vilmarmoccelin escreveu:Carlos Souza escreveu:Dieneces escreveu:Comandante Jauro , objetivamente , que destino podem ter os M-6Os , os prováveis ao menos ? Seria uma pena se fossem para um alto-forno...tão bem atualizados ainda e taticamente poderiam continuar mesmo à meia-boca , peças de reposição existirão em largo número mundo afora e por muito tempo ainda.
Concordo. Acho que não devemos nos defazer dos M 60. Para mim poderiam ser concentrados em uma ou duas unidades. Um país como o Brasil, não se pode dar ao luxo de colocar no lixo este tipo de arma. Eu não sei se já perguntei isto, mas vocês não acham desnecessário dois tipos de unidades (RCC's e RCB's) na cavalaria? Será que não poderíamos ter regimentos que atendessem todas as situações possíveis de emprego da cavalaria? Desculpem as perguntas se forem descabidas, mas são de um Artilheiro da reserva.
sds. Brasil acima de tudo!
Eu estou longe de poder dar uma opinião mais concreta sobre o assunto, afinal nem escolhi a arma ainda, mas vendo as definições de RCC e RCB no manual C-2-1 (Emprego da Cavalaria) e as suas missões fica claro que os dois tem uma diferenciação básica que, no entanto, deve fazer MUITA diferença no emprego dos dois.
7-5. a. O RCC é a unidade tática de emprego de carros de combate nas brigadas blindadas. Em princípio, será empregado sob a forma de força-tarefa, recebendo para isso, uma ou mais Cia Fzo Bld do Btl Inf Bld da brigada.
7-5. d. Os RCC são organizados com 1 (um) esquadrão de comando e apoio e 3 (três) esquadrões de carros de combate nas Bda C Bld (Fig 7-5) ou 4 (quatro) esquadrões de carros de combate nas Bda Inf Bld.
7-6.c. Os RCB são organizados com 2 (dois) esquadrões de carros de combate, 2 (dois) esquadrões de fuzileiros blindados e 1 (um) esquadrão de comando e apoio.
Nesses dois 'extratos' do C-2-1 dá pra ver que o RCB tem uma divisão bem equilibrada entre CCs e fuzileiros, já os RCC são totalmente compostos de CCs, e isso vai refletir na missão dada aos dois.
7-5. c. Os RCC têm por missão cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou neutralizá-lo, utilizando o fogo, a manobra e a ação de choque; destruir ou desorganizar o ataque inimigo por meio do fogo e de contra-ataques.
7-6. b. O RCB tem por missão cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra, o combate aproximado e ação de choque e manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigo por meio do combate aproximado do fogo e de contra-ataques.
Pra quem não enchergou, os RCBs devem MANTER o terreno, já nas missões do RCC isso não fica explícito. O RCB soma o 'combate aproximado' aos meios que podem ser usados para o cumprimento da missão, já que possui como parte orgânica de sua organização o fuzilieiro. Também temos a parte que é citado como uma atividade fim a captura do inimigo. Tudo isso possível graças a existência de tropas à pé na sua organização.
Provavelmente essa diferenciação de missões, de meios e possivelmente de treinamento deve existir devido à geografia, ao que se espera de um combate envolvendo a região, etc...
Resumindo: creio que essa divisão exista para literalmente dividir o emprego de CCs em dois modos:
- com apoio de infantaria, com possibilidade de manter o terreno, porém com perda no poder de choque.
- sem apoio de infantaria (dependente de outra unidade nesse quesito), porém com um amplo poder de choque e manobra, podendo exercer missões como as de movimentos retrógrados (um tipo de Ação Defensiva) com mais capacidade, já que pode retrair sob pressão do inimigo com mais segurança (maior blindagem, maior poder de fogo, etc).
Mas no final das contas acaba que fica tudo a mesma coisa, um RCC nunca iria operar sem um apoio de infantaria, nem que seja mínimo, inclusive as Bda Inf Bld possuem um RCC 'mais gordinho' (4 Esq CC) na sua composição.
Nossa, escrevi um monte!!!
Me empolguei dessa vez, essa história de jogar Blitzkrieg não está me fazendo muito bem!!!
PS.: Só lembrando, isso que eu escrevi foi tudo baseado nas minhas leituras dos manuais (principalmente o C-2-1, 2ª Edição de 1999) sem pretenção, afinal só vou realmente estudar isso no futuro.