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Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 12:01 pm
por gabriel219
andrelemos escreveu: Seg Abr 15, 2019 9:42 am Tem uma empresa Turca, chamada Aselsan, que desenvolveu uma modernização da eletrônica dos Leo 1. Pode ser por aí...



https://www.aselsan.com.tr/en-us/capabi ... rol-system
Eletrônica? Que excelente!

E pra os Leopard 1A5 mover, vai fazer o quê?

Mas pelo que vi nem é debate sério, ao ponto do Flávio citar o M109 como exemplo :lol: :lol: :lol:

Podíamos tirar a torre do Leopard e adaptar a torre do T-72 nele, tem muitos T-72 em estoques na Rússia.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 12:24 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Dom Abr 14, 2019 9:16 pm A sua birra com material made in deserto dos USA é também muito comovente. :roll:

abs
Já citei 2A4, citei M1A1, K1A2 e citei até Challenger II. Não tenho paixonice com coisa Sul-Africana ou com BID, analiso o que há de disponível e a realidade. Você deveria fazer isso as vezes, pois citar o M109 como exemplo e ainda usar o contrato com a KMW como "garantia" de funcionamento, ignorando o que o Elígio disse e sabendo que não existem peças pro 1A5, me parece vindo de alguém que não tem a mínima noção da realidade.

Ainda to tentando me decidir qual comparação foi mais absurda, a do M113, que existem dezenas de pacotes de modernização e é um blindado extremamente simples, ou com o M109, que suas versões mais recentes foram PRODUZIDAS, inclusive a A7 já tem o aval para ser produzida, nova em folha, com motores novos.

Não existe NENHUM pacote no muito para troca de motorização do Leopard 1A5, teríamos que desenvolver do zero e adaptar o veículo nele. A única coisa que tenho na cabeça é o MTU 881, ai tome modificação nele. Depois tem que substituir a transmissão, pode ser a HSWL 284C, e tome mais mudanças no chassis. Ainda faltará a suspensão, que poderá ser da Ziehl, assim como as lagartas. A pior parte será desenvolver um sistema de giro novo pra torre e de estabilização, que não existem peças em canto nenhum, assim como o resto do veículo.

Ótimo, a conta já está em mais de R$ 2 milhões e subindo. O que melhoramos no 1A5? NADA! Só demos uma sobrevida nele pra continuar rodando com peças novas, agora vamos incrementar nele um novo sistema de tiro, eletrônica e blindagem. Ótimo, agora vai pra R$ 3 milhões. Ai tem o APU pra adicionar nele, mais peso na viatura.

Ainda tem que consertar possíveis fissuras causadas antes ou depois do processo de modernização, já que são blindados de aço puro, principalmente na torre. Ai a conta vai de R$ 3 milhões pra cima e considerando com o EE-9X, to levando essa conta muito pra baixo.

No final teremos um MBT que resistirá, no máximo, a ogivas HEAT simples, continuará com blindagem casca de ovo e poder de fogo limitado pela munição DM33.

Que excelente ideia, Flávio!

Agora eu acho que o oficial que propôs isso - e também quem defende - deveriam receber o Nobel este ano pela solução de engenharia mais linda de todas!

Se tivéssemos uma frota de M60 e funcionando, até concordaria em moderniza-los, pois são boas modernização e que não custam tanto, mas 1A5, que nenhum usuário no mundo quis modernizar, exceto o Canadá? E olha que só colocaram blindagem MEXAS nele por causa dos RPG's, depois correram pra comprar Leopard 2. Por que será?

Essa coisa ai é só pra dar boquinha pra KMW não ficar com fome, pois ninguém que entenda o básico do básico sobre essas viaturas e conhece a situação deles aprovaria isso. A não ser que você seja aquele quem vá vender as peças.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 12:29 pm
por Crisaman
andrelemos escreveu: Seg Abr 15, 2019 9:42 am Tem uma empresa Turca, chamada Aselsan, que desenvolveu uma modernização da eletrônica dos Leo 1. Pode ser por aí...



https://www.aselsan.com.tr/en-us/capabi ... rol-system
Caro André

A Aselsan tem realmente este pacote de modernização e os turcos estão bastante interessados no mercado brasileiro. Mas eu acho que a ARES/Elbit estão melhore posicionadas para a parte eletrônica podendo usar sistemas comuns a UT-30BR/TORC30/REMAX.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 6:00 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Seg Abr 15, 2019 12:24 pm
FCarvalho escreveu: Dom Abr 14, 2019 9:16 pm A sua birra com material made in deserto dos USA é também muito comovente. :roll:
abs
Essa coisa ai é só pra dar boquinha pra KMW não ficar com fome, pois ninguém que entenda o básico do básico sobre essas viaturas e conhece a situação deles aprovaria isso. A não ser que você seja aquele quem vá vender as peças.
Gabriel, eu citei os bldos acima apenas como exemplo da realidade que temos aqui, ou seja, estamos pegando material usado, antigo XCe recauchutando como dá e como pode. Apenas isso. Os Leo 1A5 estão na mesma prega. São usados, antigos e eventualmente podem ser recauchutados.

Eu particularmente não faço a mínima ideia do que o EB entende por modernização para esses veículos, só sei que a sua substituição não está na lista de prioridades. Neste sentido, quaisquer que sejam as modificações que se deseje fazer neles, em minha opinião, serão apenas e tão somente "o que dá e como pode". Não vislumbro mudanças radicais, até pelos vários motivos que tu mesmo já expuseste aqui. Então o que temos é apenas uma notícia sobre uma possível modernização dos CC do EB, e é só.

Como já disse antes, se não temos como pagar por Abrams do deserto, doados ou não, ou qualquer outro, novo ou usado, que sairia ainda mais caro, não acredito que o comando do exército vá se dar ao luxo de gastar o que não tem para manter um CC operando por pelo menos mais 10 anos. Se decidiram por mexer no CC é porque devem ter conseguido uma solução de consenso que permita manter a logística dele sem maiores problemas até que se arrume um substituto. E de preferencia usando o dinheiro do próprio bolso, já que dificilmente o MD financiaria um projeto assim.

Alías, sempre que se fala aqui em substituir os CC, é preciso lembrar que quando se vai comprar um tanque, não estamos simplesmente comprando um carro, estamos comprando toda uma família, e a logística de suporte. Ou seja, se vamos precisar de pelo menos uns 350 CC novos, isso tem que se multiplicado pelos número de veículos de suporte e apoio que devem vir com eles, pois do contrário, não adianta ter uma cavalaria blda novinha em folha se a art, inf, com e eng blda não conseguirem acompanhar os mesmos. No dia que tivermos um CC novo por aqui, obrigatoriamente teremos de dar conta de arrumar uma VBCI ou coisa que o valha para substituir as M-113, que não por acaso devem ainda ficar por aí até bem depois de 2030. Para não falar da intenção de dispor de todo o lote de 200 M577 que os americanos nos ofereceram. Isso significa mais de 700 M113 e derivados por mais 10/15 anos no EB. E sem substituto a vista.

Enfim, se houver a possibilidade de modificar os Leo 1A5 de forma tal que possa dar-lhe uma sobrevida um pouco mais fácil, e isso puder ser feito com os parcos recursos que se tem, então porque não? Não conheço os problemas dos CC a fundo. Mas com certeza devem ser muitos e variados.Conquanto se quem opera eles acha que pode fazer algo dentro das limitações impostas pela nossa realidade, então não vejo porque não fazer. Isso não vai nos oferecer um CC moderno e atual, mas um CC capaz de cumprir a missão primária que lhe foi aposta pelo EB, que é, hoje, manter atualizada o mais que possível a doutrina e a operação de cavalaria blda. Não é o ideal, como sempre, mas é o que temos e o que dá por agora.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 6:07 pm
por FCarvalho
andrelemos escreveu: Seg Abr 15, 2019 9:42 am Tem uma empresa Turca, chamada Aselsan, que desenvolveu uma modernização da eletrônica dos Leo 1. Pode ser por aí...
https://www.aselsan.com.tr/en-us/capabi ... rol-system
Caro André
A Aselsan tem realmente este pacote de modernização e os turcos estão bastante interessados no mercado brasileiro. Mas eu acho que a ARES/Elbit estão melhore posicionadas para a parte eletrônica podendo usar sistemas comuns a UT-30BR/TORC30/REMAX.
[/quote]

Além dos israelenses, há outras empresas que podem oferecer também soluções no campo da eletrônica e que possuem base nacional. Só não tem o mesmo cacife que eles hoje.
Conquanto, é preciso esperar para saber se o que há é uma decisão por modernizar os CC ou se já há um processo em andamento, e não foi divulgado ao público.
No primeiro caso, é preciso verificar todas as opções existentes no mercado. Já no segundo, é preciso saber o que de fato o EB quer ou vai modificar no Leo 1A5, e depois tirar nossas conclusões.
Como coloquei ao Gabriel, é fato que o carro tem muitas limitações, mas também é fato que o EB deve saber exatamente o que vale ou não a pena ser modificado. E o preço disso.
Vamos aguardar por mais e melhores detalhes.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 7:05 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Seg Abr 15, 2019 6:00 pm Gabriel, eu citei os bldos acima apenas como exemplo da realidade que temos aqui, ou seja, estamos pegando material usado, antigo XCe recauchutando como dá e como pode. Apenas isso. Os Leo 1A5 estão na mesma prega. São usados, antigos e eventualmente podem ser recauchutados.

Eu particularmente não faço a mínima ideia do que o EB entende por modernização para esses veículos, só sei que a sua substituição não está na lista de prioridades. Neste sentido, quaisquer que sejam as modificações que se deseje fazer neles, em minha opinião, serão apenas e tão somente "o que dá e como pode". Não vislumbro mudanças radicais, até pelos vários motivos que tu mesmo já expuseste aqui. Então o que temos é apenas uma notícia sobre uma possível modernização dos CC do EB, e é só.

Como já disse antes, se não temos como pagar por Abrams do deserto, doados ou não, ou qualquer outro, novo ou usado, que sairia ainda mais caro, não acredito que o comando do exército vá se dar ao luxo de gastar o que não tem para manter um CC operando por pelo menos mais 10 anos. Se decidiram por mexer no CC é porque devem ter conseguido uma solução de consenso que permita manter a logística dele sem maiores problemas até que se arrume um substituto. E de preferencia usando o dinheiro do próprio bolso, já que dificilmente o MD financiaria um projeto assim.

Alías, sempre que se fala aqui em substituir os CC, é preciso lembrar que quando se vai comprar um tanque, não estamos simplesmente comprando um carro, estamos comprando toda uma família, e a logística de suporte. Ou seja, se vamos precisar de pelo menos uns 350 CC novos, isso tem que se multiplicado pelos número de veículos de suporte e apoio que devem vir com eles, pois do contrário, não adianta ter uma cavalaria blda novinha em folha se a art, inf, com e eng blda não conseguirem acompanhar os mesmos. No dia que tivermos um CC novo por aqui, obrigatoriamente teremos de dar conta de arrumar uma VBCI ou coisa que o valha para substituir as M-113, que não por acaso devem ainda ficar por aí até bem depois de 2030. Para não falar da intenção de dispor de todo o lote de 200 M577 que os americanos nos ofereceram. Isso significa mais de 700 M113 e derivados por mais 10/15 anos no EB. E sem substituto a vista.

Enfim, se houver a possibilidade de modificar os Leo 1A5 de forma tal que possa dar-lhe uma sobrevida um pouco mais fácil, e isso puder ser feito com os parcos recursos que se tem, então porque não? Não conheço os problemas dos CC a fundo. Mas com certeza devem ser muitos e variados.Conquanto se quem opera eles acha que pode fazer algo dentro das limitações impostas pela nossa realidade, então não vejo porque não fazer. Isso não vai nos oferecer um CC moderno e atual, mas um CC capaz de cumprir a missão primária que lhe foi aposta pelo EB, que é, hoje, manter atualizada o mais que possível a doutrina e a operação de cavalaria blda. Não é o ideal, como sempre, mas é o que temos e o que dá por agora.

abs
Não, o que você citou não tem nada a ver com a realidade. Primeiro de tudo, as versões mais novas do M109 foram fabricadas, inclusive usando peças do Bradley na versão A6, fabricado entre 1990 até 1998. A versão A7 também será unidade totalmente nova, fabricada a partir do chassis do Bradley. Então quando você o usa de exemplo pra dizer "olha, se eles mantém M109 até hoje, então não seria difícil fazer com o 1A5" é totalmente falacioso. Segundo sobre o M113, esse chega a ser mais absurdo, pois você ignora que quase tudo do M113 foi trocado, até o motor foi trocado. E pior, trata-se de uma viatura muito simples, com peças disponíveis para substituição, que não pertencem necessariamente ao projeto original, em abundância no mercado, com mais de 20 tipos de pacotes de modernização diferentes.

É tão absurdo que se quer deveria ser usado de argumento por alguém que entenda minimamente da área, ainda mais alguém como você que sabe a diferença e sabe os problemas que o 1A5 tem.

O 1A5 não possui nenhum pacote disponível que inclua motorização, suspensão, transmissão e entre outros, que são os problemas crônicos do MBT e a falta de peças vai cobrar o resultado. Só existem modernizações - Israelense e Turca - que abrangem a eletrônica do MBT e isso qualquer um imbecil faz, até aqui na BID. Você quer pagar pra modernizar a eletrônica e depois vai puxar o blindado com bois? Fala sério!

Ai depois você fala do contrato com a KMW, mesmo sabendo que a KMW não tem qualquer obrigação em fornecer peças e eles não possuem desde o 2º semestre de 2010, ainda depois quer falar em realidade!

A realidade é clara e todos sabemos: não existem peças do 1A5 e pra mante-lo operacional vão ter que trocar motor, transmissão, suspensão e hidráulica, sistema de giro da torre, sistema de estabilização, eletrônica e consertar possíveis fissuras que ocorram no chassis, pois é aço puro com mais de 50 anos e seria normal ter isso. Ai depois tem ainda a blindagem, APU...

Isso não vai dar menos que R$ 3 milhões, e estou sendo muito otimista quanto ao preço. Só o MTU 881, que é o único que vejo possível colocar ali - mesmo sabendo que será necessário cortar/adaptar o chassi pra colocar o MTU 881 e sua transmissão HSWL 284C - custa EU$300 mil, isso daria hoje R$ 1,34 milhão. Não fabricamos MTU 881 no Brasil, somente é fabricado na Alemanha, ou seja, teremos que pagar em Euro.

Pegue esses R$ 1,34 milhão ao restante, como transmissão, suspensão, blindagem, adaptação do motor e transmissão no chassis...

Ai deixa eu ver se entendi: não temos dinheiro pra pagar US$ 1,8 milhão em M1A1 modernizado, mas temos R$3-4 milhões pra modernizar 1A5, sem acrescentar nada em desempenho, pra durar até 2035 e olhe lá? Cara, você é realmente um gênio!

Claro, não esquecer de problemas óbvios de chassis, que vão ter que ser totalmente revitalizados para durar mais anos. Ou seja, mais $$$. Caramba, é de uma inteligência que está além de eu entender, poderíamos até fazer o que eu cheguei a propor acima, tira a torre do 1A5 e coloca a do T-72. O debate nem é sério mesmo, talvez até se colocar a torre do Altay fique legal, depois é só colocar um MTU883, vamos ter um blindado com cerca de 50 toneladas e 1500hp de potência, já imaginou? Engenharia pra quê?

O resto do seu texto é pra dispensável.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 7:59 pm
por FCarvalho
Bom, já disse que não sabemos a extensão ou sequer se o que o EB pretende pode ser chamado mesmo de modernização. Esse foi o termo que o Caiafa utilizou. Essa palavra é genérica. Pode designar muitas coisas.
Até que saibamos o que de fato o exército pretende, se é que pretende mesmo, aguardemos. Até lá é muito difícil debater em cima de algo que não sabemos concretamente.
Pode ser uma simples gambiarra, como as muitas já feitas por aqui, ou pode ser tudo isso que você diz. Não sei.
De qualquer forma, gostemos ou não, até prova em contrário, os Leo 1A5 aparentemente caminham para ficar por aí até ver nascer o fim da próxima década.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 11:00 pm
por Fábio Machado
A Ares já apresentou propostas para os cascáveis e os m113, não duvido nada que não apresentem alguma coisa para os leos 1a5. Agora, se a proposta vai colar no EB é outra história.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 11:34 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Seg Abr 15, 2019 7:59 pm Bom, já disse que não sabemos a extensão ou sequer se o que o EB pretende pode ser chamado mesmo de modernização. Esse foi o termo que o Caiafa utilizou. Essa palavra é genérica. Pode designar muitas coisas.
Até que saibamos o que de fato o exército pretende, se é que pretende mesmo, aguardemos. Até lá é muito difícil debater em cima de algo que não sabemos concretamente.
Pode ser uma simples gambiarra, como as muitas já feitas por aqui, ou pode ser tudo isso que você diz. Não sei.
De qualquer forma, gostemos ou não, até prova em contrário, os Leo 1A5 aparentemente caminham para ficar por aí até ver nascer o fim da próxima década.

abs
Não se trata questão de saber ou não, se trata de ser OBRIGATÓRIO que o Exército troque os motores, transmissão, suspensão e toda a hidráulica, pois NÃO existe nenhuma peça para eles. O motor ainda é pior, já que não é fabricado desde os anos 80. Não adianta nada botar eletrônica nova sem que o blindado ande, vão ter que trocar o motor, transmissão, suspensão, quer o Exército queira, quer não.

Se não vai ser só um canhão fixo, que só vai se mover se for rebocado por um M577 e olhe lá.

Você continua confundindo o que é realidade com o que é opinião e a realidade é que vão ter que trocar toda motorização do 1A5 se quiserem que ele passe de 2030.
Fábio Machado escreveu: Seg Abr 15, 2019 11:00 pm A Ares já apresentou propostas para os cascáveis e os m113, não duvido nada que não apresentem alguma coisa para os leos 1a5. Agora, se a proposta vai colar no EB é outra história.
Os Israelenses ajudaram a Adelsan naquele pacote oferecido á Turquia, que os mesmos recusaram, então deve vim uma proposta similar, com um EO independente para o comandante. Mas ai quero ver qual vai ser a proposta pra motor...

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Seg Abr 15, 2019 11:56 pm
por Crisaman
Na minha opinião o que deveria ser feito:

o EB tem por baixo 400 motores MTU838 eles poderiam ser retificados e trazidos a condição de 0Km. A transmissão deveria der trocada por uma nova transmissão modular.
Deveriam trocar o sistema de giro da torre de hidráulica para elétrica.
A Ares poderia fornecer um sistema de alerta de laser e um periscópio panorâmico para o comandante já usado na TORC30 e por fim instalar a REMAX nos Leo.

Agora se for para instalar blindagem adicional e trocar o canhão teria que mexer na suspensão e já ficaria bem mais caro.

Vamos aguardar pra ver.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Ter Abr 16, 2019 12:14 am
por gabriel219
De onde você tirou que o Exército tem 400 motores MTU 838? Nenhum motor foi comprado durante a aquisição dos 1A5 e nunca houve contrato de aquisição de motores, levando-se em conta que esse motor não é fabricado desde os anos 80, onde que conseguiram isso?

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Ter Abr 16, 2019 12:08 pm
por FCarvalho
Encontrei a matéria sobre os CC do exército e CFN na T&D edição 150, do Paulo Bastos e Helio Higuchi.
A empresa é a GESPI. Quanto a ela, o que há na internet é que a IAI teria comprado 40% de participação da mesma.
Quanto as modificações feitas nos SK-105 seriam duas propostas: uma de tropicalização do veículo, que seria apenas a recuperação e melhoramento da disponibilidade, mexendo na parte do ar-condicionado, alternador, lagartas, freios, e isolamento térmico do motor; uma segunda proposta, mais complexa, envolveria também nova estabilização da torre com sistema elétrico, sensores de controle para estabilização eletromecânica de tiro, novo sistema extinção de incêndio, e placas de blindagem reativa. Tudo segundo a empresa com tecnologia nacional.
A empresa se propôs a desenvolver soluções análogas para a fronta de M-60 e Leo 1A5 do EB.
Até o presente momento não se tem notícias de que as soluções acima tenham sido contratadas pelo CFN, embora as modificações tenham sido testadas e aprovadas pelos fuzileiros. A questão da falta de verbas continua sendo o impeditivo para qualquer investimento nos SK-105. Essas modificações foram feitas em 2016.
Quanto ao EB, nada se sabe ou foi comentado se a empresa chegou de fato a elaborar alguma proposta, ou mesmo se algum CC foi modificado e/ou testado.
O jeito é aguardar por mais notícias.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm
por gabriel219
Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.

Ainda quero saber de onde tiraram o número de 400 MTU 838 que o Exército teria. O primeiro contrato de EU$7,985 milhões (Q/T43B/60062/6 B135/0001/2006) só previa aquisição das viaturas, não há nada expresso no contrato. Depois houve um segundo contrato de apoio logístico, em 2011, custando EU$ 21,701 milhões e nada constava a compra de motores MTU 838.
“01.1.1 Prestação de serviços de assistência técnica para a execução da manutenção preventiva e corretiva em veículos blindados e em equipamentos (simuladores, torres didáticas etc) adquiridos junto ao governo alemão, dentro do Projeto Leopard 1, relacionados no item Nr
01.1.6 a seguir;

Estabelecimento de um nível de disponibilidade média anual de, no mínimo, 70% desses equipamentos, nos termos da cláusula oitava do presente Termo de Contrato;

Manutenção corretiva de itens reparáveis;

Fornecimento de todo o suprimento (consumíveis e sobressalentes), nas especificações técnicas, periodicidade e quantidades previstas nos manuais, necessários à execução dos serviços anteriormente citados, excetuando-se o fornecimento de combustíveis, óleos, graxas e afins;

Desmontagem de 74 (setenta e quatro) VBCCC Leopard 1A1 e 06 (seis) VBCCC Leopard 1A5 e processamento de itens visando ao fornecimento de peças para a frota de VBCCC Leopard 1A5, nos termos do item 01.2.6.

ITENS AOS QUAIS SE APLICARÃO AS AÇÕES DESTE TERMO DE CONTRATO
- 220 (duzentos e vinte) Viaturas Blindadas de Combate Leopard 1 A5 BR;
- 74 (setenta e quatro) VBCCC Leopard 1A1 e 06 (seis) VBCCC Leopard 1A5 (desmontagem e processamento);
- 08 (oito) Viaturas Blindadas Especializadas Socorro Leopard 1 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas Especializadas Lançadoras-de-Ponte Leopard 1A5 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia Leopard 1 BR;
- 04 (quatro) Viaturas Blindadas Especializadas Escola de Motorista Leopard 1A5BR;
- 07 (sete) Torres Didáticas de Guarnição;
- 01 (uma) Torre Didática de Manutenção;
- 01 (uma) Torre Didática Especial;
- 01 (um) conjunto de quatro cabines de simuladores Leopard 1 A5 BR;
- 07 (sete) conjuntos de simuladores portáteis Leopard 1 A5 BR;
- 08 (oito) simuladores para motorista Leopard 1 A5 BR; e
- 02 (dois) conjuntos de simuladores portáteis para lançadora-de-ponte Leopard 1
Ou seja, já em 2011 as peças do 1A5 eram provenientes de unidades desmanchadas, depois recondicionadas e colocadas nos 1A5 que continuariam em operação.

Ainda houve um gênio que fechou um contrato que limitava o uso dos 1A5. Por que será?
“5.1 Para efeito de cálculo do suprimento necessário e das manutenções a serem realizadas a CONTRATANTE estabelece que os equipamentos serão utilizados de acordo com o perfil a seguir:

- deslocamento de até 200 Km (média) em diferentes tipos de terrenos e estradas, por veículo, por ano, para a frota de VBCCC Leopard 1 A5 BR e Veículos Especiais;
- Até 800 Km para cada uma das Viaturas Blindadas Especializadas Escola de Motorista Leopard 1 A5 BR;
- disparo de até 1,6 de desgaste no Equivalente de Carga Máxima (ECM), por ano, por VBCCC Leopard 1 A5.
- utiliza-se para fins de planejamento o seguinte fator:
* Tiro de munição não-cinética (Ex: HESH-T ou HEAT): Fator de desgaste 0,1 no ECM; ECM.
* Tiro de munição cinética (Ex: APDS ou APFSDS-T): Fator de desgaste 0,2 no

5.1.1 Admite-se que a CONTRATANTE realize disparos com qualquer outro tipo de munição, porém o fator de desgaste anual para esses tiros não deverá ultrapassar 1,6 tiros ECM/ano.

5.2 Os demais equipamentos previstos no item 01.1.6 não possuem limites em sua utilização.”
Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Ter Abr 16, 2019 9:45 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.
Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.
Na matéria não cita intervenções no motor, e era voltado para os SK-105 do CFN. Com relação aos Leopard do EB, só o que há é que a empresa poderia desenvolver um pacote específico para eles. O que e como seria não foi comentado.
Acho que o pessoal se deu conta do tamanho da problemática que é manter esses veículos minimamente operacionais.
Então, vão tentar, suponho, aproveitar do CC o que for possível, trocar o que for possível e recauchutar o que for possível. E depois vê no que dá.
Acho que essa decisão indiretamente tem a ver com os resultados da modernização dos M-113, e mesmo com o recebimento dos M577 - até duzentos podem chegar as OM cav blda do EB - que deve ficar por aí mais 10/15 anos em operação. Afinal serão quase 800 bldos cumprindo inúmeras funções, inclusive com modelos que nunca apareceram por aqui.
Enfim, o exército está elencando as suas prioridades. A artilharia verá finalmente a aposentadoria dos vestutos M-101/114 e dos M-108. A infantaria parece vai ter enfim o seu COBRA 1.0 sair do papel. Também está recebendo aos poucos os Guarani e família. Então, a cavalaria precisa ter seus problemas resolvidos na exata medida das possibilidades, dentro do quadro de prioridades que se interpõe.
Tirando o Guarani, o IA-2 e o Astros 2020, nada de novo está sendo cotado no EB a princípio. Tudo que está chegando no curto prazo ou é compra de oportunidade, ou material recauchutado ou quando é novo tem pouco valor agregado. E como a cavalaria blda não é exatamente uma das prioridades do comando da instituição.

abs

Re: UM MBT NACIONAL

Enviado: Ter Abr 16, 2019 11:38 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Ter Abr 16, 2019 9:45 pm
gabriel219 escreveu: Ter Abr 16, 2019 2:13 pm Sim, ok, mas e o motor, transmissão, suspensão...? Pacote de eletrônica e outros componentes qualquer um merda faz, até eu.
Chutar que "temos 400 motores MTU 838" tirados do além só faz empobrecer ainda mais o debate.
Na matéria não cita intervenções no motor, e era voltado para os SK-105 do CFN. Com relação aos Leopard do EB, só o que há é que a empresa poderia desenvolver um pacote específico para eles. O que e como seria não foi comentado.
Acho que o pessoal se deu conta do tamanho da problemática que é manter esses veículos minimamente operacionais.
Então, vão tentar, suponho, aproveitar do CC o que for possível, trocar o que for possível e recauchutar o que for possível. E depois vê no que dá.
Acho que essa decisão indiretamente tem a ver com os resultados da modernização dos M-113, e mesmo com o recebimento dos M577 - até duzentos podem chegar as OM cav blda do EB - que deve ficar por aí mais 10/15 anos em operação. Afinal serão quase 800 bldos cumprindo inúmeras funções, inclusive com modelos que nunca apareceram por aqui.
Enfim, o exército está elencando as suas prioridades. A artilharia verá finalmente a aposentadoria dos vestutos M-101/114 e dos M-108. A infantaria parece vai ter enfim o seu COBRA 1.0 sair do papel. Também está recebendo aos poucos os Guarani e família. Então, a cavalaria precisa ter seus problemas resolvidos na exata medida das possibilidades, dentro do quadro de prioridades que se interpõe.
Tirando o Guarani, o IA-2 e o Astros 2020, nada de novo está sendo cotado no EB a princípio. Tudo que está chegando no curto prazo ou é compra de oportunidade, ou material recauchutado ou quando é novo tem pouco valor agregado. E como a cavalaria blda não é exatamente uma das prioridades do comando da instituição.

abs
Então não mudará absolutamente nada. Vamos ter bons canhões rebocados de 105 mm!

Essa modernização dos SK-105 se quer deveria ser mencionada. Se ao menos fosse a proposta da Leonardo para o M60, que algumas coisas poderiam servir ao 1A5 - pagando um absurdo para adequarem a blindagem a ele - até seria aceitável.

O resto do texto é dispensável.