UM MBT NACIONAL

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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helio
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Re: UM MBT NACIONAL

#151 Mensagem por helio » Qua Abr 18, 2012 2:24 pm

Túlio escreveu:Mas será mesmo a Alemanha? Li algo muito interessante no GEAB sobre as perspectivas internacionais da França sob Hollande e seu viés Gaullista (leia-se antiamericano) no que diz respeito a um interesse em ampliar e aprofundar bastante o relacionamento com os BRICS. Isso, a se confirmar, abre uma série de novas perspectivas...

Se com o pró-EUA Sarkozy se chegou a subs (incluindo SSN), o que não se poderia alcançar com o monsieur Hollande? Ele parece disposto a "colar" mais nos BRICS e com isso fazer a França subir junto...

O que quero dizer é que TALVEZ a Krauss-Maffei não seja exatamente a ÚNICA opção para uma família de veículos baseada num MBT e outra num APC... :wink: 8-]
Tulio
Que eu saiba, a KMW sequer construiu qualquer instalação em Santa Maria ainda. Muita propaganda se fez, mas parece que por enquanto só estão utilizando as instalações do PqRMnt.

Hélio




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Re: UM MBT NACIONAL

#152 Mensagem por joao fernando » Qua Abr 18, 2012 3:19 pm

Bourne escreveu:O problema é fazer todo o mistério agora e quando chega o dia marcado nada acontece. :lol:
Isso já existe, se chama FX




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: UM MBT NACIONAL

#153 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qua Abr 18, 2012 4:25 pm

Eu desde o inicio não quis entrar neste debate!

Isto porque na minha opinião não devemos pensar em projetar um MBT!!!

Nós devemos pensar em projetar um sistema de armas sobre lagartas, do qual sem muitas dificuldades possa ser derivado um MBT (VBC-CC-SL), um VBTP-SL, um auto propulsado de 155 mm SL, um veiculo de engenharia de combate, um veiculo oficina/recuperador, um veiculo posto de comando, um veiculo anti aéreo etc etc etc.

Os alemães (e neste caso também os estadunidenses com o M1 Abrams) puderam pensar em projetar um MBT porque no ápice da Guerra Fria quando ele foi projetado, o exército alemão possuía 65 regimentos (batalhões) de carro de combate, ou seja, considerando só os veículos destinados a estes batalhões chegamos a um total de 3,500 carros. Algo suficiente para garantir economia de escala.

O que podemos prever para o EB? Hoje com 4 RCCs e 4 RCBs estamos falando de um total de cerca de 300 carros de combate

Aí alguns patriotas vão dizer, isto é pouco para o Brasil grande, este poderoso país que queremos para o futuro!

Vamos quadruplicar isto: 1.000 carros.

Muito bem usando um chassi comum, mesmo para 300 carros de combate estamos falando em no minimo 300 VBTPs e em cerca de 108 autopropulsados sem contar os demais veículos. Ou seja, um mínimo de 708 chassis.

Partindo para 1.000 carros de combate vamos chegar a um mínimo de 2.400 chassis.

Para se conseguir estes números temos que conseguir um chassi com bastante comunalidade.

Isto pode ser conseguido seguindo uma lição já estudada pelo exército argentino como o TAM: motor e transmissão na frente!!!

Outro exemplo parcial é o Merkava do qual foi derivado um excelente (talvez o melhor da atualidade) VBTP-SL – o Nammer.

Repito, não temos que pensar no projeto de um MBT - temos que pensar no projeto de uma família de veículos sobre lagartas!!!

Um chassi comum!!!

Bacchi




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Re: UM MBT NACIONAL

#154 Mensagem por saullo » Qua Abr 18, 2012 4:38 pm

Falou o Mestre Bacchi, mas pode ser chamado o Pai da Matéria.
Nos níveis de hoje necessitaríamos de cerca de 350 CC, 450 VBTP/VCIM, 150 AP e mais uns 150 veículos de engenharia e apoio ao combate diversos, onde se chegaria a 1100 unidades derivadas de um mesmo chassi, o deve bastar para toda uma estrutura de fabricação e manutenção.

Abraços




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Re: UM MBT NACIONAL

#155 Mensagem por Túlio » Qua Abr 18, 2012 4:43 pm

BACCHI, sem querer me comparar contigo mas até essa parte de motor/tramsmissão na frente estão na pág 1, embora o grosso do assunto se refira à blindagem... :wink: 8-]




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

Napoleão Bonaparte
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Re: UM MBT NACIONAL

#156 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Qua Abr 18, 2012 5:03 pm

Túlio escreveu:BACCHI, sem querer me comparar contigo mas até essa parte de motor/tramsmissão na frente estão na pág 1, embora o grosso do assunto se refira à blindagem... :wink: 8-]
OK.

Ótimo.

Abraços

Bacchi




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Re: UM MBT NACIONAL

#157 Mensagem por lobo_guara » Qua Abr 18, 2012 8:54 pm

pt escreveu:Não entendi.

Uma blindagem frontal de 450mm, constituida em grande parte por ... AR ? :shock:




Eu acho que para determinar a especificação de uma viatura blindada pesada, a primeira coisa que é necessário estabelecer são as condições em que ela vai operar.

Ou seja, o tanque serve para quê ?

Conflito com a Argentina ?
Conflito com o Uruguai ?
Conflito com os dois anteriores ao mesmo tempo ?

Conflito com o Paraguai ?
Conflito com o sul da Bolivia ?

Conflito com o Peru ?
Conflito com a Colombia ?
Conflito com a Venezuela ?

Conflito com a China em África ?

Para cada um destes cenários, os meios deverão ser distintos e com capacidades diferentes.

Num país com dimensão continental como o Brasil, uma viatura com grande blindagem e com um motor relativamente fraco (900cv nos dias de hoje não podem mover um tanque moderno a 70km/h) não parece fazer grande sentido.


Só mais dois ou três detalhes:
Os monitores de tela plana numa viatura de combate, são engraçados para dar a tal consciência situacional, o problema é que também é preciso inventar novos materiais, porque os componentes internos começam a ficar riscados e partidos logo na primeira semana de uso em exercícios.
Para garantir alguma durabilidade, tem que colocar uma tampa de material sintético ultra-resistente, que vai ocupar mais espaço que o monitor.

Em combate ou em exercícios, a protecção não pode ser colocada.
Um pequeno problema e o tanque fica cego.

Mais eficiente, seriam conjuntos óculos/capacete que transmitissem a informação para os olhos dos militares, como nos aviões de combate. E a informação táctica num capacete, pode complicar a consciência situacional (isto dependeria do software).
O problema é a utilização de um capacete (nao necessáriamente metálico) dentro da viatura.


Outra questão:
Porquê um canhão de 120mm de baixo recuo ?
Você quer dizer baixa pressão ?
Exactamente de que tipo de armamento fala ?
De uma arma tipo L/55 de 120mm do Leopard-2A6 ou a arma de 120mm do CV-90

Imagem
Não pt, queremos um MBT para nos defender no futuro de uma possível agressão dos EUA e/ou da OTAN, e também para vender para os nossos amigos sul-americanos, africanos, e talvez até asiáticos. E sabe-se lá, quem sabe para desembarcarmos em alguma praia mundo afora?




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: UM MBT NACIONAL

#158 Mensagem por lobo_guara » Qua Abr 18, 2012 9:04 pm

JL escreveu:Algumas colocações:

Inimigos do Brasil: É necessário ter a ideia de quais adversários hipotéticos possam surgir para o Brasil, mas com certeza em primeiro lugar vem o equilíbrio com os países sul-americanos e depois a capacidade de dissuação de uma ameaça externa. Neste raciocínio não creio que os MTB sirvam como dissuação contra ameaça fora da América do Sul. No âmbito latino americano, hoje temos em nossas fronteiras:

T72 venezuelanos, em que pese a floresta amazônica e terrenos impróprios, deve ser lembrado que existe uma área ao norte onte é possível o emprego de carros e hoje apenas temos EE9 Cascavel lá no local.

Peru, bem aí o terreno é todo selva, não propício para blindados. Mas o Peru estas prestes a adquirir um carro novo para substituir os T 55, estev analisando o PT 91 Polônes e um modelo chinês, quase adotado. As suas armas anticarro são o Spike e o Kornet.

Bolívia: o seu carro de combate é o Sk 105 e a arma anti carro é o míssil chinês Red Arrow. Considero um adversário a ser considerado, visto a instabilidade interna, bem como o caso da tomada a força das refinarias da Petrobrás, a coisa somente não piorou diplomaticamente porque ambos os governos, boliviano e brasileiro, eram de esquerda com afinidade.

Paraquai: não tem carros de combate, somente Cascavel operacional. Em tempo esta considerando adquirir 150 mísseis Javelin anti-carro.

Argentina: graças a Deus, hoje reina a paz com os nossos hermanos. Na minha adolescência, havia um clima de guerra fria. A Guerra das Malvinas acabou com este clima e permitiu ter uma tomografia das forças argentinas. E em que pese os inúmeros problemas no âmbito de um conflito sul-americano, iriam ser osso duro de roer. Bem hoje o carro atual é o TAM que terá modernização da Elbit.
Considerações sobre o TAM, esquecendo a blindagem do TAM, que só vai fazer diferença quando o inimigo o acertar, no resto o bichinho é bravo, muito rápido, manobrável e agora com eletrônica israelense vai ficar bom de faro, visão e tiro. Além disso é um canhão de 105 mm, bastante para destruir um MTB. O TAM é um adversário a ser considerado e superado.

Uruguai: T 55 modificados em Israel com canhão de 105 mm.

Então temos hoje o TAM modernizado ao sul e o T 72 ao norte, como MTB vizinhos e o no oeste o caça carros Sk 105 boliviano. E como armas anti carro mais perigosas, o Red Arrow e o Javelin.
Armas anti carrro portáteis vale tudo: Mas o MARA argentino e o RPG 7 bolivianos e venezuelanos são os padrões.

Estes são os adversários a serem considerados pelos nossos projetistas. Para definição dos parâmetros minimos aceitáveis.

Note que o TAM argentino foi concebido com limites de peso baixos e que os Uruguaios experientes em cavalaria consideram o M 24 Chaffee o ideal para manobras.
O Chile e o Peru foram desconsiderados por motivos geográficos. Lembro que a fronteira Brasil-Peru é um teatro amazônico.
Esqueçam os sul-americanos, se for para isso não precisamos de nada mais do que já temos! Os vizinhos da AS são aliados do Brasil, e devem ser lembrados apenas como parceiros em futuros projetos. Hoje é mais possível uma guerra entre europeus do que entre sul-americanos, ainda mais contra o Brasil. A UNASUL é uma realidade cada vez mais concreta e a liderança Brasileira cada vez menos contestada até por países como Colômbia e Chile, pois todos querem uma casca de nosso vigoroso mercado consumidor. Ainda mais em tempos de crise nos EUA e Europa.




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Re: UM MBT NACIONAL

#159 Mensagem por lobo_guara » Qua Abr 18, 2012 9:20 pm

Para mim um projeto de MBT deveria seguir a linha estratégica do KC390, ou seja, buscar uma grande parceria com países da região, tais como Argentina, Peru, Colômbia (cito estes pois sabemos que são países com capacidade industrial, técnica e financeira pra embarcar num projeto desses e que estão em busca de um veículo desse tipo). Além disso deveríamos buscar um parceiro técnico de peso como a a KMW (já instalada no Brasil) ou com outros países da mesma envergadura (Russia, França, Ucrânia, Índia). Internamente no Brasil deveria-se criar um consórcio liderado pela IMBEL para tocar o projeto (candidatas: IMBEL, Mectron, Opto, Ares, Avibras, Atech, AEL, MWM, Vilares, ou Guerdau ou CSN ou Usiminas, etc.)




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Re: UM MBT NACIONAL

#160 Mensagem por lobo_guara » Qua Abr 18, 2012 9:23 pm

Alias nessa página o bom exemplo fica por conta da foto do CV90!




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Re: UM MBT NACIONAL

#161 Mensagem por saullo » Qui Abr 19, 2012 3:29 pm

Só acho que essas alianças tem que ser vistas com os dois pés atrás, com muita cautela, porque por trás de muitos sorrisos de alguns vizinhos podem se esconder objetivos nada dignos.
Podemos ter algumas alianças, mas sem jamais abdicar de ter um poder dissuassório só nosso, nada compartilhado, condizente com nosso território e população, coisa que decididamente não temos hoje.

Abraços




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Re: UM MBT NACIONAL

#162 Mensagem por Bourne » Qui Abr 19, 2012 5:33 pm

Cautela o Brasil deveria ter com todos. As coisas mudam rápido e não consigo ver reais aliados do Brasil. Apenas amigos por conveniência. Não me parece absurdo que nos próximos 20 - 30 anos tenham tropas combatendo na África ou oriente médio forças de alguma país qualquer que tenha capacidade para tal. E MBT não serve apenas para combater outro MBT. Pode ser utilizada para uma infinidade de missões nos teatros atuais. Pode parecer loucura, mas o mundo está doido e tende a ficar mais.




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Re: UM MBT NACIONAL

#163 Mensagem por Clermont » Qui Abr 19, 2012 6:34 pm

lobo_guara escreveu:Não pt, queremos um MBT para nos defender no futuro de uma possível agressão dos EUA e/ou da OTAN, (...)
Esta é a última coisa para a qual tanques brasileiros terão qualquer utilidade: para enfrentar americanos e europeus em combate campal.

Todos estes maravilhosos MBTs "Made in Brazil" virariam caixões incandescentes em questão de horas.

Basta fazer uma entrevista psicografada com o espírito de Saddam Hussein que ele pode confirmar isto.




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Re: UM MBT NACIONAL

#164 Mensagem por Bourne » Qui Abr 19, 2012 7:19 pm

Sem proteção força aérea e anti-aérea será uma tendência. E não deveriam desconsiderar a hipótese de enfrentar asiáticos e outros espalhados pelo mundo. Lobos maus estão se multiplicando.




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Re: UM MBT NACIONAL

#165 Mensagem por mmatuso » Qui Abr 19, 2012 7:42 pm

Osório vs Leopard, Abrams, leclerc será um combate equilibrado hoje em dia :lol:




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