Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qua Ago 23, 2017 9:10 pm
Linha de montagem do IA2
Cá pra nós, além do que o Marechal disse, porque que um relatório de 2014, época do lote piloto, está sendo levado tão em conta como se fosse desse ano?dalton romao escreveu:estou na torcida, Gabriel. que ele fique pelo menos confiável. abs.
Quando ocorreu o recall? Foi de todos os fuzis?gabriel219 escreveu:Cá pra nós, além do que o Marechal disse, porque que um relatório de 2014, época do lote piloto, está sendo levado tão em conta como se fosse desse ano?dalton romao escreveu:estou na torcida, Gabriel. que ele fique pelo menos confiável. abs.
Eu acharia muito estranho o IA2 passar em todos os testes estando no lote piloto, teríamos fabricado uma arma milenar com magia dos deuses.
Eu quero que muita coisa seja mudada nele e algumas já mudaram, como o cano ser flutuante, alteraram um pouco o "flash hider" e há outro modelo, estão desenvolvendo a versão DMR em 2 calibres (só não entendi porque em 5.56, mas tudo bem, talvez sirva como um IAR M27, não sei), coronha nova em desenvolvimento...
O que mais falta, na minha opinião, é colocar a coronha mais encima, acompanhando a "linha da arma", como em uma M4 e trocar e aumentar o tamanho do sistema de mira para que a altura da coronha possa ser usado tanto para o sistema de mira padrão quanto para algum outro sistema, como a red dot da Newcon.
Se mudar isso, pra mim já ta bom até o fim da próxima década.
Desde o recall do lote piloto, não ouvi falar de falha nenhuma dentro do EB e olha que uns colegas meus sempre falam, até meteram o pau no fuzil quando houveram aquelas falhas no lote piloto.
A coisa mais absurda que não consigo entender nesse relatório é porque diabos a FAB quer um fuzil que dispare 300 tiros em 5 minutos. Qual soldado faria isso em combate? Dota todo mundo de Minimi então ue.
10 minutos de descanso a cada 300 tiros não é o suficiente pra arma esfriar a ponto de evitar cookoffs. Pra esfriar corretamente nesse intervalo de tempo, tem de mergulhar na água. E no mais, vai derreter o guarda mão mesmo, não tem polímero que sobrevive a isso. Mas o problema de perda de precisão é muito sério, talvez seja resultado do perfil de espessura do cano, mas talvez seja resultado da deformação do guarda-mão empurrando o cano da arma pra fora do alinhamento correto. Também o ferrolho se partido em menos de 4000 tiros é insano, deve ser algum problema que houve no tratamento de calor do processo de fabricação das peças que acabou resultando num lote defeituoso, que por consequência teve uma das armas enviadas pra FAB.Zelhos escreveu:Esse é o relatório, vamos por partes.
O relatório é de 2014, não sei o que pode ter sido mudado de lá pra cá, todo o relatório é dividido entre os diversos requisitos da FAB, tais como fácil manejo, poder receber bandoleira, até a durabilidade do cano, requisitos de precisão etc...
O requisito 8 diz "RE 08: Ter alcance de utilização para a execução dos tiros com precisão, sem o uso de dispositivos ópticos e optrônicos de, pelo menos, 200 metros" A FAB diz que o fuzil cumpriu o requisito nos primeiros 2500 disparos, porém foram feitas novas avaliações aos 6000 tiros (Durabilidade mínima exigida pela FAB) E a FAB constatou isso "Após 6000 disparos o fuzil foi submetido a um novo teste de precisão de 200 metros, conforme prevê a RE 21. Observou-se que sua precisão atingiu o índice de 16,666%, com isso concluímos que houve um déficit de 70% de precisão. Ressalto que o teste foi realizado pelo hexacampeão brasileiro de tiro (IPSC). "
SOBRE OS COMANDOS AMBIDESTROS QUE O EB TANTO DIZ QUE NÃO SÃO NECESSÁRIOS a FAB bate muito na tecla dá ERGONOMIA O requisito 10 diz:
"RE 10: Possuir seletor de tiro de fácil utilização com, no mínimo as posições de tiro automático, tiro intermitente e posição de segurança, podendo a seleção ser feita com uma única mão. "
"- Atirador Destro com Estatura Mediana: Quando em qualquer posição de tiro, o atirador não consegue realizar a mudança do seletor de tiro, sem perder a empunhadura. " "- Atirador Canhoto com Estatura Mediana: Não há dispositivo ambidestro para tiro. "
No requisito 13 a alavanca de manejo é considerada excessivamente saliente.
Mas é no requisito 14 que a coisa começa a ficar crítica:
"RE 14: Possuir punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos e refratários ao calor. "
Sim, possui punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos, mas quando o referido fuzil foi submetido ao teste de 6000 tiros, o seu guarda- mão não suportou a temperatura gerada pela cadência de tiro do teste. Vale ressaltar que foram respeitados os intervalos de tiros, 10 minutos a cada 300 tiros, a fim de refrigerar o sistema. E ainda o guarda-mão foi danificado permanentemente sua parte anterior, no qual desprendeu o parafuso da parte superior do trilho de acessórios e pino de fixação do guarda – mão.
O requisito 21 trata da durabilidade da arma
"RE 21: Cano com vida útil, mínima de 6.000 tiros. "
1) Com 2810 disparos o guarda-mão derreteu em sua parte frontal, tornando impraticável a execução do tiro, pois o guarda-mão se desprendeu do armamento. Com isso foi substituída a respectiva peça. Vale ressaltar que quando aumentou a temperatura, dificultou a seleção de tiro;
2) Aos 3260 disparos, o ferrolho partiu-se ao meio, gerando uma nova substituição da referida peça;
3) Aos 3810 disparos o guarda–mão substituído derreteu da mesma forma que o original desta arma;
4) Em D+1, após 4150 disparos o ferrolho ficou à retaguarda, tendo que utilizar de meios não convencionais para destravar o ferrolho;
5) Após 4350 disparos não houve a extração do estojo; ou seja, o cartucho ficou alojado na câmara, sendo necessário o uso de uma ferramenta para extrair o estojo;
6) Após 4600 disparos a tampa da caixa culatra foi danifica, sendo substituída por outra peça.
7) Teste de Precisão de 200 metros: Conforme RE 08.
RE 22: Possuir índice de disponibilidade, em operações, acima de 90%.
Não, pois em operações foram constatado uma disponibilidade de 50% dos fuzis que estavam em teste, no qual tivemos as seguintes baixas: 02 guarda-mão, 01 ferrolho e 01 caixa da culatra.
RD 5: Não permitir ignição espontânea de cartucho na câmara por aquecimento do cano.
Aos 2500 disparos ocorreu o primeiro COOK OFF, sendo importante ressaltar que durante todo o teste houve ainda cinco situações do gênero.
Fora isso o fuzil não atende aos requisitos como capacidade ambidestra, mira noturna, recuo, tendo maior recuo que as HK, coronha estendida etc...
Ao que parece o exército fez um fuzil só pra ele mesmo, considerando que os requisitos eram técnicos, basicamente o diz que o fuzil não serve pra combate.
Então se algum dia essa arma for participar de uma guerra, antes tem que combinar com o Inimigo que a cada dez carregadores fazer uma pausa no combate pra não derreter a arma. Como dizia o Garrincha: já combinaram com os russos (ou com qualquer outro Inimigo)?Viktor Reznov escreveu:10 minutos de descanso a cada 300 tiros não é o suficiente pra arma esfriar a ponto de evitar cookoffs. Pra esfriar corretamente nesse intervalo de tempo, tem de mergulhar na água. E no mais, vai derreter o guarda mão mesmo, não tem polímero que sobrevive a isso. Mas o problema de perda de precisão é muito sério, talvez seja resultado do perfil de espessura do cano, mas talvez seja resultado da deformação do guarda-mão empurrando o cano da arma pra fora do alinhamento correto. Também o ferrolho se partido em menos de 4000 tiros é insano, deve ser algum problema que houve no tratamento de calor do processo de fabricação das peças que acabou resultando num lote defeituoso, que por consequência teve uma das armas enviadas pra FAB.Zelhos escreveu:Esse é o relatório, vamos por partes.
O relatório é de 2014, não sei o que pode ter sido mudado de lá pra cá, todo o relatório é dividido entre os diversos requisitos da FAB, tais como fácil manejo, poder receber bandoleira, até a durabilidade do cano, requisitos de precisão etc...
O requisito 8 diz "RE 08: Ter alcance de utilização para a execução dos tiros com precisão, sem o uso de dispositivos ópticos e optrônicos de, pelo menos, 200 metros" A FAB diz que o fuzil cumpriu o requisito nos primeiros 2500 disparos, porém foram feitas novas avaliações aos 6000 tiros (Durabilidade mínima exigida pela FAB) E a FAB constatou isso "Após 6000 disparos o fuzil foi submetido a um novo teste de precisão de 200 metros, conforme prevê a RE 21. Observou-se que sua precisão atingiu o índice de 16,666%, com isso concluímos que houve um déficit de 70% de precisão. Ressalto que o teste foi realizado pelo hexacampeão brasileiro de tiro (IPSC). "
SOBRE OS COMANDOS AMBIDESTROS QUE O EB TANTO DIZ QUE NÃO SÃO NECESSÁRIOS a FAB bate muito na tecla dá ERGONOMIA O requisito 10 diz:
"RE 10: Possuir seletor de tiro de fácil utilização com, no mínimo as posições de tiro automático, tiro intermitente e posição de segurança, podendo a seleção ser feita com uma única mão. "
"- Atirador Destro com Estatura Mediana: Quando em qualquer posição de tiro, o atirador não consegue realizar a mudança do seletor de tiro, sem perder a empunhadura. " "- Atirador Canhoto com Estatura Mediana: Não há dispositivo ambidestro para tiro. "
No requisito 13 a alavanca de manejo é considerada excessivamente saliente.
Mas é no requisito 14 que a coisa começa a ficar crítica:
"RE 14: Possuir punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos e refratários ao calor. "
Sim, possui punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos, mas quando o referido fuzil foi submetido ao teste de 6000 tiros, o seu guarda- mão não suportou a temperatura gerada pela cadência de tiro do teste. Vale ressaltar que foram respeitados os intervalos de tiros, 10 minutos a cada 300 tiros, a fim de refrigerar o sistema. E ainda o guarda-mão foi danificado permanentemente sua parte anterior, no qual desprendeu o parafuso da parte superior do trilho de acessórios e pino de fixação do guarda – mão.
O requisito 21 trata da durabilidade da arma
"RE 21: Cano com vida útil, mínima de 6.000 tiros. "
1) Com 2810 disparos o guarda-mão derreteu em sua parte frontal, tornando impraticável a execução do tiro, pois o guarda-mão se desprendeu do armamento. Com isso foi substituída a respectiva peça. Vale ressaltar que quando aumentou a temperatura, dificultou a seleção de tiro;
2) Aos 3260 disparos, o ferrolho partiu-se ao meio, gerando uma nova substituição da referida peça;
3) Aos 3810 disparos o guarda–mão substituído derreteu da mesma forma que o original desta arma;
4) Em D+1, após 4150 disparos o ferrolho ficou à retaguarda, tendo que utilizar de meios não convencionais para destravar o ferrolho;
5) Após 4350 disparos não houve a extração do estojo; ou seja, o cartucho ficou alojado na câmara, sendo necessário o uso de uma ferramenta para extrair o estojo;
6) Após 4600 disparos a tampa da caixa culatra foi danifica, sendo substituída por outra peça.
7) Teste de Precisão de 200 metros: Conforme RE 08.
RE 22: Possuir índice de disponibilidade, em operações, acima de 90%.
Não, pois em operações foram constatado uma disponibilidade de 50% dos fuzis que estavam em teste, no qual tivemos as seguintes baixas: 02 guarda-mão, 01 ferrolho e 01 caixa da culatra.
RD 5: Não permitir ignição espontânea de cartucho na câmara por aquecimento do cano.
Aos 2500 disparos ocorreu o primeiro COOK OFF, sendo importante ressaltar que durante todo o teste houve ainda cinco situações do gênero.
Fora isso o fuzil não atende aos requisitos como capacidade ambidestra, mira noturna, recuo, tendo maior recuo que as HK, coronha estendida etc...
Ao que parece o exército fez um fuzil só pra ele mesmo, considerando que os requisitos eram técnicos, basicamente o diz que o fuzil não serve pra combate.
Já que é pra pensar assim, pra que fuzil novo então? Se não vai ter munição, melhor não gastar dinheiro a toa com fuzil, que além de não prestar não vai ter munição quando precisar. Mas falando de lugar sério, que tem arma de verdade e não economiza munição em tempo de guerra. Dependendo do tipo e intensidade do combate, 300 munições por infante vai ser pouco.Marechal-do-ar escreveu:Que soldado leva 10 carregadores consigo?
Guarda mão de plástico derrete em qualquer arma, M16, AK-74, qualquer arma vai derreter. Não tem polímero que aguente tamanha temperatura.vplemes escreveu:Então se algum dia essa arma for participar de uma guerra, antes tem que combinar com o Inimigo que a cada dez carregadores fazer uma pausa no combate pra não derreter a arma. Como dizia o Garrincha: já combinaram com os russos (ou com qualquer outro Inimigo)?Viktor Reznov escreveu: 10 minutos de descanso a cada 300 tiros não é o suficiente pra arma esfriar a ponto de evitar cookoffs. Pra esfriar corretamente nesse intervalo de tempo, tem de mergulhar na água. E no mais, vai derreter o guarda mão mesmo, não tem polímero que sobrevive a isso. Mas o problema de perda de precisão é muito sério, talvez seja resultado do perfil de espessura do cano, mas talvez seja resultado da deformação do guarda-mão empurrando o cano da arma pra fora do alinhamento correto. Também o ferrolho se partido em menos de 4000 tiros é insano, deve ser algum problema que houve no tratamento de calor do processo de fabricação das peças que acabou resultando num lote defeituoso, que por consequência teve uma das armas enviadas pra FAB.
Logo depois que começou a sair os primeiros relatórios de falhas do Exército e na FAB. Foi em 2014 mesmo até o início de 2015. Trocaram algumas coisas e os fuzis voltaram pra tropa. Até hoje nunca mais ouvi falar sobre falhas no funcionamento a não ser a pérola de segurarem o fuzil pelo carregador (pior é quando seguram embaixo dele, dá uma dor no saco ao ver isso).Lucas Lasota escreveu:Quando ocorreu o recall? Foi de todos os fuzis?gabriel219 escreveu: Cá pra nós, além do que o Marechal disse, porque que um relatório de 2014, época do lote piloto, está sendo levado tão em conta como se fosse desse ano?
Eu acharia muito estranho o IA2 passar em todos os testes estando no lote piloto, teríamos fabricado uma arma milenar com magia dos deuses.
Eu quero que muita coisa seja mudada nele e algumas já mudaram, como o cano ser flutuante, alteraram um pouco o "flash hider" e há outro modelo, estão desenvolvendo a versão DMR em 2 calibres (só não entendi porque em 5.56, mas tudo bem, talvez sirva como um IAR M27, não sei), coronha nova em desenvolvimento...
O que mais falta, na minha opinião, é colocar a coronha mais encima, acompanhando a "linha da arma", como em uma M4 e trocar e aumentar o tamanho do sistema de mira para que a altura da coronha possa ser usado tanto para o sistema de mira padrão quanto para algum outro sistema, como a red dot da Newcon.
Se mudar isso, pra mim já ta bom até o fim da próxima década.
Desde o recall do lote piloto, não ouvi falar de falha nenhuma dentro do EB e olha que uns colegas meus sempre falam, até meteram o pau no fuzil quando houveram aquelas falhas no lote piloto.
A coisa mais absurda que não consigo entender nesse relatório é porque diabos a FAB quer um fuzil que dispare 300 tiros em 5 minutos. Qual soldado faria isso em combate? Dota todo mundo de Minimi então ue.
Menos de 3 anos nada - absolutamente nada - ocorre no Brasil, ainda mais se tratando de projetos complexos. O relatório da FAB é a primeira crítica institucionalizada que vazou sobre o fuzil. Anteriormente tínhamos apenas opiniões de especialistas (ou não) que tiveram contato in loco com o fuzil.