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Enviado: Qui Ago 02, 2007 9:52 pm
por Moccelin
jauro escreveu:PS.: Só lembrando, isso que eu escrevi foi tudo baseado nas minhas leituras dos manuais (principalmente o C-2-1, 2ª Edição de 1999) sem pretenção, afinal só vou realmente estudar isso no futuro.
Para quem ainda vai ver tudo isso, você está bem ao par da doutrina.
Parece Cap de Cav recém saído da EsAO.
Obrigado pelo elogio (tomei como um elogio)... Pena que falta muito para eu me tornar um 'discípulo de Osório'... Esses anos de 2008 e 2009 vão demorar a passar...
jauro escreveu:Pô! Pular de M-41C pra Leo 1A1 deve ser um sonho. Alguém saberia informar se as escolas irão receber Leos também?
Leo 1A5, acredito que não.
Agora Leo 1A1 existe um excedente, já que todos os RCB necessitam de 112 CC e existem 128 Leo. Existe aí uma sobra de 16 CC.
Seria legal a AMAN receber uns antes de 2010... Eu iria apreciar, e muito!!!
Pena que isso provavelmente não ocorra (antes de 2010), afinal para os RCBs receberem os Leo 1A1 os RCCs precisam receber os Leo 1A5, e acredito que as escolas só receberiam depois dos RCBs...
Hoje os RCBs, a AMAN e a EsSA são os únicos operadores de M-41C? Alguém sabe a quantidade de M-41C que existem?
Enviado: Qui Ago 02, 2007 9:53 pm
por Carlos Souza
vilmarmoccelin escreveu:Carlos Souza escreveu:Dieneces escreveu:Comandante Jauro , objetivamente , que destino podem ter os M-6Os , os prováveis ao menos ? Seria uma pena se fossem para um alto-forno...tão bem atualizados ainda e taticamente poderiam continuar mesmo à meia-boca , peças de reposição existirão em largo número mundo afora e por muito tempo ainda.
Concordo. Acho que não devemos nos defazer dos M 60. Para mim poderiam ser concentrados em uma ou duas unidades. Um país como o Brasil, não se pode dar ao luxo de colocar no lixo este tipo de arma. Eu não sei se já perguntei isto, mas vocês não acham desnecessário dois tipos de unidades (RCC's e RCB's) na cavalaria? Será que não poderíamos ter regimentos que atendessem todas as situações possíveis de emprego da cavalaria? Desculpem as perguntas se forem descabidas, mas são de um Artilheiro da reserva.
sds. Brasil acima de tudo!
Eu estou longe de poder dar uma opinião mais concreta sobre o assunto, afinal nem escolhi a arma ainda, mas vendo as definições de RCC e RCB no manual C-2-1 (Emprego da Cavalaria) e as suas missões fica claro que os dois tem uma diferenciação básica que, no entanto, deve fazer MUITA diferença no emprego dos dois.
7-5. a. O RCC é a unidade tática de emprego de carros de combate nas brigadas blindadas. Em princípio, será empregado sob a forma de força-tarefa, recebendo para isso, uma ou mais Cia Fzo Bld do Btl Inf Bld da brigada.
7-5. d. Os RCC são organizados com 1 (um) esquadrão de comando e apoio e 3 (três) esquadrões de carros de combate nas Bda C Bld (Fig 7-5) ou 4 (quatro) esquadrões de carros de combate nas Bda Inf Bld.
7-6.c. Os RCB são organizados com 2 (dois) esquadrões de carros de combate, 2 (dois) esquadrões de fuzileiros blindados e 1 (um) esquadrão de comando e apoio.
Nesses dois 'extratos' do C-2-1 dá pra ver que o RCB tem uma divisão bem equilibrada entre CCs e fuzileiros, já os RCC são totalmente compostos de CCs, e isso vai refletir na missão dada aos dois.
7-5. c. Os RCC têm por missão cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou neutralizá-lo, utilizando o fogo, a manobra e a ação de choque; destruir ou desorganizar o ataque inimigo por meio do fogo e de contra-ataques.
7-6. b. O RCB tem por missão cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra, o combate aproximado e ação de choque e manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigo por meio do combate aproximado do fogo e de contra-ataques.
Pra quem não enchergou, os RCBs devem MANTER o terreno, já nas missões do RCC isso não fica explícito. O RCB soma o 'combate aproximado' aos meios que podem ser usados para o cumprimento da missão, já que possui como parte orgânica de sua organização o fuzilieiro. Também temos a parte que é citado como uma atividade fim a captura do inimigo. Tudo isso possível graças a existência de tropas à pé na sua organização.
Provavelmente essa diferenciação de missões, de meios e possivelmente de treinamento deve existir devido à geografia, ao que se espera de um combate envolvendo a região, etc...
Resumindo: creio que essa divisão exista para literalmente dividir o emprego de CCs em dois modos:
- com apoio de infantaria, com possibilidade de manter o terreno, porém com perda no poder de choque.
- sem apoio de infantaria (dependente de outra unidade nesse quesito), porém com um amplo poder de choque e manobra, podendo exercer missões como as de movimentos retrógrados (um tipo de Ação Defensiva) com mais capacidade, já que pode retrair sob pressão do inimigo com mais segurança (maior blindagem, maior poder de fogo, etc).
Mas no final das contas acaba que fica tudo a mesma coisa, um RCC nunca iria operar sem um apoio de infantaria, nem que seja mínimo, inclusive as Bda Inf Bld possuem um RCC 'mais gordinho' (4 Esq CC) na sua composição.
Nossa, escrevi um monte!!!
Me empolguei dessa vez, essa história de jogar Blitzkrieg não está me fazendo muito bem!!!
PS.: Só lembrando, isso que eu escrevi foi tudo baseado nas minhas leituras dos manuais (principalmente o C-2-1, 2ª Edição de 1999) sem pretenção, afinal só vou realmente estudar isso no futuro.
Excelente post Vilmar. Pelo visto tu és filho de militar para ter acesso a manuais. Agora depois de toda estas explicações eu acredito que não seria "muito difícil" manter unidades que realizassem ao mesmo tempo as tarefas de RCC's e RCB's até porque como vimos os carros utilizados são os mesmos. Ah! pelo que entendi o efetivo dos RCC's é menor dos que o dos RCB's.
abraços. Mallet!
Enviado: Qui Ago 02, 2007 10:01 pm
por Moccelin
Carlos Souza escreveu:Excelente post Vilmar. Pelo visto tu és filho de militar para ter acesso a manuais. Agora depois de toda estas explicações eu acredito que não seria "muito difícil" manter unidades que realizassem ao mesmo tempo as tarefas de RCC's e RCB's até porque como vimos os carros utilizados são os mesmos. Ah! pelo que entendi o efetivo dos RCC's é menor dos que o dos RCB's.
abraços. Mallet!
Sou filho de milico
E militar, devo ser o Aluno da EsPCEx mais antigo que existe, afinal no começo do ano que vem eu completo 3 anos com esse castelo mal assombrado no ombro (fraturei o fêmur em Out05, formei na prep graças ao "empurrão" do conselho de ensino, e estou em recuperação desde então), mas ano que vem ou é CBás AMAN ou é rua...
Sobre os manuais, qualquer civil consegue baixa-los no site do COTER (
http://www.coter.eb.mil.br/)...
Enviado: Qui Ago 02, 2007 10:04 pm
por Wolfgang
Espero que estejas em franca recuperação, Vilmar!
Enviado: Qui Ago 02, 2007 10:06 pm
por Carlos Souza
vilmarmoccelin escreveu:Carlos Souza escreveu:Excelente post Vilmar. Pelo visto tu és filho de militar para ter acesso a manuais. Agora depois de toda estas explicações eu acredito que não seria "muito difícil" manter unidades que realizassem ao mesmo tempo as tarefas de RCC's e RCB's até porque como vimos os carros utilizados são os mesmos. Ah! pelo que entendi o efetivo dos RCC's é menor dos que o dos RCB's.
abraços. Mallet!
Sou filho de milico
E militar, devo ser o Aluno da EsPCEx mais antigo que existe, afinal no começo do ano que vem eu completo 3 anos com esse castelo mal assombrado no ombro (fraturei o fêmur em Out05, formei na prep graças ao "empurrão" do conselho de ensino, e estou em recuperação desde então), mas ano que vem ou é CBás AMAN ou é rua...
Sobre os manuais, qualquer civil consegue baixa-los no site do COTER (
http://www.coter.eb.mil.br/)...
Boa sorte então. Espero que dê tudo certo para você. Pois pelo visto, tu gosta muito da profissão.
sds.
Enviado: Qui Ago 02, 2007 10:29 pm
por Moccelin
Obrigado pelo apoio, fratura de fêmur é foda, cada um tem a recuperação de um jeito, e a minha foi meio lenta, apesar de N sessões de fisioterapia, então não deu pra voltar no começo desse ano, e a Academia é aquela, ou se está 100% ou está 0%, não dá pra fazer o CBás (1º ano) com o físico 'meia boca'... Mas acredito que no ano que vem estarei 100%...
Realmente gosto muito da profissão, apesar dos óbvios problemas que enfrentamos hoje nas FFAA como um todo... "Meu playground" quando criança era o 4º Esq C Mec, brinquei muito dentro do Greyhound do esquadrão hehehehe...
Enviado: Sex Ago 03, 2007 11:30 am
por RobsonBCruz
jauro escreveu:Comandante Jauro
Qual é o restante da dotação de blindados dos RCB? 26 M113 cada?
Acredito que seja como no BIB. 15 VBTP por SU ( 02 Esqd), mais 12 no Esqd Cmdo Ap, 42 por Rgto.
Comandante Jauro,
Abusando de sua presteza, você pode nos detalhar a dotação e organização dos Reg Cav Mecanizada?
Um abraço,
Enviado: Sex Ago 03, 2007 5:49 pm
por jauro
Comandante Jauro,
Abusando de sua presteza, você pode nos detalhar a dotação e organização dos Reg Cav Mecanizada?
Um abraço,
Estrutura Organizacional
O 1º R C Mec(
http://www.1rcmec.eb.mil.br/) é um Regimento do tipo III, isto é, possui seus três Esquadrões de Cavalaria Mecanizados ativados.
O Esqd C Mec tem 03 Pel C Mec
Cada Pel C Mec tem:
-01 GE -04 Jeeps c/ Mtr MAG (Grupo de Exploradores).
-01 GC - 01 Urutu.(Grupo de Combate).
-02 VBRSR -Cascavel
-01 Pç - 01 PÇ Mrt 81mm
-Tot +-36 a 40H
No Rgto.
03 Esqd;23 Casc;10 Urutu;584H.
Enviado: Sex Ago 03, 2007 10:39 pm
por binfa
Jauro boa noite! por gentileza esclareça uma dúvida....,
o EB esta adquirindo 250 Leo 1A5, 30 servirão como fonte de peças de reposição, tenho duas dúvidas onde gostaria de sua explicação:
1º por que em vez do EB destinar 30 de Leo 1A5 para esta finalidade (peças de reposição) não destina 30 Leo 1A1 no lugar?
2º se a parte dos Leo 1A5 que requer mais manutenção são as torres, porque não adquirir algumas torres adicionais para esta finalidade já que estamos adquirindo uma quantidade para treinamento?
com isto estariamos preservando o lote inicial de 250 Leo 1A5 para a função de batalha.
desde já agradeço a sua atenção.
att,
Alexandre BureauRubin (binfa)
Rio Claro / SP
Enviado: Sáb Ago 04, 2007 5:10 pm
por RobsonBCruz
jauro escreveu:Comandante Jauro,
Abusando de sua presteza, você pode nos detalhar a dotação e organização dos Reg Cav Mecanizada?
Um abraço,
Estrutura Organizacional O 1º R C Mec(
http://www.1rcmec.eb.mil.br/) é um Regimento do tipo III, isto é, possui seus três Esquadrões de Cavalaria Mecanizados ativados.
O Esqd C Mec tem 03 Pel C Mec
Cada Pel C Mec tem:
-01 GE -04 Jeeps c/ Mtr MAG (Grupo de Exploradores).
-01 GC - 01 Urutu.(Grupo de Combate).
-02 VBRSR -Cascavel
-01 Pç - 01 PÇ Mrt 81mm
-Tot +-36 a 40H
No Rgto.
03 Esqd;23 Casc;10 Urutu;584H.
Valeu Jauro!
Enviado: Sáb Ago 04, 2007 7:01 pm
por jauro
binfa escreveu:Jauro boa noite! por gentileza esclareça uma dúvida....,
o EB esta adquirindo 250 Leo 1A5, 30 servirão como fonte de peças de reposição, tenho duas dúvidas onde gostaria de sua explicação:
1º por que em vez do EB destinar 30 de Leo 1A5 para esta finalidade (peças de reposição) não destina 30 Leo 1A1 no lugar?
2º se a parte dos Leo 1A5 que requer mais manutenção são as torres, porque não adquirir algumas torres adicionais para esta finalidade já que estamos adquirindo uma quantidade para treinamento?
com isto estariamos preservando o lote inicial de 250 Leo 1A5 para a função de batalha.
desde já agradeço a sua atenção.
att,
Alexandre BureauRubin (binfa)
Rio Claro / SP
O que eu posso dizer é que as necessidades do EB para o momento são de 220 CC (4 RCC a 54 CC+04CC para o CIBld), por isso com mais 30 não revitalizados, 250.
As partes de suspensão e trens de rolamento também apresentam muitos problemas.
Acredito que a médio prazo, resolvido o problema da fabricação da VBRSR, novamente vai se desenvolver um projeto de VBSL. Daí então o motivo de não se comprar muitos Leo1A5 e muito menos 1A1.
Enviado: Dom Ago 05, 2007 1:16 am
por Moccelin
jauro escreveu:O que eu posso dizer é que as necessidades do EB para o momento são de 220 CC (4 RCC a 54 CC+04CC para o CIBld), por isso com mais 30 não revitalizados, 250.
As partes de suspensão e trens de rolamento também apresentam muitos problemas.
Acredito que a médio prazo, resolvido o problema da fabricação da VBRSR, novamente vai se desenvolver um projeto de VBSL. Daí então o motivo de não se comprar muitos Leo1A5 e muito menos 1A1.
Pra mim isso vai ser a evolução natural da coisa... Todo o projeto "Urutu III", inclusive o 8x8, que será o "Cascavel III"
, logo depois de terminado começa-se a gastar com um projeto de CC, talvez intermediado por um IFV pra substituir os M-113, que já vão estar beeemmm velhinhos.
Enviado: Dom Ago 05, 2007 7:54 am
por binfa
ok Jauro, obrigado pela atenção.
att,
Alexandre BureauRubin (binfa)
Rio Claro / SP
Enviado: Dom Ago 05, 2007 1:20 pm
por Luís Henrique
Jauro o projeto do CC seria mais para Osorio ou mais para Tamoyo.
Creio que se fosse algo semelhante ao Tamoyo poderiamos fazer uma versão tipo charrua, um pouquinho mais pesada...
Ou vc acha que o ideal seria fazer 2 diferentes. Charrua e Tamoyo (ou Osorio)...??
Enviado: Dom Ago 05, 2007 2:37 pm
por jauro
Hoje os RCBs, a AMAN e a EsSA são os únicos operadores de M-41C? Alguém sabe a quantidade de M-41C que existem?
112 nos RCB e no máximo mais 02 Pel: um na AMAN e outro na EsSA.
Estes dois últimos não sei se exitem.