Fórum Defesa Brasil

Bem pertinente o que escreveu, Marechal. Abs.

Tigrada, eu compreendo que alguns de VOSMEÇÊS queiram gostar desse rebotalho: eu mesmo fiz o possível, cheguei a publicar um artigo no Portal ressaltando os pontos positivos, mas chega uma hora em que não dá mais para esconder o sol com uma peneira: é um FAL de plástico com ferrolho copiado do AR-18 que, para quem não sabe, foi oferecido para fabricação sob licença pela Imbel - que até hoje tem os desenhos e mesmo um exemplar - no começo dos anos 70. Está longe de ser competitivo com qualquer Fz em uso neste século e que possa ser chamado de confiável.

Sad but true...

Era exatamente o que eu iria pergunta de forma objetiva.
obrigado Túlio, o troço literalmente não presta.

g abraço

Túlio escreveu:Tigrada, eu compreendo que alguns de VOSMEÇÊS queiram gostar desse rebotalho: eu mesmo fiz o possível, cheguei a publicar um artigo no Portal ressaltando os pontos positivos, mas chega uma hora em que não dá mais para esconder o sol com uma peneira: é um FAL de plástico com ferrolho copiado do AR-18 que, para quem não sabe, foi oferecido para fabricação sob licença pela Imbel - que até hoje tem os desenhos e mesmo um exemplar - no começo dos anos 70. Está longe de ser competitivo com qualquer Fz em uso neste século e que possa ser chamado de confiável.

Sad but true...

Túlio, eu não disse que gosto do fuzil e nem que ele é bom, apenas apontei alguns pontos relevantes do teste, podemos admitir que ele seja uma merda e não passou, mas, mesmo que fosse uma maravilha não passaria, nem fuzis considerados bons e modernos passariam, então, existe um outro problema ali, alias, como venho dizendo há anos, o IA2 ter tanta coisa do FAL é justamente um resultado desse problema que estou falando.

E além do mais, tenho minhas reservas em relação ao IA2, lembra dos problemas com a munição? Pois é, a maioria deixou de lado, mas ainda estou com aquilo entalado na garganta, um G36 falha com munição .223? um G36 detona munição sem o ferrolho travado?

Se a resposta for não é não então acho que existe um problema no IA2, um problema que pode ser resolvido, mas não é uma cartinha da Imbel botando a culpa em outra pessoa que vai resolver.

cabeça de martelo escreveu:O menor recuo do HK33 não é só por causa do peso, mas também do mecanismo em si

Pode ser, ainda assim, nenhum fuzil moderno usa esse mecanismo.

cabeça de martelo escreveu:, o cano devia ser flutuante

O cano é flutuante.

cabeça de martelo escreveu:e o guarda-mão é claramente frágil ao sobre-aquecimento

Um tempo atrás teve um problema semelhante com as G36, esse "frágil" é um pouco relativo, mesmo o polietileno derrete a mais de 100°, se chegar a essa temperatura estará quente demais para servir de guarda mão de qualquer jeito.

Agora repetindo, o problema não me parece ser a fragilidade do material, mas o fato do material ter absorvido calor, ali próximo ao cano há a radiação térmica emitida pelo quebra chamas que poderia aquecer o guarda mão, um refletor poderi evitar que essa radiação térmica fosse absorvida, repetindo para os que não entenderam, isso é a impressão que tenho pelas fotos apresentadas.

cabeça de martelo escreveu:já que por exemplo nunca vi tal coisa acontecer na G3 e o material é o baquelite (plástico duro e muito resistente).

Só de curiosidade, quando foi a última vez que viu uma G3 efetuar 300 disparos em cerca de 5 minutos?

cabeça de martelo escreveu:Em relação ao manobrador da culatra, a FAB também tem a SIG (Para-Sar)...

O SG 550 meio que prova o que eu disse, ele não atende a alguns outros requisitos desse teste, ainda assim, a FAB o comprou, por que a FAB comprou esses fuzis se eles não atendem aos requisitos apresentados agora?

E a FAB poderia não prever as falhas do IA2 no teste, ainda assim, por que colocar requisitos que eles sabiam de antemão que só o HK33 atenderia (e não reprovaria só o IA2, mas a maioria dos fuzis considerados modernos)?

Vê? O buraco é bem mais embaixo.

Passando para deixar um relato REAL que aconteceu ontem a tarde.

Uma guarnição da PMRN fazia um patrulhamento em uma comunidade em bairro periférico na Zona Norte se Natal, quando se deparou com um elemento bastante conhecido na região, que ao ver a guarnição efetuou disparos e adentrou numa residência na tentativa de fuga. Um Sargento é um Cabo foram em perseguição e também entraram na referida residência, e terminaram se deparando com o elemento em um dos cômodos da casa. O Sargento estava armado com um fuzil 5.56 (MD97 ou IA2, no momento não tenho certeza qual modelo era) e ao se deparar com o elemento tentou efetuar disparos mas a arma simplesmente "deu nega" é o elemento o alvejou com dois disparos efetuados com uma das duas pistolas .40 (PT940 e PT24/7) que estavam na posse do elemento, sendo um tiro atingido o braço esquerdo do SGT, atingindo o osso e provocando fratura, é o outro atingiu o colete, na região do tórax, que TRANSFIXOU seu a placa balística do colete CBC NII, e por sorte passou raspando num dos pulmões! O Cabo, que vinha logo atrás, disparou com sua CT-40 que também deu nega, e teve que usar sua PT-100 para alvejar mortalmente o elemento.

Vejam os senhores as condições que os policiais brasileiros estão combatendo a criminalidade!

Graças a Deus o SGT passou por cirurgia e não corre risco de morte!

Túlio escreveu:

Zelhos escreveu: no vídeo ele disse que o fuzil tinha dado 13 mil tiros sem falha, o relatório mostra que ele não dura 3000, é um salto muito grande pra pouco tempo.

Na verdade, e até onde sei, três mil disparos sem NENHUMA falha atribuível à arma de fato já é uma grande coisa - se for arma Militar de uso normal, claro - a se considerar; já a partir do momento em que o cara sobe a barra para TREZE MIL, bueno, das duas uma: ou é pura lorota ou, como falei acima e bem mais provável, é arma específica para competição, com cada peça e parte escolhida a dedo, desmontada em último escalão e cada componente minuciosamente checado (sempre que necessário sendo substituído por outro de ótima qualidade) após cada sessão de tiro. Em suma, arma para competição demanda uma enorme carga de trabalho artesanal e atenção constante, exatamente como uma versão de competição de um carro ou moto. Não é para o dia a dia.

E mesmo assim, com o melhor IA-2 do planeta, o cara ainda ficou em 53º...

Eu não duvido que seja o caso que tu falou Tulio, aqui em SM havia outro atirador que foi patrocinado pela imbel, ele e o S.O. em questão recebiam armas com peças escolhidas a dedo, depois ainda trabalhavam bastante em cima para "arredondar" as pistolas, na época. Enfim na minha opinião houve muita generosidade nos elogios e números.


Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu:
Eu não duvido que seja o caso que tu falou Tulio, aqui em SM havia outro atirador que foi patrocinado pela imbel, ele e o S.O. em questão recebiam armas com peças escolhidas a dedo, depois ainda trabalhavam bastante em cima para "arredondar" as pistolas, na época. Enfim na minha opinião houve muita generosidade nos elogios e números.


Um abraço e t+

Gaiteiro véio, quem sabe como as coisas funcionam porque já viu de perto e/ou mesmo praticou e conversou com gente bastante experiente, bueno, não tem como não conhecer as diferenças entre arma de uso normal e de competição.

Assim, pegar um IA-2, gastar o preço de uma dúzia e torná-lo (e principalmente mantê-lo) quase que imune a falhas é possível e até fácil, a josta é entregar uns cem mil nesta condição para serem usados por conscritos e esperar que continuem "fórmula um". Não tem como, aí o projeto em si e a manufatura já têm que ser muito bons.

Não é o caso.

Reserva de mercado é isso aí, quem não se lembra dos "avançados" computadores COBRA?
A qualidade só vem com concorrência, com competição, enquanto aqui for quintal da Imbel, nada vai mudar!

J.Ricardo escreveu:Reserva de mercado é isso aí, quem não se lembra dos "avançados" computadores COBRA?
A qualidade só vem com concorrência, com competição, enquanto aqui for quintal da Imbel, nada vai mudar!

Eu tendo a achar que a IMBEL no caso é vitima do monopolio.

Tb creio que ninguem no EB é tão besta a ponto de defender uma merda dessas sem ter nenhum interesse envolvido por trás.

[]´s

O EB/Imbel oficialmente anunciou o IA2 762, e me parece um FAL maquiado

https://www.facebook.com/exercito/video ... 390284780/

Viktor Reznov escreveu:O EB/Imbel oficialmente anunciou o IA2 762, e me parece um FAL maquiado

https://www.facebook.com/exercito/video ... 390284780/

É claramente um FAL maquiado.

E tá o atirador segurado o fuzil pelo cartucho, atitude que tanto criticam, mas no vídeo institucional...

J.Ricardo escreveu:E tá o atirador segurado o fuzil pelo cartucho, atitude que tanto criticam, mas no vídeo institucional...

Maus hábitos são difíceis de serem corrigidos. Vai levar ainda mais uns 30 anos de IA2 explodindo pro EB rever os manuais e parar de instruir os soldados a apoiarem o fuzil pela base do carregador.

dalton romao escreveu:IA2 5.56 de cano longo. olhem aí a foto no fim da reportagem.

https://www.planobrazil.com/missao-come ... -do-coter/

Eu avisei...

Faltou a foto do irmão mais velho que tava com um cano maior também.

Sem querer defender o IA2, mas já defendendo (quero que muita coisa nele seja mudada também). Esse relatório é de 2014, logo depois disso o IA2 recebeu recall, até pelas falhas que vinham ocorrendo no próprio EB.

Duvido muito que 70% do que está nesse relatório esteja presente nos atuais fuzis.

estou na torcida, Gabriel. que ele fique pelo menos confiável. abs.