O Brasil não deve se intrometar na questão colombiana; salvo para ajudar, o que não é o caso. Submeter-se aos EUA não é ajuda, é renúncia à soberania.
Gostaria de fazer algumas colocações.
As FARC-EP (editado de "FAC-EP" para FARC-EP") são uma organização que: 1) leva à cabo uma guerra conbtra o estado de direito colombiano, tentando subverter a ordem constitucional;
Não é ser "Estado" que automaticamente fornece
legitimidade (os juristas saberão a que me refiro) às instituições. Dentro desta ótica equivocada, os grupos de resistência que enfrentassem o Estado Nazista também estariam se insurgindo contra um "Estado de Direito" (sic). Mas sabemos que a doutrina de Kelsen não é a ideal; não basta ser Estado, é preciso que seja legítimo.
À luz desse entendimento, mal nenhum há em enfrentar um Estado que não corresponda aos anseios populares.
2) mata e seqüestra milhares de pessoas todos os anos como forma de financiar suas atividade snarco-guerrilheiras;
Não se sabe. As fontes são aquelas da mídia burguesa, comprometida com um dos lados da história.
Podemos dizer, em todo caso, que os
lobbies de Washington também matam milhares de pessoas todos os anos para financiar suas atividades bélicas, ou petrolíferas. O Iraque é o exemplo mais evidente.
3) é um grupo também terrorista, que usa de seqüestro e caminhões bomba para aterrorizar o poder político e os cidadãos de bem;
Prejudicado, face à resposta anterior.
4) coordena a produção, comercialização e tráfico internacional de entorpecentes, tendo como um de seus principais destinos o nosso querido Brasil, entorpecendo e assassinando, no bojo de suas atividades, milhares e milhares de jovens brasileiros, policiais, e cidadãos comuns que nada têm à ver, diretamente, com a Colômbia.
Mas, igualmente culpado não é quem consome?
A lei do capitalismo -o sistema em voga hodiernamente- é a da oferta e procura. Se reprovável é produzir, reprovável é consumir. E os maiores mercados estão, ora, nos EUA.
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As FARCs-EP têm idiossincrasias próprias, com as quais discordo- o que é uma crítica ao próprio
modus operandi maoísta.
Mas o que peço é que saibam analisar a questão (qualquer questão) de forma menos reducionista e mais
dialética .