Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.
Enviado: Ter Dez 07, 2010 7:05 pm
V. As Travessias do rio Oder (fevereiro de 1945)
A ação seguinte, que se verificou durante a última faze da guerra, conduziu à formação de uma cabeça de ponte russa que viria a ter importância decisiva algumas semanas após o seu estabelecimento. O procedimento dos russos foi uma variação do exemplo precedente. Neste caso, os russos criaram a cabeça de ponte num único dia, mediante a realização de ataques convergentes bem coordenados. Antes da travessia principal, fortes elementos russos realizaram um ataque diversinário num ponto mais acima do rio. esse ataque secundário teve a dupla finalidade de forçara os alemães a empregarem suas reservas e levá-los a lutar em duas frentes, tão logo o ataque principal cruzasse o rio. Neste caso, as duas forças de ataque coordenam suas operações e receberam eficaz apoio aéreo e e terrestre. Ao avaliar-se esta ação deve-se considerar que as tropas alemãs que se defrontavam com os russos eram constituídas por unidades improvisadas, organizadas em condições de excepcional emergência.
Em princípios de fevereiro de 1945, após o colapso da frente alemã na Polônia, em janeiro, o avanço russo deteve-se a leste do rio Oder. uma divisão de infantaria alemã, improvisada, achava-se desdobrada na margem oeste do rio, ao sul de Frankfurt, antes do Oder. O 2º Regimento de Granadeiros dessa divisão, composto de unidades as mais diversas, como guarda de seguranças, unidades SS, batalhões Volksturm, bem como dos instruendos de uma escola militar, recebeu um setor 6,5 Km ao longo da margem do rio que formava um saliente e dominava o terreno limpo, existente entre o aterro e margem do rio enquanto o 3º Batalhão era empregado ao longo de um aterro e a margem do rio. O 2º Regimento de Granadeiros estava apoiado por um grupo de artilharia leve, duas baterias de obuseiros de campanha e um grupo de lança rojões. Seus postos de observação achavam-se localizados em posições avançadas, próximas do PC dos batalhões e sobre o aterro.
Em meados de fevereiro, pontas de lança russas, motorizadas e de carros, tentaram de surpresa uma travessia do rio Oder próximo de Frankfurt, mas fracassaram. Depois disto, os russos aguardaram até que sua infantaria pudesse cerrar com as unidades mecanizadas. Na noite de 22 de fevereiro, várias patrulhas de reconhecimento russas tentaram atravessar o rio sem serem percebidas, mas foram interceptadas e repelidas pelos dois batalhões que se achavam na margem oeste. Uma série de pequenos engajamentos verifico-se nas noites seguintes, mas o comandante alemão estava convicto de que nenhuma patrulha russa havia se infiltrado em seu setor e de que o inimigo não tencionava forças um transposição naquela área.
A noite de 27-28 de fevereiro caracterirozou-se por uma fraca visibilidade, chuvas e fortes ventos oeste. Não obstante o mau tempo, aviões de reconhecimento russo estavam excepcionalmente ativos e o ruído de seus motores pôde ser ouvido durante a noite. Todo o setor regimental, inclusive o aterro, recebeu fogos de inquietação esporádicos.
Às três horas, uma forte patrulha russa atravessou o rio, na extremidade norte do saliente, utilizando botes pneumáticos e sem percebida pelo alemães; penetrou na ala esquerda do 2º Batalhão, silenciou seu defensores e estabeleceu a segurança em ambos os flancos de uma penetração de 200 metros. A tempestade e o barulho dos motores dos aviões abafaram os ruídos dos combates, de modo que enm as unidades vizinhas, enm o pessoal de comando, no PC do Batalhão, tiveram sua atenção despertada.
Em menos de uma hora, um batalhão de infantaria russa com canhões AC, obuseiros e cinco carros leves atravessava o rio no mesmo ponto, utilizando portadas de pontões. Os alemães não tiveram conhecimento da cabeça de ponte até as 04:00 horas quando, subitamente, ouviram ruídos de carros russos dando partida nos motores. O comandante do 2º Batalhão alertou suas reservas, mas seus dois contrataque contra os flancos da cabeça de ponte não conseguiram desalojar os russos.
tendo em vista impedir qualquer outro avanço da cabeça de ponte, o comandante do regimento deu ordem às 9º e 11º Companhias reunirem próximo do centro do bosque enquanto ainda estava escuro. As 05:30 Horas, as duas companhias foram subitamente atacadas por uma forças vinda do norte. Os cinco carros haviam rompido a cabeça de ponte e, apoiados pela infantaria, avançavam pelo lado oeste do aterro. Ao tentar bloqueara a arremetida russa, as duas companhias alemãs sofreram elevadas perdas em feroz combate corpo a corpo. Embora o fogo dos carros russos não fossem muito preciso, foi bastante para paralisar a resistência das inexperientes tropas alemãs. às 06:00 horas um pelotão de infantaria russo tomou a direção leste e atacou o PCdo @º Batalhão pela retaguarda, forçando o pessoal de comando alemão a evacuá-lo apressadamente.
Ao alvorecer, o comandante do regimento fez um estudo da situação. Os russos ocupavam a metade leste do bosque. Alguns focos de resistência alemã continuavam se mantendo imediatamente ao sul do bosque. Rajadas de fogo esporádicas eram ouvidas do interior do bosque. os remanescentes da 9º e 11º Companhias haviam perdido contato com o PC regimental. Em seu novo PC, o pessoal do 2º Batalhão não tinha qualquer controle sobre as unidades subordinadas que ocupavam as posições do rio.
Nessa emergência, o comandante deu ordem a 12º Companhia, unica unidade ainda em reserva, para deslocar-se de sua posição próxima da extremidade sul da saliente, e bloquear qualquer avanço russo. Informou o comando da divisão da situação critica de que encontrava e prometeu-lhe que seria reforçada. Um batalhão seria deslocado para seu setor a fim de desencadear um contrataque contra a cabeça de ponte russa., mas sua chegada não se daria antes do meio dia. Nesse ínterim, o comandante do regimento determinou que o grupo de artilharia batesse as forças russas reunidas no bosque.
Enquanto a atenção dos alemães se voltava para a ameaça ao norte, a força principal de ataque preparava-se para atravessar o rio face ao setor do 1º Batalhão. Às 07:00 horas, aproximadamente 25 baterias russas abriram fogo sobre as posições dos 1º e 2º Batalhões na margem oeste, sobre os PCs alemães de aterro, sobre 12º Companhia ( que se deslocava para o norte) e ainda sobre as posições de artilharia à retaguarda. às 07:40 horas, a força principal de ataque, consistindo de 2 regimentos de infantaria, iniciou a travessia do Oder e imediatamente tomou pé na margem oeste. Simultaneamente a força que fizera o ataque inicial reuniu-se no bosque e atacava para o sul, eficazmente apoiado pelo fogo de artilharia em posição na margem leste do rio. As forças russas repeliram os remanescentes do 3º Batalhão, inclusive a 12º Companhia, eliminaram os PO de aterro não destruídos pela preparação de artilharia e cercaram as forças alemãs que ocupavam posições ao longo da margem do rio. Esse ataque impediu que os dois batalhões se retraíssem para posições previamente preparadas no aterro.
Em vista das circunstâncias, a força principal de ataque não teve dificuldade de abrir uma brecha de 1,5 Km na margem oeste e em fazer a limpeza da área a leste do aterro. Nos dias seguintes, os russos consolidaram a cabeça de ponte, que se tornou uma das principais áreas de reunião para a última grande ofensiva da guerra.
Nesta ação, os russos demonstraram sua proficiência em obter surpresa através da seleção de locais de travessia vantajosos para o estabelecimento de uma cabeça de ponte pelo apoio de artilharia à força incumbida do assalto inicial e mediante a coordenação de ataque secundário com operação de transposição principal. Os dois ataques convergentes através do Oder basearam-se num plano detalhado e bem coordenado. A surpresa foi obtida pela manutenção do sigilo e pela ilusão dos alemães quanto ao ponto principal de transposição. Os desembarques iniciais foram precedidos de completo reconhecimento e tiveram por base as informações colhidas pelas patrulhas que conseguiram atravessar o rio nas noites precedentes. Os russos conheciam a localização dos PC alemães, bem como de seus observadores de artilharia e de suas reservas. O local da travessia principal achava-se a considerável distância daquele selecionado para o assalto inicial. A artilharia russa, na margem leste, proporcionou excelente apoio durante todo o ataque; seus observadores avançados encontravam-se com os elementos do 1º escalão da força de assalto inicial e puderam, assim, localizar os alvos com toda a precisão. essa força, distraindo a atenção dos defensores e atraindo suas reservas, assegurou o sucesso de transposição própriamente dito.
A ação seguinte, que se verificou durante a última faze da guerra, conduziu à formação de uma cabeça de ponte russa que viria a ter importância decisiva algumas semanas após o seu estabelecimento. O procedimento dos russos foi uma variação do exemplo precedente. Neste caso, os russos criaram a cabeça de ponte num único dia, mediante a realização de ataques convergentes bem coordenados. Antes da travessia principal, fortes elementos russos realizaram um ataque diversinário num ponto mais acima do rio. esse ataque secundário teve a dupla finalidade de forçara os alemães a empregarem suas reservas e levá-los a lutar em duas frentes, tão logo o ataque principal cruzasse o rio. Neste caso, as duas forças de ataque coordenam suas operações e receberam eficaz apoio aéreo e e terrestre. Ao avaliar-se esta ação deve-se considerar que as tropas alemãs que se defrontavam com os russos eram constituídas por unidades improvisadas, organizadas em condições de excepcional emergência.
Em princípios de fevereiro de 1945, após o colapso da frente alemã na Polônia, em janeiro, o avanço russo deteve-se a leste do rio Oder. uma divisão de infantaria alemã, improvisada, achava-se desdobrada na margem oeste do rio, ao sul de Frankfurt, antes do Oder. O 2º Regimento de Granadeiros dessa divisão, composto de unidades as mais diversas, como guarda de seguranças, unidades SS, batalhões Volksturm, bem como dos instruendos de uma escola militar, recebeu um setor 6,5 Km ao longo da margem do rio que formava um saliente e dominava o terreno limpo, existente entre o aterro e margem do rio enquanto o 3º Batalhão era empregado ao longo de um aterro e a margem do rio. O 2º Regimento de Granadeiros estava apoiado por um grupo de artilharia leve, duas baterias de obuseiros de campanha e um grupo de lança rojões. Seus postos de observação achavam-se localizados em posições avançadas, próximas do PC dos batalhões e sobre o aterro.
Em meados de fevereiro, pontas de lança russas, motorizadas e de carros, tentaram de surpresa uma travessia do rio Oder próximo de Frankfurt, mas fracassaram. Depois disto, os russos aguardaram até que sua infantaria pudesse cerrar com as unidades mecanizadas. Na noite de 22 de fevereiro, várias patrulhas de reconhecimento russas tentaram atravessar o rio sem serem percebidas, mas foram interceptadas e repelidas pelos dois batalhões que se achavam na margem oeste. Uma série de pequenos engajamentos verifico-se nas noites seguintes, mas o comandante alemão estava convicto de que nenhuma patrulha russa havia se infiltrado em seu setor e de que o inimigo não tencionava forças um transposição naquela área.
A noite de 27-28 de fevereiro caracterirozou-se por uma fraca visibilidade, chuvas e fortes ventos oeste. Não obstante o mau tempo, aviões de reconhecimento russo estavam excepcionalmente ativos e o ruído de seus motores pôde ser ouvido durante a noite. Todo o setor regimental, inclusive o aterro, recebeu fogos de inquietação esporádicos.
Às três horas, uma forte patrulha russa atravessou o rio, na extremidade norte do saliente, utilizando botes pneumáticos e sem percebida pelo alemães; penetrou na ala esquerda do 2º Batalhão, silenciou seu defensores e estabeleceu a segurança em ambos os flancos de uma penetração de 200 metros. A tempestade e o barulho dos motores dos aviões abafaram os ruídos dos combates, de modo que enm as unidades vizinhas, enm o pessoal de comando, no PC do Batalhão, tiveram sua atenção despertada.
Em menos de uma hora, um batalhão de infantaria russa com canhões AC, obuseiros e cinco carros leves atravessava o rio no mesmo ponto, utilizando portadas de pontões. Os alemães não tiveram conhecimento da cabeça de ponte até as 04:00 horas quando, subitamente, ouviram ruídos de carros russos dando partida nos motores. O comandante do 2º Batalhão alertou suas reservas, mas seus dois contrataque contra os flancos da cabeça de ponte não conseguiram desalojar os russos.
tendo em vista impedir qualquer outro avanço da cabeça de ponte, o comandante do regimento deu ordem às 9º e 11º Companhias reunirem próximo do centro do bosque enquanto ainda estava escuro. As 05:30 Horas, as duas companhias foram subitamente atacadas por uma forças vinda do norte. Os cinco carros haviam rompido a cabeça de ponte e, apoiados pela infantaria, avançavam pelo lado oeste do aterro. Ao tentar bloqueara a arremetida russa, as duas companhias alemãs sofreram elevadas perdas em feroz combate corpo a corpo. Embora o fogo dos carros russos não fossem muito preciso, foi bastante para paralisar a resistência das inexperientes tropas alemãs. às 06:00 horas um pelotão de infantaria russo tomou a direção leste e atacou o PCdo @º Batalhão pela retaguarda, forçando o pessoal de comando alemão a evacuá-lo apressadamente.
Ao alvorecer, o comandante do regimento fez um estudo da situação. Os russos ocupavam a metade leste do bosque. Alguns focos de resistência alemã continuavam se mantendo imediatamente ao sul do bosque. Rajadas de fogo esporádicas eram ouvidas do interior do bosque. os remanescentes da 9º e 11º Companhias haviam perdido contato com o PC regimental. Em seu novo PC, o pessoal do 2º Batalhão não tinha qualquer controle sobre as unidades subordinadas que ocupavam as posições do rio.
Nessa emergência, o comandante deu ordem a 12º Companhia, unica unidade ainda em reserva, para deslocar-se de sua posição próxima da extremidade sul da saliente, e bloquear qualquer avanço russo. Informou o comando da divisão da situação critica de que encontrava e prometeu-lhe que seria reforçada. Um batalhão seria deslocado para seu setor a fim de desencadear um contrataque contra a cabeça de ponte russa., mas sua chegada não se daria antes do meio dia. Nesse ínterim, o comandante do regimento determinou que o grupo de artilharia batesse as forças russas reunidas no bosque.
Enquanto a atenção dos alemães se voltava para a ameaça ao norte, a força principal de ataque preparava-se para atravessar o rio face ao setor do 1º Batalhão. Às 07:00 horas, aproximadamente 25 baterias russas abriram fogo sobre as posições dos 1º e 2º Batalhões na margem oeste, sobre os PCs alemães de aterro, sobre 12º Companhia ( que se deslocava para o norte) e ainda sobre as posições de artilharia à retaguarda. às 07:40 horas, a força principal de ataque, consistindo de 2 regimentos de infantaria, iniciou a travessia do Oder e imediatamente tomou pé na margem oeste. Simultaneamente a força que fizera o ataque inicial reuniu-se no bosque e atacava para o sul, eficazmente apoiado pelo fogo de artilharia em posição na margem leste do rio. As forças russas repeliram os remanescentes do 3º Batalhão, inclusive a 12º Companhia, eliminaram os PO de aterro não destruídos pela preparação de artilharia e cercaram as forças alemãs que ocupavam posições ao longo da margem do rio. Esse ataque impediu que os dois batalhões se retraíssem para posições previamente preparadas no aterro.
Em vista das circunstâncias, a força principal de ataque não teve dificuldade de abrir uma brecha de 1,5 Km na margem oeste e em fazer a limpeza da área a leste do aterro. Nos dias seguintes, os russos consolidaram a cabeça de ponte, que se tornou uma das principais áreas de reunião para a última grande ofensiva da guerra.
Nesta ação, os russos demonstraram sua proficiência em obter surpresa através da seleção de locais de travessia vantajosos para o estabelecimento de uma cabeça de ponte pelo apoio de artilharia à força incumbida do assalto inicial e mediante a coordenação de ataque secundário com operação de transposição principal. Os dois ataques convergentes através do Oder basearam-se num plano detalhado e bem coordenado. A surpresa foi obtida pela manutenção do sigilo e pela ilusão dos alemães quanto ao ponto principal de transposição. Os desembarques iniciais foram precedidos de completo reconhecimento e tiveram por base as informações colhidas pelas patrulhas que conseguiram atravessar o rio nas noites precedentes. Os russos conheciam a localização dos PC alemães, bem como de seus observadores de artilharia e de suas reservas. O local da travessia principal achava-se a considerável distância daquele selecionado para o assalto inicial. A artilharia russa, na margem leste, proporcionou excelente apoio durante todo o ataque; seus observadores avançados encontravam-se com os elementos do 1º escalão da força de assalto inicial e puderam, assim, localizar os alvos com toda a precisão. essa força, distraindo a atenção dos defensores e atraindo suas reservas, assegurou o sucesso de transposição própriamente dito.