mentindo discaradamente ou sendo muito ingênuo?
LeandroGCard escreveu:
Este é um dos motivos porque ninguém (nem EUA, nem França, nem Rússia, nem ninguém) libera todos os códigos fonte (outro motivo é a proteção de tecnologia). O que será fornecido serão códigos de comunicação com as interfaces dos sistemas, que são compiladas em código de máquina dedicado. Não é nada simples decodificar estes programas, que dirá descobrir eventuais códigos maliciosos.

Um dos equipamentos que vendíamos usava um controlador cuja aplicação original era em algum avião da USAF (nunca consegui descobrir qual, mas tudo indicava que era o F-4). Este um dia quebrou, e enviamos para uma firma especializada em projeto, construção e manutenção de coisas deste tipo. Eles informaram que tiveram que apagar os programas originais e escrever os próprios para o concerto, porque era impossível descobrir que partes do programa controlavam o quê, já que as rotinas eram compiladas. O custo do novo programa foi bem maior que o do concerto em si. Além disso, segundo o pessoal da tal empresa, o tamanho final do programa era muito menor que o original, indicando que ou os programadores originais eram fracos, ou que havia mais coisas do que o estritamente necessário no programa, e não havia como saber qual era o caso. E nem era o programa usado no avião, era um específico para controlar nosso equipamento.

Hoje em dia, que os sistemas tem muito mais "informática embutida", a possibilidade de se esconder códigos maliciosos é ainda maior. O programa pode por exemplo estar em uma EPROM separada da memória principal, que executa uma tarefa acessória mas tem espaço para mais programas do que necessário. O que o comprador vai fazer então, exigir não apenas a abertura total de todos os códigos-fonte mas também dos esquemas eletrônicos e as especificações de todos os componentes? Ninguém abriria nada disso, existissem códigos maliciosos ou não.

A preocupação dos americanos em colocar uma cláusula específica resguardando-se sobre a descoberta deste tipo de código em seus sistemas é praticamente uma confissão de culpa, mas duvido muitíssimo que eles sejam os únicos a fazê-lo. Esta possibilidade é algo com que os compradores de material bélico estrangeiro tem e terão que cada vez mais aprender a conviver. A única opção seria instalar apenas sistemas locais em todos os equipamentos, mesmo os importados, o que para a grande maioria dos países (incluindo é claro o Brasil) não é possível. Se um sistema, equipamento ou armamento qualquer tem que receber sinais externos para operar, então ele é vulnerável e não há muito o que fazer.


Isto pode ser interpretado como uma invasão da soberania do país comprador? É, provavelmente sim. E daí, quem vai impedir? E o que fazer se em caso de guerra sistemas específicos importados de algum fornecedor apresentarem defeitos não identificados? Processar o fornecedor pelo quê, pela garantia? Em que fórum exatamente? Deixar de comprar? Ótimo mas, depois da guerra começada? De que adiantaria?


Leandro G. Card

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 11:55 am
por Carlos Mathias
Ou alguém está fazendo o mais óbvio e simples, transferindo muito mais do que outro. :roll:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 12:21 pm
por Wolfgang
Mas é isso mesmo. O resto é lobby,

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:10 pm
por DELTA22
Bourne escreveu:Dado esse post primoroso abaixo, será que existe "transferência irrestrita" de tecnologia? Ou, especificamente, na proposta M dos franceses alguém está mentindo discaradamente ou sendo muito ingênuo?
LeandroGCard escreveu:
Este é um dos motivos porque ninguém (nem EUA, nem França, nem Rússia, nem ninguém) libera todos os códigos fonte (outro motivo é a proteção de tecnologia). O que será fornecido serão códigos de comunicação com as interfaces dos sistemas, que são compiladas em código de máquina dedicado. Não é nada simples decodificar estes programas, que dirá descobrir eventuais códigos maliciosos.

Um dos equipamentos que vendíamos usava um controlador cuja aplicação original era em algum avião da USAF (nunca consegui descobrir qual, mas tudo indicava que era o F-4). Este um dia quebrou, e enviamos para uma firma especializada em projeto, construção e manutenção de coisas deste tipo. Eles informaram que tiveram que apagar os programas originais e escrever os próprios para o concerto, porque era impossível descobrir que partes do programa controlavam o quê, já que as rotinas eram compiladas. O custo do novo programa foi bem maior que o do concerto em si. Além disso, segundo o pessoal da tal empresa, o tamanho final do programa era muito menor que o original, indicando que ou os programadores originais eram fracos, ou que havia mais coisas do que o estritamente necessário no programa, e não havia como saber qual era o caso. E nem era o programa usado no avião, era um específico para controlar nosso equipamento.

Hoje em dia, que os sistemas tem muito mais "informática embutida", a possibilidade de se esconder códigos maliciosos é ainda maior. O programa pode por exemplo estar em uma EPROM separada da memória principal, que executa uma tarefa acessória mas tem espaço para mais programas do que necessário. O que o comprador vai fazer então, exigir não apenas a abertura total de todos os códigos-fonte mas também dos esquemas eletrônicos e as especificações de todos os componentes? Ninguém abriria nada disso, existissem códigos maliciosos ou não.

A preocupação dos americanos em colocar uma cláusula específica resguardando-se sobre a descoberta deste tipo de código em seus sistemas é praticamente uma confissão de culpa, mas duvido muitíssimo que eles sejam os únicos a fazê-lo. Esta possibilidade é algo com que os compradores de material bélico estrangeiro tem e terão que cada vez mais aprender a conviver. A única opção seria instalar apenas sistemas locais em todos os equipamentos, mesmo os importados, o que para a grande maioria dos países (incluindo é claro o Brasil) não é possível. Se um sistema, equipamento ou armamento qualquer tem que receber sinais externos para operar, então ele é vulnerável e não há muito o que fazer.


Isto pode ser interpretado como uma invasão da soberania do país comprador? É, provavelmente sim. E daí, quem vai impedir? E o que fazer se em caso de guerra sistemas específicos importados de algum fornecedor apresentarem defeitos não identificados? Processar o fornecedor pelo quê, pela garantia? Em que fórum exatamente? Deixar de comprar? Ótimo mas, depois da guerra começada? De que adiantaria?


Leandro G. Card
Respondendo à pergunta (em azul): NÃO !

[]'s.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:17 pm
por Carlos Mathias
SIM, dependendo das negociações e das tecnologias requeridas. :mrgreen:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:19 pm
por DELTA22
Carlos Mathias escreveu:SIM, dependendo das negociações e das tecnologias requeridas. :mrgreen:
SIM. Correto. Já disse isso em outro tópico. Mas "total" e "irrestrita", como se diz por ai querendo vender a idéia de que vai vir até a mãe do projetista do avião, não. :wink:

[]'s.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:24 pm
por Carlos Mathias
SIM, mais uma vez. Dependendo da negociação, se estiver incluída a progenitora do projetista e o país vendedor estiver de acordo, ela vem passar as férias aqui no Rio, curtindo uma praia e bebendo água de côco.

A tecnologia espacial russa é um exemplo, pois segundo dizem fizeram até além do requerido no contrato.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:29 pm
por DELTA22
se estiver incluída a progenitora do projetista e o país vendedor estiver de acordo
8-]

Bom, então estamos feitos... Vamos produzir os aviões 101% nacionais, com todos os códigos fontes feitos aqui... :shock:

Papai Noel este ano vem na minha casa com certeza!!! :twisted:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:38 pm
por Carlos Mathias
Não, não vem porque o Brasil não pediu 101% do avião, mas do que pediu recebeu a promessa de que receberá 100% caso requerido, além de uma carta de compromisso do governo francês para tanto, coisa que NENHUM dos concorrentes fez ainda. De um temos propostas mutantes, e de outro propostas de algo que não lhe pertence e que não existe, infelizmente.

Entendo que se receberá 100% daquilo que foi pedido, e que não foi pedido 100% do avião, é fácil. :wink:

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:52 pm
por Carlos Lima
Carlos Mathias escreveu:Não, não vem porque o Brasil não pediu 101% do avião, mas do que pediu recebeu a promessa de que receberá 100% caso requerido, além de uma carta de compromisso do governo francês para tanto, coisa que NENHUM dos concorrentes fez ainda. De um temos propostas mutantes, e de outro propostas de algo que não lhe pertence e que não existe, infelizmente.

Entendo que se receberá 100% daquilo que foi pedido, e que não foi pedido 100% do avião, é fácil. :wink:
CM, todos estão passando 100% daquilo que foi pedido... Porém como demonstrado pelo nosso Presidente a preferência é pelo Rafale... o que tem que melhorar é $$$$$$$$$$$$$.

E é por isso que a concorrência está vindo louca no cangote dos franceses, eles sabem que por lá a coisa sai mais cara.

Mas essa é do Rafale se retirarem parte dos custos de desenvolvimento do "preço de vitrine do avião" e venderem a "preço de atacado" se é que estou me fazendo claro...

:)

[]s
CB_Lima

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:58 pm
por DELTA22
Carlos Mathias escreveu:Não, não vem porque o Brasil não pediu 101% do avião, mas do que pediu recebeu a promessa de que receberá 100% caso requerido, além de uma carta de compromisso do governo francês para tanto, coisa que NENHUM dos concorrentes fez ainda. De um temos propostas mutantes, e de outro propostas de algo que não lhe pertence e que não existe, infelizmente.

Entendo que se receberá 100% daquilo que foi pedido, e que não foi pedido 100% do avião, é fácil. :wink:
Justamente CM, é isso que eu queria ver algum responsável pelo programa falando abertamente. Vamos receber, se não toda, ao menos parte 'daquilo que foi pedido'(sic) pela(o) FAB/Governo.

Hoje, a impressão que se dá é que virá para o Brasil todas as tecnologias sensíveis, dando a entender, ao menos para "o leigo", que a tecnologia completa ("total", como dizem) do avião virá para o Brasil de forma "irrestrita", nas palavras de integrantes do Gov. Federal. Isso, como já disse o Leandro com propriedade sobre os códigos-fonte, mas extensivo para outros sistemas, não existe. É isso que precisa ficar muito claro, para que não haja a "ilusão" de que vamos nos tornar produtores/fabricantes/projetistas/etc. de caças supersônicos somente com as tecnologias que lhes foi pedida e prometida que será repassada.

Um abraço.

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 1:59 pm
por Carlos Mathias
CB, todos PROMETEM que entregam 100% do que foi pedido, a França (país, governo) assinou um compromisso.
É muuuuuuito diferente.
Você acredita mesmo que os EUA vão ceder todos os códigos pedidos do APG-79, acredita mesmo? Falando sério, acredita?
Acredita que eles cederão todos os modos de operação de suas armas?

Eu até acredito (com muito esforço de minha parte) que eles comprariam uma penca de A-29 prá fazer de alvo, mas que vão ceder as tecnologias pedidas em 100%, duvido muito.
Ou então é verdade que decididamente tomamos o lugar da Inglaterra e de Israel no colinho deles, pois estes países creio não terem recebido estas tecnologias, acho que nem a metade.
Segundo dizem, nem o EL/M-2052 os israelenses podem colocar nos F-16. :?

E as ameaças? Prá quê isso se a proposta deles realmente é melhor em todos os aspectos?

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 2:14 pm
por Carlos Lima
Carlos Mathias escreveu:CB, todos PROMETEM que entregam 100% do que foi pedido, a França (país, governo) assinou um compromisso.
É muuuuuuito diferente.
Você acredita mesmo que os EUA vão ceder todos os códigos pedidos do APG-79, acredita mesmo? Falando sério, acredita?
Acredita que eles cederão todos os modos de operação de suas armas?

Eu até acredito (com muito esforço de minha parte) que eles comprariam uma penca de A-29 prá fazer de alvo, mas que vão ceder as tecnologias pedidas em 100%, duvido muito.
Ou então é verdade que decididamente tomamos o lugar da Inglaterra e de Israel no colinho deles, pois estes países creio não terem recebido estas tecnologias, acho que nem a metade.
Segundo dizem, nem o EL/M-2052 os israelenses podem colocar nos F-16. :?

E as ameaças? Prá quê isso se a proposta deles realmente é melhor em todos os aspectos?
CM,

Na boa cara... o Brasil não vai comprar um avião da Suécia ou EUA sem que eles também assinem o mesmo compromisso... não somos tão bobos assim na Terra Tupiniquim e isso acho que está claro pelo que está acontecendo por aí.

Existe uma diferença enorme entre fazer com o que Piranha funcione em conjunto com os demais sistemas do SH e trocar um radar pelo EL/M-2052... não dá nem para começar a comparar, correto? :)

Estamos falando aqui de acesso a áreas da aeronave que a FAB considera importante para manter a aeronave funcional...

Amigo... armas, radar, alguns eletrônicos, substituição de uma coisa aqui e outra ali pelas nossas...

Não duvido do compromisso francês, e acho que o governo também não... o que eu vejo é que o problema está na "etiqueta do preço"...

Com a França já está assinado porque além dos outros todos projetos eles tentaram aproveitar a oportunidade para tentar levar o Rafale "adiantado" ... o problema é que o pessoal da FAB/MD adorou a malandragem e agora tem tudo para colocar os caras sobre uma pressão enorme para melhorar no $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$.

[]s
CB_Lima

Re: NOTÍCIAS

Enviado: Sex Set 11, 2009 2:58 pm
por Carlos Mathias
CM,

Na boa cara... o Brasil não vai comprar um avião da Suécia ou EUA sem que eles também assinem o mesmo compromisso... não somos tão bobos assim na Terra Tupiniquim e isso acho que está claro pelo que está acontecendo por aí.
Temos provas de que determinado país não cumpre o que assina. Isso mostrado por órgão governamental, documentado e publicamente.

Outra coisa. Quem disse que os EUA e a Suécia estão oferecendo a mesma coisa? De cara a Suécia não pode oferecer o que não lhe pertence, motores por exemplo.

Na boa cara, não foi isso que eu disse, sabemos disso. Nem eu sou tão burro assim, né?
Existe uma diferença enorme entre fazer com o que Piranha funcione em conjunto com os demais sistemas do SH e trocar um radar pelo EL/M-2052... não dá nem para começar a comparar, correto? :)
Você deve me ter num conceito muito ruim, para achar que penso que sejam coisas iguais.
Mas quem lhe disse que não há nada disso nos pedidos da FAB e principalmente do governo?

Quer dizer que é só isso que a FAB quer? Colocar o piranha no FX-2? Isso você afirmou. Ou a intenção foi outra?
Olha, eu tô tentando ao máximo ser equilibrado nas falas prá não atingir ninguém pessoalmente, entende? :wink:
Estamos falando aqui de acesso a áreas da aeronave que a FAB considera importante para manter a aeronave funcional...
Não CB, muito longe e além disso.
Estamos falando em parceria estratégica, diplomacia, relações de dois países em conjunto com intenções estratégicas muito além de montar parafuso da BOEING aqui e vender ST.
Amigo... armas, radar, alguns eletrônicos, substituição de uma coisa aqui e outra ali pelas nossas...
Tem certeza que é só isso o que o GOVERNO quer? Ainda estamos nessa fase do hardware?
Não duvido do compromisso francês, e acho que o governo também não... o que eu vejo é que o problema está na "etiqueta do preço"...
Está não, estava, estava. A menos que a França não queria vender Rafales aqui.
Com a França já está assinado porque além dos outros todos projetos eles tentaram aproveitar a oportunidade para tentar levar o Rafale "adiantado" ... o problema é que o pessoal da FAB/MD adorou a malandragem e agora tem tudo para colocar os caras sobre uma pressão enorme para melhorar no $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$.
Nem todo o pessoal da FAB adorou não.

O preço já está fechado, falta o Sarkozy acertar-se lá na França, e como ele lá manda, porque as coisas são meio estatais por lá, acho que o Rafale vem sim,e com tudo o que pedimos.

Finalmente, o que a França nos oferece em termos estratégicos e geopolíticos principalmente, é quase impossível os concorrentes nos oferecerem.

Se fosse uma prateleirada apenas técnica, a França já estaria fora, mas não é, nunca foi.

Abraços!